“Esperança para a Arquitetura” é o chamado de Clay Chapman, descrito por ele como “uma iniciativa de construção para enfrentar os desafios de um futuro incerto”. Na verdade, “Esperança para a Arquitetura” é uma tecnologia de alvenaria e madeira, reinventada e adaptada desde a antiguidade até hoje. Clay e sua jovem família mudaram-se para Carleton Landing, Oklahoma, há quinze anos, para cumprir uma missão: criar uma comunidade e explorar essa tecnologia.
Chapman descreve sua missão: “A iniciativa foi lançada em 2012. Começamos com um objetivo único: estabelecer uma alternativa duradoura à construção descartável, que seja viável de construir e acessível para comprar. Após um teste de campo em Columbus, na Geórgia, e um estudo de massa térmica realizado juntamente com o Centro Nacional de Pesquisa de Tijolos da Universidade de Clemson, também colaboramos com a Universidade de Notre Dame, oferecendo estágios e workshops para estudantes da Escola de Arquitetura.”
Chapman descreve sua tecnologia como "uma redução à superestrutura de alvenaria”, isto é, aos elementos sólidos e maciços. Seu método usa camadas triplas de tijolos de cerâmica e depende de decisões tomadas no canteiro de obras. Segundo Chapman, há “momentos inevitáveis de resolução de problemas e improviso na escala 1:1."
Após os elementos mais pesados estarem prontos, o projeto segue com decisões convencionais — elementos leves que fornecem, essencialmente, “tudo que repousa sobre a massa… Nada é embutido nas paredes lateral ou verticalmente. As perfurações são feitas perpendicularmente. Na maioria das vezes, essas passagens são cortadas e/ou perfuradas mais tarde. Os conduítes são diretamente presos às paredes.”
O trabalho foi premiado com o Prêmio Barranco e o Prêmio Excelência em Exploração do Urban Guild. Chapman também já recebeu outros reconhecimentos da National Brick Industry Association por seus projetos.
Além das óbvias economias e resiliência de longo prazo, existem realidades de conservação de energia básicas: os edifícios têm desempenho substancialmente melhor do que o que é exigido pelo código de obras dos EUA.
Neste novo olhar sobre o atemporal, Chapman simplesmente afirma que "a modernidade nos faria acreditar que os milhares de anos de construção antes da revolução industrial não produziram as melhores práticas, adequadas às necessidades das pessoas hoje. Eu discordo veementemente. Obviamente. Embora o progresso tenha melhorado tremendamente nossas vidas, nada se provou melhor do que alvenaria maciça quando se trata de ciclo de vida, administração de recursos, conexão ancestral, resiliência e honestidade. O que construímos é feito especificamente para uma reforma econômica e de forma a evitar que a alvenaria seja danificada nesse processo.”
“Um edifício que tem o potencial de durar cinco a dez vezes mais do que a vida útil de uma construção nova torna-se extremamente menos caro tanto para a economia quanto para o meio ambiente ao longo do tempo. 'Diluição' é a palavra ideal, quer estejamos falando de preço por metro quadrado ou da pegada de carbono. Em termos de custo a longo prazo, nada é mais barato”
A tecnologia pode ser um agente cego de mudança, ou pode refletir e transmitir valores. É claro que o trabalho da vida de Chapman reflete uma resposta: “Estamos em um estado de canibalismo cultural multifacetado… enraizado na feiúra dos lugares que criamos”.
"Novo" não é inovação, é só o que está acontecendo agora. A tecnologia pode mudar tudo, menos a nossa humanidade. Podemos ficar deslumbrados com o que descobrimos, mas somos nutridos pelo que valorizamos. Como Clay Chapman diz: “Isso vale para qualquer inovação, seja na Tesla ou na Legacy Architecture”.
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