A proposta “EM OPERA. Cenários futuros de uma jovem Lei Florestal” desenvolvida por INST/MAPA + Carlos Casacuberta foi selecionada para representar o Uruguai na 18ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, que acontecerá de 20 de maio a 26 de novembro de 2023.
Por meio do Instituto Nacional de Artes Visuais e do Departamento de Internacionalização da Cultura, a Direção Nacional de Cultura se encarrega de organizar as exposições que representam o Uruguai na Bienal de Arquitetura de Veneza, juntamente com a Faculdade de Arquitetura, Desenho e Urbanismo da Universidad de la Republica e a Faculdade de Arquitetura da Universidade ORT Uruguai. Além do Brasil e da Venezuela, o Uruguai é um dos três países da América Latina que possui pavilhão próprio dentro do complexo Il Giardini, também reconhecido como "Os Jardins" da Bienal.
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“NA ÓPERA. Cenários futuros de uma jovem Lei Florestal" é apresentado entendendo a "Lei Florestal" como um conjunto ecossistêmico em construção capaz de dialogar com diferentes espacialidades e territorialidades, possibilitando múltiplos cenários que colocam o país no patamar de um laboratório de futuros em madeira. A proposta selecionada propõe estabelecer alianças entre disciplinas e práticas como música, cultura visual e arquitetura onde não há colaboração entre elas ou onde, de fato, deveria haver de forma mais recorrente.
Dentro do pavilhão, uma ópera de vários autores será exibida como peça central do projeto a qual convergirá, como afirmam seus autores, "em um avatar de uma lei ávida por ser atendida, imagens baseadas em modelos espaciais da madeira no Uruguai e irrupções musicais que apresentam as visões de uma nova geração de artistas afro-uruguaios". Além disso, a ópera será complementada com outros dispositivos, como um catálogo/diário de bordo para aprofundar determinados temas, se desejado, e atividades/laboratórios no Uruguai, buscando dar maior alcance ao debate e às perspectivas futuras.
O júri constituído por Leonardo Noguez, escolhido pela Comissão Nacional de Artes Visuais; Luis Oreggioni da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidad de la Republica; Guillermo Lockhart da Faculdade de Arquitetura da Universidade ORT; Marcelo Danza, membro escolhido pelos concorrentes residentes no Uruguai e Alejandra Celedón como júri internacional, afirmou que “a proposta é direta e sólida desde seus argumentos teóricos. Valoriza a abordagem de uma problemática global e local atual, problematizando os seus significados com forte relação entre as dimensões espaciais em diferentes escalas. O impacto local é destacado através da construção dos conteúdos. A abordagem acompanha a proposta curatorial da Bienal e possibilita desencadear discussões e reflexões em torno de um tema desafiador para a disciplina e para o país.”
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