Franca Helg nasceu em MIlão em 1920. Constituiu parte ativa da geração de arquitetos e intelectuais que protagonizou a reconstrução física e cultural das cidades italianas após a Segunda Guerra Mundial.
Helg trabalhou e desenvolveu um interessante processo de inversão e articulação dos preceitos modernos com modelos tradicionais de produção industrial e preexistências arquitetônicas nas cidades.
No início de outubro aconteceu em Foz do Iguaçu, o I Encontro Internacional do MALOCA Grupo de Estudos Multidisciplinares em Urbanismos e Arquiteturas do Sul, com o objetivo de apresentar os resultados do seu primeiro triênio (2014-2016) e debater os rumos das pesquisas do grupo para o triênio 2017-2019. Sediado na Universidade Federal da Integração Latino-Americana - UNILA, em Foz do Iguaçu, o grupo de pesquisa MALOCA tem atuado a partir das necessidades prementes de buscar respostas a questões na área voltadas para o contexto de ensino, hábitos de morar e construir, políticas públicas e direitos humanos, sob uma perspectiva decolonial, com ênfase na América Latina e no Sul global. Com vistas a uma arquitetura da autonomia ou uma arquitetura cidadã no Brasil e na América Latina, o MALOCApossui três linhas de pesquisa: (1) Ensino de Arquitetura e Urbanismo na América Latina; (2) Hábitos de morar e de construir no contexto latino-americano e (3) Políticas públicas, território, direitos humanos e sociais. O grupo de pesquisa forma uma rede internacional de aproximadamente 20 pesquisadores/as de instituições em diversas regiões do Brasil, como as federais do Ceará, Bahia, Ouro Preto, São João del Rei, Tecnológica do Paraná e de São Paulo e ainda pesquisadoras da Bolívia e de Cabo Verde, consolidando o diálogo de saberes a partir do Sul. Originário do quadro docente do curso de arquitetura e urbanismo da UNILA, atualmente está vinculado também com o programa de pós-graduação em Políticas Públicas e Desenvolvimento na mesma instituição.
https://www.archdaily.com.br/br/884394/arquiteturas-e-urbanismos-do-sul-em-debateAndréia Moassab e Gabriel Rodrigues da Cunha
As cidades concentram, atualmente, mais da metade da população mundial. Segundo dados da ONU, 54% da população vive em áreas urbanas, e esse número pode passar para 66% até 2050. A distribuição desse contingente, na maioria dos casos, ocorre de forma desigual, lotando as grandes cidades. Até 2014, 453 milhões de pessoas viviam nas 28 megacidades mundiais. Entre essas, 16 são asiáticas, quatro são latino-americanas, três são europeias, três são africanas e duas são norte-americanas. Fica claro, portanto, que as cidades possuem vital importância para as causas ambientais. Iniciativas criadas nos grandes centros urbanos podem ser replicadas mundialmente.
O jornal inglês The Guardian formou uma lista de sete cidades do mundo que colocaram em prática grandes iniciativas na busca pelo desenvolvimento urbano sustentável.
No final do mês passado, o Current Affairs publicou um ensaio de Brianna Rennix e Nathan J. Robinson, intitulado “Why You Hate Contemporary Architecture: And if you don’t, why you should.” (Por que você odeia a arquitetura contemporânea: e se você não faz isso, por que deveria fazer). O texto, escrito em um léxico de internet divertido no qual todos os objetos das críticas são "lixo", é tão carregado de ironia - o mais pobre dos substitutos para análise - que é difícil discernir um argumento central. Ainda assim, gostaria de questionar a premissa central do ensaio: os autores denominam a "arquitetura contemporânea" como feia e opressiva, e esse gosto não é nada imoral.
Comprovadamente relacionados às áreas do cérebro responsáveis pela emoção e memória, os cheiros estão mais ligados a uma percepção de lugar do que qualquer outro sentido humano. E há poucas sensações mais poderosas do que o cheiro de comida deliciosa que sai de sua própria cozinha. Nesse sentido, as cozinhas são o verdadeiro coração da casa, o espaço mais relacionado à alegria, à infância e aos encontros.
Apresentamos aqui algumas de nossas cozinhas favoritas que também servem como salas de estar e jantar - espaços não só para a preparação do alimento, mas também para seu desfrute. Veja nossa lista a seguir!
Há poucos dias a Prefeitura de São Paulo informou que pretende retirar todas as pedras portuguesas do centro da cidade. A intenção é substituí-las por concreto a partir de janeiro de 2018 para diminuir os gastos com manutenção e melhorar a acessibilidade.
O projeto ainda tem que ser aprovado pelos conselhos de preservação do patrimônio municipal e estadual, mas desde sua divulgação tem despertado críticas, inclusive do arquiteto e urbanista Jaime Lerner, figura de proa das profundas mudanças urbanas pelas quais Curitiba passou nas décadas de 1970 e 1990 e recentemente contratado pela Prefeitura de São Paulo para pensar a requalificação do centro paulistano.
Entretanto, para ser aceito nos escritórios mais concorridos, nem mesmo um portfólio perfeito pode ser suficiente. Então, o que é preciso ser feito para se destacar dos demais?
Os Parques Biblioteca foram construídos para promover práticas educativas, culturais e sociais de seus bairros circundantes [1], funcionando como pontos de transformação e fortalecimento das comunidades e culturas locais – ou como “dipositivos políticos”, da forma que sugeri no título do artigo. Ao todo, são nove Parques Bibiloteca construídos até hoje, localizados de forma a atender aos vários bairros e comunas de Medellín. Como desenvolveremos mais adiante, a implementação dos cinco primeiros Parques Biblioteca (San Javier, España, La Ladera, La Quintana e Belén) está associada fortemente com a intenção de alterar simbolicamente a imagem de Medellín como exemplo de violência urbana: os lotes de cada um desses edifícios estão diretamente relacionados a histórias recentes de extrema violência.
Mais da metade do planeta é composta por corpos hídricos e maior parte da população vive em suas proximidades. Estes locais são cada vez mais afetados por catástrofes ambientais ou pelo aumento de níveis de água, causados pelo aquecimento global, conformando um cenário que traz novos desafios para o modo que habitamos e pensamos os edifícios no litoral ou em áreas ribeirinhas.
A arquitetura flutuante pode se adaptar às variações de níveis de água e diferentes condições climáticas, sinalizando um possível caminho para solucionar os problemas apontados. Para aumentar seu repertório de referências flutuantes, reunimos aqui 15 projetos que foram implantados diretamente nas águas e possuem os mais diferentes usos: habitacional, cultural, educacional, recreativo e de infraestrutura.
O projeto em madeira de Downtown studio para uma biblioteca urbana na Bulgária é uma proposta que aborda as ferramentas do projeto paramétrico na construção de estruturas leves, resistentes e transportáveis.
O projeto, uma forma natural ondulada que se desenvolve em um semicírculo, é construída por uma série de módulos de madeira que proporcionam um espaço público com estantes para expor e compartilhar livros.
Como um dos pioneiros do modernismo brasileiro, Oscar Niemeyer é célebre por suas formas ousadas e sinuosas e pelo uso da "curva livre e sensual". Paul Goldberger descreveu isso quando afirmou que Niemeyer não comprometeu os ideais utópicos do modernismo, mas, quando filtrado através da sua sensibilidade, o severo e implacável rigor da modernidade europeia tornou-se tão suave como a música brasileira.
Quando Georgio Mondadori, presidente da editora italiana Mondadori, encomendou a Niemeyer o projeto da nova sede da empresa em 1968, queria que o prédio parecesse ao Palácio Itamaraty (também conhecido como Palácio dos Arcos) em Brasília. Niemeyer concordou, mas, dado seu espírito brincalhão, desviou-se deliberadamente do projeto anterior e procedeu a construção do que mais tarde ele identificaria como sua obra favorita na Europa. Continue lendo para ver um conjunto impressionante de dezesseis fotografias do edifício Mondadori feitas pela fotógrafa e artista visual Karina Castro, com sede em Milão, que foi convidada por Mondadori para capturar sua sede 40 anos após a conclusão do edifício.
Cada material carrega suas particularidades e o processo de projeto e construção devem ser adequados a essas características. Um edifício em estrutura metálica, por exemplo, deve ter uma precisão acurada para que os componentes e as partes, geralmente fabricados fora do canteiro de obra e transportados até lá, encaixem-se durante a montagem. Um edifício de madeira pode ter suas seções transversais drasticamente modificadas de acordo com a espécie e resistência da mesma, ou mesmo segundo a direção das cargas em relação às suas fibras. O bambu, por sua vez, exige uma aproximação distinta, por conta de sua composição e características próprias.
Mas de que forma é possível trabalhar com um material com tantas minúcias e desafios?
O uso da pedra tem sido cada vez mais frequente nos projetos arquitetônicos. Embora seja um material construtivo antigo, tem sido atualmente empregado por profissionais que buscam incorporar em seus trabalhos a textura e atmosfera que a pedra carrega. Apresentamos, a seguir, uma segunda seleção de fotografias que exploram as qualidades que as rochas trazem à arquitetura.
Os Planos Diretores (PDs) são instrumento básico da política de desenvolvimento de uma cidade. É a legislação que define as diretrizes para a gestão territorial e a expansão dos municípios. Ao longo das últimas décadas, as cidades brasileiras passaram por um rápido processo de urbanização, que não foi acompanhado por um bom processo de planejamento. Cidades que se desenvolvem à revelia de um bom planejamento tornam-se áreas urbanas dispersas, distantes e desconectadas.
Mas o que realmente está em jogo quando falamos em planejamento urbano e Planos Diretores? De que forma as diretrizes estabelecidas na legislação impactam o dia a dia nas cidades?
Para o filósofo Georges Bataille, a arquitetura é a expressão do ser das sociedades, de forma similar a como a fisionomia é a expressão dos indivíduos. No entanto, o problema é que aqueles que são representados geralmente são os personagens oficiais, vinculados à institucionalizado da sociedade. Assim que, para Bataille, a arquitetura -e em especial o monumento-, inspiraria tanto a sabedoria social como também um verdadeiro temor, "dirigindo e impondo o silêncio das multidões".
A região histórica de Valparaíso (Chile) desde julho de 2003 ostenta o título concedido pela UNESCO de cidade Patrimônio da Humanidade, fundamentalmente por ser um "testemunho único dos inícios da globalização do século XIX". Essa condição colaborou com o desenvolvimento de uma maior preocupação pelos valores patrimoniais da cidade, movendo capitais e projetos para sua proteção, conservação e recuperação e, ao mesmo tempo, criou uma tendência a ocultar a condição de uma cidade viva em constante desenvolvimento. Em seu status de museificação, o poder dos monumentos - de forma equivalente ao que sugere Bataille- impôs seu silêncio.
https://www.archdaily.com.br/br/883305/radiacoes-um-projeto-nomade-sobre-corpo-memoria-e-territorio-em-valparaisoMagdalena Sierra
Que maneira seria melhor para ilustrar os diferentes estilos arquitetônicos mais populares dos Estados Unidos do que através da família mais conhecida do país - A casa dos Simpsons? A HomeAdvisor apresenta uma releitura de uma das casas mais conhecidas do mundo dos desenhos aninamos.
A residência da família Simpson é instantaneamente reconhecida por todos nós, mas ela poderia ser completamente diferente caso os seus criadores tivessem optado por um destes populares estilos arquitetônicos.
No centro do Parque Cultural de Valparaíso (Chile), um novo jogo infantil urbano capturou a atenção e a energia de crianças de todas as idades nas últimas duas semanas: é uma estrutura metálica de 40 metros de comprimento que contém um caminho ondulado colorido onde crianças correm, pulam, se escondem e deslizam.
Após a concepção de dispositivos similares implantados no perímetro do Parque Bicentenário da Infância (2012) em Santiago, La Serpentina é uma das duas intervenções com as quais a Somos Choapa participa da Bienal. O segundo é um modelo interposto com uma série de telas de toque implantadas no recinto principal do Parque Cultural de Valparaíso, representando mais de 100 iniciativas concretas do projeto.
Este artigo for originalmente publicado pela Archipreneur como "<a
Embora a quantidade de informações sobre a remuneração dos arquitetos em diferentes países e cidades seja abundante, há muitas discrepâncias entre elas quando comparadas umas com as outras. Não é nada fácil compor um panorama global dos salários dos arquitetos pois, são muitas as variáveis que devem entrar nesta equação. É preciso levar em conta o cargo, o grau de experiência, o tamanho da empresa e a sua localização, sem falar do custo de vida, impostos, seguros e das diferenças legais entre os diferentes países.
https://www.archdaily.com.br/br/883792/quais-paises-pagam-os-maiores-salarios-para-arquitetosLidija Grozdanic for Archipreneur.com
O objetivo principal do BambooU build and design course é promover o bambu como material de construção sustentável e fornecer conhecimento para arquitetos, designers, construtores, engenheiros e carpinteiros de todo o mundo com o intuito de valorizar este material e aumentar seu uso.
A versão de 2017 do curso convidou seus participantes a fazer parte de uma oficina de carpintaria básica, na qual os artesãos indonésios - liderados por I Ketut Mokoh Sumerta - ensinaram a construir a base de uma estrutura simples em Bambu, sem usar outros materiais e experimentando com o corte e junção de peças diferentes.
Veja o processo desta construção abaixo.
https://www.archdaily.com.br/br/883697/aprendendo-conexoes-basicas-em-bambu-com-artesaos-indonesiosAD Editorial Team
Além de seus vídeos, Wahyu Pratomo e Kris Provoost do #donotsettle, contam histórias sobre os projetos que visitam através de sua coluna exclusiva no ArchDaily: #donotsettle Extra. Nesta jornada, a dupla nos levará ao mais novo projeto do OMA nos Países Baixos, o Rijnstraat 8, na cidade de Haia. Saskia Simon e Kees van Casteren, do OMA, falaram sobre o projeto de arquitetura do Rijnstraat 8 para o #donotsettle durante a sua visita.
Abrigando uma variedade de instituições governamentais holandesas, as transformações espaciais deste projeto refletem diretamente as mudanças políticas e organizacionais ao longo do tempo. A partir da estrutura existente projetada pelo arquiteto Jan Hoogstad, o OMA transformou a experiência do espaço arquitetônico desde dentro.
As complicações da guerra e da violência exigem uma arquitetura ousada para provocar a compreensão de seu impacto na Alemanha. Daniel Libeskind opta por se envolver com tais eventos em seu projeto de extensão do Museu de História Militar de Dresden, ao atravessar uma enorme estrutura de aço e concreto através da fachada neoclássica, arruinando a simetria do antigo edifício.
Com desenho minimalista, formas puras e um refinado arranjo, a arquitetura moderna portuguesa consagrou-se pela harmonia entre tradição e inventividade. Não diferente, o design concebido pelos arquitetos portugueses têm buscado refletir as questões que incubem a maior escala à menor – o mobiliário.
Os novos desenvolvimentos tecnológicos na construção oferecem aos arquitetos grande liberdade na hora de projetar. Os materiais e suas propriedades estão cada vez mais inovadores, permitindo a criação de fachadas originais e surpreendentes. Os resultados podem, inclusive, inspirar as pessoas a viajar milhares de quilômetros, apenas para ver estas grandes obras de arquitetura e engenharia. A seguir, reunimos fotografias de 15 fachadas dinâmicas.
Ambos têm parte da razão, ao que no final é o mesmo que dizer que os dois estão parcialmente errados.
O Estado aponta na direção correta quando promove políticas de densificações habitacionais. Uma cidade mais compacta reduz custos de provisão e manutenção de infraestrutura e serviços, ao mesmo tempo em que diminui os tempos de deslocamentos, favorecendo a caminhada, o uso de bicicleta e transporte público. Tudo isso também ajuda a reduzir as emissões de gases poluentes e efeito estufa. Um bairro de média e alta densidade permite que mais pessoas desfrutem diretamente de seus equipamentos e áreas verdes, constituindo o ambiente propício à instalação do comércio local, que por sua vez atrai maior número de pessoas às ruas, e, por esse motivo, tornam-se ambientes mais atraentes e seguros. O Estado também está tomando boas medidas ao criar regras especiais que fornecem facilidades à construção de habitação de interesse social em áreas consolidadas. Ao permitir maiores densidades, é possível repartir o valor do solo entre mais unidades, o que pelo menos em teoria, torna a construção de moradias em uma cidade com custo mais acessível.