Dario Goodwin

NAVEGUE POR TODOS OS PROJETOS DESTE AUTOR

Alison e Peter Smithson: a dupla que liderou o brutalismo britânico

O casal Alison (22 de junho de 1928 - 16 de agosto de 1993) e Peter Smithson (18 de setembro de 1923 - 3 de março de 2003) formaram uma parceria que conduziu o brutalismo britânico durante a segunda metade do século XX. Começando com um vocabulário de modernismo despojado, a dupla foi uma das primeiras a questionar e desafiar as abordagens modernistas de design e planejamento urbano. Em vez disso, eles ajudaram a evoluir o estilo para o que se tornou o Brutalismo, tornando-se defensores da abordagem "ruas no céu" para a habitação.

Arata Isozaki, o arquiteto que levou o Japão para o mundo

Arata Isozaki, o arquiteto que levou o Japão para o mundo - Image 1 of 4Arata Isozaki, o arquiteto que levou o Japão para o mundo - Image 2 of 4Arata Isozaki, o arquiteto que levou o Japão para o mundo - Image 3 of 4Arata Isozaki, o arquiteto que levou o Japão para o mundo - Image 4 of 4Arata Isozaki, o arquiteto que levou o Japão para o mundo - Mais Imagens+ 4

Em foco: Richard Neutra

Embora o modernismo seja bastante criticado por impor definições universais a diferentes pessoas e lugares, foi o implacável foco nessa linguagem que tornou Richard Neutra (8 de abril de 1892 - 16 de abril de 1970) famoso. Sua visão flexível e personalizada em relação ao modernismo levou à criação de uma série de residências particulares que eram - e ainda são - muito procuradas, fazendo dele um dos modernistas mais influentes de meados do século nos EUA. Sua arquitetura de geometria simples, estrutura racional e muitos planos transparentes se tornou objeto de algumas icônicas fotografias de Julius Schulman, representando toda uma era do design dos Estados Unidos.

Em foco: Kengo Kuma

Kengo Kuma (nascido em 8 de agosto de 1954) é um dos arquitetos japoneses de maior expressividade atualmente. Suas reinterpretações de elementos tradicionais da arquitetura japonesa envolvem inovações no uso de materiais naturais e novas formas de pensar a relação da luz com o espaço. Seus edifícios não buscam se dissolver na paisagem, como fazem algumas obras japonesas atuais, em vez disso, sua arquitetura busca manipular elementos tradicionais, criando obras de discurso claro que apresentam relação com seus entornos. Estas misturas de elementos tradicionais e high-tech se provaram bem sucedidos em todo o Japão e outras partes do globo, e a obra recente do arquiteto tem extravasado os limites da terra do sol nascente e invadido a China e outros países ocidentais. 

Em foco: Moshe Safdie

O arquiteto, acadêmico e educador Moshe Safdie (14 de julho de 1938) deixou sua primeira marca na arquitetura com sua tese de mestrado, propondo o emblemático Habitat 67 aos 25 anos de idade. Atraindo a atenção do público, Safdie usou seu icônico primeiro projeto para criar uma reputação como prolífico criador de edifícios culturais, traduzindo seu radicalismo em um estilo dramático e sensível que se tornou cada vez mais popular em todo o mundo. Com cada vez mais projetos na Ásia e no Oriente Médio, o foco de Safdie em uma arquitetura que integra uma linguagem modernista com espaços verdes deu origem a edifícios comprometidos com o público e com o ambiente onde se inserem.

Em foco: Christian de Portzamparc

Nascido no então Protetorado do Marrocos, o arquiteto francês Christian de Portzamparc (5 de maio de 1944) teve dúvidas sobre continuar estudando arquitetura enquanto estava na faculdade, questionando os ideais modernistas e a falta de liberdade na profissão quando comparada à arte.

Vivendo em cavernas: Setenil de las Bodegas

A cidade de Setenil de las Bodegas, localizada na região de Andaluzia, Espanha, parece uma espécie de cenário de um filme de aventura, com suas cavernas usadas como residências. Estando tão próxima da placa continental africana, forças geológicas criaram cordilheiras de montanhas e vulcões que são perfeitamente adequadas para a habitação. As rochas e cavernas podem ser facilmente ocupadas e uma delas - a Cueva de la Pileta - mostra evidências de presença humana há mais de 25 mil anos.

Vivendo em cavernas: Setenil de las Bodegas - Image 1 of 4Vivendo em cavernas: Setenil de las Bodegas - Image 2 of 4Vivendo em cavernas: Setenil de las Bodegas - Image 3 of 4Vivendo em cavernas: Setenil de las Bodegas - Image 4 of 4Vivendo em cavernas: Setenil de las Bodegas - Mais Imagens+ 4

Em foco: Lúcio Costa

Planejador, preservacionista e pensador moderno, Lúcio Costa (27 de fevereiro de 1902 - 13 de junho de 1998) é o responsável pelo plano de Brasília, de 1957, que fez da capital nacional um monumento do modernismo.  De personalidade firme e muitas vezes controversa, as contribuições de Costa para a arquitetura brasileira ajudaram a definir o modernismo nacional que continua até hoje a influenciar a arquitetura contemporânea produzida no Brasil. 

O "voto popular" é algo ruim para a arquitetura?

O "voto popular" é algo ruim para a arquitetura? - Imagem de Destaque
Projeto do UNStudio para um teatro em Den Bosch, Países Baixos, foi selecionado em julho com 57% de aprovação popular. Imagem © UNStudio

Por décadas uma das questões mais inquietantes da arquitetura e do planejamento urbano tem sido "quem decide o que é construído?". Diversos sistemas foram colocados em prática, porém, uma das estratégias mais populares a surgir nos últimos anos é o "voto popular". Graças às novas possibilidades oferecidas pela internet, está se tornando cada vez mais comum expor todas as propostas de um concurso ao público, assim como foi feito no concurso para o Guggenheim Helsinki, e convidá-lo a votar em seu projeto favorito. De algum modo essa abordagem parece ser a resposta perfeita para anos de reclamações em relação às decisões tomadas a portas fechadas, distante do público para o qual estes projetos são, em última instância, concebidos.

O que os videoclipes podem nos ensinar sobre arquitetura?

Quando se trata da confluência entre música e arquitetura, talvez a primeira coisa que vem à mente seja a afirmação de Goethe de que "a música é a arquitetura líquida." Goethe, no entanto, viveu antes do surgimento da MTV: os videclipes se tornaram filmes em miniatura, buscando capturar todo o tom, tendências e contexto de uma determinada música e traduzi-los visualmente. Melhor do que isso, a maneira como os videoclipes usam a arquitetura não é a mesma como qualquer documentário ou filme faz; a câmera tenta imitar a forma como as pessoas ouvem a música cortando e tecendo o entorno, projetado para os ouvintes, tanto quanto para os telespectadores. Então, vemos protagonistas voltando-se para o lado, elementos importantes posicionados longe do centro e planos que exploram e dissimulam os espaços em uma tentativa de ajustar a acústica das músicas para o ambiente.

O que isto significa para nós é que os videoclipes podem relacionar-se com a arquitetura e capturar seus tons subjacentes de uma forma que um filme se esforça para fazer. Para um arquiteto perguntando como o público realmente entende e interage com um pedaço de arquitetura ou lembra de um estilo, os videoclipes são uma mina de ouro inexplorada, uma vez que cada localização das filmagens procura mostrar como nossa cultura se relaciona com um edifício. Confira a seguir sete videoclipes que nos dizem muito sobre a arquitetura que eles apresentam.

Metropolis Magazine elege Toronto como a melhor cidade do mundo para se habitar

Como comparar cidades? É difícil condensar milhões de experiências individuais subjetivas em um único método de comparação, mas uma técnica popular que vem sendo usada nos últimas anos tem servido de parâmetro para avaliar a "habitabilidade" das cidades. Mas o que essa palavra significa, afina? No ranking de 2015 das cidades mais habitáveis do mundo, a Metropolis Magazine reuniu um grupo de especialistas em planejamento urbano, turismo e arquitetura para subdividir "habitabilidade" em categorias relevantes baseando-se na enorme quantidade de material publicado pela Metropolis para criar um os rankings mais detalhados já produzidos. Conheça os resultados a seguir.

A história das cidades em 10 edifícios, segundo o Guardian Cities

Todas as coisas boas devem chegar a um fim e a excelente série "History of Cities in 50 Buildings" do Guardian Cities, infelizmente, não é uma exceção. A série definitivamente vale a pena ser lida, trazendo o melhor da escrita acadêmica e arquitetônica de autores convidados e da equipe própria, mas se você está com pouco tempo - e se é um arquiteto, é bastante provável que isso seja verdade - compilamos, a seguir, 10 destaques da lista do Guardian para você.

A história das cidades em 10 edifícios, segundo o Guardian Cities - Image 1 of 4A história das cidades em 10 edifícios, segundo o Guardian Cities - Image 2 of 4A história das cidades em 10 edifícios, segundo o Guardian Cities - Image 3 of 4A história das cidades em 10 edifícios, segundo o Guardian Cities - Image 4 of 4A história das cidades em 10 edifícios, segundo o Guardian Cities - Mais Imagens+ 6

FleaFolly constrói a "Grimm City": A antítese da Disney

Há poucos meios para os quais os contos do Irmãos Grimm ainda não foram adaptados. Estórias e filmes para crianças mostram versões um pouco menos macabras dos originais, mas há algo no folclore gótico dos Grimm que ainda reina na imaginação popular. Não interessa que tipo de adaptação seja feita - musical, infantil ou moderna - a essência dos contos originais permanece. A Grimm City, concebida pelo escritório FleaFolly, é uma dessas adaptações.

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6 edifícios "clássicos" que são mais novos do que você pensava

Durante boa parte do século passado, o discurso arquitetônico foi dominado pelo modernismo e outras formas de futurismo e funcionalismo. Para alguns, essa constante inovação e a busca pelo novo começou a se esgotar. Com o retorno às inspirações do passado que irrompeu nos anos 1980 surgiu o pós-modernismo, porém, paralelamente, surgiu naquele período uma nova forma de arquitetura inspirada em elementos clássicos e neoclássicos que rejeitava completamente qualquer continuidade com o modernismo e se voltava às regras tradicionais da arquitetura. Desde então, essa arquitetura de Novo Clássica ressuscitou uma miríade de formas pré-modernas, incorporando soluções de projeto que, para começar, nunca teriam sido consideradas clássicas - incluindo elementos de estilo Gótico e não ocidentais. Compilamos, a seguir, alguns dos exemplos mais interessantes - alguns inclusive high tech - desse "estilo" arquitetônico.

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6 cidades de importância política construídas do zero

Sob a ameaça do fim da hegemonia de 1046 anos do Cairo como capital do Egito, mês passado o governo do Egito anunciou suas intenções de criar uma nova capital, ainda a ser nomeada, a leste do Cairo. A promessa da "Nova Cairo", com uma escala absurda de mais de 700 quilômetros quadrados, atraiu manchetes ao redor do mundo; um empreendimento de 45 bilhões de dólares em habitação, comércio, marcos emblemáticos - entre os quais um parque temático maior que a Disneylândia - projetados para atrair turistas de todas as partes do globo. E é claro, os planos incluem a promessa de residências para, pelo menos, 5 milhões de residentes, com um vasto número de escolas, hospitais e edifícios religiosos e comunitários que uma cidade moderna requer, fazendo a nova capital do Egito a maior cidade planejada da história.

A ideia de construir uma nova cidade capital surgiu em diversos governos na história; uma forma de começar do zero, estimular a economia e colocar visões próprias de mundo em pedra e concreto. Até mesmo a antiga Cairo foi fundada com propósito de ser a cidade capital, embora o desenho urbano tenha sido alterado desde então. E continua a mudar hoje; veja a lista completa de diferentes formas de construir uma cidade totalmente nova, a seguir.

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Las Vegas vs. Paisagem: Michael Light expõe a "terraformação" do sonho americano

Las Vegas vs. Paisagem: Michael Light expõe a "terraformação" do sonho americano - Image 5 of 4
“Barcelona” Casas e o Topo da Área de Recreação do Lake Mead, Lake Las Vegas, Henderson, NV; 2011. Imagem © Michael Light, Lake Las Vegas/Black Mountain

"Situada na paisagem desértica que define a aparência de Nevada,
Ascaya parece ter sido moldada pelos elementos.
[...]
Onde as pedras sobem ao encontro do céu, existe um local chamado Ascaya."
-
Site Promocional de Ascaya

Não é bem assim, de acordo com o livro Lake Las Vegas/Black Mountain de Michael Light, que será lançado em breve. Tratando do avanço da suburbana Nevada para o deserto, esse livro de duas partes analisa Lake Las Vegas, uma então abandonada vítima da crise imobiliária em 2008 que, desde então, emergiu do outro lado da falência, e para as redondezas de Ascaya, uma área residencial de alto padrão que ainda está em processo de estabelecimento em Black Mountain. As fotografias de Light não questionam muito diretamente os empreendedores, mas sim a destruição, a interferência e o aterramento da encosta e a construção de um grande empreendimento imobiliário na paisagem restante. Apresentando belas composições de fotos aéreas das áreas em construção e de campos de golfe cobrindo o deserto, o livro é uma clara crítica ao desenvolvimento destrutivo e insustentável em Nevada. Muito mais do que isso, Light está chamando atenção para a filosofia por trás de empreendimentos como Ascaya e Lake Las Vegas, que falham completamente em conectar a sociedade norte-americana à paisagem norte-americana de forma não destrutiva.

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Cidades caminháveis? Por que não cidades escaláveis?

“A cidade para as pessoas!" e o grito de guerra do arquiteto reformista - mas que pessoas exatamente? Essa é a questão central do rooftopping, uma nova e emocionante variante da Exploração Urbana que recentemente atraiu a atenção da mídia. Difundindo-se através de redes sociais como o Instagram, esses acrobatas chamam a atenção por suas proezas, mas por que as Explorações Urbanas atingiram as alturas?

A exploração urbana ocupa as margens da consciência pública desde meados dos anos 2000 como uma subcultura punk; anarquistas bisbilhotando túneis de esgoto e realizando explorações em ruínas urbanas. O modo como o rooftopping capturou a imaginação das pessoas, no entanto, assume a forma de um discurso público: como ele se envolve com as mídias sociais, o modo como grupos corporativos tentaram envolver esses acrobatas no mercado, e o modo como esses grupos estão interagindo com o ambiente urbano.

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Por que Putin gosta de colunas: A Rússia do século XXI através das lentes da arquitetura

Em agosto de 1932, Stalin, de férias em Sochi, enviou um memorando com suas opiniões sobre as inscrições relacionadas ao concurso para a construção do Palácio dos Sovietes, o monumento - que nunca foi construído - para Lenin e para o centro do governo. Neste memorando, ele escolheu seu desenho preferido, um "bolo de casamento colossal" com uma estátua de Lenin de 260 pés (79 metros) no topo, projetado por Boris Iofan. Pouco mais de 80 anos depois, Sochi novamente sediou os caprichos arquitetônicos de um poderoso líder russo para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014. Uma simplificação exagerada? Provavelmente. Mas com uma boa simetria.

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