Kaley Overstreet

Bacharel e Mestre em Arquitetura pela Escola Knowlton do Estado de Ohio. Mestrado em Desenvolvimento Imobiliário pela Universidade de Columbia. Contribuinte Sênior da ArchDaily. Interessado no desenvolvimento estratégico de cidades em uma escala intangível. Reside em Nova York.

NAVEGUE POR TODOS OS PROJETOS DESTE AUTOR

Conversando com o ChatGPT: a inteligência artificial pode projetar um edifício?

“Você pode me ajudar a projetar minha torre residencial? São 30 andares e está localizada no Brooklyn, em Nova York.” A resposta do ChatGPT pode ser surpreendente. Dado que o robô não tem experiência em arquitetura e certamente não é um arquiteto licenciado, ele foi rápido em listar considerações para o meu edifício. Códigos de zoneamento, funcionalidade da planta, códigos de construção, materialidade, design estrutural, espaços de comodidades e medidas sustentáveis foram apenas alguns dos tópicos sobre os quais o ChatGPT compartilhou informações.

Arquitetura para o fim da civilização: projetando no pós-apocalipse

Todos estamos familiarizados com o enredo de um filme que se passa em uma cidade ainda em pé em uma era pós-apocalíptica. As ruas estão vazias, exceto por alguns sobreviventes que perambulam sem rumo, procurando sinais de vida. Os edifícios começam a desmoronar e as estruturas a enferrujar após anos de negligência, trens, ônibus e outros meios de transporte ficam abandonados e as ervas daninhas crescem nas rachaduras das calçadas e ruas. A cena parece assustadora porque não podemos imaginar nosso ambiente físico em estado de deterioração. Parece impossível que nossos ambientes construídos, onde vivemos e trabalhamos, de repente se tornem ruínas. A cidade para de vibrar.

Os Desenvolvimentos Orientados ao Transporte poderiam salvar sua cidade?

As cidades que dependem do uso de carros particulares enfrentam uma variedade de problemas — longas viagens de ida e volta ao trabalho, engarrafamentos intermináveis e aumento da poluição. Embora pareça que os carros são a opção mais confiável para nos levar de um lugar para outro, os urbanistas frequentemente promovem os benefícios do transporte público e o desenvolvimento de comunidades centradas em suas várias formas. Muitas cidades estão crescendo mais rápido do que o inicialmente planejado. Como resultado, as ruas se expandiram, os terrenos estão sendo transformados em enormes estacionamentos e as conexões entre as comunidades estão diminuindo.

Carlo Scarpa: o mestre da escultura e da luz

A luz natural é um dos elementos mais críticos na arquitetura. Embora imaterial e difícil de controlar, desempenha um papel crucial na definição de como o espaço é percebido em termos de escala, texturas, materialidade e atmosfera geral. A luz natural também afeta as emoções que as pessoas sentem em um espaço, seja por sua ausência ou abundância. Mas, assim como a luz impacta a arquitetura, a arquitetura também impacta a luz. Através do enquadramento de vistas, criando massas tridimensionais que lançam sombras marcantes, ou esculpindo vazios que criam projeções de luz únicas, alguns arquitetos dominaram técnicas de projeto que integram perfeitamente luz e volumetria — e talvez um dos melhores nisso tenha sido o arquiteto veneziano Carlo Scarpa.

O legado de Jane Drew: uma pioneira para mulheres na arquitetura

Em 1950, Le Corbusier foi convidado a projetar a nova capital do estado indiano de Punjab, a cidade de Chandigarh, após sua separação e recente independência. A oportunidade de criar uma nova utopia foi inigualável e agora é vista como uma das maiores experiências urbanas da história do planejamento e da arquitetura. A cidade foi formada por padrões viários em retícula ortogonal, de estilo europeu, e edifícios em concreto aparente — o auge dos ideais de Corbusier ao longo de sua carreira. Mas o que é menos conhecido sobre a concepção e realização de Chandigarh foi a mulher que trouxe para o projeto sua experiência em projetar habitações sociais em toda a África. Por três anos, trabalhando ao lado de Corbusier e ajudando-o a projetar alguns dos edifícios mais conhecidos de Chandigarh, esteve Jane Drew.

Qual é o custo de reciclar materiais de construção?

Quase duas décadas atrás, no corredor do centro de Columbus, Ohio, o centenário edifício Lazarus passou por uma extensa reforma para salvar a loja de departamentos e restaurá-la à sua antiga glória. Sessenta milhões de dólares foram investidos em sua restauração e transformação em um complexo comercial e de escritórios. Durante a construção, os trabalhadores reciclaram quase 2.300 kg de aço, 900 kg de concreto e quantidades significativas de carpetes, forros e vários tipos de madeira, evitando que 10.000 kg de detritos fossem para os aterros sanitários de Ohio. Eles também economizaram mais de US$ 25 milhões implementando esse rigoroso processo de reciclagem.

Uma breve história do Estilo Internacional

Quando as pessoas descrevem o movimento modernista em sua totalidade, fazem ampla referência aos arranha-céus de aço e vidro que marcam presença no horizonte de muitas cidades, ou mais especificamente, ao Estilo Internacional que surgiu na Europa após a Primeira Guerra Mundial. O Estilo Internacional representou o progresso tecnológico e industrial e um renascimento das construções sociais que influenciariam para sempre a maneira como pensamos sobre o uso do espaço em todas as escalas. Muitas vezes projetados como edifícios politicamente carregados, procurando fazer uma declaração aos governos totalitários, muitos arquitetos que influenciaram o estilo mudaram-se para os Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, abrindo caminho para alguns dos edifícios e arranha-céus mais icônicos construídos no século XX.

O que é necessário para um bom subúrbio?

Os subúrbios experimentaram uma espécie de renascimento na última década. Durante a pandemia de Covid-19, as pessoas fugiram dos núcleos urbanos em busca de espaços abertos e equipamentos descentralizados. Para algumas pessoas, a palavra “subúrbio” remete à imagens de gramados bem cuidados e fileiras de casas idênticas, mas o que torna um subúrbio bem-sucedido pode ter mais em comum com as cidades do que se imagina.

12 Joias arquitetônicas escondidas para visitar na cidade de Nova York

Nova York é um dos lugares mais instigantes do mundo. Como epicentro das artes, mídia e cultura, Nova York tem uma história rica e um futuro promissor, contado principalmente por meio de sua arquitetura. Talvez mais conhecida por edifícios icônicos como o Empire State Building e o Chrysler Building, ou mesmo torres residenciais mega altas como a 432 Park Avenue que estão em ascensão, a cidade também possui uma diversidade de edifícios que contam uma história diferente da big apple.

12 Joias arquitetônicas escondidas para visitar na cidade de Nova York - Image 1 of 412 Joias arquitetônicas escondidas para visitar na cidade de Nova York - Image 2 of 412 Joias arquitetônicas escondidas para visitar na cidade de Nova York - Image 3 of 412 Joias arquitetônicas escondidas para visitar na cidade de Nova York - Image 4 of 412 Joias arquitetônicas escondidas para visitar na cidade de Nova York - Mais Imagens+ 9

As origens dos cemitérios como parques públicos

No século XIX, muitos estadunidenses que viviam em cidades e vilas em ascensão frequentemente se viam passeando pelos caminhos sinuosos de jardins desenhados, parando para descansar à sombra de uma árvore e fazer um piquenique com a família e amigos. As áreas gramadas eram pontilhadas lápides, marcando os locais de sepultamento daqueles que foram enterrados. Embora o conceito de relaxar em um cemitério possa parecer um pouco estranho para algumas pessoas e crenças, muitas vezes era a única opção que as pessoas encontravam para recreação e lazer. Muitos dos parques que temos hoje se originaram da evolução e planejamento de cemitérios.

A história e o futuro dos edifícios de estacionamento

Cada carro em circulação precisa de um local para ser colocado — mas os estacionamentos são a resposta? Eles são frequentemente vistos como a antítese do planejamento urbano amigável às pessoas. Grandes caixas cinzas são usadas apenas para guardar carros temporariamente, fazendo um mau uso do espaço, especialmente em cidades onde o custo da terra é elevado. A presença cada vez mais incisiva destes edifícios transformou núcleos urbanos em distritos de estacionamento, alterando drasticamente suas paisagens. Em várias cidades a legislação urbana acaba contribuindo com o problema, exigindo um número mínimo de vagas por região. Estacionamentos estão por toda parte — ao redor de shoppings, torres residenciais e equipamentos esportivos.

O Airbnb contribui com a crise imobiliária?

Quando o Airbnb começou, há quase 15 anos, oferecia uma solução inovadora para reservar estadias de curta duração sem complicações. Ao alugar um quarto vago ou um apartamento inteiro, era oferecida uma alternativa aos modos tradicionais de reservar hotéis, muitas vezes superfaturados e lotados. O Airbnb agora enfrenta muitas críticas à medida que cresceu rapidamente, oferecendo centenas de milhares de estadias em todo o mundo. Entretanto, não escapou de passar por experiências negativas. Agora, planejadores e formuladores de políticas estão começando a ver os efeitos da abundância de anúncios do Airbnb e como isso afeta uma crescente crise imobiliária.

Uma breve história dos mapas e seu papel no desenvolvimento urbano

A cartografia teve um papel importante na representação de conceitos espaciais por milhares de anos. Enquanto as primeiras formas de mapas exibiam informações geográficas esculpidas em tabuletas de argila ou gravadas nas paredes das cavernas, os mapas que usamos hoje evoluíram significativamente para mostrar de maneira criativa uma variedade de informações diferentes. Essas peças visuais mostram dados populacionais, eventos históricos, mudanças culturais e padrões climáticos para nos ajudar a entender mais sobre nosso mundo e como o impactamos.

Construído para não durar: a tradição japonesa de reconstruir as casas a cada 30 anos

Na maioria dos países do mundo as edificações antigas são valorizadas. Há algo na história, na originalidade e no charme de uma casa antiga que faz com que seu valor às vezes seja superior ao de novos projetos. Mas no Japão, o oposto é quase sempre a preferência. As casas recém-construídas são as mais procuradas em um mercado imobiliário onde as moradias raramente são vendidas e a obsessão por demolir e reconstruir é tanto uma questão cultural quanto uma questão de segurança, colocando as casas de 30 anos em um mercado sem valor.

Existe um futuro para a arquitetura open source?

Em 2016, o ganhador do Prêmio Pritzker Alejandro Aravena anunciou que seu escritório, ELEMENTAL, havia liberado os direitos a quatro de seus projetos de habitação social, e todos os documentos seriam disponibilizados em seu site para uso público. O objetivo de Aravena era iniciar um movimento em que os arquitetos trabalhariam juntos para enfrentar os desafios do mundo em torno da escassez de moradias e da acessibilidade econômica, especialmente com o aumento da migração. Os conjuntos de desenhos compartilhados e uma descrição dos princípios do projeto fornecem aos arquitetos a documentação necessária para construírem uma casa de baixo custo, incentivando os projetistas a fazerem o mesmo com seu trabalho, os empreiteiros a ajudarem na construção dessas casas e os governos a mudarem seu pensamento sobre como eles podem abordar a urbanização em massa. Seis anos depois, como o conceito de arquitetura open source progrediu, e como isso impactou a profissão do arquiteto desde então?

Um aplicativo pode ajudar a reduzir o crime em nossos bairros?

Visualize seu bairro ideal. Talvez seja em uma rua sem saída nos subúrbios, onde cada vizinho tem um gramado bem cuidado, uma garagem para dois carros e todos se cumprimentam amigavelmente a caminho do trabalho. Ou talvez você more em um arranha-céu em um centro urbano denso, use o transporte público para ir ao escritório cinco dias por semana e cumprimente o porteiro ao sair. Seja qual for a aparência do seu bairro, sempre há a sensação de querer conhecer as pessoas que moram perto de você — ou pelo menos uma confiança tácita umas nas outras para garantir que seu entorno esteja seguro. O que acontece quando a tecnologia junta você e seus vizinhos para relatar os acontecimentos locais? Seria isso algo bom, ou criaria uma estranha situação de vigilância distópica? 

A expansão do pedal: o compartilhamento de bicicletas está em alta

Nos últimos anos, os sistemas de compartilhamento de bicicletas experimentaram um renascimento potencializado pela pandemia que ocasionou um duro declínio de outras formas de transporte coletivo. Embora o número de ciclistas tenha parado de subir, uma vez que diversos aspectos da "vida normal" retornaram, muitas pessoas continuam a ver as bicicletas compartilhadas como um meio de transporte viável, atraídas pela facilidade e acessibilidade de ir de um lugar a outro.