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Como adotar o BIM: 3 modos de realizar um projeto piloto em seu escritório

Ultimamente, o BIM está se tornando uma prática padrão. A maioria das pessoas envolvidas no setor da construção - de arquitetos e engenheiros que utilizam BIM a órgãos governamentais que estão exigindo a utilização de BIM em certos tipos de projetos - estão convencidos de seus benefícios, como eficiência, colaboração, redução de custos, e melhoria da comunicação. Como resultado, muitas empresas hoje em dia que ainda não adoraram o BIM dão o mesmo motivo: o temido período de transição.

Naturalmente, estes receios de transição não são totalmente infundados, já que um novo software exige treinamento de pessoal e problemas de adaptação são inevitáveis na mudança do fluxo de trabalho existente. Estes custos iniciais criam uma barreira para muitas empresas que simplesmente não podem arcar com o tempo ou o custo agora que lhes permitiriam aproveitar os benefícios do BIM no futuro. A chave para resolver isso, claro, é minimizar os custos iniciais - e uma maneira de fazer isso, que muitos especialistas recomendam, é começar a transição de sua empresa para o BIM com um único projeto-piloto, em que você vai ser capaz de estabelecer um fluxo de trabalho, definir padrões que se adequam a sua empresa, e transferir essas lições para projetos posteriores.

Mas qual é a melhor maneira de selecionar este projeto-piloto? Você deveria trabalhar em um edifício grande ou pequeno? Um trabalho complexo ou um simples? Aqui, três pioneiros no uso do BIM compartilham o que aprenderam com os seus próprios projetos-piloto, cada um com características muito diferentes.

21 tipos de arquiteto que podemos encontrar no escritório

A arquitetura pode ser praticada em um campo bastante amplo. Ela é uma indústria em que os "personagens" são uma parte intrínseca do trabalho. Todos somos arquitetos e todos vivemos para projetar, mas somos muito distintos. Assim, compilamos uma lista com 21 tipos diferentes de arquitetos que você poderá encontrar em algum momento da sua carreira.

A Arquitetura precisa reconhecer, além do papel social, os debates sobre Raça e Gênero / Stephanie Ribeiro

Resolvi fazer arquitetura de forma bem inocente depois de ter feito vários testes vocacionais que encontrei no Google. Quando descobri ser um dos cursos mais concorridos nas universidades públicas brasileiras, pensei em desistir. Mas já estava fisgada pela história da arquitetura e seu papel social.

Entretanto, nada é perfeito. Arquitetura e Urbanismo é um dos cursos mais elitizados nas mais renomadas universidades brasileiras e isso reflete também para fora das salas de aula. O arquiteto passou a servir aos mais ricos, deixando de lado as necessidades urbanas e os mais pobres.

Anunciados os 25 finalistas do Prêmio Europeu de Espaço Público Urbano 2016

O Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona (CCCB) anunciou os finalistas da 9ª edição do Prêmio Europeu do Espaço Público Urbano 2016. São 25 as intervenções eleitas como as melhores realizadas em espaços públicos das cidades europeias entre os anos 2014 e 2015.

O prêmio, que neste ano recebeu 276 inscrições provenientes de 33 países, "reconhece a criação, recuperação e melhoria dos espaços públicos, compreendendo seu estado como um claro indicador da saúde democrática de nossas cidades”, explicou  a organização do prêmio.

Renascendo das Cinzas: estudante da Krakow University cria projeto para a Ilha do Fogo

A Bienal de Veneza de 2016 destacou que lidar com desastres naturais pode se tornar uma das maiores preocupações da arquitetura. Mas a natureza tem suas próprios modos de destruição e erupções vulcânicas estão entre os casos mais extremos. Na Ilha do Fogo, o Parque Natural do Fogo, projetado pelo escritório OTO – e eleito como Melhor Edifício do Ano de 2015 pelos leitores do ArchDaily – foi destruído por uma corrente de lava fundida pouco mais de um ano após sua inauguração em 2013. O edifício, que conciliava centro cultural e atividades administrativas, ajudou a ativar a economia na área mais remota da ilha. Depois do desastre, Adrian Kasperski, um estudante da Krakow University, dedicou sua dissertação de mestrado para reabilitar esta área, propondo a expansão das rodovias existentes e trilhas de escalada e desenvolvendo equipamentos para implementar alternativas oferecidas pelo turismo.

Material em foco: A Grande Muralha da Austrália por Luigi Rosselli

Este artigo é parte da nossa nova série "Material em Foco", onde os arquitetos compartilham conosco o processo de criação através da escolha de materiais que definem parte importante da construção de seus projetos.

A Grande Muralha da Austrália, projetada pelo escritório australiano Luigi Rosselli Architects, e selecionada como um dos melhores projetos do ano de 2016 pelo ArchDaily, é um exemplo único de construção em taipa. Com 230 metros de comprimento, a Grande Muralha é a estrutura mais longa deste tipo na Austrália e, possivelmente, do Hemisfério Sul, de acordo com os seus arquitetos. Construída no remoto noroeste da Austrália, o edifício é feito a partir de materiais disponíveis localmente, cujas propriedades térmicas ajudam a suportar um clima variável. Nós conversamos com o arquiteto Luigi Rosselli para saber mais sobre sua escolha do material e do papel determinante que desempenhou em seu conceito de projeto.

Material em foco: A Grande Muralha da Austrália por Luigi Rosselli - Imagem de DestaqueMaterial em foco: A Grande Muralha da Austrália por Luigi Rosselli - Image 1 of 4Material em foco: A Grande Muralha da Austrália por Luigi Rosselli - Image 2 of 4Material em foco: A Grande Muralha da Austrália por Luigi Rosselli - Image 3 of 4Material em foco: A Grande Muralha da Austrália por Luigi Rosselli - Mais Imagens+ 8

Arquitetura Moderna em Porto Alegre (Parte I): Antecedentes e a linhagem Corbusiana dos anos 50 / Luís Henrique Haas Luccas

O exame dos microfilmes e cópias existentes no Arquivo Público Municipal de Porto Alegre oferece um panorama confiável da estratificação formal da cidade através das décadas. As imagens de projetos do começo do século XX mostram um art-nouveau rústico local, chalés decorados com lambrequins e ecletismos de gosto alemão, italiano ou afrancesado. Os anos trinta apresentam uma incidência extensa do que se convencionou como art-déco; arquitetura de apelo fácil sem a intelectualização das vanguardas modernas da mesma época. Ainda nos anos trinta surgem os primeiros exemplares dentro do chamado “estilo californiano”[1], que passou a disputar a supremacia dos anos quarenta com o que poderia se qualificar como déco ou “protomoderno”, tornando-se rarefeito no começo dos cinquenta. E às vésperas dos anos cinquenta detectam-se os primeiros projetos modernos identificados com as vanguardas europeias, com visível débito com a Escola Carioca e sua origem corbusiana.

Paris proíbe a circulação de veículos a diesel no centro da cidade

Há algum tempo Paris assumiu o desafio de se tornar um exemplo de desenvolvimento sustentável. Ainda em 2014, a prefeita Anne Hidalgo anunciou que dentro de cinco anos, isto é, até 2019, a cidade estaria livre dos veículos movidos a diesel, o que representa 60% do total de seus automóveis.

Desde julho do ano passado, entre as 8h e as 20h, está proibida a circulação de veículos pesados (caminhões e ônibus) fabricados antes de 2001 no centro da cidade.

Princípios para projetar espaços de trabalhos colaborativos

As pessoas estão sempre trabalhando em equipe, no entanto, nem sempre existe cooperação entre elas. Para entender melhor o que significa a colaboração no âmbito profissional, a Herman Miller realizou uma pesquisa de opinião com 15 empresas (todas classificadas como altamente colaborativas) nos Estados Unidos, Reino Unido, Índia e Austrália.
No total, 2.900 funcionários foram entrevistados e observados durante 700 horas. Os resultados indicaram que o "tipo de colaboração" varia e depende muito da cultura da empresa, da tecnologia disponível e da configuração do espaço de trabalho. Oferecer uma variedade de espaços com finalidades específicas, possibilitar que os funcionários possam observar uns aos outros enquanto estão trabalhando, e melhorar os espaços de convivência nos quais todos os membros de uma equipe se encontram pode ajudar muito nesse sentido.

Princípios para projetar espaços de trabalhos colaborativos - Image 8 of 4

Projeto do Mês: Museu Nacional da Estônia

Durante os últimos três séculos, os museus, como tipologia da arquitetura, passaram de um importante nó na cidade para um ícone no qual uma cultura se identifica, se transformando num marco na escala cidadã e internacional.

Destacamos neste mês o Museu Nacional da Estônia, que propõe uma estratégia que vai além da reunião e exposição de elementos, mas traz consigo um reconhecimento cultural, histórico e territorial. Implantado como uma prolongação das ruínas de um antigo campo aeronáutico usado pela ocupação soviética, este projeto contrasta seu contexto histórico com um novo edifício que se eleva como projeção para uma nova realidade e futuro nacional.

Quem vai poder morar em Lisboa? Da gentrificação e do turismo à subida no preço da habitação: causas, consequências e propostas

O Estado adoptará uma política tendente a estabelecer um sistema de renda compatível com o rendimento familiar e de acesso à habitação própria.
Ponto 3 do artigo 65º da Constituição Portuguesa

Um grupo informal de habitantes da cidade de Lisboa juntou­-se à volta de uma preocupação comum: a percepção de uma abrupta alteração das dinâmicas da cidade e sobretudo da grande subida do preço da habitação. Começaram por conversar casualmente sobre o que os preocupava. Essas conversas tornaram­-se mais regulares. As inquietações comuns tornaram-­se mote para a organização de um debate à volta do tema.Das conversas e de alguma pesquisa foi escrito, a várias mãos, o texto abaixo.

Por que o tédio é o segredo para um bom projeto

Este artigo, por Rosanne Somerson, presidente da Rhode Island School of Design, foi originalmente publicado pela Metropolis Magazine como "We Need More Boredom in Our Lives."

Quando eu lecionava na pós-graduação em design de móveis, gostava de atribuir aos meus alunos um problema abstrato que exigia sentarem-se no estúdio e desenhar através da associação livre durante um longo período de tempo sem se levantar de seus assentos. Após cerca de 45 minutos, a maioria dos estudantes começava a se contorcer e ficar desconfortável. Se eles não tivessem na minha aula, provavelmente teriam se levantado, checado seus e-mais ou encontrado outras distrações. Mas eu os encorajei a enfrentar o desconforto, porque depois de muitos anos aplicando o mesmo exercício, eu tinha aprendido que, logo após o estágio "desconfortável", algo incrível acontece. Muitas vezes, uma direção totalmente nova para o seu trabalho surgiria, algo completamente desconhecido e inesperado.

O que originou aqueles momentos desconfortáveis que desencadearam a sua criatividade? Foi algo mágico ou misterioso? Dificilmente. Creio que foi o tédio, puro e simples, algo que todos nós (artistas e arquitetos em particular) precisamos mais em nossas vidas.

3 protótipos de pontos de ônibus que favorecem a mobilidade sustentável

A mais recente publicação da Associação Nacional de Funcionários de Transporte de Cidade, NACTO, é o "Guia de Desenho de Trânsito de uma Via", no qual são apresentados conceitos e propostas a respeito de como é possível melhorar os espaços viários através do projeto urbano.

O foco das ideias é priorizar a mobilidade sustentável para que, tanto as cidades membro da organização, quanto as que tenham acesso a este documento, possam melhorar suas práticas em relação aos espaços públicos, à mobilidade e ao transporte.

O que esperar de um… Projeto? / Yara Santucci

O que a cultura da colcha de retalhos e puxadinhos tem a ver com a queda da ciclovia Tim Maia e o Regime Diferenciado de Contratação (RDC)?

"Ciclobuses": uma opção intermodal de transporte público em Cuba

Faz mais de 20 anos que em Cuba é possível combinar os percursos feitos de bicicleta e de ônibus. Este tipo de intermodalidade é possibilitado por uma invenção local: os Ciclobuses [ciclo-ônibus].

Trata-se de ônibus sem os assentos adaptados para ciclistas e motociclistas. Similares a muitos outros veículos que circulam no país, os ciclobuses são o resultado de modificações realizadas no início dos anos 90 para atender às necessidades de transporte dos habitantes.

Mulheres no espaço urbano: como fazer cidades melhores para elas?

Mulheres no espaço urbano: como fazer cidades melhores para elas? - Image 4 of 4

Texto por Mariana Morais e Bruno Avila

Mulheres segregadas em vagões de metrôs exclusivos; locais coletivos que reprimem a necessária amamentação; dominação masculina nos espaços públicos. Uma sociedade excludente produzirá cidades excludentes. Quem nunca ouviu que “rua não é lugar de menina”? As conquistas do espaço das mulheres na nossa sociedade podem ser recentes, mas a necessidade de melhorar o modo como as cidades as acolhem é urgente.

Inaugurado o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso assinado por Álvaro Siza Vieira

Inaugurado o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso assinado por Álvaro Siza Vieira - Image 1 of 4Inaugurado o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso assinado por Álvaro Siza Vieira - Image 2 of 4Inaugurado o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso assinado por Álvaro Siza Vieira - Image 3 of 4Inaugurado o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso assinado por Álvaro Siza Vieira - Image 4 of 4Inaugurado o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso assinado por Álvaro Siza Vieira - Mais Imagens+ 107

Hoje será inaugurado mais um edifício assinado por Álvaro Siza Vieira, o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves, Portugal. Para celebrar sua inauguração, Fernando Guerra (Últimas reportagens) compartilhou conosco uma incrível série de fotografias que realizou durante a sessão de fotos para esta obra.

Saiba mais sobre o museu e veja todas as fotos, a seguir.

Povoados, comunidades e arquiteturas esquecidas da província de Buenos Aires, por Juan Viel

As pequenas histórias e práticas arquitetônicas típicas a cada povoado da província de Buenos Aires são resgatadas por Juan Viel, que registra com sua câmera as atmosferas e particularidades desses lugares.

A variedade de registros e a atenção do fotógrafo são um convite à reflexão sobre o patrimônio material arquitetônico dos pequenos povoados  e sobre o lugar onde habitamos. 

Povoados, comunidades e arquiteturas esquecidas da província de Buenos Aires, por Juan Viel - Image 1 of 4Povoados, comunidades e arquiteturas esquecidas da província de Buenos Aires, por Juan Viel - Image 2 of 4Povoados, comunidades e arquiteturas esquecidas da província de Buenos Aires, por Juan Viel - Image 3 of 4Povoados, comunidades e arquiteturas esquecidas da província de Buenos Aires, por Juan Viel - Image 4 of 4Povoados, comunidades e arquiteturas esquecidas da província de Buenos Aires, por Juan Viel - Mais Imagens+ 29

Melnikov e os Clubes de Trabalhadores de Moscou: traduzindo ideais soviéticos em arquitetura

Konstantin Melnikov (03 de agosto de 1890 - 28 de novembro de 1974) desempenhou um papel fundamental na formação da arquitetura soviética a partir de meados dos anos vinte até os anos trinta, apesar de ser independente dos construtivistas que dominaram a arquitetura da época. Além de seu renomado pavilhão para a URSS na Exposition des Arts Decoratifs, em Paris (1925), Melnikov era famoso em Moscou pela construção dos clubes de trabalhadores, por sua própria casa e pelas suas garagens de ônibus.

Com esta recente série de fotos, o fotógrafo Denis Esakov (que agora está à procura de uma editora para produzir um livro de fotografias com o conjunto completo de quase 600 imagens) criou uma oportunidade única para explorar - tanto dentro como fora - todos os 12 projetos de Melnikov que moldaram a arquitetura de Moscou durante a era soviética.

Melnikov e os Clubes de Trabalhadores de Moscou: traduzindo ideais soviéticos em arquitetura - Image 9 of 4Melnikov e os Clubes de Trabalhadores de Moscou: traduzindo ideais soviéticos em arquitetura - Image 15 of 4Melnikov e os Clubes de Trabalhadores de Moscou: traduzindo ideais soviéticos em arquitetura - Image 20 of 4Melnikov e os Clubes de Trabalhadores de Moscou: traduzindo ideais soviéticos em arquitetura - Image 30 of 4Melnikov e os Clubes de Trabalhadores de Moscou: traduzindo ideais soviéticos em arquitetura - Mais Imagens+ 51

Densificar a região metropolitana: Estratégias e ações para uma cidade mais compacta e eficiente / Guillermo Tella e Martín Muñoz

Junto a uma diminuição da densidade populacional, a região metropolitana de Buenos Aires tem gerado uma expansão sem precedentes de sua superfície urbana. Essas circunstâncias tem tornado extremamente custosos e pouco eficientes a dotação de equipamentos e infraestruturas públicas.

Adaptação cinematográfica de "High-Rise" de Ballard oferece visão distópica do mundo

Este artigo foi originalmente publicado na Metropolis Magazine como “Dystopia in the Sky."

Para arquitetos, se eu posso generalizar toda uma comunidade profissional, existem poucos novelistas louvados como J.G. Ballard. Borges ou Calvino possuem sua significante porcentagem de admiradores, emprestando um adjetivo usado para descrever edifícios, Ballard é o mais icônico das figuras literárias - especialmente para os fãs de concreto. Tendo testemunhado a guerra enquanto criança, recebido treinamento em medicina, e posteriormente escrevendo a partir de um subúrbio de classe média, Ballard escreveu textos sobre a vida urbana que continuam a ser visceralmente desconfortantes.

A Experiência Contemporânea do Espaço Museológico

Uma das características pela qual a década de 10 do século XXI será lembrada é a da inclusão quase que irrestrita dos dispositivos móbiles (celulares, tablets e outros) na vida e no cotidiano das pessoas de qualquer classe social, salvo em raras partes do mundo. Como símbolo gerador de maior impacto nos tempos de hiper conectividade, podemos destacar os aparelhos da categoria “smartphone”, que por meio da internet remota, nos faz acessível a qualquer conteúdo ou plataforma online, inclusive esses mesmos aparelhos hiper conectados nos proporciona outro experiência já indelével de nossos tempos, as interações sociais virtuais por meio de redes sociais.

12 regras da Herman Miller sobre como projetar

Neste post, originalmente publicado na Metropolis, Vanessa Quirk, que já trabalhou no ArchDaily como diretora editorial, explora as expectativas do cliente e como o arquiteto Nicholas Grimshaw lidou com elas - em ambas as concepções: edifício ou livro.

Não é comum um cliente afirmar que seu objetivo é "construir um edifício indeterminado", mas foi assim que Max De Pree, o filho do fundador da Herman Miller, D.J. De Pree, expressou os seus anseios para a nova fábrica da empresa, em 1975. Seguindo as ideais de designers como Charles e Ray Eames e Alexander Girard, De Pree compilou uma longa lista de diretrizes filosóficas para o projeto, as quais ele reuniu e nomeou com o lacônico título: "Uma Declaração de Expectativas".

O jovem arquiteto Nicholas Grimshaw, que foi escolhido por De Pree para o projeto, foi imensamente inspirado pela "Declaração", particularmente, pela ênfase na longevidade e na flexibilidade que a fábrica deveria apresentar; sua integração ao contexto (da cidade de Bath, na Inglaterra), e a necessidade do edifício proporcionar um aumento do potencial de seus funcionários. Na resposta de Grimshaw à lista, ele afirmou: "Muitas dessas ideias - como a flexibilidade e a não-monumentalidade - dizem respeito ao bem-estar dos usuários, o que vai de acordo com a abordagem que estamos construindo desde a fundação de nosso escritório, há dez anos. Nós sentimos, particularmente, que nenhum edifício novo deve se impor aos ocupantes, mas, ao contrário, deve funcionar como uma ferramenta em suas mãos."

A pior coisa da Bienal de Veneza de 2016 foi a reação mesquinha de alguns críticos

Para muitos, pode parecer que os objetivos de Alejandro Aravena com a Bienal de Veneza de 2016 - como ele descreve, "entender quais ferramentas de projeto são necessárias para subverter as forças que privilegiam o ganho individual sobre o benefício coletivo"—são irrepreensíveis. Apesar destes objetivos, um grande número de comentadores surgiram, levados pelo talvez mais fervoroso Patrik Schumacher, criticando a Biennale. Neste artigo, originalmente publicado no site do The Architecture Foundation como "Holier than thou," Phineas Harper responde a estas críticas.

A virada mais surpreendente da Bienal de Veneza deste ano não foi a exposição em si, mas a reação de seus críticos. Poucas horas após sua inauguração, a internet estava repleta de murmúrios depreciativos sobre a exposição: "até que vale a pena," "moralizante," "mais santo que você," "careta," "sinalizador de virtudes," entre outros. Arquitetos ativos no Twitter não se impressionaram.

Mas o que exatamente eles estão odiando tanto? A Biennale exibiu princialmente algumas práticas que enxergaram o sofrimento no mundo e, através de seu trabalho, de alguma forma ou de outra, buscam diminuir isso. Como uma proposta tão cheia de compaixão gerou uma reação tão mesquinha? 

A pior coisa da Bienal de Veneza de 2016 foi a reação mesquinha de alguns críticos  - Image 1 of 4A pior coisa da Bienal de Veneza de 2016 foi a reação mesquinha de alguns críticos  - Image 2 of 4A pior coisa da Bienal de Veneza de 2016 foi a reação mesquinha de alguns críticos  - Image 3 of 4A pior coisa da Bienal de Veneza de 2016 foi a reação mesquinha de alguns críticos  - Image 4 of 4A pior coisa da Bienal de Veneza de 2016 foi a reação mesquinha de alguns críticos  - Mais Imagens+ 11

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