Pavilhão da Hungria na Bienal de Veneza revisita seu patrimônio arquitetônico socialista

O Pavilhão Húngaro da 17ª Bienal de Veneza explora a arquitetura socialista, muitas vezes desafiadora, e analisa como essa herança poderia ser reconsiderada e ter um novo futuro. Intitulada Othernity - Reconditioning our Modern Heritage, a exposição com curadoria de Dániel Kovács apresenta doze edifícios icônicos modernos de Budapeste e as visões de doze firmas arquitetônicas da Europa Central e Oriental para seu recondicionamento. O projeto do Pavilhão Húngaro estuda como a arquitetura pode construir a partir de seu passado para fomentar a resiliência, sustentabilidade e fortes identidades culturais.

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Courtesy of Hungarian Pavilion. Image © Dániel Dömölky

Com as mudanças sociais e o movimento em direção a um ambiente construído sustentável, a herança modernista enfrenta um futuro incerto, especialmente na Europa Central e Oriental, onde esta arquitetura particular também está interligada com o passado socialista. O projeto do Pavilhão Húngaro visa mudar a narrativa em torno do modernismo socialista frequentemente difamado e desencadear um diálogo construtivo em torno das valiosas lições e partes significativas deste referencial arquitetônico que poderiam ser levadas adiante no futuro.

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Courtesy of Hungarian Pavilion. Image © Dániel Dömölky

A contribuição do Pavilhão Húngaro para a bienal é um projeto colaborativo que pesquisa as possibilidades de recondicionamento e proteção deste patrimônio arquitetônico. A equipe curatorial convidou doze práticas arquitetônicas da Europa Central e Oriental a repensar doze edifícios icônicos em Budapeste construídos durante o regime socialista que tem valor para a comunidade local, mas que caíram em desuso. As práticas convidadas compartilham a mesma bagagem histórica e compreendem as implicações sociais, culturais e arquitetônicas do modernismo socialista.

Othernity para nós é um método tão novo, baseado na colaboração, que nos ajuda a repensar nossa prática de proteção patrimonial e, ao mesmo tempo, é um comportamento arquitetônico que pode criar uma atitude mais responsável em relação à profissão e à sociedade - a equipe curatorial do Pavilhão Húngaro

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O projeto curatorial constrói duas narrativas, entendidas apenas quando em conexão uma com a outra. A seção LABOR da exposição documenta a história dos doze edifícios, destacando seus valores individuais. Ao mesmo tempo, o SHOWROOM apresenta reflexões arquitetônicas contemporâneas, que articulam uma nova perspectiva sobre este patrimônio arquitetônico particular. O catálogo da exposição também apresenta um estudo do crítico de arquitetura Edwin Heathcote (Londres) e do professor de história arquitetônica Ákos Moravánszky (Zurique), que coloca o projeto em um contexto histórico mais amplo.

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  • Diretora Nacional: Julia Fabényi
  • Curador: Dániel Kovács
  • Equipe curatorial: Attila Róbert Csóka, Szabolcs Molnár, Dávid Smiló
  • Organização: Ludwig Museum – Museum of Contemporary Art
  • Com o apoio de: Ministério de Recursos Humanos
  • Participantes: A-A Collective (Polônia / Dinamarca / Suíça), Architecture Uncomfortable Workshop (Hungria), b210 (Estônia), BUDCUD (Polônia), KONNTRA (Eslovência / Macedônia do Norte / Croácia), LLRRLLRR (Estônia / Reino Unido), MADA (Sérvia), MNPL Workshop (Ucrânia), Paradigma Ariadné (Hungria), PLURAL (Eslováquia), Vojtěch Rada (República Tcheca), Studio Act (Romênia)

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Sobre este autor
Cita: Cutieru, Andreea. "Pavilhão da Hungria na Bienal de Veneza revisita seu patrimônio arquitetônico socialista" [The Hungarian Pavilion at the 2021 Venice Biennale Explores Ways of Managing the Socialist Architectural Heritage] 26 Mai 2021. ArchDaily Brasil. (Trad. Daudén, Julia) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/961475/pavilhao-da-hungria-na-bienal-de-veneza-revisita-seu-patrimonio-arquitetonico-socialista> ISSN 0719-8906

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