Do diagrama ao projeto: a Cidade Universitária da Universidade Nacional da Colômbia

As Cidades Universitárias constituíram a ação arquitetônica e urbana mais contundente dentro do período dos governos progressistas latino-americanos, apesar das influências norte-americanas, pioneiros no conceito de campus [1], os projetos realizados na América Latina aconteceram em contextos diferentes e tiveram desdobramentos muito particulares. Devido ao tamanho e a complexidade destes conjuntos, por exemplo, muitas décadas foram necessárias para que fossem concluídos. Essa condição permitiu a participação de várias gerações de arquitetos, o que conferiu diversidade à sua arquitetura. Outra característica na América Latina é a íntima relação entre os projetos das Cidades Universitárias e Governos desenvolvimentistas, como aponta Gorelik, 2005,  que em momentos de prosperidade econômica investiram em políticas públicas.

A Cidade Universitária da Universidade Nacional da Colômbia está entre as de maior destaque. Além de ser considerada a primeira cidade universitária Moderna [2] na América Latina, sua importância está na sua concepção que nasce de uma revisão pedagógica elaborada por Fritz Karsen (1885-1951), pedagogo alemão. Karsen desenvolveu um estudo detalhado e propôs uma revisão pedagógica para a Universidade Existente. Posteriormente, o projeto desenvolvido pelo arquiteto Leopold Rother (1894-1978), vencedor do concurso proposto pela Universidade, traduziu estes conceitos em uma praça central como o “coração” da Cidade Universitária ao redor da qual estão os edifícios, configuração que permanece até hoje no campus.

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Contracapa da Revista de Las Índias n.6, 1937
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Diagrama elaborado por Fritz Karsen para a futura Cidade Universitária Nacional da Colômbia. Fonte: Revista de Las Índias n.6, 1937

A Universidade na Colômbia

Durante o período colonial (1510-1810) as primeiras Universidades fundadas na Colômbia originaram de ordens religiosas. Em 1580, o Papa Gregório XIII concedeu aos dominicanos o direito de constituir a primeira Universidade em Nova Granada. O Convento de Nossa Senhora do Rosário ou o Convento de Santo Domingo atuava como centro de Estudos Gerais. [3]

No período da Primeira República (1822-1886), as influências liberais europeias contribuíram para a inclusão dos cursos de Filosofia e Ciências, e com a lei de 18 de março de 1826, foi determinada a criação das Universidades Públicas em Bogotá, Quito e Caracas, era sinal de que o ensino superior na Colômbia estava ganhando independência da igreja.

Em 1867 foi fundada a Universidad Nacional de Colombia, a partir da união das já existentes Faculdades de Direito, Medicina e Jurisprudência. As aulas ocuparam os extintos conventos uma vez que, além de estarem disponíveis pela expulsão de comunidades religiosas do país, ofereciam espaços compatíveis com a necessidade dos alunos, como salas de reunião, refeitório, biblioteca, capela e dormitórios. 

A reforma de 1870, conduzida pelo governo de Eustorgio Salgar (1831-1885), contribuiu para a consolidação do ensino universitário público e laico, visto que abarcava a educação primária, secundária e universitária. Pela primeira vez, foi dada a prioridade à alfabetização e à tentativa de estabelecer o ensino obrigatório gratuito e religiosamente neutro. Apesar da reforma e dos governos liberais comandados pelo Partido Nacional, esse foi um período caracterizado pela predominância de ideias conservadoras, interessadas em uma formação voltada aos interesses das elites, dos latifundiários e do Estado e aos poucos, as Universidades subordinavam-se ao Estado e se alinham com a reforma constitucional centralizadora em 1886, contribuindo para a retomada da influência da Igreja sobre o ensino universitário.

Essa reaproximação da Igreja com a consequente desvalorização de carreiras científicas, acirrou o debate sobre qual deveria ser a orientação da educação universitária e qual seria seu papel na sociedade. De um lado os conservadores queriam manter um “modelo eclesiástico confessional estabelecido até o momento” (CASTELL, 2012, p.50), do outro lado os liberais apostaram em uma educação laica com independência política e que alcançasse outras classes da sociedade.

As guerras civis compreendidas entre 1880 e 1900 deixaram o país empobrecido economicamente e ainda muito dividido em suas correntes. A Universidade se dispersa em Faculdades e Escolas independentes, comprometendo a unidade da instituição.

Já nos anos 20, o período de governo do General Pedro Nel Ospina (1858-1927), entre 1922 e 1926, foi um importante momento de industrialização e modernização do país, com o investimento massivo em obras públicas e aumento da necessidade de mão de obra técnica qualificada. Como consequência, aumentaram as pressões por educação de qualidade e adequada às novas demandas econômicas. Também havia pressão da crescente classe média urbana, que viu a educação como possibilidade de ascensão social. Essa classe burguesa e empresarial foi um importante articulador entre Estado e população, passando a engajar em importantes reformas de política públicas, dando início ao movimento que levaria aos governos liberais após 1930.[4] Além da questão da educação, o país enfrentava diversas crises econômicas e sociais.[5]

A eleição de Alfonso Lopez Pumajero (1886-1959) para presidente pelo Partido Liberal, em 1934, representou uma esperança de mudança para o país. Seu plano de governo conhecido como “La Revolución en Marcha” previa uma revisão da Constituição conservadora de 1886, para que ampliasse a assistência por parte do Estado às classes trabalhadoras e constituísse assim uma sociedade mais justa. Na economia, se afastava a retórica “pró Estados Unidos” que prevalecia até o momento, diversificando as exportações de café para outros países [6] ao mesmo tempo que buscava legitimar terras públicas ocupadas na intenção de proteger pequenos produtores.

No campo da educação, além de solidificar propostas trazidas pela reforma de 1870 que garantiam a toda população acesso à educação básica e gratuita, a Reforma de 1936 reforçou a ideia de que o acesso ao ensino é um direito que deve ser exercido com liberdade e autonomia, reservando ao Estado apenas o papel de fiscalizar e supervisionar.

A lei orgânica 68 de 1935 estabeleceu que a Universidade Nacional deveria ter uma gestão unificada, não mais por Faculdades e sim como uma única instituição. Nesse sentido, a proposta de construção de uma Cidade Universitária chega como resposta para a constituição de um organismo autônomo e integrado.

Proposta pedagógica de Fritz Karsen

A revisão da Universidade Nacional da Colômbia como instituição unificada e a perspectiva do projeto de uma Cidade Universitária pediam uma revisão de pautas acadêmicas gerais. Nesse contexto, o Pedagogo alemão Fritz Karsen, a convite do governo Colombiano, elaborou um detalhado estudo sobre as Faculdades existentes e propôs novas diretrizes para a futura Universidade.

Karsen buscou, em suas análises, identificar demandas comuns entre as Faculdades, com o objetivo de propor, para a futura Universidade, o compartilhamento de espaços comuns, como laboratórios, bibliotecas e espaços administrativos. Isso permitiu investimentos concentrados em alguns espaços mais modernos e atualizados, bem como o aproveitamento maior dessas mesmas estruturas. Espaços compartilhados entre as diferentes Faculdades também contribuíram para um intercâmbio maior entre os alunos, fortalecendo a unidade da instituição, visto que naquela época a Universidade Nacional se localizava no centro da cidade e seus cursos estavam distribuídos em nove edifícios:

  1. Faculdade de Direito e Ciências Políticas;
  2. Faculdades de Medicina, Farmácia e Odontologia; 
  3. Faculdades de Matemática e Engenharia (com arquitetura) 
  4. Faculdade de Medicina Veterinária;
  5. Museu Nacional;
  6. Conservatório de Música e Instituto Nacional de Rádio;
  7. Escola de Bellas Artes;
  8. Observatório Astronômico Nacional.
  9. Rádio e Imprensa;

Em 1936 eram oferecidos pela Universidade Nacional 23 cursos sendo 7 em Ciências Sociais, 11 em Ciências Naturais, 4 em Artes e Educação Física. Foram considerados por Karsen cursos ainda não reconhecidos como formação autônoma, por exemplo de Idiomas e História, que na época eram oferecidos na grade disciplinar de outras Faculdades, assim como cursos subordinados a outras Faculdades como é o caso de Química dentro da Faculdade de Farmácia, ou de Arquitetura, que fazia parte do curso de Engenharia.

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Localização atual dos Institutos e Faculdades que compõem a Universidade e sua futura centralização na Cidade Universitária. Fonte: Mapa elaborado pela autora com base no desenho original de Fritz Karsen publicado na Revista de las Índias n.6, 1937

Em seu primeiro diagrama, Karsen listou todas as disciplinas que constituem cada um desses 23 cursos e dispôs ao redor de uma circunferência mantendo os 4 grandes grupos: Ciências Sociais, Ciências Naturais, Artes e Educação Física. Ao centro estão indicados os equipamentos que serviriam a todos: Administração, Habitação, Bibliotecas, Ginásios, Auditórios, Igreja e Imprensa. Ao fazer essa distribuição Karsen deixou claro, graficamente, a abrangência de cada curso: os mais específicos e especializados como Antropologia ou Mineralogia com fatias menores, enquanto Faculdades mais tradicionais correspondem a uma fatia mais larga da circunferência uma vez que incluem também suas especializações. 

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Prancha 02 – “Resultado do primeiro gráfico como um todo localizado na circunferência”. Diagrama elaborado pela autora com base no desenho original de Fritz Karsen
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Prancha 02 – “Resultado do primeiro gráfico como um todo localizado na circunferência". Diagrama elaborado pela autora (com cores indicando os cursos existentes) com base no desenho original de Fritz Karsen

No próximo diagrama Karsen manteve as disciplinas ao redor da circunferência, e incluiu a indicação de grupos (1-15) que representavam alunos e professores. As linhas contínuas delimitam as disciplinas que estão diretamente relacionadas àquele grupo indicado enquanto as linhas tracejadas sugerem conexões necessárias entre os grupos e outras disciplinas. As oficinas ou “talleres”, por exemplo, além de interessarem aos grupos 7 e 8 (Interiores e Arquitetura), eram frequentados também por alunos e professores das Artes ou da Engenharia. Este diagrama demonstra claramente a intensidade de cruzamentos na direção de algumas disciplinas confirmando a necessidade de criar alguns cursos autônomos. Química, por exemplo, atende Farmácia, Medicina e Engenharia ou Geografia que atende Física e História. Outro aspecto importante para a análise é o reconhecimento de algumas proximidades necessárias, como é o caso da Arquitetura em relação aos “Talleres” ou da Veterinária em relação à Medicina, algo que não acontecia na antiga configuração da Universidade, pois estavam fisicamente muito distantes entre si.

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Prancha 03 – “Relações entre as diferentes carreiras cobertas pela Universidade e as disciplinas lecionadas". Fonte: Diagrama elaborado pela autora, baseado no desenho original de Fritz Karsen

Com base na análise no diagrama anterior, Karsen reorganizou as disciplinas ao redor da circunferência, mas com algumas modificações. Por exemplo: alguns cursos aumentaram a quantidade de disciplinas oferecidas enquanto outros diminuíram; algumas disciplinas comuns a vários cursos passaram a figurar em apenas um curso; o curso de Geografia incorporou várias disciplinas antes dentro da Física, como Geofísica, Astronomia e Sismologia, etc. Ao final dessa reorganização é possível identificar 14 cursos fundamentais, que Karsen chamou de departamentos. São eles: Direito; Filosofia; Geografia; Física; Química; Botânica e Farmácia; Zoologia e Medicina; Odontologia; Veterinária; Arquitetura e Belas Artes; Música; Talleres (oficinas); Centro de forças; e Equipamentos esportivos.

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Prancha 05 – “A distribuição exata das disciplinas que não ocorrem senão uma vez na Cidade Universitária por departamentos e institutos". Fonte: Diagrama elaborado pela autora com base no desenho original de Fritz Karsen

Esse estudo de Fritz Karsen não só definiu o partido do Projeto da Cidade Universitária da Colômbia, como também influenciou outras Cidades Universitárias Latino-americanas.

O que começou como uma intenção de economia na construção dos espaços, aos poucos se converteu em uma revisão pedagógica muito importante. Além da definição de espaços de usos comuns, a reorganização dos cursos e disciplinas permitiu passos importantes na direção de uma Universidade mais moderna, resultando em instalações mais modernas justificadas pelo fato de atenderem diferentes cursos, consolidação de novos cursos (graduações) que antes eram especializações dentro de Faculdades, aproximação espacial de Institutos e Faculdades com interesses comuns e interdisciplinaridade entre as Faculdades e consequentemente maior intercâmbio entre alunas e alunos.

O projeto da Cidade Universitária

Com base nos diagramas de Karsen, o arquiteto Leopold Rother realizou um primeiro estudo de implantação da Cidade Universitária. Organizou os departamentos em 5 zonas principais: Ciências Naturais, Centro de Forças, Engenharias, Ciências Aplicadas e Ciências Sociais, Rother implantou os edifícios ao redor de um vazio central. Um sexto grupo cumpriria a papel dos Serviços Comuns nas extremidades do lote. 

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Diagrama de Leopold Rother e Fritz Karsen para o Projeto da Cidade Universitária. Fonte: Archivo General de la Nación Colómbia

Existiram dois projetos para o campus. O projeto dos mexicanos Luis Prietro Souza e Manuel Parra que adotavam um partido de implantação “ortogonal” e o projeto de Leopold Rother que seguia quase literalmente o estudo pedagógico de Karsen – Rother já havia colaborado com Karsen e Bruno Taut nos projetos de escolas de Berlin durante a Reforma Pedagógica nos anos 1920. Sua familiaridade nesse diálogo entre pedagogia e arquitetura contribuiu para que fosse o projeto escolhido e mais compatível com as intenções modernas do governo de Alfonso Pumajero. 

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Projeto para a Cidade Universitária de Bogotá, indicando os 14 departamentos propostos. Autores: Fritz Karsen e Leopold Rother. Fonte: Publicado na Revista de las Índias n.6, 1937

Rother também foi autor dos edifícios de Química (1945), Imprensa (atual Museu Rother e do Estádio, 1937). Além de Rother, outros arquitetos participaram dos projetos dos primeiros edifícios como Erich Lange e Ernesto Blumenthal.

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Edificio de Química / Leopoldo Rother. Foto © Juan Sebastián Silva

Foram necessárias décadas para que a Cidade Universitária atingisse sua totalidade. Por isso há uma divisão cronológica adotada pela própria instituição que serve de referência em diversos estudos.

  1. Ciudade Blanca (1937-1944)
  2. Materiales a la Vista (1943-1952)
  3. Racionalismo (1952-1958)
  4. Organicismo (1958-1964)
  5. Plan Quatrienal de Desarollo (1965-1974)

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Plano de Geral da Cidade Universitária de Bogotá

Considerações Finais

A Cidade Universitária da Universidade Nacional da Colômbia, campus Bogotá, inaugurou um período de projetos modernos e de grande escala na América latina. Assim como Alfonso Pumajero na Colômbia, outros Estadistas como General Isaias Medina (1897-1953), na Venezuela, e Miguel Alemán (1900-1983), no México, construíram conjuntos habitacionais, planos urbanos e Cidades Universitárias. Nesse contexto, gerações de arquitetos estrangeiros (ou não) contribuíram para que a Arquitetura Moderna se consolidasse definitivamente nas principais cidades Latino-Americanas. Não como a experimentação de algo que se desejava construir fora da Europa e Estados Unidos, mas comprometida com seus próprios anseios e cultura. Não se trata, portanto, de uma “versão latino-americana” do Moderno, mas da própria modernidade construída a partir de dentro da América Latina.

No caso da Cidade Universitária da Universidade Nacional foram necessários séculos de dominação religiosa e governos conservadores e elitistas para represar os interesses de uma sociedade que almejava conhecimento e liberdade. A modernidade está, portanto, não apenas em seu vocabulário ou na organização de seus espaços, mas principalmente nas relações entre os edifícios que traduzem sua proposta pedagógica. Na importância do vazio que se configura como espaço de encontro e no protagonismo dos espaços de uso coletivo. 

Ensaio extraído da Monografia elaborada em 2020 para o curso de Pós-graduação “Arquitetura, Educação e Sociedade” da Escola da Cidade.

Notas

  • [1] Apesar do termo “Campus” do Latin Campo ter sido utilizado pela primeira vez em 1746 na Universidade de Princeton, apenas em 1819 é consolidado como modelo replicado depois em diversas universidades americanas. ALFARO, Carlos Garciavelez. Forma y Pedagogia. 2012, Harvard University, p.16
  • [2] O campus de Havana (1908) e Rio das Pedras em São Juan (1925) são anteriores, mas não são considerados modernos, pois seguem o modelo neoclássico norte-americano.
  • [3] CASTELL, Edmond. La Universidad Nacional de Colombia. Postulación de la Ciudad Universitaria de la Universidad Nacional de Colombia, sede Bogotá en la lista de Patrimonio Mundial de la Unesco, 2012, p.46
  • [4] JARAMILLO, Javier Uribe. Manual de História de Colômbia. Bogotá: Instituto Colombiano de Cultura, 1984 p.283
  • [5] Segundo o DANE (Departamento Nacional de Estatística), dado pelo Bogotá tinha em 1928 uma população de 235.421 habitantes que após uma década chegaria a 330.312. O rápido crescimento demográfico sem precedentes nas principais cidades do país produzia demandas de saúde e habitação, sem que houvesse política pública suficiente. 
  • [6] ABEL, Christopher; PALACIOS, Marcos in BETHELL, Leslie (org.). História da América Latina – volume IX: A América Latina após 1930: México, América Central, Caribe e repúblicas Andinas. Edusp. São Paulo, 2015 p.432-433.

Referências bibliográficas

  • ALFARO, Carlos Garciavelez: Forma y Pedagogia. Harvard University, 2012.
  • AMOROCHO, Luz. Universidad Nacional de Colombia Planta Física 1867-1982. Bogotá: Monografías Proa, 1982.
  • ARANGO, Silvia. Ciudad y Arquitectura, Seis generaciones que construyeron la América Latina Moderna. Bogotá: Ediciones Fondo de Cultura Económica de Colombia, 2012.
  • CASTELL, Edmond. La Universidad Nacional de Colombia. Postulación de la Ciudad Universitaria de la Universidad Nacional de Colombia, sede Bogotá en la lista de Patrimonio Mundial de la Unesco, 2012.
  • GORELIK, Adrian. Das Vanguardas a Brasília. Cultura urbana e arquitetura na America Latina. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
  • JARAMILLO, Javier Uribe. Manual de História de Colômbia. Bogotá: Instituto Colombiano de Cultura, 1984.
  • KARSEN, Fritz. in Revista de las Índias nº6. Bogotá, 1937.
  • MONTENEGRO, Jaime. La Educación Superior en Colombia. Bogotá: Publicaciones ANUIES – Revista de La Educación, n.92, 1994.

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Sobre este autor
Cita: Maria Julia de Castro Herklotz. "Do diagrama ao projeto: a Cidade Universitária da Universidade Nacional da Colômbia" 20 Out 2022. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/990685/do-diagrama-ao-projeto-a-cidade-universitaria-da-universidade-nacional-da-colombia> ISSN 0719-8906

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