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Cada movimento artístico e de design tem uma história interessante sobre como influenciou a arquitetura, e nem todos começaram com os mesmos princípios pelos quais ficaram depois conhecidos. A Bauhaus não é exceção. Ícone das origens do movimento moderno, a famosa escola alemã foi uma instituição experimental voltada para o expressionismo, criatividade e artesanato, unindo os estilos de Art Nouveau e Arts and Crafts com desenhos modernos.
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Antes de Weimar ser associado à Bauhaus, abrigou a Grand Ducal Saxon Academy of Arts and Crafts, um movimento distinto fundado pelo designer Henry van de Velde. O belga foi forçado a voltar para sua cidade natal após a eclosão da Primeira Guerra Mundial, mas fez questão de deixar um sucessor, ninguém menos que Walter Gropius. Na época, Gropius tinha adquirido conhecimentos de design da firma Deutscher Werkbund e no escritório de Peter Behrens, e sua abordagem inicial ao design consistia na renovação da sociedade e da humanidade a partir da comunidade.
A guerra e o trauma que ela deixou obrigaram os designers a voltarem a meios de produção um tanto arcaicos, inclinados a ideais expressivos e ecléticos. Os primeiros designers da Bauhaus, como Kandinsky e Wassily, até mesmo Gropius, demonstraram um interesse distinto no expressionismo abstrato, no cubismo e no surrealismo, valorizando a cultura e o popular em suas técnicas de produção, seleções de materiais e projetos.
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Foi apenas alguns anos depois, durante a exposição de 1923 na Haus am Horn, que Gropius conseguiu “rever” o manifesto da Bauhaus e mostrar “uma unificação das artes através do artesanato a um desejo explícito de restabelecer o contato perdido do artista com o mundo da produção ”, dando origem ao "estilo" Bauhaus hoje conhecido.
Embora as peças ainda fossem produções artesanais, seus desenhos e paletas de cores ofereciam a possibilidade de pré-fabricação e produção em massa. Os desenhos tradicionais foram mesclados a materiais e técnicas modernas, constituindo uma relação de vanguarda entre o ofício e o funcionalismo, com ênfase na cultura do consumo.
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Alguns anos mais tarde, a Bauhaus de Weimar foi destruída, forçando os estudantes e mestres a se mudarem para a refinada cidade industrial de Dessau.
Saiba mais sobre a história expressionista da Bauhaus no artigo da Metropolis Magazine, escrito por Akiva Blander.