Há três anos, a Jersey City Redevelopment Agency (JCRA) selecionou o escritório holândes OMA, para projetar um novo museu na Journal Square, no centro da cidade. Recentemente, foi revelado que o prédio será o lar de nada menos que o primeiro Centro Pompidou norte-americano: o Centro Pompidou × Jersey City.
Em uma entrevista coletiva com o prefeito de Jersey City Steven Fulop, o governador de Nova Jersey Phil Murphy, a primeira-dama Tammy Murphy, o presidente do Centro Pompidou, Serge Lasvignes (o Centro Pompidou é a americanização) e o representante da OMA Jason Long, a equipe revelou planos para um novo museu de arte contemporânea. O local não apenas apresentará a coleção expansiva do Pompidou, mas também criará um espaço prático para educação e desenvolvimento. O museu será localizado no interior do edifício restaurado Pathside, um volume com 3.400,00 m² (58.000 ft²), originalmente construído em 1912, como parte do complexo da estação de bondes da cidade, que mais tarde foi desativada e adquirida pela cidade em 2017. O edifício fica em frente da estação PATH da Journal Square, uma estação ferroviária com muito tráfego, que conecta passageiros de Jersey City a Manhattan.
“Com a maior coleção de arte moderna e contemporânea da Europa, o Centro Pompidou é o parceiro perfeito para concretizar nossa visão e solidificar a Journal Square como uma âncora regional para as artes”, disse Fulop em um comunicado à imprensa. “Quando o edifício Pathside estava sendo cogitado para se tornar um arranha-céu, vimos uma oportunidade única de mudar sua trajetória para melhor servir a cidade, como um museu e centro comunitário. Hoje, esse compromisso não está apenas se concretizando, mas elevamos o padrão com uma tremenda parceria internacional, que trará oportunidades de classe mundial para Jersey City. Este é o mais recente grande passo em direção aos nossos objetivos de revitalização mais amplos, utilizando tudo o que a nossa cidade tem a oferecer e configurando a Journal Square como um destino cultural para as gerações futuras.”
Algumas razões foram consideradas para se optar pela instalação da primeira sede do Centro Pompidou americano, em Nova Jersey. Primeiro, a cidade fica a apenas 5 km ( 3 milhas) de Manhattan e é facilmente acessível de carro ou trem. Em segundo lugar, a diversidade da cidade circundante e a flexibilidade na programação do novo edifício atraíram muito o Centro Pompidou, segundo o presidente Lasvignes, o museu poderá utilizar o projeto para experimentar e encontrar novas maneiras de ampliar seu público. Terceiro, de acordo com Long, as lajes nervuradas e sem pilares do edifício Pathside são comparáveis ao novo Whitney Museum, tornando-o uma proposta atraente para instituições de arte.
O prédio de quatro pavimentos, além de um subsolo, será reformado e os elementos históricos, como a fachada de tijolos, revestimento das paredes em terracota, cornijas e o limestone do térreo serão todos restaurados. As renderizações apresentadas também mostram a adição de um jardim acessível com esculturas na cobertura. No interior, o Centro Pompidou, que já tem sedes em Bruxelas, Xangai e na cidade espanhola de Málaga, fornecerá o suporte programático e curatorial, permitindo que o Centre Pompidou × Jersey City mantenha sua própria identidade distinta. Além de abrigar uma coleção permanente de arte contemporânea, o espaço também terá salas reservadas para exposições rotativas, eventos comunitários e educativos; uma análise mais aprofundada da programação da instituição será revelada nos próximos meses.
O Centro Pompidou × Jersey City está programado para ser inaugurado em 2024.
Este artigo foi publicado originalmente no jornal The Architect's Newspaper.