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Organização ou bagunça: o que estimula mais a criatividade?

Enquanto os arquitetos são conhecidos por proporem espaços limpos, livres da desordem, temos que perguntar: esta é a melhor maneira de inspirar a criatividade? Preferências pessoais certamente desempenham grande parte da forma como você responde a uma mesa impecável, sem nem um lápis fora do lugar - talvez este seja o seu nirvana. Ou talvez seja teoricamente preferível, mas uma vez que você tem que se sentar e trabalhar, você não se sente bem.

O autor Tim Harford pesquisou e compilou uma série de exemplos para o seu livro Messy, apontando que "a criatividade, a capacidade de resposta e a resiliência eram "integrantes da desordem, da confusão e da desorganização". Você concorda? Ou talvez mais importante, de que forma você prefere estar quando trabalha e atinge o máximo de eficiência?

7 Mitos sobre detalhamento que estão mudando na era digital

A recente disponibilidade de técnicas automatizadas de projeto e produção está mudando a forma de desenvolver detalhes arquitetônicos. Com métodos de projeto paramétricos e com o uso de algorítimos e da fabricação digital, os arquitetos precisam adquirir novas habilidades para a etapa de detalhamento, ao mesmo tempo em que novos atores estão começando a participar do seu desenvolvimento.

Embora nem sempre recebam a atenção necessária, os detalhes arquitetônicos são de extrema importância para muitos aspectos de uma edificação. Eles podem definir sua expressão teórica e seu caráter técnico, e impactar seu processo de produção, seu método de construção e até mesmo sua pegada ecológica. A arquitetura contemporânea mostra um novo interesse no detalhamento, o que não deve ser confundido com o retorno à valorização do trabalho artesanal [1]. Este novo interesse está relacionado ao recente envolvimento do arquiteto com a execução física dos edifícios, como resultado do uso de tecnologias digitais [2]. O novo "mestre de obras digital" [3] conta com os processos file-to-factory, nos quais a morfologia dos detalhes da construção está diretamente relacionada ao conhecimento dos processos de produção disponíveis.

Fotos da Semana: 10 casas e seus habitantes

Fotos da Semana: 10 casas e seus habitantes  - Image 1 of 4Fotos da Semana: 10 casas e seus habitantes  - Image 2 of 4Fotos da Semana: 10 casas e seus habitantes  - Image 3 of 4Fotos da Semana: 10 casas e seus habitantes  - Image 4 of 4Fotos da Semana: 10 casas e seus habitantes  - Mais Imagens+ 6

A presença de pessoas na fotografia de arquitetura não é frequente, no entanto, ajuda o observador a compreender a escala e volumetria dos elementos fotografados. Há, contudo, alguns profissionais que preferem registrar residências na presença de seus habitantes - aspecto que confere certa atmosfera de domesticidade à composição da fotografia. Veja, a seguir, dez imagens de casas com seus moradores. 

Cápsulas construídas com impressão 3D podem abrigar moradores de rua em Nova Iorque

A carência de abrigos para pessoas em situação de rua é uma realidade em praticamente todas as grandes metrópoles do mundo. A cidade de Nova Iorque, ao contrário do que parece, vive uma situação alarmante, o número de desabrigados bateu recordes desde a Grande Depressão da década de 1930. As mais de 60 mil vagas em abrigos municipais são completamente ocupadas todos as noites, mas há ainda um grande número de pessoas que são obrigadas a encontrar um lugar para dormir na rua, no metrô ou em outros espaços públicos. O progressivo aumento dos aluguéis é resultado direto da especulação imobiliária sem controle, a qual é responsável também por criar uma demanda desvairada pelos poucos terrenos disponíveis na cidade; Embora não haja uma real demanda social, apartamentos de luxo representam a maioria das novas construções na cidade de Nova Iorque, enquanto que a produção de moradias populares, tão desesperadamente necessária, é deixada de lado. Como resultado disso, milhares de pessoas são forçadas a viver nas ruas ou amontoar-se nas escassas instituições de caridade que trabalham arduamente todos os dias para poder abrigar a todos.

Cápsulas construídas com impressão 3D podem abrigar moradores de rua em Nova Iorque - Image 1 of 4Cápsulas construídas com impressão 3D podem abrigar moradores de rua em Nova Iorque - Image 2 of 4Cápsulas construídas com impressão 3D podem abrigar moradores de rua em Nova Iorque - Image 3 of 4Cápsulas construídas com impressão 3D podem abrigar moradores de rua em Nova Iorque - Image 4 of 4Cápsulas construídas com impressão 3D podem abrigar moradores de rua em Nova Iorque - Mais Imagens+ 15

Casas de pássaros inspiradas na arquitetura moderna

Douglas Barnhard, proprietário da empresa de decoração Sourgrassbuilt, projeta e constrói casas de pássaros. Construídos com materiais reutilizados, seus projetos são inspirados no modernismo de meados do século XX e prestam homenagem a Frank Lloyd Wright, Joseph Eichler e a Bauhaus, embora apresentem também elementos que reflitam a rica cultura de surf e skate da Califórnia.

5 carreiras emergentes em tecnologia de arquitetura para prestar atenção a partir de 2018

Mesmo com tecnologias como a realidade virtual, realidade aumentada, impressão 3D, design computacional e robótica já reformulando a prática de arquitetura, a comunidade de projeto está apenas riscando a superfície do potencial dekas. Projetistas que reconhecem isso e investem na construção de habilidades e experiência para maximizar o uso dessas ferramentas no futuro se tornarão inerentemente melhores arquitetos e posicionando-se aos novos caminhos da carreira à medida que nossa profissão evolui. Mesmo há apenas uma década atrás, os projetistas com interesses em arquitetura e tecnologia eram essencialmente obrigados a prosseguir em um ou outro campo. Agora, com a arquitetura começando a aproveitar o poder das tecnologias de ponta, esses campos não são mais mutuamente exclusivos.

Com muitos escritos sobre como a tecnologia está mudando a maneira como os arquitetos trabalham e os produtos que podemos oferecer aos clientes durante o ciclo de vida de um projeto, houve menos foco em como a tecnologia está mudando as oportunidades de carreiras na área. Os escritórios de arquitetura estão agora contratando para cargos que não existiam, mesmo há três anos atrás. Aqui está uma visão em cinco modelos de carreiras emergentes que a tecnologia tornará possível em 2018 e no futuro imediato.

As 50 fotografias de arquitetura mais populares de 2017

Dedicamo-nos a compartilhar a melhor arquitetura do mundo, no entanto, sem profissionais que se esforçam para realizar incríveis trabalhos fotográficos, não conseguiríamos atingir e inspirar um número tão grande de leitores. Por esse motivo, apresentamos a seguir as 50 fotografias de arquitetura mais populares de 2017. 

Brasília: 30 anos do tombamento

"...Brasília é a execução, em alta modernidade, da ideia nutrida pelo Ocidente do que fora a plenitude grega" (Paulo Emilio Salles).

Sempre que, no eixo monumental, cruzo a linha imaginária que liga o Congresso Nacional ao Palácio do Itamaraty e vislumbro a Praça dos Três Poderes do alto da rampa que nela desemboca, me vem uma emoção genuína, que não se desgasta pela sua repetição. A visão privilegiada do conjunto da Praça, ladeada pelos seus três edifícios principais e adornada com a perspectiva do Itamaraty, à direita, é uma imagem que só se compara com a dos grandes espaços urbanos icônicos da humanidade.

Fotos da Semana: dez imagens de automóveis na arquitetura

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© Fernando Guerra | FG+SG

Fotos da Semana: dez imagens de automóveis na arquitetura - Image 1 of 4Fotos da Semana: dez imagens de automóveis na arquitetura - Image 2 of 4Fotos da Semana: dez imagens de automóveis na arquitetura - Image 3 of 4Fotos da Semana: dez imagens de automóveis na arquitetura - Image 4 of 4Fotos da Semana: dez imagens de automóveis na arquitetura - Mais Imagens+ 7

A inserção de automóveis na fotografia de arquitetura é uma estratégia interessante para ajudar o espectador a decifrar a escala da obra. Ao se enquadrar o veículo, não apenas é possível supor as dimensões dos elementos fotografados, mas também estabelecer interessantes relações que podem favorecer a composição da imagem. Veja, a seguir, uma seleção de dez fotografias que incorporam automóveis em seus enquadramentos. 

O descaso com a acessibilidade nas cidades africanas (e o que os arquitetos podem fazer à respeito)

Este artigo foi originalmente publicado pelo Common Edge como "Africa’s Undeclared War on the Disabled."

Recentemente passei uma semana em companhia de um grupo multidisciplinar composto por pesquisadores da Europa, dos EUA e da África, em um workshop intitulado “The Practice and Politics of DIY Urbanism in Africa” (Práticas e Políticas do Urbanismo "Do It Yourself" na África). Jonathan Makuwira, professor da Malawi University of Technology, apresentou um artigo convincente sobre "Urbanismo e Acessibilidade em Malawi", destacando os inúmeros desafios que as pessoas com deficiência enfrentam durante a sua vida no continente, utilizando essa cidade como um estudo de caso.

Durante a sua conferência, reafirmei a minha percepção de que os espaços públicos urbanos acessíveis são insuficientes. Este é o tema central da proposta que apresentei em meu projeto de 2016 para a Bolsa Richard Rogers Fellowship da Harvard Graduate School of Design (GSD), onde eu me propus a desenvolver um projeto de design acessível adaptável para espaços públicos da cidade de Abuja .

Os melhores desenhos de arquitetura de 2017

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© Apostrophy's

Nos últimos dois anos, temos nos esforçado para destacar aquilo que está na base da prática arquitetônica: o desenho. Percebemos que, após uma década publicando os melhores projetos do mundo, deveríamos assumir o desafio de destacar os casos excepcionais de representação, levando em consideração todas as variedades e tipos de desenhos. Usando o mesmo critério da compilação do ano passado, todos os desenhos selecionados este ano expressam-se sensivelmente - seja de modo artístico, técnico ou conceitual - e representam o respectivo projeto através da simplicidade, detalhes, texturas, e cores.

Veja, a seguir, a seleção de desenhos organizada em oito categorias: desenhos arquitetônicos, axonométricas, contexto, diagramas, croquis, GIFs animados, detalhes e outras técnicas.

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Estruturas tensionadas: Racionalidade e leveza

Historicamente inspirada pelos primeiros abrigos concebidos pelo Homem – as tendas, a exemplo das black tents, desenvolvidas utilizando couro de camelo pelos nômades do deserto do Saara, Arábia Saudita e Irã, e ainda, as barracas das tribos nativas americanas, pela possibilidade de transporte, as estruturas tensionadas oferecem uma gama de pontos positivos se comparadas a outros modelos estruturais.

Tensoestrutura é o termo usualmente empregado às estruturas que utilizam membranas trabalhando junto a cabos de aço na construção de coberturas, cujas principais características detêm-se na trabalhabilidade dos esforços de tração, pré-fabricação, grandes vãos e maleabilidade formal. Este tipo estrutural permite menor quantidade material, graças à utilização de lonas com espessuras delgadas, que quando esticadas por meio da utilização de cabos de aço, criam superfícies capazes de vencer os esforços dominantes – tração, que pela leveza e espessura, não trabalham os esforços de flexão e compressão.

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8 Materiais comuns que são sustentáveis (mas você não sabia)

Sustentabilidade. Uma palavra que foi inserida em nossas mentes desde o início de nossas carreiras como arquitetos. Assumimos nossa responsabilidade com o planeta e as gerações futuras quando projetamos edifícios socialmente conscientes. De painéis solares a vidros triplos, tentamos de tudo.

Hora de confrontar o déficit habitacional nos centros urbanos

Mais de 1,2 bilhão de habitantes de cidades – uma de cada três pessoas que vivem em áreas urbanas – não têm acesso à moradia de forma acessível e segura. Esse déficit habitacional é um grande obstáculo para a economia e o meio ambiente. O impacto é severo na Ásia e na África, onde espera-se que 2,25 bilhões de pessoas se mudem para as áreas urbanas até 2050. Se tudo permanecer como está, as favelas crescerão em todos os países em desenvolvimento, ampliando a desigualdade e ameaçando o papel tradicional de motores do crescimento econômico exercido pelas cidades.

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O desafio de construir um espaço público em uma cidade violenta no México

O que acontece com o espaço público de uma cidade que aprendeu a aceitar a violência como fator cotidiano? Embora seja ingênuo acreditar que a arquitetura por si só possa resolver problemas sociais e políticos complexos, também é importante entender como e de onde pode agir de alguma maneira, por menor que seja.

Não importa o que digam os críticos - todo bom projeto é capaz de gerar mais-valia

Este artigo foi originalmente publicado no Common Edge como "What Critics of Contemporary Architecture Are Missing: The Value of Design."

"A razão pela qual a arquitetura contemporânea de qualidade se manifesta quase que exclusivamente através de estruturas icônicas, é que somente assim é possível transformar o investimento em lucro". Essa é a afirmação central da matéria "The politics of architecture are not a matter of taste", publicada no Common Edge há algumas semanas (e republicada pelo ArchDaily como "Odeia a arquitetura contemporânea? Culpe a economia, não os arquitetos"). Em outubro, outro ensaio de Marianela D'Aprile para a Current Affairs entitulado "Why You Hate Contemporary Architecture", também bate na mesma tecla, quando os autores da equipe de redação, Brianna Rennix e Nathan J. Robinson, mostram sua indignação com o atual estado da prática da arquitetura contemporânea.

Ambos os artigos me confundem. "Os bons edifícios integram-se perfeitamente em seus entornos", afirmam Rennix e Robinson, mas os exemplos que elogiam - arquiteturas figurativas como a St. Paul’s Cathedral em Londres e a Alhambra em Granada - destacam-se proeminentemente na paisagem local. D'Aprile critica os autores pelo seu uso impreciso das terminologias, mas, como pode ser visto na passagem anteriormente citada, sua própria linguagem também pode ser vaga, apoiando-se em palavras como icônico, onipresente no vocabulário dos arquitetos. (Se a ideia é descrever algo como"singular", ironicamente a maioria dos edifícios citados como icônicos possuem um caráter escultural semelhante, então, em nossa senso comum, todos eles se parecem de alguma maneira - o oposto da singularidade.) Ela define arquitetura como "edifícios projetados para serem construídos fisicamente". E por acaso todos os edifícios existentes são construídos fisicamente? E todos aqueles projetos que não foram construídos, por acaso seriam relegados a algo que não é, de fato, arquitetura?

Fotos da Semana: dez incríveis casas de inverno

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No dia 21 de dezembro ocorreu o solstício de inverno no hemisfério norte, fenômeno que marca o início da estação comumente associada ao Natal. Para a fotografia de arquitetura, esta estação oferece uma luz natural mais difusa e paisagens mais austeras. Veja, a seguir, dez casas e cabanas fotografadas no inverno. 

Mary Turner Shaw: a arquitetura moderna na habitação coletiva australiana

Mary Turner Shaw teve uma longa e multifacetada carreira, desempenhando ao longo da sua vida diversas funções, como designer (especialista em design de cozinhas), administradora de projetos públicos e privados, historiadora e pioneira em compilar uma coleção sobre livros de arquitetura. 

O fato de ter permanecido ao longo da sua vida como uma "eterna aprendiz" a levou a transcender em cada uma das tarefas que desempenhou, até converter-se, inclusive, em uma das primeiras historiadoras a escrever sobre degradação ambiental.

A cortiça pode ser uma resposta às nossas necessidades ambientais e de construção?

Desconhecida para muitos, a cortiça configura-se como um modelo da indústria sustentável e um material de construção eficiente. Por sua própria natureza, a cortiça é reciclável e renovável, pois é a única árvore que regenera sua casca, enquanto a colheita da casca faz com que a árvore não seja prejudicada.

A cortiça pode ser encontrada, por exemplo, no revestimento de xadrez do piso da Biblioteca do Congresso. Mesmo a NASA tem aproveitado a leveza e a capacidade de isolamento da cortiça, usando-a como um isolante para seus ônibus espaciais.

Cidades são mais vulneráveis às mudanças climáticas, mas têm o poder para combatê-las

Ainda que ocupem apenas 2% da superfície do planeta, ninguém questiona a importância das cidades. Elas concentram mais da metade da população mundial, produzem 80% do produto mundial bruto (PMB), são responsáveis por 78% do consumo mundial de energia e produzem 70% do total de emissões globais de gases de efeito estufa. Além disso, estão crescendo e, em pouco mais de 30 anos, devem abrigar 66% da população. Como contestar, então, que as áreas urbanas carregam a força do combate ao aquecimento global nas mãos?

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Utilidade Pública: edição e construção do espaço da cidade

A exposição Utilidade Pública se debruça sobre arquiteturas que visam a transformação, a adequação e a qualificação do espaço urbano aos usos do cotidiano, junto a inúmeros outros agentes envolvidos na coprodução da cidade. Na articulação com outras disciplinas, saberes e experiências em alinhamento, ampliam-se as oportunidades para a ação do arquiteto, particularmente em resposta às demandas urgentes.

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O que sua ferramenta de desenho diz sobre você?

Arquitetos são conhecidos como pessoas de bom gosto - especialmente quando se trata de ferramentas de desenhos. "Não julgue um livro pela capa", diz o ditado, mas inevitavelmente julgamos os arquitetos por seus desenhos. É fácil julgar um colega quando ele escolhe uma ferramenta qualquer para esboçar alguma ideia rápida, e você fica se contorcendo enquanto tenta acompanhar a construção da ideia no papel.

Canetas são ferramentas poderosas na mão de um arquiteto, transformando ideias em projetos e estruturas tridimensionais. Na era digital, as canetas são como objetos sagrados que proporcionam um prazer único no início do processo criativo. Após anos de prática, provando e testando diferentes materiais de desenho, muitos arquitetos encontram a sua ferramenta ideal - a qual pode dizer muito mais do que se imagina a respeito de quem eles são.

A diferença entre o ocupar e o habitar

Os projetos públicos de habitação social costumam ser frustrantes mais por uma questão filosófica do que política. Como princípio piramidal: o espaço, quando é matematicamente considerado, não tem sítios nem lugares. Ou seja, quando o objetivo é construir apenas as urgências através do máximo possível de moradias, em detrimento da qualidade de vida, não se cria condições de habitabilidade.

O filósofo alemão Martin Heidegger tratou de pensar a questão da construção em relação ao habitar em um congresso de arquitetura, em 1951, no qual se discutia a reconstrução da Alemanha no pós-guerra. Ele pretendia discutir o sentido do habitar antes de pensar na reconstrução; isso era o fundamental para ele. Não se tratava de resolver problemas técnicos, econômicos e políticos relativos à construção, mas sim de pensar sobre a relação entre o habitar e o construir e talvez essa indagação nos ajude a encontrar a “alma” que falta nas áreas de “não-cidade”.

Fotos da Semana: 10 imagens de banheiros e seus detalhes

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© Peter Clarke

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É cada vez mais frequente vermos projetos que se empenham em fazer dos banheiros ambientes agradáveis e atraentes aos usuários. Com isso em mente, compilamos a seguir dez fotografias que apresentam o potencial dos banheiros enquanto ambientes interessantes no projeto, com diferentes configurações espaciais e materiais inovadores. 

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