A expansão do campus de Manhattanville da Columbia University deu início a um distrito cristalino de edifícios revestidos de vidro, em meio à arquitetura vernacular de alvenaria do Harlem. As últimas adições ao campus de 6,87 hectares (17 acres) e $ 6,3 bilhões, planejado pela SOM, são dois edifícios projetados por Diller Scofidio + Renfro (DS + R) em colaboração com a FXCollaborative, que configurou um novo lar para a Columbia Business School. Com inauguração prevista para o início de 2022, Henry R. Kravis Hall e o Edifício Leste possuem onze e oito pavimentos, respectivamente, e oferecem 45.708,00 m² (492.000 ft²) de salas de aula, espaços públicos e escritórios para o corpo docente.
Os edifícios, conectados por uma praça pública projetada por James Corner Field Operations, são mais gêmeos fraternos do que imagens espelhadas. A fachada Kravis traduz a diversidade de programas, denotando escritórios do corpo docente com vidro fosco e espaço para os alunos com peles de vidro transparente, inseridas a partir da borda da placa do piso. O envelope de vidro do Edifício Leste, por outro lado, é tratado com um gradiente de opaco a transparente — cada painel possui um padrão sob medida e cuidadosamente calculado. Em ambos os edifícios, placas de GFRG cortam as texturas minerais das peles de vidro, segmentando o volume.
Ao tornar a circulação visível do lado de fora, os arquitetos brincam com as aberturas em resposta às opiniões expressas de muitos moradores, que consideram o novo campus uma invasão indesejada em seu bairro. “Recebemos a tarefa muito clara desde o início, de garantir que todos se sintam responsáveis por ambos os edifícios, ao contrário da torre marfim existente”, disse Miles Nelligan, diretor associado, DS + R. Essa ideia se aplica ao interior, relativamente livre de pilares nos espaços dos alunos do Kravis Hall, sustentados por treliças que compreendem os escritórios da faculdade e por painéis de vidro de oito metros de altura, que se estendem por três pavimentos, permitindo vistas profundas no coração da estrutura.
Este modelo de tecer elementos transparentes e translúcidos evoluiu diretamente do Centro de Educação Roy e Diana Vagelos, que a DS + R concluiu para o campus médico da Columbia, em 2016. A escola de negócios, no entanto, mostra um avanço na tecnologia do vidro. Os painéis de 8,53 m (28 pés) foram alcançados através da estreita colaboração com a Arup. Maquetes quiméricas foram construídas, recriando muitas das condições do projeto — acabamento das bordas, abas, juntas e treliças — para não apenas aperfeiçoar o movimento do vidro, mas também coordenar com a Turner Construction e os muitos fabricantes internacionais envolvidos.
O sucesso desses edifícios será visto, por fim, pela pedagogia colaborativa e pela alta tecnologia da inovação, que se espera criar na escola. Por enquanto, eles provavelmente desenvolverão outros experimentos com a translucidez / transparência, conforme a fase dois da expansão de Manhattanville iniciar.
- Arquitetos: Diller Scofidio + Renfro em colaboração com FXCollaborative
- Gerente de construção: Turner Construction
- Empreiteiro de gabinete externo: W&W Glass
- Peles de vidro: AZA-INT Corporation
- Vidro: Sedak Glass, AGC Interpane Glass Germany, Cricursa Spain, Pilkington Glass
- GFRG: IDA Exterior Systems e DKI / David Kucera Inc. – GFRG
- Portas: Ellison doors e portas giratórias Crane
- Consultor de fachada: Arup
Este artigo foi publicado originalmente no jornal The Architect's Newspaper.
