O OMA Nova York projetou uma nova ponte de pedestres de 145 metros sobre o rio Apatlaco que busca conectar o lado leste e o centro de Jojutla de Juárez, Morelos, como parte de um esforço de reconstrução do Infonavit após os danos estruturais e ambientais na área após os terremotos de 2017 no México: casas construídas nas margens do rio sofreram colapso, a linha principal de drenagem sofreu fraturas, espaços abertos foram ocupados com aterros sanitários e a dificuldade de atravessar o rio foi agravada pela destruição da ponte principal.
Estamos começando a enfrentar desastres naturais com maior frequência e os impactos de longo alcance exigem que mais espaços e recursos públicos sejam integrados em um projeto de resiliência. Após os recorrentes terremotos no México, a Ponte Jojutla tem como objetivo restaurar a infra-estrutura e o espírito comunitário. Seus dois pontos de referência reconectam simultaneamente não dois, mas três bairros fraturados, antecipam desastres além dos terremotos ao evitar possíveis inundações e oferecem novas instalações para revitalizar o relacionamento das pessoas com um rio que atualmente é temido ou negligenciado.
—Shohei Shigematsu, sócio do OMA
Esta ponte linear tem formato curvo por boas razões: "evita propriedades privadas, atravessa o rio duas vezes e está ancorada em três pontos diferentes da cidade: Panchimalco, um bairro ao sul da capital municipal; as quadras da parte baixa de Callejón Pacheco, muito perto do centro histórico; e o bairro Juárez, o mais central, mas mais danificado pelo terremoto", diz o escritório de arquitetura que a projetou em 2018.
A particularidade do projeto está em seus dois andares resultantes da estrutura de concreto em forma de uma grande viga em "I". O andar superior dá lugar a uma passarela mais alta que procura antecipar a elevação do nível das águas, ao mesmo tempo em que fornece sombra para as rotas de pedestres e bicicletas abaixo. Esta parte superior oferece a oportunidade de incorporar um parque linear, uma praça e um mercado para fomentar um novo eixo comercial como um conector entre as comunidades.
Por outro lado, as perfurações da viga ao longo de toda a extensão da ponte tornam-se aberturas que emolduram a paisagem local ao mesmo tempo em que servem para diversas atividades e ritmos, funcionando como espaços indefinidos que funcionam como bancos, escadas, portas, entre outros.
Equipe de projeto:
Sócio Responsável: Shohei Shigematsu
Arquiteto do Projeto: Shary Tawil
Equipe: Francisco Waltersdorfer, Vicky Daroca, Patricio Fernandez
Arquiteto Executivo: CCA/Bernardo Quinzaños
Estrutura: WSP