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Mobiliário integrado à arquitetura: 10 projetos com tijolo

Algumas arquitetas e arquitetos conseguem propor interações entre as diferentes escalas dos projetos, atuando em uma multiplicidade de campos que vão da cidade ao detalhe dos acabamentos, passando pela escala do edifício. Embora, em muitos casos, a seleção do mobiliário que vai complementar um projeto – isto é, os elementos que acabarão por interagir com a escala humana – costuma ser relegada a uma etapa pós-construção, seu desenho nem sempre é considerado um problema secundário.

Montreal moderna: capital canadense da arquitetura

Poucas cidades no mundo contam com uma cena cultural e patrimônio arquitetônico tão vibrantes como Montreal. Com a segunda maior cidade do país, a Cidade dos Santos—como tornou-se conhecida—se firmou como um dos principais centros de design e arquitetura do mundo todo, abrigando algumas das principais feiras e eventos internacionais dedicados à comunidade criativa. Demonstrando um profundo respeito à seu contexto natural, Montreal foi nomeada assim em homenagem a montanha de três picos que fica bem no coração da cidade: o Mount Royal. Montreal, que sempre esteve na vanguarda da arquitetura e do design, continua provando que é um dos mais importantes centros para o desenvolvimento da arquitetura contemporânea no mundo todo.

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Psicologia da escala: pessoas, edifícios e cidades

Na introdução de seu famoso livro entitulado Cidades para Pessoas, o arquiteto dinamarquês Jan Gehl afirma claramente que a escala humana tem sido historicamente negligenciada pelos processos de planejamento urbano na maioria das grandes cidades ao redor do mundo. A medida que as novas tecnologias foram nos permitindo construir edifícios cada vez mais altos, maiores e mais complexos, deixamos de conceber espaços para as pessoas e passamos a desenvolvendo um novo tipo de arquitetura— uma arquitetura completamente alheia à nossa própria condição humana. Estratégias de planejamento urbano tomadas de cima para baixo desconsideram a necessidade de espaços adequados aos nossos sentidos, priorizando a velocidade, a funcionalidade e obviamente, a lucratividade.

Precisando a forma como experimentamos o espaço construído e consequentemente, como percebemos as relações estabelecidas entre o nosso corpo e o ambiente no qual estamos inserido, a noção de escala humana é fundamental para um espaço urbano que se pretende habitável. Neste artigo, falaremos sobre a transfiguração dos processos de planejamento urbano e quais podem ser as consequências imediatas desta mudança de direção em nossas vidas cotidianas. Paralelamente, o fotógrafo de arquitetura Kris Provoost—através de sua série fotográfica Eden of the Orient—nos convida a mergulhar ainda mais fundo neste universo “sem escala”.

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ArchDaily elege os melhores Jovens Escritórios de Arquitetura de 2020

O ArchDaily tem o orgulho de anunciar a seleção de Jovens Escritórios 2020. Esta primeira edição destaca escritórios e profissionais emergentes que mostram abordagens, propostas e soluções inovadoras para alguns dos maiores desafios da atualidade. Da crise climática a questões de raça e gênero; da evolução tecnológica à coesão social – estes desafios estão alterando o curso da arquitetura, posicionando a disciplina no contexto de uma nova sociedade e economia. 

Escolhidos dentre mais de 350 inscritos de 72 países e 215 cidades de todas as regiões do globo, os escritórios e profissionais selecionados refletem as mudanças pelas quais a arquitetura tem passado nos últimos vinte anos, com o surgimento e consolidação de novas tecnologias, ferramentas, formatos, tópicos, escalas e abordagens interdisciplinares.

Pode existir boa arquitetura sem modulação?

Presente na narrativa do Dilúvio no livro do Gênesis, Noé teria construído uma arca após um chamado de Deus, que decidiu inundar e destruir toda a vida na Terra por conta do mau comportamento da Humanidade. Apenas a família de Noé e um casal de cada espécie de animais poderia entrar na enorme embarcação e se salvar. Na bíblia, a arca é descrita com as medidas exatas de 300 côvados de comprimento por 50 de largura e 30 de altura. Esta era uma unidade utilizada na época, baseada no comprimento do antebraço, desde a ponta do dedo médio até o cotovelo. Um holandês que tem se dedicado a construir uma réplica da Arca de Noé, sem sucesso em encontrar um valor correspondente preciso no sistema métrico, utilizou as medidas do seu próprio corpo como o módulo. Modulação na arquitetura quer dizer adaptar o projeto a um módulo definido, geralmente uma medida base ou um material. Seja um metro, um tijolo, um azulejo ou um container, ela serve para facilitar o processo de projeto e torná-lo mais eficiente e sustentável.

O que podemos (e não podemos) aprender com Copenhague

Este artigo foi publicado originalmente em Common Edge

Quando tive a oportunidade de visitar a cidade de Copenhague por primeira vez, alguns anos atrás, saí de lá deslumbrado e com um caso crônico de inveja urbana. (Eu pensei comigo mesmo: é como a melhor das cidades que eu sou capaz de imaginar, só que melhor). Por que não fazemos cidades como esta nos Estados Unidos? Esse é o tipo de pergunta que um arquiteto e urbanista norteamericano se faz enquanto passeia pelas encantadoras ruas às margens dos belos canais de Copenhague—ao mesmo tempo que tenta evitar de ser atropelados pela horda de ciclistas dinamarqueses que passa a toda velocidade ao seu lado o tempo todo.

Muros, empenas e penhascos: a arquitetura das escaladas

Alpinistas gozam de um estilo de arquitetura próprio. Entre estruturas industriais abandonadas, paredes verticais e arenas multifuncionais, a prática do bouldering se apropria de uma enorme variedade de diferentes espaços e materiais. Com a popularização da escalada como um esporte tanto indoor  quanto outdoor, centros e instalações esportivas estão incluindo em seus projetos e espaços estruturas escaláveis para atender este crescente interesse pelo esporte. Seja como um esporte ou por divertimento, as academias de escalada podem assumir as mais diferentes formas, apropriando-se das mais variadas estruturas para criar ambientes criativos e inspiradores para os adeptos deste tipo de atividade física.

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O retorno do Superstudio e da ideologia anti-arquitetura

Nos anos 1960, Cristiano Toraldo di Francia e Adolfo Natalini, então estudantes de arquitetura da Universidade de Florença, assumiram um posicionamento pungente e questionador em relação à disciplina da arquitetura, despertando uma onda revolucionária que viria a se espalhar rapidamente por toda a Europa. Inspirados em histórias de fantasia e ficção científica e buscando encontrar respostas para os principais problemas de sua época, a dupla que se autodenominava Superstudio, buscou continuamente reinventar o próprio significado do que é ser um arquiteto. Os projetos desenvolvidos pelos dois logo chamaram a atenção da comunidade internacional de arquitetos, uma abordagem que ficaria conhecida como “anti-arquitetura”, uma estratégia concebida para direcionar as atenções não para o conteúdo formal dos projetos em si, mas para o campo do debate político, elaborando críticas ferrenhas ao capitalismo e ao idealismo modernista. Em suas propostas, o Superstudio propunha edifícios e cidades onde os seres humanos parecem se desconectar do tempo, do lugar onde vivem e principalmente, das necessidades impostas por uma sociedade baseada em consumo de massa.

ONG leva banheiros secos ao nordeste brasileiro

De acordo com a Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento de 2018, 25,8% da população nordestina não têm acesso à água e 72% dos nordestinos não têm acesso à rede de esgoto. “Agora me diz, como eu faço pra ter um banheiro em casa nessas condições?”. Essa era a pergunta que tirava o sono e a tranquilidade de Vera.

Vera mora na pequena comunidade de Riacho das Almas (PE) e sua história se assemelha a de milhares de famílias que vivem na zona rural do semiárido nordestino. Onde o acesso a água é escasso e o esgotamento sanitário é praticamente inexistente, o uso de banheiros tradicionais, com torneira, chuveiro e descarga d’água, é incomum na região. Por conta disso, famílias como a de Vera e tantas outras utilizam espaços improvisados ao ar livre para suas necessidades: o banheiro de aveloz.

Oito exemplos históricos de habitação coletiva em São Paulo

Oito exemplos históricos de habitação coletiva em São Paulo - Image 1 of 4Oito exemplos históricos de habitação coletiva em São Paulo - Image 2 of 4Oito exemplos históricos de habitação coletiva em São Paulo - Image 3 of 4Oito exemplos históricos de habitação coletiva em São Paulo - Image 4 of 4Oito exemplos históricos de habitação coletiva em São Paulo - Mais Imagens+ 4

A história da habitação coletiva tem sido o tema de interesse do grupo de pesquisa PC3 - Pensamento Crítico e Cidade Contemporânea, da FAUUSP, coordenado pelos professores Leandro Medrano e Luiz Recamán. Através dos Cadernos de Habitação Coletiva – desenvolvidos a partir de um acordo de cooperação entre pesquisadores da FAUUSP e da ETSAM-UPM de Madri – o grupo explora os exemplares mais relevantes deste tipo de programa no Brasil.

Segundo a plataforma do grupo, "o objetivo principal dos Cadernos de Habitação Coletiva tem sido realizar uma base completa de dados organizada por décadas que inclui os edifícios de habitação coletiva brasileiros mais relevantes, tanto projetados quanto construídos." A seguir, reunimos oito experimentos de habitação coletiva construídos em São Paulo entre as décadas de 1930 e 1960, estudados em detalhes nos CHC e disponibilizados em artigos individuais aqui no ArchDaily.

Arquitetura especulativa: quais são as versões contemporâneas do pensamento radical dos anos 60?

Na medida em que as forças que moldam nosso ambiente construído mudam, envolvendo, nesta mudança, tecnologia, redes e sistemas complexos, profissionais da arquitetura precisam visualizar mais do que o espaço físico; precisam produzir narrativas sobre como operar melhor dentro dessa nova paisagem social. Nesse contexto, a arquitetura especulativa parece nunca ter sido tão crítica. Este artigo examina os meios que atualmente questionam as condições do ambiente construído e explora novas possibilidades arquitetônicas.

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Favela do Moinho: processo de abandono e interesses econômicos no centro de São Paulo

São Paulo teve sua estruturação urbana conforme o seu relevo. De maioria acidentado, foi nas áreas planas das várzeas dos rios e terraços fluviais que foram instaladas as ferrovias, onde podiam se desenvolver em um traçado mais adequado às suas limitações. 

O trem, máquina de cortar cidades atravessando os obstáculos naturais da paisagem numa velocidade de sessenta quilômetros por hora, foi a invenção capaz de abreviar fronteiras. Esse instrumento de fazer conexões originado durante a Revolução Industrial, viabilizou o estabelecimento de uma cadeia produtiva entre as suas várias paradas, ao transportar as manufaturas das fábricas em suas toneladas de maquinário em locomoção.

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Práticas sustentáveis: 4 projetos com soluções inovadoras

A sustentabilidade em arquitetura pode apresentar conceitos e aplicações muito abrangentes e no que diz respeito a adotar práticas no processo de projeto, muitas podem ser as possibilidades. Estratégias sustentáveis são fundamentais para que o desenvolvimento projetual concilie os pilares econômico, ecológico, e sobretudo, do impacto de bem-estar para aqueles que utiizarão o espaço materializado. Pensando nisso, realizamos um compilado de quatro projetos em diferentes tipologias que apropriam-se de métodos inovadores para a concepção de construções que destacam-se por suas práticas sustentáveis. Confira a seguir:

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Agricultura urbana pode alimentar 20 milhões de pessoas em São Paulo

Agricultura urbana pode alimentar 20 milhões de pessoas em São Paulo - Image 1 of 4Agricultura urbana pode alimentar 20 milhões de pessoas em São Paulo - Image 2 of 4Agricultura urbana pode alimentar 20 milhões de pessoas em São Paulo - Image 3 of 4Agricultura urbana pode alimentar 20 milhões de pessoas em São Paulo - Image 4 of 4Agricultura urbana pode alimentar 20 milhões de pessoas em São Paulo - Mais Imagens+ 3

A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) possui quase 22 milhões de habitantes, cerca de 10% do total da população brasileira. Para alimentar essa quantidade enorme de pessoas, todos os dias chegam à metrópole toneladas de insumos, de diferentes partes do país. Porém, novo estudo do Instituto Escolhas mostra que, com algumas medidas, é possível abastecer toda essa população com legumes e verduras de produção local.

Vantagens e características da alvenaria estrutural

O Monadnock Building, em Chicago, teve sua construção iniciada em 1891 e segue em uso. O edifício evidencia uma fachada sóbria sem grandes ornamentos e uma altura muito expressiva - à época - de 16 pavimentos. É considerado o primeiro arranha-céu construído em alvenaria estrutural, com tijolos cerâmicos e uma base de granito. Para suportar toda a carga da edificação, as paredes estruturais no térreo têm 1,8 metros de espessura, enquanto na parte superior, 46 centímetros. Cento e trinta anos depois, este sistema construtivo continua em voga e permite erigir edifícios mais altos, com paredes muito mais delgadas, atingindo racionalidade e economia na obra. Mas do que se trata a alvenaria estrutural, como utilizá-la nos projetos de arquitetura e em quais edificações este sistema é mais indicado?

O brutalismo na arquitetura religiosa, pelas lentes de Stefano Perego

O brutalismo na arquitetura religiosa, pelas lentes de Stefano Perego - Image 1 of 4O brutalismo na arquitetura religiosa, pelas lentes de Stefano Perego - Image 2 of 4O brutalismo na arquitetura religiosa, pelas lentes de Stefano Perego - Image 3 of 4O brutalismo na arquitetura religiosa, pelas lentes de Stefano Perego - Image 4 of 4O brutalismo na arquitetura religiosa, pelas lentes de Stefano Perego - Mais Imagens+ 17

Carregada de grande carga simbólica, a arquitetura religiosa é conhecida tanta pela monumentalidade de seus edifício quanto pela riqueza de seus espaços interiores. Escala, materialidade e luz são alguns dos principais elementos utilizados por arquitetos e projetistas quando se trata de manipular e criar espaços de contemplação e prece, características espaciais capazes de conduzir os fiéis à uma experiência sagrada através do espaço.

Protestos públicos e o legado urbano do colonialismo e ditadura militar na Nigéria

Este artigo foi publicado originalmente em Common Edge.

Revoltada com a contínua onda de violência policial no país, a população da Nigéria decidiu se manifestar tomando as ruas da maioria das grandes cidades para protestar. Indignados com os métodos antiquados ainda utilizados pelas Forças Especiais Anti-Roubo (SARS), uma unidade policial criada em 1992 para combater assaltos à mão armada na Nigéria, os manifestantes anti-SARS estão solicitando a extinção da unidade conhecida por sua arrogância, assassinatos extrajudiciais, extorsão e inúmeros abusos contra os direitos humanos mais elementares.

Tragicamente, os protestos chegaram a um clímax brutal no último dia 20 de outubro. Homens armados—que muitos acreditam ter sido agentes do governo nigeriano—dispararam contra os manifestantes reunidos na Estação de Pedágio de Lekki na cidade de Lagos. Muitas pessoas ficaram feridas e o governo admitiu que duas pessoas foram mortas; grupos como a Anistia Internacional insistem que estes números são muito maiores.

Economia circular + gestão das águas = sistema cerâmico de drenagem urbana

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O LIFE CERSUDS (da sigla em inglês Ceramic Sustainable Urban Drainage System) é um projeto financiado pela União Europeia através do programa LIFE, um instrumento legal criado para incentivar o desenvolvimento de soluções práticas para lidar com os desafios impostos pelas mudanças climáticas no continente. O CERSUDS é um sistema de drenagem urbana sustentável (SUDS) composto por componentes cerâmicos de baixo valor comercial, resultando em elementos de pavimentação urbana com alto índice de permeabilidade. O objetivo do sistema é ampliar a capacidade de absorção de água da chuva em centros urbanos.

O sistema foi utilizado por primeira no projeto piloto implantado no centro da pequena localidade de Benicàssim, na Espanha, pelos arquitetos Eduardo de Miguel e Enrique Fernández-Vivancos—professores da Cátedra Cerâmica de Valencia—em colaboração com a Escola Técnica Superior de Arquitetura da Universidade de Valencia.

A banalidade do bege: por que limitar o uso das cores na arquitetura?

Este artigo foi publicado originalmente em Common Edge

Estou cansado de revistas de decoração e marcas de tintas tentando me vender suas monótonas paletas de cores “neutras”. Muitos afirmam que o “Bege Está de Volta,” que desde sempre os tons neutros têm sido considerados elegantes e capazes até de nos trazer paz e tranquilidade. Eu, pessoalmente, não acredito em nada disso. As paletas de cores minimalistas que encontro com frequência em muitos dos edifícios de arquitetura contemporânea não me relaxam, elas me aborrecem tanto que eu até fico com raiva. A idealização da alvura do mármore das ruínas greco-romanos é um mito. Hoje em dia todos nós sabemos que estas estruturas nunca foram brancas tal e qual nos foi ensinado na escola. Nossos antepassados nunca foram capazes de criar estruturas e espaços incolores. A sua arquitetura, por excelência, era nitidamente policromática.

A promoção da (des)igualdade pelo planejamento urbano

O planejamento urbano é um importante meio para reduzir a desigualdade e promover a equidade em uma cidade. No Brasil, a priorização destes objetivos é ainda mais evidente dado não só a profunda desigualdade social na nação como um todo, como a evidente desigualdade no acesso a oportunidades e a infraestrutura e serviços urbanos, o que pode ser traduzido como verdadeiro acesso à cidade.

No entanto, embora muitos acreditem que a desigualdade urbana é fruto de um cenário onde cidades não tiveram planejamento, praticamente resultado do acaso, a realidade é que o planejamento urbano, historicamente e até hoje, vem contribuindo para agravar as desigualdades ao invés de mitigá-las.

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Traçados medievais em 9 cidades vistas de cima

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Fernando Cuenca Goitia em seu livro “Breve História do Urbanismo” afirma que a cidade da época medieval surge no começo do século XI e se desenvolve somente entre os séculos XII e XIII. Segundo o autor, esse crescimento esteve devidamente atrelado ao desenvolvimento do comércio que possibilitou ocupações laborais fixas, fazendo com que a cidade não fosse mais composta majoritariamente por viajantes. Ou seja, formou-se uma sociedade burguesa desenvolvida a partir das mais diversas atividades – como artesãos, feirantes, ferreiros, armadores de barco – que serviu de estímulo à cidade medieval.

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