![Racionalidade de modulação e repetição no projeto habitacional: Edifícios Guarapirá e Hicatu - Imagem 1 de 7](https://images.adsttc.com/media/images/5d49/d40a/284d/d1f5/5800/0001/medium_jpg/c5690f_e6012e665deb43cf996644e8da965334_1.jpg?1565119494)
![Racionalidade de modulação e repetição no projeto habitacional: Edifícios Guarapirá e Hicatu - Imagem 3 de 7](https://images.adsttc.com/media/images/5d49/d431/284d/d1f5/5800/0003/medium_jpg/AD_Sponsorship_Banner-pc3.jpg?1565119534)
Imaginado como um grande empreendimento residencial numa área de expansão da cidade de São Paulo, o Conjunto Residencial Jardim Ana Rosa iniciou seu projeto de loteamento em 1950, na região da Vila Mariana, em frente ao Largo Ana Rosa. O empreendimento, realizado pelo Banco Hipotecário Lar Brasileiro contava com a participação de vários arquitetos proeminentes em São Paulo no momento, como Abelardo de Souza, Plínio Croce, Roberto Aflalo e Salvador Cândia. Em sua versão inicial, o projeto previa alguns edifícios lindeiros à Av. Vergueiro e a maior parte da área destinada a residências unifamiliares.
![Racionalidade de modulação e repetição no projeto habitacional: Edifícios Guarapirá e Hicatu - Imagem 6 de 7](https://images.adsttc.com/media/images/5d49/d411/284d/d12f/d700/006d/newsletter/c5690f_e6012e665deb43cf996644e8da965334_2.jpg?1565119501)
Um ano mais tarde, esse desenho muda radicalmente com a alteração proposta por Eduardo Kneese de Mello em 1951. Partindo de princípios explicitamente modernos, o arquiteto propõe que toda a quadra triangular, central no conjunto, dê lugar à 5 lâminas e um pequeno bloco de exceção. A proposta parte do entendimento da situação do terreno e a solução adotada é aquela que cria a melhor condição de iluminação e circulação.
![Racionalidade de modulação e repetição no projeto habitacional: Edifícios Guarapirá e Hicatu - Imagem 7 de 7](https://images.adsttc.com/media/images/5d49/d41e/284d/d1f5/5800/0002/newsletter/c5690f_e6012e665deb43cf996644e8da965334_Page_05.jpg?1565119508)
As lâminas são orientadas no sentido leste-oeste para maximizar a iluminação natural. A opção por apartamentos duplex, artifício já utilizado no Edifício Japurá, dá margem à economia de circulação: o projeto aproveita o desnível de 11m entre as duas ruas para criar três acessos para o edifício, dois pela rua superior (Dr. José de Queiroz Aranha) e um pela rua inferior (Alceu Wamosy). Esses três acessos levam à 3 corredores que servem a todos os apartamentos, eliminando a necessidade de elevadores e de escadas. Há um pavimento de acesso, social, e a partir de uma escada localizada na sala, se sobe ou desce para o pavimento íntimo.
![Racionalidade de modulação e repetição no projeto habitacional: Edifícios Guarapirá e Hicatu - Imagem 4 de 7](https://images.adsttc.com/media/images/5d49/d42c/284d/d12f/d700/006e/newsletter/c5690f_e6012e665deb43cf996644e8da965334_Page_06.jpg?1565119522)
![Racionalidade de modulação e repetição no projeto habitacional: Edifícios Guarapirá e Hicatu - Imagem 2 de 7](https://images.adsttc.com/media/images/5d49/d441/284d/d12f/d700/006f/newsletter/c5690f_e6012e665deb43cf996644e8da965334_Page_09.jpg?1565119543)
As unidades partem de um princípio racional de modulação e repetição, que permeia todo o projeto. As unidades de exceção, com menor área, se encontram nas pontas das lâminas para acomodar os edifícios ao formato irregular da quadra. O espelhamento das plantas e a demarcação de sua modulação são utilizados na composição das fachadas, assim como as esquadrias padronizadas. A área no térreo entre os edifícios é pensada como uma grande área ajardinada e livre. O telhado em forma de asa de borboleta e o uso de elementos vazados aproxima o edifício dos outros do conjunto e o insere num léxico da arquitetura moderna paulista.
![Racionalidade de modulação e repetição no projeto habitacional: Edifícios Guarapirá e Hicatu - Imagem 5 de 7](https://images.adsttc.com/media/images/5d49/d450/284d/d1f5/5800/0004/newsletter/c5690f_e6012e665deb43cf996644e8da965334_Page_10.jpg?1565119558)
Apesar de apenas as duas lâminas mais a oeste terem sido construídas, a proposta de Kneese marca uma experiência de organização da cidade, realizada dentro do âmbito da produção privada de habitação em São Paulo, que foge do limite do lote e se desprende da rua.
Data do projeto: 1952
Data da conclusão: 1953
Arquiteto: Eduardo Kneese de Mello
Área construída: 8.101,44 m²
Texto: Marta Vieira Bogéa e Rafael Letizio Sedeño Pinto | FAUUSP
Pesquisadores responsáveis: Prof. Leandro Medrano | FAUUSP, Prof. Luiz Recamán | FAUUSP, Profa. Helena Ayoub | FAUUSP, Profa. Marta Bogéa | FAUUSP
Pesquisadores: Cássia Bartsch Nagle, Katrin Rappl
Pesquisadora responsável por este número: Profa. Marta Bogéa
Bolsista responsável por este número: Rafael Letizio Sedeño Pinto
Acesse o material completo no link abaixo.
CHC_PT | fauusppc3
Os Cadernos de Habitação Coletiva decorrem de um acordo de cooperação entre pesquisadores da FAUUSP com ETSAM-UPM, que resultou na elaboração de uma versão brasileira dos "Cuadernos de Viviendas", originalmente desenvolvido pelo . Esse acordo visa a sistematização de informações sobre as habitações coletivas, que ficarão disponíveis para pesquisadores, órgãos públicos, profissionais e interessados.