Em muitas culturas a cozinha se tornou não somente um espaço de trabalho, mas também um lugar de encontro, um ambiente social onde se reúne família e amigos para prosas e refeições. Buscando responder a essa transformação a partir de plantas mais integradas e eletrodomésticos que tenham também um apelo estético, além de prático, a escolha dos equipamentos de cozinha, como por exemplo o fogão, não está mais restrita às suas condições técnicas. Veja a seguir como combinar os aspectos práticos, técnicos e estéticos na hora de escolher um fogão.
O fogão, que primariamente era apenas uma fogueira com um balde, produzia muita fumaça e era ainda mais afastado do convívio social das antigas casas, hoje apresenta uma variedade de possibilidades que podem responder às diferentes necessidades domésticas. Das fogueiras, passando pelos fogões e fornos a lenha, hoje em dia temos comercializados dois tipos diferentes de equipamentos para cozimento de alimentos, os fogões e os cooktops, que podem funcionar de três diferentes maneiras: a gás, elétrico ou por indução.
Quando se trata de equipamentos a gás, eles podem funcionar em parceria com a energia elétrica, para ter acionamento automático, por exemplo, mas é o gás o combustível para criar a chama de suas bocas, sendo as panelas aquecidas diretamente no fogo. Já os equipamentos elétricos e por indução se utilizam exclusivamente da energia elétrica para aquecer suas superfícies e as panelas são aquecidas a partir de superfícies aquecidas. Os equipamentos elétricos funcionam com uma espécie de resistência, parecida com a tecnologia dos chuveiros elétricos para aquecer a superfície, enquanto os de indução funcionam por ondas eletromagnéticas que são produzidas da corrente elétrica gerada em uma bobina de cobre.
O uso do gás é o mais antigo e tradicional quando pensamos em fogões, mas, com o advento dos cooktops, os equipamentos elétricos e por indução acabaram ficando também populares. Os equipamentos a gás são os que permitem a maior variedade de equipamentos, dos tradicionais fogões de piso, passando pelo fogão de embutir e funcionando também enquanto cooktop. Já os equipamentos elétricos ficam mais restritos aos cooktops, ainda que existam opções no mercado de fogões de piso exclusivamente elétricos, são poucas e pouco populares.
Dessa forma, além dos tipos de aquecimento, também há uma variedade de tipo de equipamentos. Primeiramente existem os fogões de piso, que são os mais tradicionais das casas brasileiras e integram não somente a mesa com as bocas de cocção, mas também um forno, e podem aparecer em 2, 4, 5 e até 6 bocas, dependendo do fogão. Uma derivação desse tipo de fogão é o fogão de embutir, o qual, assim como o fogão de piso também tem variedade de tamanho de bocas e integra o forno junto em sua estrutura, porém ele é feito para ser embutido junto a bancada da cozinha.
Já os cooktops são equipamentos que apresentam apenas a mesa de cocção, sem estarem integrados a um forno e também sem uma estrutura de fixação, dependendo sempre de bancadas e ilhas para serem embutidos. Os cooktops podem ser a gás, e portanto apresentam tecnologia semelhante à dos fogões de piso, com bocas com armaduras de metal. Outra opção é o cooktop elétrico, que apresenta uma mesa de vidro na qual os alimentos são aquecidos, sem relevos ou estruturas externas. Por fim há os cooktops por indução, que também apresentam uma mesa de vidro, mas que têm as bocas de indução diferenciadas. Todos eles também apresentam variedade de tamanho com múltiplas bocas.
Se por um lado os fogões de piso e de embutir são os de maior custo benefício, pois apresentam integrado à sua estrutura o forno, por outro os cooktops, mesmo colocando a necessidade de se adquirir dois equipamentos diferentes, têm o benefício de se integrarem às cozinhas por serem instalados sobre bancadas de trabalho, que podem ser de diferentes materiais, como madeira ou pedra. A escolha de qual dos equipamentos utilizar em sua cozinha depende de alguns fatores importantes que precisam ser estudados antes da compra:
- Quais as necessidades familiares, considerando rotina, número de pessoas e hábitos pessoais, para entender qual a demanda e qual equipamento é mais adequado;
- Qual o espaço disponível para esse equipamento e quais as medidas mínimas necessárias para instalação, segundo o fornecedor'
- Qual a infraestrutura necessária e disponível para a instalação desse equipamento, considerando se há ou não ponto de gás e qual sua localização, bem como se há ou não tomada e se a rede elétrica comporta tal equipamento;
- Quais são as instruções de instalação dos equipamentos, buscando segui-las para garantir seu melhor funcionamento;
- Quais as condições de manutenção do equipamento, desde o consumo de energia, por exemplo, até a facilidade de limpeza ou especificidade de panelas.
- Integrar esses equipamentos à cozinha existente ou ao projeto em curso;
Todos esses equipamentos têm vantagens e desvantagens e esses fatores auxiliam compreender qual a melhor opção. É sempre importante contar com profissionais de arquitetura e interiores que possam conduzir essa escolha durante o projeto, para garantir não somente o melhor funcionamento do equipamento, mas também a integração do ambiente como um todo, e dos sistemas hidráulicos e elétricos, evitando imprevistos e surpresas.