Dominique Perrault Architecture venceu o concurso para projetar a nova cobertura retrátil da quadra de tênis Suzanne Lenglen. Melhorando a experiência do público no “Aberto da França”, a “intervenção arquitetônica não só cria uma cobertura mas propõe um conjunto de grande envergadura cuja silhueta dialoga tanto com a paisagem local como com a arquitetura do edifício existente”.
Em consonância com os recentes trabalhos realizados com a cobertura retrátil da quadra de Philippe Chatrier e com a construção da nova quadra Simone Mathieu, no local do torneio de Roland Garros, a nova cobertura da quadra Suzanne Lenglen pretende se enquadrar neste contexto. Propondo um conjunto arquitetônico em grande escala, não apenas uma cobertura retrátil, Dominique Perrault imaginou uma estrutura flutuante acima da quadra.
“A intervenção preserva a integridade do volume existente ao definir uma estrutura pura e técnica em forma de 'U', aberta aos montes do Bois de Boulogne”. Composta por uma parte móvel, feita em lona, e uma parte fixa que dá suporte e integra todos os equipamentos necessários, a estrutura se dobra e se desdobra rapidamente. Ao criar um diálogo entre uma nova superfície plana horizontal e as curvas existentes das arquibancadas laterais, o projeto aprimora a geometria da quadra Suzanne Lenglen.
Constituída por um conjunto de soluções técnicas adaptadas a desafios específicos, a cobertura proposta está suspensa sobre as arquibancadas existentes, com sobreposição suficiente. Cobrindo as arquibancadas em três lados, os dois "braços" leste e oeste do "U", com vão de 87 metros, integram os trilhos e os mecanismos de travamento do teto móvel, enquanto a seção sul forma uma caixa de armazenamento para a estrutura retrátil e abriga o guincho e motor para o acionamento do mecanismo de desdobramento, graças a um botão móvel. Além disso, “o sistema construtivo da estrutura de aço é baseado principalmente na montagem aparafusada. Lateralmente, uma malha, com sua parte superior fixada nas vigas longitudinais e parte inferior nas estruturas de concreto existentes, envolve as arquibancadas”.
A cobertura móvel da quadra Suzanne Lenglen, pensada como um tecido plissado, se desdobra com delicadeza e leveza em uma estrutura sólida. O teto móvel, como uma membrana, é composto por uma sucessão de 21 módulos de lona esticada em forma de "V", fixados continuamente entre os cabos. Cada módulo tem aproximadamente 5 metros de largura e 44 metros de comprimento. O tecido proposto é de fibra de PTFE, que apresenta “alta transmissão de luz, baixa manutenção, robustez sob repetidos movimentos de dobra e desdobramento, preservação de suas qualidades mecânicas em climas frios e uma vida útil muito mais longa do que os tecidos convencionais”.
Abrindo-se em direção aos montes do Bois de Boulogne ao norte, e em direção a um entorno urbano ao sul, a quadra Suzanne Lenglen representa a fachada principal do complexo de Roland Garros. Localizado no eixo pedonal central, o projeto apresentou também uma oportunidade para melhorar a qualidade dos espaços públicos existentes, em particular o adro ao sul da arquibancada. Na verdade, “uma vez que a quadra está coberta, se torna um local abrigado, pronto para ser ativado e animado durante os eventos esportivos”.
- Competição: 1° Lugar
- Localização: «Aberto da França» terreno, Avenue Gordon Benette, 75016 Paris
- Cliente: The French Tennis Federation (FFT) + Société de Livraison des Ouvrages Olympiques (Solideo).
- Construtora: Renaudat Centre Constructions, construção em aço, Chateauroux
- Arquiteto: Perrault Architecture (DPA/Paris)
- Empresas Associadas: - Ramery (trabalho estrutural), Laigneville - Taiyo (tela), Muehweg
- Escritórios de Engenharia Associados: - estrutura: T/E/S/S, Paris - fluídos/CFO-CFA: CHOULET, Clermont-Ferrand - mecanismo: MEC A, Nantes - acústica/iluminação: Lamoureux, Paris -sustentabilidade: ELEMENT , Paris
- Subcontratação de Escritórios de Engenharia: - tráfego e redes: Mozaïc, Caen - economia: AXIO, Paris - BIM: Aur Blanc, Lyon - Gestão do projeto de execução: Calq, Paris