O escritório holandês MVRDV foi anunciado como vencedor da competição para a renovação da fábrica Serp & Molot (Martelo & Foice), localizada na região leste de Moscou. O projeto vencedor respeita a história da antiga fábrica do século XIX e reinterpreta o tecido existente em um espaço de 1,8 milhões de m² destinado a programas mistos que incluem habitações, escritórios, comércios, escolas e um hospital.
Com Le Corbusier projetando uma extensa sombra sobre a história arquitetônica francesa do último século, não é surpresa que, face ao tema proposto por Rem Kollhaas - "absorbing modernity" - para a Bienal de Veneza 2014, o país tivesse uma única reação.
A proposta inicial de Jean-Louis Cohen para o Pavilhão da França, intitulado "Modernity: Promise or Menace?" (Modernidade: Promessa ou Ameaça?), refletia a seguinte história: "desde 1914, a França não 'absorveu' tanto a modernidade quanto a moldou através de significantes contribuições de arquitetos e engenheiros franceses para atender as exigências de diferentes segmentos da sociedade. Como no caso de muitos países, a modernidade teve que vir acompanhada de reformas sociais e, com isso, concretizou grandes sonhos, como habitações de qualidade e serviços comunitários para todos desfrutarem. Este encontro trouxe consigo uma considerável ansiedade."
Saiba mais sobre os temas explorados pelo Pavilhão da França, a seguir.
Em um interessante artigo do New York Times, Allison Arieff destaca a frequência com que o som é desconsiderado na arquitetura. Ela ressalta o trabalho dos engenheiros de acústica da ARUP que começaram a trabalhar em escolas e hospitais, levando em consideração os efeitos que os ambientes com acústica ruim podem ter em nossas vidas cotidianas. Leia o artigo completo aqui.
Em uma análise dos edifícios atualmente em andamento em Londres, o think tank New London Architecture descobriu que pelo menos 236 edifício com mais de 20 pavimentos estão atualmente em construção, aprovados ou aguardando aprovação - e cerca de 80% destes ainda não tiveram suas obras iniciadas.
O estudo, criado como apoio para uma exposição do NLA chamada "London's Growing... Up!", descobriu que 80% das novas torres serão residenciais e que a maior atividade acontece na área central e leste de Londres, com 77% destes edifícios em altura nos bairros de Tower Hamlets, Lambeth, Greenwich, Newham e Southwark.
Saiba mais sobre os resultados do estudo, a seguir.
Como parte da estratégia de solidificar o "Legado Olímpico" em East London, o Prefeito Boris Johnson voltou recentemente sua atenção para diversificar um pouco mais os edifícios do Parque Olímpico Queen Elizabeth, com ênfase em trazer instituições culturais para as antigas instalações desportivas. Agora, além dos planos para galerias do V&A Museum e para a University College London, o jornal The Art Newspaper divulgou que Johnson está tentando trazer um Guggenheim para Londres.
Apesar dos 20 anos de promessas do governo para melhorar a qualidade da habitação que se seguiram ao apartheid, muitas cidades da África do Sul não passaram por muitas mudanças perceptíveis. Isso não significa que o governo Sul Africano não esteja trabalhando para cumprir essas metas; porém, a escala do problema é muito extensa e o crescimento e migração populacional só o tornam ainda maior.
Há 20 anos atrás, Greg Girard e Ian Lambot publicaram "City of Darkness", um livro que documenta a vida na emblemática Kowloon Walled City em Hong Kong durante seu auge nos anos 1980. Quando a favela vertical foi demolida em 1993, esta série de fotografias, entrevistas e ensaios se tornou uma especie de homenagem póstuma, contando com textos fundamentais para compreender o lugar mais populoso que já existiu sobre a terra.
Duas décadas depois, Girard e Lambot revisitam o livro - e para financiá-lo lançaram uma campanha no Kickstarter.
Saiba mais sobre o que há de novo nesta edição e como você pode ajudar a financiar o livro.
Há mais de uma década atrás, numa viagem de bicicleta pela a Europa, o fotógrafo Christopher Herwig descobriu um curioso interesse que viria a se tornar sua obsessão: pontos de ônibus. Estes equipamentos apresentam, em geral, uma arquitetura associada à repetição e monotonia, no entanto, os pontos de ônibus construídos pela República Soviética apresentam uma notável diversidade e criatividade. Herwig assumiu a missão de fotografar o maior número possível destas impressionantes estruturas, viajando pela Latvia, Lituânia, Estônia, Rússia, Quirguistão, Uzbequistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Cazaquistão, Ucrânia, Moldova, Geórgia, Armênia e Abecásia.
Após finalizar a etapa de registros, Herwig lançou uma campanha no kickstarter para transformar está série de fotografias em um livro de edição limitada, que ele descreve como a "mais fascinante coleção de pontos de ônibus projetados pelos Soviéticos já compilada." Dê uma olhada em algumas imagens a seguir.
Johnny Lee, líder de projeto na Advanced Technology and Projects da Google, quer que nossos aparelhos celulares experienciem o mundo como assim como nós o fazemos: "somos seres físicos que vivem em um mundo 3D, ainda que os dispositivos móveis de hoje assumam que o mundo físico acaba nos limites da tela", diz ele - é por isso que sua equipe está trabalhando no Project Tango, um dispositivo que utiliza sensores de movimento e profundidade para construir um modelo 3D do espaço que nos circunda.
Há muitas formas de representação arquitetônica - de croquis a desenhos técnicos e fotografias - mas todos eles privilegiam a visão sobre os demais sentidos, Este problema talvez tenha sido apenas reforçado pela internet, que tornou mais fácil "experienciar" edifícios à distância, em detrimento de quatro dos cinco sentidos.
Recentemente, entretanto, Karen Van Lengen, da University of Virginia, criou o Soundscape Architecture, um site que procura corrigir este desequilíbrio. Em colaboração com o artista James Welty e com o músico Troy Rogers, Van Lengen utilizou registros sonoros de espaços arquitetônicos icônicos para criar animações sinestésicas e composições musicais a partir destes ruídos registrados.
Saiba mais sobre o Soundscape Architecture, a seguir.
A indústria petrolífera brasileira está em expansão. Infelizmente para as companhias de petróleo, as novas reservas estão muito distantes da costa - de fato, tão longe que estão fora do alcance dos helicópteros que transportam os trabalhadores das plataformas. É por isso que os estudantes da Rice University assumiram o desafio de projetar a "Drift & Drive", uma comunidade flutuante onde os trabalhadores e suas famílias podem permanecer por longos períodos de tempo, acabando com a inconveniência do ciclo de duas semanas nas plataformas e duas semanas de descanso.
O projeto venceu o Prêmio Odebrecht do ano passado e agora a Petrobras está trabalhando em um plano para implementar alguns elementos da proposta.
Desde Metrópolis (1927) até Minority Report (2002), este artigo no Guardian Cities explora as cidades futurísticas do cinema - utopias, distopias, além daqueles que estão entre ambos os conceitos - e nos pergunta: qual dessas cidades seria a mais segura? A mais indicada para menores de 30 anos? A melhor para se viver? Você pode descobrir lendo o artigo aqui.
Acompanhando a exposição Sensing Spaces Exhibition em Londres, a Royal Academy of Arts produziu seis belos filmes entrevistando os arquitetos envolvidos na exibição, questionando o que os motivou como arquitetos e quais os principais temas abordados por seus projetos.
O vídeo acima mostra Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura, que projetaram conjuntamente sua exposição Sensing Spaces. Siza explica sua preocupação com as conexões entre o natural e o artificial através de seu complexo de piscinas em Leça de Palmeiras, e o modo com as formações rochosas guiaram sua intervenção. Ele também introduz a obra de seu antigo protégé, o Estágio de Braga, deSouto de Moura, como um projeto que tem a mesma compreensão do natural e do artificial.
Veja os vídeos com os cinco outros participantes da "Sensing Spaces", a seguir.
Quase três anos depois do terremoto e tsunami que devastou o litoral norteste do Japão, este artigo no Arcspace (em inglês) examina o atual - e perturbante - estado da reconstrução da região de Tōhoku. De acordo com antigos moradores e arquitetos trabalhando para Architecture for Humanity, os planos além de não responder às necessidades das pessoas, não fornece proteção suficiente no caso de um desastre semelhante. Ainda mais com o Japão se preparando para receber os Jogos Olímpicos de 2020, parece que a região de Tōhoku está sendo negligenciada. Leia mais aqui.
Há poucas tendências recentes no urbanismo que receberam tanto apoio como o ciclismo: muitos o consideram a melhor forma das cidades reduzirem congestionamentos e poluição, tornar os centros urbanos mais densos e vibrantes, e aumentar a atividades e, portanto, a saúde dos cidadãos. Assim, não é surpresa que um grande número de propostas tenha surgido em todo o mundo, promovendo o ciclismo como um meio atraente de se deslocar.
Contudo, parece que recentemente muitas propostas que incorporam o ciclismo estão "passando por terrenos acidentados". Saiba mais a seguir.
Este artigo publicado no Future Cape Town mostra uma visão diferente dos rankings globais de cidades. Enquanto a maior partes das listas avalia cidades quanto a habitabilidade ou qualidade de vida, esta seleciona cidades de acordo com quão inovadoras elas são (teoricamente, uma atmosfera inovadora é fundamental para o sucesso econômico e cultural a longo prazo para uma cidade). Os primeiros lugares da lista podem surpreender você - veja aqui.
Uma rara casa de Frank Lloyd Wright do período Usoniano foi salva pelo Crystal Bridges Museum do Arkansas. O dramático resgate planeja desmontar e mover a casa para um terreno a mais de 1.500 km de distância, estratégia necessária devido às frequentes inundações que acontecem no local onde a casa se encontra atualmente, em Millstone, New Jersey. O Crystal Bridges Museum irá reconstruir e restaurar a casa em algum ponto de sua vasta propriedade.
Saiba mais sobre esta incomum estratégia de preservação.
Nesta entrevista com a Grasp Magazine Tim Brown, Diretor Executivo da IDEO, explica sua crença de que, para se desenvolver soluções para os problemas complexos encontrados nas cidades, a única abordagem bem sucedida é aquela "de baixo para cima". Para tornar isso possível, diz ele, precisamos democratizar o processo de projeto, encorajando mais pessoas a se engajar no design, operando com "códigos" - ao invés de "desenhos" - que se abrem a futuras contribuições. Plataformas como o Kickstarter são um meio de impulsionar este processo. Leia o artigo completo aqui.