Mestrando pela FAUUSP, é arquiteto e urbanista pela UFSC e estudou na Universidade Politécnica de Valência durante a graduação. Colaborador do ArchDaily desde 2012, é editor de conteúdo, comunidade e redes sociais. Profissionalmente, também atua na área de expografia e cenografia.
"O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são."
Protágoras
Uma trena de 28 metros de comprimento e 40 centímetros de largura se estende como um véu ao longo da empena de um edifício no centro de São Paulo. A princípio o objeto parece um simples instrumento de medida ampliado, mas vai além.
O Box arquitetura e patrimônio discorre de modo simples e objetivo as questões que envolvem a profissão de arquiteto e urbanista. Também propõe uma reflexão sobre o patrimônio cultural de nossas cidades.
Através das 181 imagens feitas pelo fotógrafo português é possível ver as linhas de Siza serem enaltecidas por diferentes jogos de luzes e sombras. O conjunto de fotos nos permite ter a sensação de como é passar um dia no museu: o sol da manhã, acompanhar a luz característica do pôr do sol e ver o museu se acender para iluminar a noite de Llinars del Valles.
Após trazer dez livros sobre arquitetos que são importantes referências para compreender a mente de grandes ícones da Arquitetura no mundo, hoje apresentamos dez filmes do nosso Arquivo que retratam a biografia e obra de outros nomes.
São Paulo e Buenos Aires são comparadas em diversos momentos. Ambas as cidades possuem diversos marcos arquitetônicos que são referências em todo o mundo.
A designer Vivian Mota, idealizadora do estúdio Rabiscorama, após acompanhar o projeto Paris versus New York, do designer Vahram Muratyan, e durante uma viagem para a capital argentina - onde reparou diferenças e similaridades com a capital paulista - criou o projeto Sampa versus Buenos. Conforme seus desenhos foram sendo desenvolvidos, a artista percebeu que haviam muito mais semelhanças do que divergências entre as duas cidades.
Em suas ilustrações, a designer busca um tema comum e cria um "duelo" com um representante para cada cidade, alguns exemplos são: Edifício Banespa vs Edifício Kavanagh, Galeria do Rock vs Bond Street, Cemitério da Consolação vs Cemitério da Recoleta, Liberdade vs Barrio Chino, Estação da Luz vs Estación Retiro, e muitos outros.
Veja suas ilustrações e saiba mais sobre o projeto, a seguir.
Graças ao surgimento do urban sketching, a técnica da aquarela vem vivendo um segundo auge em sua história. Apesar de requerer uma habilidade considerável, a pintura com aquarela possibilita que nos entreguemos ao acaso e a surpresas. Trata-se, portanto, de um verdadeiro desafio técnico e expressivo.
Nesta semana, buscamos no nosso Arquivo dez publicações que retratam as obras de grandes arquitetos nacionais e internacionais. Através destes livros é possível se aproximar do conceito de cada um e imergir em seus projetos.
Em 2008 a prefeitura de São Paulo, durante a gestão de Gilberto Kassab, resolveu iniciar uma política de limpeza urbana, na qual os muros da cidade seriam pintados com a cor cinza de forma a apagar as intervenções neles realizadas. Artistas como Os Gêmeos, Nunca e Nina, que tiveram importantes obras destruídas pela iniciativa, se juntam para repintar um muro de 700 metros.
O uso do concreto aparente na arquitetura paulista é histórico, o material está presente em diversos edifícios icônicos de São Paulo, como o MuBE e a FAUUSP. Atualmente, o concreto ainda é um dos materiais mais adotados pelos arquitetos na capital paulista e surgem diferentes soluções, sendo utilizado como um elemento pré-fabricado ou em estruturas mistas. Assim, o Arquivo desta semana buscou por dez projetos contemporâneos que adotam o concreto aparente em sua arquitetura.
Biancoshock é um artista que vive em Milão e borra os limites entre ativismo, arte de rua e performance, se retrata como alguém que trabalha dentro do espaço público urbano com o objetivo de transmitir uma mensagem. Segundo o próprio, seu oficio segue "um conceito diferente de ser um artista e, mais ainda, de ser um artista de rua. Os meus 'experimentos' não são mostruários para promover minhas atividades, não exigem qualquer descrição. Eles são simplesmente oportunidades para se comunicar e provocar reações em pessoas comuns. Estou falando de todos aqueles que, embora com pouca ou nenhuma educação artística, ainda querem ser surpreendidos e movidos por algo que foi deixado na rua para todos verem".
Numa de suas últimas obras, "Borderlife", Biancoshock coloca em cena a vida de homens em situação de rua - que muitas vezes se abrigam em bueiros, na Europa - através de uma intervenção que enfrenta este problema através da imagem de um lar nesses lugares inóspitos.
A sabedoria de Paulo Mendes da Rocha foi registrada nesta entrevista realizada por Clarissa Schneider e Marcos Augusto Gonçalves. Produzido pela Controle Remoto Filmes, o filme retrata o ponto de vista do arquiteto - vencedor do Prêmio Pritzker e do Leão de Ouro daLa Biennale di Venezia - sobre o consistente discurso da arquitetura e da cidade.
Com cenas intercaladas do cotidiano da capital paulista e suas obras, as falas de Paulo Mendes da Rocha passam desde seus princípios de urbanidade até a citação de icônicas obras de Niemeyer, como o Conjunto Nacional e o COPAN. Num tom de conversa casual o arquiteto aponta as virtudes da Arquitetura e discursa sobre problemas que devem ser enfrentados para a criação de uma cidade com maior qualidade de vida para seus cidadãos.
Para brindar sua trajetória como arquiteto, na semana passada Paulo Mendes da Rocha foi agraciado com o Leão de Ouro, prêmio concedido pelo conselho de diretores da La Biennale di Venezia. Durante a premiação foi citada a "eternidade" de seu trabalho e enaltecido o seu estilo como um marcante atributo de sua arquitetura. O modo como o arquiteto conseguiu manter sua integridade ideológica durante toda sua carreira, resultou no reconhecimento da consistência de seu trabalho, que foi elogiada e considerada surpreendente pelo conselho. Por este motivo, nesta semana o Arquivo apresenta obras de Mendes da Rocha - que também já recebeu o Prêmio Pritzker - anteriormente publicadas no ArchDaily Brasil.
Este livro recolhe uma conferência e umas conversas que Eduardo Souto de Moura manteve com os estudantes de arquitetura do Politécnico de Milão. Num clima extraordinariamente didático, o arquiteto português aborda temas importantes sobre a prática profissional atual, como a relação da obra com o contexto e a sua maneira diacrônica de interpretar o lugar abstraindo-o mediante um cuidado ritual de contextualização. Outro dos temas tratados é a recuperação da tradição construtiva local graças a alguns pormenores, rituais domésticos ou a utilização de materiais do lugar que, mais tarde, se formalizarão como variações de acentos que interrompem o equilíbrio dos abstratos jogos formais.
Teatros, salas de concerto, óperas. Normalmente estas são obras que criam verdadeiros marcos nas cidades devido a sua arquitetura. Não menos especiais que suas fachadas para a paisagem urbana, são os palcos que estes volumes abrigam. Por este motivo, o Arquivo de hoje apresenta dez incríveis auditórios que certamente agregam um grande valor aos espetáculos através de seus desenhos preocupados não apenas com a estética, mas também com o conforto ambiental através da acústica e iluminação.