Não há dúvida que a preservação do patrimônio histórico, artístico e arquitetônico é um objetivo fundamental para a construção de uma cidade justa. É um direito de todos os cidadãos, das presentes e das futuras gerações, conhecer e fruir nossa memória e nossa cultura. Mas para que de fato isto aconteça é essencial um olhar criterioso e ao mesmo tempo uma visão geral da cidade.
Há três problemas graves a serem enfrentados para dar esta efetividade às políticas de preservação do patrimônio histórico, os quais requerem uma reflexão que tento fazer aqui. O primeiro deles é uma visão romântica — populista até — da preservação, que utiliza critérios políticos ao invés de técnicos para decidir o que deve ser preservado.
O segundo é a ausência de uma política que dê aos proprietários de imóveis tombados a condição de mantê-los, transformando o tombamento em uma desapropriação sem indenização.
Finalmente, o terceiro é a dissociação e mesmo oposição entre o tombamento e a política urbana, em muitos casos gerando degradação do entorno ao invés da devida revitalização.
Leia o artigo completo escrito por José Police Neto no Caos Planejado.