Uma equipe formada por noAarchitecten, EM2N e Sergison Bates ganhou um concurso de projeto para a transformação de uma antiga fábrica da Citroën em Bruxelas em um centro cultural, mesclando um Museu de Arte Contemporânea, um centro de arquitetura e instalações públicas sob o nome “KANAL - Centre Pompidou”. A ideia dos arquitetos era de um projeto que refletisse sobre o papel do museu do século XXI na sociedade, que se abre em direção à cidade para atrair o público em geral.
Com 20.000 metros quadrados, a antiga garagem da Citroën oferece uma grande tela em branco no coração da capital de Bruxelas. A proposta dos arquitetos celebra este ícone, desmembrando-o em seus principais elementos com um movimento que aumenta a transparência e convida a cidade para dentro. O antigo showroom atua como a entrada principal, operando uma dupla função de sala de exposições e espaço público. Atrás do showroom, a grande oficina de fábrica, uma vez viva com o som da indústria, é estendida horizontalmente, suavemente dividida por pisos, rampas e telhados de vidro.
Dentro do espaço existente, três volumes serão inseridos, contendo um museu, arquivo de arquitetura e um grande auditório. Os volumes criam espaços de diferentes escalas e atmosferas, atendendo às condições climáticas exatas necessárias para suas respectivas funções. Altamente visíveis do lado de fora, os volumes servem como faróis para atrair o público para dentro do prédio.
Refletindo sobre o edifício e sobre esta localização, a ideia de um centro cultural exige uma atitude geral, uma abordagem para lidar com todas as questões envolvidas. Em vez de um gesto espetacular, nossa proposta oferece uma atitude de otimismo radical: crítica, receptiva, dedicada, precisa. Fora da zona de conforto. Pensar em Bruxelas, seu futuro e complexidade, requer uma abordagem radical. Não em termos de arquitetura - aqui só precisamos de uma abordagem inteligente - mas em termos da infraestrutura que a região oferece aos seus habitantes. Os espaços podem ser reconhecíveis, mas a atmosfera, a energia, a dinâmica devem ser experimentadas em vez de exibidas. Queremos nos envolver e confiar radicalmente no que existe.
-noAarchitecten, EM2N, Sergison Bates
O projeto está focado em trazer a arte de volta à cidade, com produção artística substituindo a produção industrial. Escolas, artistas e fabricantes serão convidados a trabalhar e expor no centro, indo além da ideia tradicional de museu como “arquivo”. Da mesma forma, o esquema oferece comodidades públicas além de um resumo tradicional do museu, com auditórios, ateliês, restaurantes e salas de aula, as quais os arquitetos descrevem como um “tributo ao público e uma celebração da vida na cidade”.
Via: Sergison Bates
Arquitetos
Localização
Willebroekkaai, 1000 Bruxelas, BélgicaArquiteto Responsável
Stephen Bates, Francesco Apostoli, Fabian Hörmann, Baptiste Blot,Equipe de Projeto
Jasper Caenepeel, Kirsten Gabriëls, Estelle Jakubowski, Marije Rutten, Béatrice Bruneaux, Konrad Scheffer, Andrea Zandalasini, Jonas Rindlisbacher (model making), Jennifer Bottlang (model making), Serafina Eipert, Damiano Finetti, Sunayana Jain, Evelien Pletinckx, Elke Schoonen, Simon Stroo, Jonathan Teuns, Nathan WoutersCliente
Gouvernement de la Région de Bruxelles-CapitaleParceiros de Projeto
Le Centre International pour la Ville, l’Architecture et le Paysage (Fondation CIVA) / Le Centre Pompidou, Paris, FrançaEngenharia Civil
Buro Happold LtdAcústica
Kahle AcousticsArte
Benoît van InnisSaúde e Segurança
BOPRO nv, MechelenConsultoria Luminotécnica
Joost de Beij, ZaltbommelMídia
iart ag, BaselVisualização
Ponnie, Aachen; EM2N, ZuriqueConsultores
Peter Cachola Schmal, Ian Cartlidge, Anne Pontégnie, Anna ViebrockOrçamento
€125 milhõesÁrea
39000.0 m2Ano do projeto
2018Fotografias
Cortesia de NOA / EM2N / SBA