No dia 20 de maio, o mundo da arquitetura voltará seus olhos para Veneza e para a inauguração da 18ª edição da Bienal de Arquitetura. Desde que a arquiteta Lesley Lokko foi anunciada como curadora do evento, o ArchDaily tem coberto todos os detalhes da Bienal e sabemos que, dias antes da abertura, surgem muitas dúvidas sobre o evento entre nossos leitores.
A seguir, respondemos as 10 perguntas mais frequentes:
Quando será a inauguração oficial da Bienal de Arquitetura de Veneza?
Para o público em geral, a Bienal será aberta somente à partir do próximo dia 20 de e permanecerá aberta até 26 de novembro. Até o dia 30 de março, preço da entrada é € 20,50, porém, há bilhetes válidos por 3 dias à partir do primeiro aceso que custam € 30,50. Saiba mais aqui.
Onde acontece a Bienal de Arquitetura de Veneza?
O Giardini e no Arsenale são os principais locais do evento. Estes espaços receberão a mostra The Laboratory of the Future, exposição elaborada por Lesley Lokko, e os pavilhões nacionais. Além disso, outros eventos acontecem paralelamente pela cidade.
Quem dirige a Bienal de Arquitetura de Veneza 2018?
A arquiteta, acadêmica e romancista Lesley Lokko é a curadora da 18ª Exposição Internacional da Bienal de Arquitetura de Veneza. Lokko foi escolhida pela La Biennale di Venezia, organização presidida desde 2020 por Roberto Cicutto, produtor de cinema e CEO da Luce Cinecittà.
O que são os pavilhões nacionais?
Os pavilhões nacionais são espaços físicos que abrigam a representação oficial de seus respectivos países na Bienal de Veneza em suas edições de arte e arquitetura.
Ao contrário dos participantes da exposição internacional de arquitetura, os curadores nacionais não são obrigados a seguir o tema proposto pelo curador da Bienal.
A Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 terá 63 participações nacionais, incluindo a estreia do Níger, enquanto o Panamá terá pavilhão próprio e o Vaticano voltará ao evento com um pavilhão na ilha de San Giorgio Maggiore.
Todos os pavilhões nacionais têm edifícios próprios na Bienal?
Não. Ao longo da história da Bienal de Veneza, 29 países construíram seus próprios edifícios para pavilhões nacionais, da Bélgica (1907) à Coréia do Sul (1996). Uma vez inaugurados, passam a ser administrados pelos Ministérios da Cultura (ou equivalentes) de seus respectivos países. Por outro lado, os países sem edifícios permanentes devem pagar uma comissão por sua participação.
No entanto, o fato de ter um pavilhão construído não garante presença em todas as bienais, como é o caso da Venezuela, país que não participou da edição de 2014, dirigida na ocasião por Rem Koolhaas, cofundador do OMA.
Qual a diferença entre os pavilhões nacionais e a mostra internacional da Bienal de Arquitetura de Veneza?
Desde 1998, a Bienal de Arquitetura de Veneza se baseia em três pilares: os pavilhões nacionais (cada país escolhe seus próprios curadores e projetos), a exposição internacional (pelo curador da Bienal) e eventos paralelos (aprovados pelo curador da Bienal). Nesta edição com curadoria de Lokko serão 89 arquitetos convidados para a exposição internacional com forte presença africana.
Quem escolhe os curadores nacionais da Bienal de Arquiteturua de Veneza?
Cada país participante estabelece seus próprios mecanismos para escolher tanto sua exposição quanto seus curadores. Na maioria das vezes, são associações entre diferentes instituições estatais, mas isso não garante que os curadores sejam escolhidos por meio de chamadas públicas.
Por exemplo, no caso de países como Espanha, Argentina e Chile, as chamadas públicas são realizadas com o apoio dos ministérios. Em outros casos, como na Holanda, a eleição fica a cargo do Het Nieuwe Instituut (HNI) e no Brasil é a Fundação Bienal de São Paulo que decide a produção da amostra e escolhe seu(s) curador(es).
Quem integra o júri da Bienal de Arquitetura de Veneza?
O júri da Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 ainda não foi divulgado, já que normalmente essa informação é anunciada poucos dias antes da abertura do evento. Porém, como referência, em 2021 o júri foi formado por Kazuyo Sejima (Japão), Sandra Barclay (Peru), Lamia Joreige (Líbano), Luca Molinari (Itália) e a própria Lesley Lokko (Gana-Escócia). Cada um deles foi escolhido pelo Conselho Administrativo da Bienal de Veneza, por indicação de Hashim Sarkis, curador daquela edição.
A Bienal de Arquitetura de Veneza entrega prêmios?
Sim, o Júri da Bienal concede o Leão de Ouro para a melhor participação nacional, o Leão de Ouro para a melhor participação na mostra internacional e o Leão de Prata Leão para alguma jovem promessa da mesma exposição.
Os vencedores serão anunciados no sábado, 20 de maio de 2023, com exceção do Leão de Ouro pela Trajetória, que é anunciado meses antes da abertura.
Por que o prêmio da Bienal de Arquitetura de Veneza é um leão?
É preciso voltar a 1949, quando o Leão de Ouro fez sua primeira aparição como prêmio na Bienal de Arte de Veneza. Sua figura remete à representação simbólica de São Marcos, símbolo da cidade de Veneza e da República de Veneza, nação desaparecida em 1797 após ser conquistada pelas tropas comandadas por Louis Baraguey d'Hilliers em nome de Napoleão Bonaparte.
Acompanhe a cobertura do ArchDaily da Bienal de Arquitetura de Veneza 2023.