A prática da deriva é um assunto que desperta muito interesse dos profissionais que estudam as cidades. Os Situacionistas, movimento de crítica social iniciado em 1957, propuseram com essa prática novas interpretações da cidade a partir da experiência vivida por cada indivíduo. Jacopo Visconti, curador da 34a Bienal de Artes de São Paulo, analisou em sua tese de doutorado as práticas artísticas que incorporam o ato de andar, buscando características que envolveram a prática da deriva situacionista. Jacopo, orientado pelo Prof. Dr. Luis Antonio Jorge, defendeu em 2012 sua tese que ganhou uma edição publicada pela Martins Fontes. Veja abaixo o resumo da tese.
"Esta tese tem como objetivo delimitar e analisar uma estratégia artística recorrente a partir do final da década de 1960, que consiste exclusivamente, ou incorpora como seu elemento fundamental, o ato de andar, na maioria dos casos por parte dos próprios artistas. Para definir essa prática, utiliza-se aqui o termo deriva, cuja matriz situacionista introduz o olhar social e politicamente engajado a partir do qual a maioria das obras analisadas foram criadas, e com base no qual elas são lidas neste contexto. Na primeira parte da tese, são desenvolvidas algumas considerações teóricas, com o fim de evidenciar algumas características recorrentes na produção das derivas, ao passo que elas são contextualizadas em preocupações e tendências mais gerais, como a que visa a desmaterialização da arte, ou a chamada estética relacional, entre outras. Na segunda parte, apresenta-se um compêndio bastante amplo, e apesar disso ainda longe de poder ser considerado completo, de obras pertinentes nesta discussão, produzidas ao longo das últimas quatro décadas."
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Novas derivas
Esta tese tem como objetivo delimitar e analisar uma estratégia artística recorrente a partir do final da década de 1960, que consiste exclusivamente, ou incorpora como seu elemento fundamental, o ato...
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