O pesquisador britânico Darmon Richter concluiu uma série de visitas à Zona de Exclusão de Chernobyl. Registrada no livro Chernobyl: A Stalkers’ Guide, a documentação de Richter explora uma área do tamanho de um pequeno país e vai mais fundo do que qualquer relato já publicado. Por meio de uma série de fotografias, seu trabalho revela cidades fantasmas esquecidas e monumentos perdidos nas profundezas das florestas.
Localizada ao norte de Kiev, Chernobyl foi o palco do pior desastre nuclear da história da humanidade. A Usina de Energia Nuclear Lenin V.I. foi construída entre 1970 e 1977. Logo após o desastre de 1986, a cidade vizinha, Pripyat, foi evacuada e a Zona de Exclusão criada para garantir que ninguém entrasse nas áreas de alta radiação. Embora os níveis de radiação diminuam gradualmente, as ruínas da usina e a Zona de Exclusão tiveram acesso proibido por muitos anos.
Décadas mais tarde, a zona acabou sendo aberta para curtas excursões turísticas, permitindo que os visitantes conhecessem a cidade fantasma de Pripyat. Até o momento, os esforços de reconstrução dentro e ao redor de Chernobyl se concentraram na recuperação ambiental e no redesenvolvimento da área. Em um esforço para isolar o reator nuclear danificado, em 2016 foi construída a maior estrutura móvel de metal do mundo, conhecida como Novo Confinamento Seguro.
Richter registrou imagens das florestas de Chernobyl, vilas históricas e regiões evacuadas na Ucrânia e na Bielorússia. O livro combina fotografias feitas durante suas visitas à Zona de Exclusão com as experiências daqueles que testemunharam o desastre – engenheiros, cientistas, policiais e civis evacuados. Richter também teve acesso a algumas das áreas mais isoladas da usina, o verdadeiro epicentro do desastre nuclear.