A aprovação do pacote de mudanças climáticas do governo Biden, a chamada “Lei de Redução da Inflação”, previsivelmente se dividiu em linhas partidárias, com os republicanos caracterizando o projeto como um ato de gastos imprudentes do governo, que certamente aumentará os impostos e alimentará ainda mais a inflação. Mas será que esse ato realmente significa imprudência nos gastos? A legislação autoriza 430 bilhões de dólares em gastos, sendo a maior parte — mais de 300 bilhões de dólares — destinada a créditos fiscais. Outros gastos e iniciativas destinados a estimular a economia de energia limpa e a redução das emissões de carbono. O projeto de lei também permite que o Medicare negocie preços de alguns medicamentos caros com empresas farmacêuticas. O projeto de lei é parcialmente financiado por um imposto mínimo de 15% sobre grandes corporações e um imposto especial de consumo sobre empresas que recompram suas próprias ações. Dado o escopo do problema e os crescentes custos futuros da inação climática, esta legislação é um primeiro passo extremamente modesto, mas muito necessário.
https://www.archdaily.com.br/br/988786/o-custo-iminente-das-mudancas-climaticasMartin C. Pedersen, Steven Bingler
Sabemos que as cidades brasileiras são excludentes. Não dão preferência ao transporte público, prejudicando os mais pobres. Segregam os bairros mais ricos, levando a classe trabalhadora a morar nas periferias urbanas. E mesmo lá, boa parte da população só pode pagar por casas no mercado informal.
https://www.archdaily.com.br/br/988909/quantas-pessoas-conseguem-comprar-um-imovel-no-brasilEnrico Costa
Os espaços públicos de propriedade privada, apelidados de POPS devido à sigla de seu nome em inglês — privately owned public spaces —, nasceram em Nova York, em 1961, a partir de uma estratégia de incentivo do poder público à criação de áreas livres, de uso público, em imóveis privados, com zeladoria realizada pelo proprietário.
Cuidar de uma planta nem sempre é fácil, tem espécies que precisam ser regadas diariamente, já outras que podem passar por uma temporada maior sem qualquer contato com a água. Ao buscar por essas últimas, é possível criar um paisagismo que diminui consideravelmente a manutenção - incluindo a quantidade de podas e regas, por exemplo - e o consumo de água, facilitando a existência do verde sem grandes dores de cabeça: um jardim seco.
Usado por artesãos em todo o mundo por milhares de anos, o vidro colorido é uma das formas de arte mais antigas. Suas origens datam do século VII, quando janelas coloridas começaram a adornar igrejas, catedrais e conventos - geralmente representando símbolos religiosos e histórias bíblicas. Eles se expandiram para mesquitas e palácios islâmicos durante o século VIII, e na Idade Média podiam ser encontrados em inúmeras igrejas em toda a Europa. Intrincados trabalhos em vidro atingiram o esplendor máximo nos edifícios monumentais do período gótico, resultando em vitrais gigantes e elaboradas com figuras, padrões e geometrias extremamente complexas. No entanto, hoje em dia isso já não é exclusivamente reservado para locais de culto proeminentes ou estruturas antigas. De mãos dadas a métodos inovadores de produção e novas tecnologias, o vidro colorido retornou na arquitetura contemporânea, embelezando edifícios com seus toques ousados e animados.
Como parte de uma iniciativa do Tec de Monterrey, este ano está sendo realizado o Primeiro Prêmio do 213º Sorteio Tec Tradicional com uma obra do arquiteto chileno vencedor do Prêmio Pritzker 2016, Alejandro Aravena. A Casa Elemental, é a segunda das Casas do 75º Aniversário da Sorteos Tec, que se celebra este ano.
O protagonista indiscutível dos últimos anos tem sido o metaverso. A notícia já está inundando o mundo dos videogames e da tecnologia. Hoje, arquitetos e designers estão cada vez mais conscientes da responsabilidade que têm na condução dessa construção virtual. Mas o que é realmente a arquitetura do metaverso? Como ele é projetado? Como é construído?
Sem dúvida, o futuro da indústria da construção civil incluirá a “redução de carbono” como diretriz obrigatória. Além de materiais virgens de origem local, um número crescente de novos materiais está se tornando disponível. Novos materiais podem ser desenvolvidos de várias maneiras, incluindo a substituição de baixo carbono, reciclagem, melhoria de desempenho e impressão 3D. Novos materiais não só serão mais ecológicos e permitirão novos métodos de construção, mas também influenciarão o ponto de partida e a direção dos conceitos de projeto, resultando em edifícios inovadores e novas percepções dos espaços.
O Brasil tem avançado cada vez mais a implementação de iniciativas de parcerias entre o setor público e o privado. O Radar PPP monitora hoje mais de 3,4 mil projetos de PPP e concessões em diversos segmentos, enquanto em 2015 eram apenas 625. Quando se fala em parcerias entre o setor público e o privado logo vem à cabeça os contratos de PPP e de concessão para a prestação de algum serviço público. Porém, as parcerias entre o setor público e o privado não se resumem a esses tipos de contratos, e um exemplo é o Business Improvement District, ou simplesmente BID.
Uma das primeiras decisões a serem tomadas durante o processo de projeto de uma habitação é onde ela será implantada no terreno. Seja um lote grande ou pequeno, a implantação de uma casa impacta tanto a arquitetura da própria construção quanto sua relação de vizinhança, e por isso deve ser pensada e projetada com cuidado.
Desde que Mark Zuckerberg, CEO do Meta, mudou o nome da sua empresa e anunciou um maior investimento no chamado “metaverso”, as buscas por esse termo aumentaram consideravelmente. E, apesar de não ser um conceito novo, os temas da tecnologia que margeiam o assunto explodiram nos últimos anos.
Criptomoedas, NFTs e toda a criação de um mundo econômico virtual ajudam a dimensionar como o metaverso vem se impondo no nosso cotidiano. No entanto, as oportunidades não param nas mudanças financeiras: o metaverso vem se mostrando um espaço importante também para engenheiros e arquitetos.
As vantagens de uma casa pátio são bastante conhecidas. Além de trazer contato mais próximo com o exterior desde o interior, ela aprimora significativamente o conforto ao brindar mais iluminação e ventilação naturais. Essa tipologia atravessa o tempo sendo reinventada a partir de diferentes formas de pensar não apenas a sua arquitetura, mas também o paisagismo de sua área externa. Sendo assim, reunimos distintas formas de pensar o jardim e outros elementos que podem constituir esse espaço.
O final da temporada de verão é geralmente marcado por multidões que correm para as piscinas públicas para aproveitar seus últimos dias na água. As piscinas públicas são muito mais complexas do que apenas espaços cercados, barulhentos e com cloro. Uma história delicada e muitas influências socioeconômicas estão sob a superfície e ditam quem pode nadar. O que acontece quando as piscinas se tornam propriedade privada e uma espécie de símbolo de status, e quando estes espaços públicos deixam de atender a todos?
Encomendado ao LAN (Local Architectural Network) pelo governo francês, o projeto da prisão de segurança mínima de Nanterre busca trabalhar com os conceitos do sistema prisional revisando criticamente o desenho destes edifícios. O complexo tem como partido a tentativa de melhor integrá-lo no tecido urbano, reforçando a importância da relação entre a cidade e as estruturas carcerárias como espaços de integração social. Dessa forma, a compreensão da proposta da Área de Segurança Mínima de Nanterre envolve fatores políticos, institucionais e históricos para recuperar e ressignificar as discussões históricas e contemporâneas sobre o sistema penitenciário de forma geral e, especificamente, o francês. A prisão é um espaço naturalmente entendido por seu confinamento, e o projeto desenvolvido pela LAN tem em seu desenho a valorização do caráter educativo e humanitário na transformação dos detentos e do olhar social sobre eles.
https://www.archdaily.com.br/br/988167/reclusao-e-transparencia-como-a-area-de-seguranca-minima-de-nanterre-contribui-para-a-reformulacao-do-conceito-classico-de-prisaoAlexandre Kok, Caio França, Gabriela Rudge, Lara Girardi, Lia Soares, Maria Clara Calixto, Marina Liesegang, Marina Saboya, Pedro Trama, Tamara Silberfeld e Valentina Kacelnik
Barulho, prédios altos, carros, ônibus, metrôs e um altíssimo fluxo de pessoas indo e vindo pelas ruas. Assim são retratadas as grandes cidades no cinema. Essa imagem ainda se complementa com relações pessoais distantes e a possibilidade do anonimato em meio à massa, compondo uma rotina animada, conectada, que pode também ser opressora e solitária. Atualmente, vivemos em uma busca constante de equilíbrio entre os benefícios das megacidades e os prejuízos que essa escala apresenta.
Ao desenvolver um projeto, um arquiteto precisa lidar com inúmeras decisões: o edifício corresponde ao que o cliente demandou? A mão de obra contratada poderá construí-lo sem problemas? Os custos estão dentro do esperado? O projeto apresenta uma boa interface com o seu contexto? De que forma ele perdurará com o tempo? Para tal, o profissional deve equilibrar diversas questões que terão influência entre si e que alterarão diretamente o produto final. Dentre estas, os materiais e as técnicas construtivas escolhidas tem papel primordial, já que são os elementos que materializam os anseios dos projetistas e podem influenciar em fatores como a possibilidade de acesso, ou no impacto ambiental da edificação.
No entanto, estar ciente de todas as possibilidades, vantagens e desvantagens de cada decisão é uma tarefa hercúlea, que demanda muitos recursos, estudo e tempo - fatores que geralmente são escassos em nossa profissão. Sob o mote “O que é uma boa arquitetura”, compilamos abaixo uma série de artigos com boas práticas no uso de Materiais e Técnicas construtivas, buscando abranger o máximo possível de repertório para consulta:
Este mês, no dia 5, foi celebrado o dia da Amazônia. A data foi instituída em 2007 e preza pela conscientização da população sobre a importância deste bioma fundamental para o equilíbrio ambiental e climático do planeta. Em constante risco e conformando um território de disputa, o maior bioma natural da Terra é cenário constante de intervenções humanas. Como a arquitetura e o urbanismo tem se relacionado com isso?
“O objetivo da arte não é representar a aparência exterior das coisas, mas o seu significado interior”, observou o polímata grego Aristóteles. A arte urbana em espaços públicos busca esse objetivo, oferecendo significado e identificação aos moradores de cidades do mundo todo. Tomando a forma de murais, instalações, esculturas e estátuas, a arte urbana envolve o público fora dos museus e no espaço público. Esta arte apresenta uma maneira democrática de redefinir coletivamente conceitos como comunidade, identidade e engajamento social.
Como é a experiência de caminhar ao longo dos prédios e casas da rua onde você mora? Ou da rua onde você trabalha, estuda, faz compras, leva as crianças para a escola? Que relação esses prédios/casas têm com a calçada? Como eles tratam os pedestres? Dá vontade de passar na frente deles? Eles acolhem ou repelem?
O espaço ocupado pelas construções nas cidades tem crescido rapidamente. Em todo o mundo, a área ocupada pelo piso de edifícios pode dobrar até 2060. Construir e manter a infraestrutura urbana exige quantidades significativas de energia e recursos materiais. Dessa forma, a maneira como as cidades constroem – e com quais materiais – exerce um impacto sobre até que ponto as metas de sustentabilidade são atingíveis ou mesmo realistas. As cidades precisam se certificar de que estão usando materiais de baixo impacto para o planeta e que possam ser renovados. Esse cenário aponta uma oportunidade para a madeira.
https://www.archdaily.com.br/br/988501/como-as-cidades-podem-adquirir-madeira-de-origem-sustentavelWhitney Light, Scott Francisco e Sadof Alexander
No campo do design, muitas vezes falamos em garantir que haja espaços públicos suficientes para atender a uma comunidade. Discutimos a necessidade de parques públicos para que as pessoas tenham acesso a espaços ao ar livre. Pensamos no transporte público e em como nossa dependência cada vez menor de carros ajudará a garantir um planeta mais saudável. Mas e quanto aos espaços públicos que nos faltam? O que acontece quando não temos banheiros públicos suficientes?
Junto à parede ou num canto da sala, a maioria dos sofás parecem relegados a permanecerem encostados em alguma superfície, de preferência com uma TV à frente. Sendo peças geralmente muito grandes, sua localização pode ser motivo de preocupação, engessando o espaço e conformando fluxos sem a flexibilidade tão valorizada nos tempos atuais. É por isso que alguns apontam o sofá como uma peça âncora em um design de interiores, já que dificilmente mudará e interferirá no restante dos elementos da casa.
Sofás modulares, por outro lado, conferem flexibilidade e versatilidade a estes móveis. Compostos por partes separadas, podem adotar diversas configurações conforme a necessidade, criando distintas ambiências e mudando completamente o layout e a distribuição dos ambientes. Neste artigo abordamos algumas opções de sofás modulares e como as suas geometrias podem dinamizar os interiores rapidamente, trazendo exemplos de produtos presentes no catálogo do Architonic.
A Região Metropolitana de Campinas é um dos maiores centros urbanos do país. Com mais de três milhões de habitantes e um PIB superior a R$ 150 bilhões por ano, é uma das regiões econômicas mais dinâmicas do Brasil.
A circulação vertical pode ser apenas uma das funções de uma escada. Sempre ocupando um tamanho razoável, esse elemento pode servir para trazer alguns outros usos ao ser pensado de forma mais integrada com todo o espaço, brindando espaços de estar, depósito e também um maior apelo estético. Por isso, reunimos algumas ideias de como ocupar as áreas ao redor de uma escada em diferentes projetos: da escala do lar à industrial.