No sábado, 14 de janeiro, foi inaugurada a nova edição da Bienal de Arquitetura e Urbanismo do Chile nos arredores do Palácio de La Moneda, em Santiago. O tema abordado pelas exposições, conferências e encontros é Habitats Vulneráveis, trazendo os problemas contingentes do país em torno do déficit habitacional e acesso à moradia, juntamente com a vulnerabilidade dos espaços públicos, patrimônio e meio ambiente nas cidades e territórios chilenos.
Este ano, a equipe da XXII Bienal, co-dirigida pelo arquiteto Cristobal Molina, coordenador de arquitetura do Ministério da Cultura, Artes e Patrimônio e pelo arquiteto Loreto Lyon, diretor de atividades do Colégio de Arquitetos, propôs desenvolver 4 intervenções e espaços para exposições, reuniões e conferências abertos e gratuitos para todos os públicos.
Os 4 pavilhões
O pavilhão de exposições da Plaza de la Constitución abriga a Mostra Nacional de Arquitetura. Trata-se de 50 obras selecionadas por meio de uma convocatória aberta, representadas através de várias maquetes e modelos gráficos. Ao mesmo tempo, este pavilhão tem uma relevância histórica por ser uma reinterpretação e reconstrução da estrutura que foi construída no mesmo local pelo arquiteto Montserrat Palmer em 1972 para o Ministério de Obras Públicas, por ocasião da inauguração do UNCTAD III.
Na Plaza de la Ciudadanía há duas intervenções. A proposta “Una sombra blanda” de Jean Araya e Miguel Casassus, que celebra a possibilidade de um reencontro, e a obra “Un monumento es un prisma espejado” de Gonzalo Muñoz e Low Estudio, que explora diferentes formas de olhar e exibir a arquitetura.
Os espaços públicos da Plaza Bulnes ao sul do Palácio de la Moneda recebem uma estrutura inflável e temporária dos arquitetos Smiljan Radic e Nicolás Schmidt. Este é o auditório provisório onde decorrerá o programa de encontros, debates e conferências que visa fomentar discussões públicas sobre o tema central.
Agenda de conferências e reuniões
A solenidade de inauguração aconteceu na manhã do último sábado, 14 de janeiro. Nesse mesmo dia, ocorreu a conferência inaugural de Frédéric Bonnet organizada no Pavilhão Inflável da Plaza Bulnes no final da tarde.
Como todas as atividades são gratuitas, das 18h às 20h haverá diversas conferências de outros expoentes renomados da arquitetura e do urbanismo como Iñaqui Carnicero, Ana Falú, Cecilia Puga, Atxu Amann, Alejandro Aravena, Marina Otero e Smiljan Radic.
Nesta mesma intervenção, a partir das 21h00, serão exibidos os filmes selecionados pelo Arquitectura Film Festival Santiago, que incluem o documentário 'Villa Portales: registro de un emblema' de Cristian Vidal e “El séptimo tiempo antes de volver” de Franco Oviedo. A programação completa está disponível aqui.
Durante as manhãs e inícios da tarde, será possível ainda desfrutar de uma série de 36 encontros e debates espalhados pelas diferentes instalações, que se propuseram a lançar discussões públicas sobre os habitats vulneráveis. Entre eles, 'La Mesa. Discusiones Sobre Vulnerabilidades Disciplinares' da equipe Eventos De Arquitectura; 'Nuevas Voces, Nuevos Hábitats' do grupo Mujer Arquitecta; e "1000 X 1000. Mil Arquitectos para Mil Campamentos" do Movimiento De Arquitectas Y Arquitectos Por Un Chile Digno, entre outros.
No Centro Cultural La Moneda, a exposição que reúne os 16 projetos finalistas da recente XII Bienal Ibero-americana de Arquitetura e Urbanismo: Habitar a Margem que aconteceu na Cidade do México. Esta exposição apresenta exemplos replicáveis de como a arquitetura e o urbanismo oferecem alternativas aos desafios urbanos e habitacionais.
Para finalizar, a programação considera a cerimônia de entrega do Prêmio Nacional de Arquitetura 2022 a Fernando Pérez Oyarzun, atual diretor do Museu Nacional de Belas Artes e do Prêmio Nacional de Urbanismo 2022 a Joan MacDonald, primeira mulher ao receber esta honraria.
Para mais informações, recomendamos seguir a conta do Instagram da Bienal de Arquitetura.