A arquitetura da Tanzânia é construída para celebrar a natureza e a vida cotidiana. Representando uma longa história de diversos estilos, de influências britânicas e alemãs a árabes, muitos dos principais edifícios do país incluem mesquitas, igrejas e mercados. Hoje, a diversidade da Tanzânia também está enraizada em sua arquitetura e estruturas tradicionais que foram moldadas tanto pelo uso funcional quanto pela cultura.
Desde a montanha mais alta da África, o Monte Kilimanjaro, até a região dos Grandes Lagos, a Tanzânia abriga uma geografia variada que inclui florestas densas, planaltos e ilhas. Mais de um terço do território do país é composto por áreas de preservação e, por sua vez, o ambiente construído reflete um respeito pelas paisagens circundantes e pelos sistemas naturais. Cerca de 90% da população da Tanzânia vive em ambientes rurais, e a arquitetura local varia das casas em forma de colmeia do Haya às casas de madeira e palha do povo Gogo.
Recentemente, a Tanzânia se tornou o lar de uma variedade de espaços criativos para aprender e se divertir. Mais de 120 grupos étnicos vivem na Tanzânia e se adaptaram a uma ampla variedade de paisagens e climas. A construção, por sua vez, foi adaptada com o intuito de abrir espaço para a vida cotidiana e criar conexões perfeitas entre os espaços interior e exterior. Os projetos a seguir representam alguns dos edifícios recreativos, escolas e pavilhões contemporâneos que compõem a arquitetura da Tanzânia hoje.
Combinando a arquitetura tradicional asiática e africana
O escritório de arquitetura Ingvartsen Architects voltou o olhar para a “arquitetura de intercâmbio cultural” - não com o objetivo de explorar a identidade ou experimentar a estética, mas com um objetivo prático em mente: minimizar a propagação de doenças. O Projeto Magoda combina elementos asiáticos com métodos tradicionais de construção rural africana na vila de Magoda, na região de Tanga, na Tanzânia, assumindo a forma de oito casas protótipo. O projeto mostra que as trocas culturais em design e arquitetura podem dar grandes contribuições para a solução de problemas humanitários, não apenas para melhorar a saúde e a higiene, mas também trazendo conforto e felicidade.
Manta, o dormitório subaquático por Genberg Underwater Hotels
Essa estrutura flutuante possui três níveis e cada um é uma experiência em si. Aqueles acima da água revestidos com madeira de lei local como o deck de desembarque, no nível do mar, que possui lounge e banheiro e a cobertura acessada pela escada, com uma área de descanso - para banhos de sol durante o dia e apreciação das estrelas durante a noite. Além disso, no período noturno, os holofotes subaquáticos sob cada janela da sala atraem a vida marinha.
Centro Infantil Econef por Asante + Lönnqvist & Vanamo
O Centro Infantil Econef é uma colaboração com a Asante Architecture & Design, Lönnqvist & Vanamo Architects, Architects Without Borders Sweden, Engineers Without Borders Sweden e ECONEF, uma ONG sueco-tanzaniana que visa melhorar o padrão de vida de órfãos na região de Arusha. A ECONEF é uma organização não governamental independente localizada em Jua-kali, nos arredores de Arusha, no norte da Tanzânia. O novo Centro Infantil inclui dormitórios e salas de aula para 25 crianças.
Biblioteca Amani por Social Practice Architecture
Como afirma o SPA, os materiais e técnicas tradicionais adaptados ao meio ambiente são frequentemente abandonados na Tanzânia em favor da importação de materiais e produtos caros e às vezes ineficientes em termos de energia, como blocos de concreto, dos quais apenas os fabricantes de economias mais avançadas se beneficiam. O projeto visa trazer de volta a terra como um material de construção moderno e sustentável, usando artesanato tradicional e métodos simples, para continuar a tradição de construção rural local. Ele também visa servir de exemplo para futuros empreendimentos a fim de melhorar a qualidade das habitações rurais da Tanzânia.
Alojamento Jabali Ridge por Nicholas Plewman Architects
Localizado em uma cordilheira alta e rochosa, o Jabali oferece vistas panorâmicas do Parque Nacional Ruaha, na Tanzânia. Emergindo da paisagem crua, estruturas de madeira permeáveis criam pontos de vista discretos que mergulham o visitante no deserto. Jabali, como em todos os projetos da Asilia, foi construído com o mais alto respeito pelo meio ambiente. Um dos principais fatores de design foi que o alojamento não deveria ser visível ao olho humano à distância. Isso foi alcançado através do posicionamento delicado das estruturas, modelagem cuidadosa das formas construídas e escolhas materiais apropriadas.