As fachadas são o cartão de visitas de toda construção, é quando os visitantes constroem as primeiras impressões do ambiente que estão adentrando. Elas são também parte da construção que mais fica exposta à ação do tempo e da poluição das ruas, exigindo manutenção periódica. Neste texto trazemos dicas que podem ajudar na hora de reformar a frente de sua casa.
Chamamos de fachada a parte externa da construção que faz limite com o exterior, seja para a rua, seja para as construções vizinhas ou seu entorno. A fachada frontal, em geral, é aquela que marca o acesso principal do lugar, por onde os visitantes entram. Por ser uma superfície externa vertical (diferente do telhado que é externa, mas é horizontal ou inclinada, e tem portanto outros atributos) as fachadas recebem acabamentos específicos para proteger a construção da insolação, chuvas, ventos e outras intempéries, e também da poluição das grandes cidades. Porém, ao estarem expostos constantemente ao tempo, esses materiais vão sendo desgastados, degradando-se com o tempo.
Dessa forma, é importante fazer a manutenção da fachada periodicamente, tomando cuidado com infiltrações, rachaduras ou ainda questões elétricas e hidráulicas que podem surgir de dentro das paredes. É comum realizar reparos na impermeabilização, quando há a manifestação de mofos e manchas de umidade, para prevenir desses problemas avançarem para a parte interna. Outra questão é quando há rachaduras ou mesmo desgaste dos revestimentos externos que permitem que a umidade e a água adentre pelas paredes e umedeça o interior. Nesse caso é fundamental reconstruir o revestimento e reforçar a impermeabilização.
Além disso, algumas vezes aproveita-se fazer a reforma da fachada para acrescentar novos elementos construtivos, como um brise ou outro tipo de sombreamento, ou ainda grades de proteção ou uma nova cobertura. As fachadas também são importantes estilisticamente para demonstrar a identidade daquele lugar. Assim como todas as manifestações estéticas, elas estão diretamente relacionadas com seu espaço e tempo, e algumas vezes é necessário remodelar a linguagem, mudando a cor ou até o material daquela construção.
Em geral as edificações, principalmente as residenciais, têm fachadas rebocadas e com pintura, ou com algum derivado como as bicamadas e monocamadas que trazem proteção, cor e textura juntas no mesmo processo. O resultado é uma textura mais áspera do que a parte interna e pintada. O mais comum é optar por uma cor bege ou branca, que são pigmentos mais econômicos e que desgastam pouco, mas é sempre possível incluir cores nas fachadas. Para reformar fachadas pintadas, é importante observar se há rachaduras e manchas na parede, e se houver, renovar também o reboco.
Outro tipo de acabamento possível são os revestimentos cerâmicos. Historicamente, em cidades ibéricas era comum usar azulejos nas fachadas. Azulejos portugueses, por exemplo, são famosos por aparecerem em fachadas residenciais e de igrejas. Hoje em dia é menos comum usar revestimentos cerâmicos ou porcelanatos nas fachadas dos edifícios, mas pode ser uma boa alternativa, já que é um material resistente e de fácil manutenção. Para aplicar, porém, é importante garantir que a parede esteja impermeabilizada, limpa e com uma camada forte de argamassa de assentamento.
Mais recentemente, a arquitetura têm se apropriado de elementos como peles externas, usando placas soltas que podem ser cimentícias, metálicas ou plásticas. As placas podem ser instaladas diretamente sobre a parede de alvenaria, ou podem também estar presas a uma estrutura independente, que funciona como uma segunda pele. As placas e estruturas independentes são usadas não somente como elemento de fachada externa, mas também integrados a algum tipo de elemento de sombreamento ou permeabilidade visual, podendo ser combinado aos mais variados materiais como bambus, madeiras e até tijolo.
As placas e os novos elementos são uma ótima forma de aproveitar o momento de manutenção da fachada de um edifício para remodelar seu exterior. Não é necessário alterar o conjunto todo, é possível inserir elementos pontuais e brincar com texturas, materiais, cores e volumes, sem fazer grandes mudanças na arquitetura. Independentemente de qual caminho for escolhido, é fundamental conferir se o tipo de material escolhido é adequado para ambientes externos e qual o tipo de manutenção que ele exige. Além disso, é sempre melhor realizar essas reformas em épocas mais secas, de poucas chuvas, já que é uma atividade externa que exige longo tempo de execução.