
É raro que casas em favelas sejam reconhecidas por suas qualidades arquitetônicas. Na história do Prêmio ArchDaily Building of the Year, isso aconteceu apenas duas vezes: em 2016 com a Casa Vila Matilde, do Terra e Tuma Arquitetos, e na edição deste ano com a Casa no Pomar do Cafezal projetada pelo Coletivo LEVANTE. Localizada em Belo Horizonte, a casa foi construída para o músico e gestor cultural Kdu dos Anjos, que prefere chamar-la de "meu barraco".
Nos dois casos, área reduzida, materiais simples e orçamento modesto não foram impeditivos para um projeto arquitetônico virtuoso que tirou máximo proveito das qualidades do entorno e da orientação do terreno, provando que limitações podem servir de impulso para projetos de grande qualidade.
Limites materiais definitivamente não precisam significar baixa qualidade espacial. A casa da Dona Dalva e o barraco do Kdu são evidências disso. E não são as únicas, como podemos ver na seleção de projetos abaixo que mostram soluções inventivas para construções em favelas, bairros de lata e áreas periféricas onde predominam a informalidade e a autoconstrução.
Casa Plugin da Srta. Fan / People's Architecture Office

Casa Oficina Guápulo / Rama Estudio

Casa Parasita / El Sindicato Arquitectura

Reforma residencial para idosos / MONOARCHI

Centro Cultural Dawar El Ezba / Ahmed Hossam Saafan

Cozinha Comunitária das Terras da Costa / ateliermob + Colectivo Warehouse

Arco-íris no Deserto / 51-1 Arquitectos

Centro Cultural Lá da Favelinha / Coletivo LEVANTE

Nave Multiprograma - sistema vertical de plataformas esportiva e culturais / Alejandro Haiek / LAB PRO FAB

Galeria Babilônia 1500 / Rua Arquitetos

Bar da Laje / OYAPOCK architectes
