É normal se sentir intimidado pelo número crescente de representações de arquitetura sendo publicadas nas mídias sociais. Somando isso ao funcionamento do famigerado algoritmo, acabamos sendo expostos a publicações que são, em muitos aspectos, semelhantes entre si. Mas para nós, arquitetos, designers e estudantes, as redes sociais não são apenas uma plataforma de networking e divulgação de nossos trabalhos, elas servem também como fonte de inspiração. Se o algoritmo não está nos ajudando a conhecer coisas novas e diferentes, cabe a nós procurá-las.
Se você pesquisar #architecturevisualization no Instagram, você notará que uma grande quantidade de imagens que aparecem são renders hiper-realistas que se aproximam muito de fotografias de lugares reais. Não me entenda mal, renders hiper-realistas são necessários, pois é mais fácil para nós, arquitetos, entendermos desenhos e ilustrações que são mais conceituais se comparados a nossos clientes e pessoas para quem projetamos, já que eles nem sempre têm essa facilidade. É essa a utilidade das renderizações realistas. Ajudam a dar uma ideia clara de como o projeto ficará depois de concluído. É claro que, quanto mais realistas eles parecerem, mais fácil será para qualquer um entendê-los. Mas existem outras maneiras de transmitir a ideia, aparência e sensação do projeto arquitetônico que não é necessariamente realista como uma fotografia?
Para o tópico do ArchDaily: The Future of Architectural Visualizations, e como fonte de inspiração, estamos trazendo para você uma lista de 5 pessoas cujo trabalho no Instagram se desvia das usuais renderizações hiper-realistas. Também pedimos a eles que nos respondessem à pergunta: Como você acha que as representações de arquitetura serão em um futuro próximo?
Juan Barrios Duarte
JBD: Embora eu ache que o render realista continuará a desempenhar um papel fundamental para ajudar os clientes a visualizar projetos, acredito que a representação arquitetônica migrará cada vez mais para uma abordagem mais sensorial, a fim de nutrir a conexão emocional e fornecer experiências visuais multicamadas centradas em como os clientes vai se sentir em vez de como cada projeto vai ficar.
Mohammed Bilbeisi
MB: As representações de arquitetura continuarão evoluindo como sempre aconteceu, desde a antiguidade, principalmente após a invenção da Perspectiva Linear por Brunelleschi. Eu realmente acredito que nada revolucionário ocorrerá até que humanos ou máquinas desenvolvam um método novo e radical/uma mudança de paradigma para comunicar a intenção do projeto. As ferramentas de desenho estão evoluindo e evoluirão ainda mais, no entanto, o resultado permanecerá o mesmo… retratando o espaço tridimensional em uma superfície bidimensional como uma relação óptica complexa entre figura e figura/fundo.
Maddie Uhl
MU: Devido ao rápido desenvolvimento da tecnologia, as maneiras de representar a arquitetura já mudaram muito e continuarão mudando. Ter a capacidade de criar através do uso de vários softwares e mídias tem sido muito libertador. Acredito que isso só continuará se expandindo no futuro, especialmente à medida que os recursos e a inspiração se tornarem mais acessíveis.
Lloyd Martin
LM: Acredito que as técnicas de visualização se afastarão dos sonhos febris de cor pastel do passado e se direcionarão para uma abordagem mais fundamentada e instigante que pinta um cenário idílico enquanto permanece enraizada em um senso de realidade. Isso pode se manifestar em dois modos, sendo um deles uma expressão mais básica, desenhada à mão ou pintada, trazendo a arquitetura de volta à discussão, contando menos com as emoções manifestadas induzidas por imagens fantásticas. E o outro será uma experiência completamente imersiva que envolve os clientes em uma experiência mais visceral, como incorporar a arquitetura em um ambiente estilizado de jogo de computador, permitindo uma interação mais direta entre cliente e projeto.
Lin Yang
LY: Creio que a visualização arquitetônica terá a oportunidade de transferir o 2D para o 3D com as tecnologias emergentes relacionadas a VR e Metaverso. Seria muito empolgante se as pessoas pudessem ter uma experiência imersiva impressionante no futuro.
Essas são apenas 5 das muitas contas do Instagram que adotam uma abordagem bastante diferente da visualização em arquitetura. Com o Instagram tendo um papel mais importante no processo de design, agora temos um grande número de contas compartilhando renderizações. Cada um com seu toque único. Seja uma colagem digital, esboços, videogames online, quadrinhos ou uma combinação de todos eles, o tipo de visualização arquitetônica que você decidir usar depende do seu gosto pessoal, do seu público, do tipo de projeto que pretende mostrar, e o que exatamente você está tentando comunicar com sua imagem.
Este artigo é parte dos Tópicos do ArchDaily: The Future of Architectural Visualizations, orgulhosamente apresentado por Enscape, o plugin de renderização em tempo real e realidade virtual mais intuitivo para Revit, SketchUp, Rhino, Archicad e Vectorworks. O Enscape se conecta diretamente ao seu software de modelagem, oferecendo visualização e workflow integrados.
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