Desenvolvido pelo arquiteto Gerardo Caballero, com a colaboração de Paola Gallino, Sebastian Flosi, Franco Brachetta, Ana Babaya, Leonardo Rota, Emmanuel Leggeri, Sofia Rothman, Gerardo Bordi, Edgardo Torres e Alessandro De Paoli, La casa infinita, um projeto inspirado nas casas tradicionais argentinas, representará o país na próxima exposição internacional de arquitetura da Bienal de Veneza. O projeto refletirá sobre a identidade da casa popular argentina e sobre a história da habitação coletiva no país, explorando exemplos tanto públicos quanto privados. La casa infinita buscará estender os limites do doméstico e enfatizar a importância do coletivo sobre o individual, determinando que uma casa pode ser muito maior que a própria moradia: "pode ser a cidade, o campo e até mesmo o mundo".
Criada em 1895 sob o título "Exposição Internacional de Arte de Veneza", a Bienal de Veneza é, até hoje, uma das exposições culturais mais importantes do mundo, consolidando-se como uma plataforma universal onde os países têm a oportunidade de expor sua produção em um contexto internacional. Sob o tema "Como vamos viver juntos? ("How Will We Live Together?") a 17ª Exposição Internacional de Arquitetura finalmente abrirá suas portas no sábado, 22 de maio e contará com a participação de 46 países de todo o mundo. Aqui estão os detalhes da participação da Argentina nas palavras de seus curadores:
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Não se pode entrar na casa infinita, se está sempre dentro dela, é tão grande que também não se pode sair dela, é ampla e aberta, simples e discreta, não tem uma rota pré-determinada. Acreditamos que cada um de nós vive em uma casa diferente, mas no final percebemos que é sempre a mesma, aquela que compartilhamos e que pertence a todos. A casa é tão grande que você pode contorná-la a pé, de bicicleta, de carro, de trem, de ônibus, até mesmo de avião. Tem imensos pátios com montanhas e planícies, tem pequenos quartos com camas e mesas, tudo está conectado, você passa de um lado para o outro, é uma viagem através dela que dura uma vida inteira. A casa infinita representa nosso mundo, aquele que habitamos juntos.
Os visitantes que passem pelo Pavilhão Argentino encontrarão uma sucessão de espaços indefinidos que serpenteiam ao longo de uma parede que os articula e os une. Essa parede surge de uma manipulação geométrica da tradicional casa popular argentina; sua cor rosa sugere a técnica usada nestas terras para misturar sangue de boi com cal. O visitante terá a experiência de quantas casas e quantos percursos escolher, tantos quanto faz no seu dia a dia.
Uma seleção de obras e projetos representativos de habitações coletivas construídas na Argentina será exposta, sejam elas de iniciativa privada ou pública, produto de concursos ou investimentos, através de financiamento oficial ou privado. A casa será mobiliada com mesas e camas onde as obras escolhidas serão mostradas através de plantas, fotos, desenhos e maquetes. É intenção desta curadoria enfatizar estes projetos onde os espaços comuns desempenham um papel fundamental na forma como nos relacionamos uns com os outros e escolhemos viver juntos.
- Equipe de projeto: Gerardo Caballero (Curador), Paola Gallino, Sebastian Flosi, Franco Brachetta, Ana Babaya, Leonardo Rota, Emmanuel Leggeri, Sofia Rothman, Gerardo Bordi, Edgardo Torres, Alessandro De Paoli.
Confira a abrangente cobertura da Bienal de Arquitetura de Veneza 2021 realizada pelo ArchDaily. Não deixe de assistir à nossa playlist oficial no Youtube, onde apresentamos entrevistas exclusivas com arquitetas, arquitetos e curadores da Bienal.