Plantas e espécies vegetais são excelentes elementos para compor a arquitetura e espaços construídos. Entretanto, quando se trata de ambientes internos – áreas que geralmente recebem menor quantidade de luz e ventilação natural – certas espécies apresentam resistência à adaptação.
Por isso, ao pensar em espécies vegetais para interiores - seja uma casa, apartamento ou um espaço comercial - algumas espécies são mais indicadas e se adaptam melhor. Compilamos, a seguir, 13 espécies com boa adaptação a ambientes internos.
Cróton (Croton lawianus)
Características: Com folhagens grandes e coloridas e variação de tons – do verde e amarelo ao vermelho e roxo – esta espécie arbustiva chama a atenção por suas brilhantes folhas e longo tempo de vida.
Cuidados: Necessita receber longas exposições de luz solar e por esse motivo é indicada para interiores que recebem iluminação abrangente e que sejam posicionadas ao lado de janelas. Vale ressaltar que esta espécie não se adapta a ambientes com baixas temperaturas e/ou com a presença de ar condicionado, adaptando-se melhor a ambientes com temperaturas mais altas.
Podendo alcançar de 2 a 3 metros de altura, permite que galhos e ramos sejam podados e replantados. Indica-se que o solo seja mantido sempre úmido, mas sem encharque. Ao manipular a planta na troca de vasos ou mesmo durante a manutenção, utilize luvas, dado que a seiva desta contém propriedades tóxicas e pode causar irritações à pele.
Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia amoena)
Características: Como uma das plantas mais utilizadas nos interiores de residências e apartamentos, a espécie arbustiva é perene e cresce até 50 centímetros de altura. Com veios brancos sob a folhagem, produz flores durante o verão e primavera. Sensível a baixas temperaturas, é indicada a regiões de clima tropical e subtropical.
Cuidados: A espécie tem boa adaptação aos ambientes com luminosidade intermediária, mas indica-se que seja posicionada perto de janelas e locais que recebam luz natural. Para se desenvolver, necessita de umidade, portanto, regue-a diariamente, mas não deixe que o solo fique demasiadamente encharcado.
Com grande concentração de oxalato de cálcio, substância química que caso ingerido gera efeitos tóxicos ao organismo, como asfixia, por exemplo, é imprescindível que seja mantida longe do alcance de crianças e animais.
Maranta-riscada (Calathea ornata)
Características: Perene, robusta e com folhagem ornamental em tons avermelhados na fase adulta, esta espécie pode atingir entre 30 e 90 centímetros de altura e a formação de flores ocorre em locais com alta umidade. Possui sensibilidade a ambientes frios ou com ar condicionado.
Cuidados: Mantenha-as à meia-sombra, sempre úmidas. Quando novas, as folhas são tóxicas, assim, indica-se o uso de luvas de jardinagem para manutenção. Se podadas, as folhas apresentam rápida multiplicação.
Renda-portuguesa (Davallia fejeensis)
Características: Como uma samambaia originária das ilhas Fiji e Austrália, esta espécie cresce aproximadamente de 20 e 40 centímetros de altura. Suas folhas são frágeis e crescem no sentido inferior, portanto, deve ser disposta em locais elevados.
Cuidados: A espécie precisa de terra rica em matéria orgânica e deve posicionada em locais iluminados por luz difusa, dado que não tolera a iluminação solar direta.
Durante o inverno, as folhas tendem a cair, permanecendo apenas as ramificações. Se não caírem, é recomendado que sejam podadas para permitir o crescimento de nova folhagem.
Samambaia-paulista ou Samambaia-de-metro (Nephrolepis spp.)
Características: Como espécie mais cultivada no território brasileiro, detém as mesmas características de folhagem da anterior. Não se adapta às regiões frias, preferindo o clima tropical.
Cuidados: Há uma variação no tamanho das folhas que devem ser podadas, tratadas com adubagem e posicionadas em locais bem iluminados naturalmente, mas, livre de insolação direta. A terra utilizada deve estar sempre úmida e rica em matéria orgânica. Podem ser plantadas tanto em vasos suspensos no forro ou afixados às superfícies das paredes.
Zamioculca (Zamioculcas zamiifolia)
Características: Cada vez mais adotada em ambientes internos, esta espécie suporta condições de baixa luminosidade e manutenção.
Cuidados: Se colocada em locais com maior incidência de luz, é recomendado que a planta receba maior quantidade d’água. Se regadas excessivamente, podem apresentar amarelamento nas folhas. Estas devem ser limpas com frequência com mangueira ou pano úmido para retirar impurezas e manter o brilho. Não se esqueça de retirar os ramos mortos ou apodrecidos, evitando a contaminação dos demais.
Véu-de-noiva (Gibasis pellucida)
Características: Caracterizada por suas minúsculas flores brancas sobre a folhagem, é uma planta pendente de rápido crescimento, o que faz com que seja necessário podá-las constantemente. O plantio deve ocorrer em vasos pendentes ou presos a parede.
Cuidados: Por não suportar baixas temperaturas, deve ser cultivada em ambientes aquecidos ou que recebam luz natural à meia-sombra. Se colocadas em ambientes mal iluminados, provavelmente suas folhas cairão e perderão coloração. Mantenha o substrato sempre úmido, com regas regulares.
Jibóia (Epipremnum pinnatum)
Características: De folhagem ornamental, perene e semi-herbácea é típica das regiões temperadas, por isso, adaptam-se melhor a baixas temperaturas.
Cuidados: Em ambientes internos, costumam ser apoiadas em suportes de xaxim, a pleno sol ou à meia-sombra.
Lança de São Jorge (Sansevieria cylindrica)
Características: Com suas marcantes folhas verticais em formato cilíndrico, esta planta é ideal para ambientes interno dado sua alta durabilidade e tempo de vida.
Cuidados: Para aqueles que preferem espécies que exigem pouca manutenção, esta parece ideal, uma vez que necessita ser regada apenas uma vez a cada 15 dias e não necessita de podas. Importante ressaltar que durante a rega, a água deve ser despejada sobre a terra e não sobre as folhas.
Palmeira-ráfia (Rhapis excelsa)
Características: Originária do continente asiático, possui esbeltos caules, assemelhando-se aos bambus.
Cuidados: De crescimento lento, deve ser cultivada à meia-sombra e regada semanalmente, sem encharques exagerados sob a terra. Folhas secas ou queimadas devem ser retiradas e necessita de limpeza sobre as mesmas, através de borrifadas d’água pela retirada de impurezas.
Palmeira-leque (Licuala grandis)
Características: Ideal para climas tropicais, esta espécie monocaule apresenta várias folhagens que assemelham-se a um leque.
Cuidados: Indica-se que seja posicionada perto de janelas ou varandas, mas que não receba luz natural direta. Deve ser regada constantemente, em torno de 4 vezes por semana, além de receber borrifadas d’água nas folhas.
Bambu Mosso (Phyllostachys Pubescens)
Características: Caracterizado por sua forma, seu nome significa bambu peludo. A função dos “pêlos” vegetais dessa espécie é protegê-la contra o ataque de pragas.
Cuidados: Suas folhas e hastes apresentam coloração verde vibrante e podem atingir até 15 metros de altura e 15 centímetros de diâmetro, portanto, indica-se que receba podas frequentes.
Diferente das outras espécies de bambu, pode ser plantada em vasos, desde que respeitado um afastamento entre os caules.
Suculentas
Características: Caracterizadas como plantas que apresentam raízes e folhas engrossadas, de modo a permitir maior armazenamento de água durante períodos prolongados, apresentam fácil manutenção.
Cuidados: Caso as folhas comecem a murchar, aumente a quantidade de água; se as mesmas começarem a apodrecer, diminua a quantidade durante a rega. Caso percam folhas, possivelmente estão recebendo pouca quantidade de luz natural; nesse caso, indica-se que sejam expostas ao sol durante cerca de quatro horas por dia.
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