Desenvolvido pelo empresário indie @levelsio, This House Does Not Exist é uma plataforma que permite aos usuários gerar imagens de casas contemporâneas no estilo do ArchDaily. O programa usa difusão latente de texto para imagem para gerar automaticamente imagens realistas de casas. O site é intuitivo e fácil de usar, com um botão no canto superior direito escrito “tap image to generate new house” (toque na imagem para gerar uma nova casa). O site também permite que os usuários votem nas melhores imagens geradas ou vejam casas semelhantes clicando nas palavras-chave exibidas na parte inferior da imagem.
Indo um passo além, sites como o picto3D usam algoritmos de IA para transformar imagens em modelos 3D. Depois de carregar uma imagem 2D, o algoritmo de aprendizado profundo transforma a imagem em um mapa de profundidade de 32 bits. A cor dos pixels informa ao programa sobre a distância da superfície do objeto do ponto de vista. Este mapa de profundidade é, então, usado para gerar o plano do objeto, e os resultados podem ser baixados e usados em programas de computação gráfica 3D.
Programas como esses fazem parte de um processo maior de democratização da criatividade, tornando ferramentas mais avançadas acessíveis a um público maior. Embora existam preocupações sobre o impacto que essas tecnologias podem ter nos profissionais da indústria da construção, muitos as veem como ferramentas poderosas que podem aprimorar o processo de projeto. Os medos giram em torno de conceitos de aumento e automação. Embora pareçam semelhantes, os dois descrevem processos diferentes: a automação visa substituir os humanos na execução de tarefas, enquanto o aumento visa fortalecer o potencial humano. Se o design pode ser entendido como um processo coletivo, então a tecnologia pode ser fundamental para fortalecê-lo. Entretanto, isso apensas ocorrerá se as capacidades dos humanos e das ferramentas forem desenvolvidas em sincronia.
Outro conceito relacionado aos programas de texto para imagem é o de design generativo. O arquiteto Michael Hansmeyer descreve isso como “pensar em projetar não o objeto, mas um processo para gerar objetos”. Isso implica uma mudança na forma como concebemos o design, deixando de projetar objetos singulares e usando modelos computacionais para projetar um processo capaz de gerar objetos ou resultados infinitos. Esses modelos permitem que os designers explorem dados de maneiras sem precedentes e expandam o que arquitetura e design podem significar.