Vitrines de lojas são o meio de comunicação com a clientela, a camada de transição entre a rua e o estabelecimento comercial. De seu surgimento no século II, no Império Romano, até hoje, muitas mudanças ocorreram até chegarmos nas vitrines atuais, que não exibem apenas produtos, mas também a identidade das marcas. Veja aqui o que considerar ao projetar uma vitrine.
Embora tenham surgido no Mercado de Trajano do Império Romano, vitrine é uma palavra francesa, país onde o hábito de montar vitrines como conhecemos hoje surgiu no século XIX e influenciou o restante do ocidente. As vitrines de lojas eram janelas de vidro que davam para a rua, por onde os joalheiros e artesãos expunham seus produtos para os transeuntes. Com a Revolução Industrial, a ampliação da cultura do consumo e o consequente surgimento de lojas de departamentos, as vitrines passaram a estampar as ruas europeias, com seus manequins, prateleiras e mesas.
Hoje em dia, as vitrines não apresentam apenas produtos, mas também, e principalmente, comunicam os conceitos e a identidade da marca. Com o tempo, ganharam complexidade ao incorporar elementos construtivos que vão da iluminação, diferentes tipos de suporte, cores, materiais a projeções, músicas e outros artifícios que atraem a atenção das pessoas.
Em alguns casos, sobretudo nas "lojas conceito" das marcas, a vitrine é absorvida pela arquitetura, e portanto, ao mesmo tempo que é um espaço construído, precisa ter abertura para ser alterado em seu interior sempre que necessário. Em linhas gerais, o projeto de uma vitrine é definido por três elementos básicos: a infraestrutura disponível, sua arquitetura e interação com a cidade, e os suportes e objetos expostos.
Infraestrutura disponível
Em relação à qualidade de espaço, a vitrine deve ser um espaço flexível que se adapte facilmente às mudanças da marca e seus produtos.Dessa maneira, o espaço da vitrine precisa ser abastecido com infraestrutura básica: instalações elétricas e elementos estruturais que permitam variação e adaptação do espaço, bem como um projeto luminotécnico que responda às necessidades da loja e também possa ser adaptado quando preciso.
Integração entre vitrine e cidade
Para além das questões técnicas, o projeto de uma vitrine deve levar em consideração o nível de abertura da loja em relação à rua. Algumas marcas preferem uma certa discrição para que a grande revelação ocorra após adentrarmos a loja, já outras preferem que a vitrine seja o grande expositor das peças, revelando-as como chamarizes para a clientela.
Objetos de exposição
Outra questão importante é a natureza dos produto expostos. Para cada tipo há um suporte adequado, que pode variar entre manequins, varais, araras, bases, prateleiras, mesas, sofás, cabos de aço etc. Esses suportes podem assumir materialidades, cores e propriedades diversas, e podem variar não apenas de acordo com o produto, mas também com a coleção que está sendo lançada.