Embora as cores estejam presentes desde a arquitetura colonial na paisagem de nossas cidades, quando pensamos na arquitetura brasileira, em geral, nos vem a imagem de uma arquitetura brutalista, cobogós ou as formas de Niemeyer - sempre com materiais aparentes ou cores neutras.
No entanto, a produção contemporânea traz cada vez mais elementos coloridos que quebram essa corrente. Selecionamos quinze projetos nacionais que através das cores destacam elementos de sua arquitetura e geram uma diferente percepção do espaço.
Victor Delaqua
Mestrando pela FAUUSP, é arquiteto e urbanista pela UFSC e estudou na Universidade Politécnica de Valência durante a graduação. Colaborador do ArchDaily desde 2012, é editor de conteúdo, comunidade e redes sociais. Profissionalmente, também atua na área de expografia e cenografia.
Cores na arquitetura contemporânea brasileira
As belíssimas escadas de Herzog & de Meuron
A escada, além de possibilitar a circulação vertical, muitas vezes se torna uma protagonista no espaço construído. Distante dela é possível ver o movimento dos corpos e a conexão de diferentes níveis do projeto. Ao subir ou descê-la, novos ângulos e perspectivas do edifício surgem. Este elemento tridimensional muitas vezes ganha um destaque ainda maior nos projetos de Herzog & de Meuron, vencedores do Prêmio Pritzker em 2001. Nos projetos realizados pelos arquitetos suíços, a escada jamais é considerada um mero elemento de circulação, mais do que isso, através de seu desenho gera-se um novo dinamismo e ritmo que influenciam todo o ambiente.
Direito à moradia, acesso à própria casa
27 de setembro de 2010
“Foi naquele lá, olha. Naquele. Tá vendo?” Dona Ana apontava para o apartamento do 7º andar, onde, uma semana antes, havia ocorrido o incêndio. Mais abaixo, no 4º andar, Anastasia, Aécio e Itamar sorriam amarelo num banner eleitoral.
Ninguém sabe como começou o fogo em um dos meio-apartamentos da torre de número 100, ocupado por um catador de papel. Mas o espetáculo que se seguiu aconteceu comme il faut. Pânico, gritos, chamas, luzes, um helicóptero que sobrevoava o local, jornalistas que abordavam supostos feridos e devoravam relatos impossíveis, sirenes, fumaça, comoção, ação.
Desconstrução Civil / Nitsche
O projeto gráfico para as fachadas do edifício foi encomendado pela incorporadora durante a construção, deveria ser uma intervenção de baixo custo uma vez que não havia sido contemplada no orçamento do empreendimento. Trata-se de um residencial estudantil, cujas fachadas são marcadas pelo ritmo ordenado e repetitivo de varandas, solução cada vez mais comum entre os novos lançamentos do mercado imobiliário.
Novo Código de Obras e Edificações está disponível para download
A nova versão ilustrada do Código de Obras e Edificações (COE) está disponível online. A proposta da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo (SMUL - PMSP) traz uma edição com projeto gráfico realizado pela oitentaedois, que tornou a compreensão da lei mais acessível a toda população.
Uma conversa sobre Lina Bo Bardi e seu legado com Olivia de Oliveira
Olivia de Oliveira fez sua tese de doutorado sobre a arquiteta Lina Bo Bardi na Escola Técnica Superior de Arquitetura de Barcelona (ETSAB) e é autora do livro "Lina Bo Bardi. Obras construídas", que surgiu após a visita aos edifícios construídos por Lina ao lado do fotógrafo Nelson Kon em 2002. Nesta obra ela apresenta toda a complexidade arquitetônica e visões culturais, políticas e sociais da arquiteta. O resultado acaba de ser relançado no Brasil pela Editora Gustavo Gili, em português.
Na seguinte entrevista, é possível se aprofundar um pouco mais na história por trás do livro e também sobre Lina Bo Bardi através da perspectiva da autora, que cita importantes questões como o canteiro de obras, o surrealismo presente na obra da arquiteta e como segue a preservação de suas obras.
Coletivo Arquitetas Invisíveis lança a segunda edição de sua revista sob o tema "Nas Sombras"
O Coletivo Arquitetas Invisíveis é uma ação que busca promover a igualdade de gênero dentro do âmbito da arquitetura e do urbanismo, por meio do reconhecimento e divulgação da vida e obra de arquitetas desprestigiadas pela história. Criado por estudantes da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, a primeira iniciativa do grupo foi no sentido de ampliar o repertório dos estudantes e profissionais de arquitetura e urbanismo e, ao mesmo tempo, incitar a discussão sobre gênero no meio acadêmico e profissional. O Arquitetas Invisíveis foi oficialmente inaugurado dia 8 de março de 2014, em homenagem ao dia internacional da mulher, e usou o facebook para alcançar estudantes e profissionais de arquitetura do Brasil.
Hoje, dia 08 de março de 2018 o Coletivo Arquitetas Invisíveis lança a segunda edição da Revista Arquitetas Invisíveis, sob o tema "Nas Sombras".
Aprendendo com a natureza: conheça o projeto do Votu Hotel
Através da biomimética, GCP Arquitetura & Urbanismo, criou o projeto de um hotel no sul da Bahia que se inspira em soluções da fauna e flora para promover melhor conforto térmico nos edifícios e menor impacto ambiental para sua operação.
Arquitetura flutuante: 15 projetos para se inspirar
Mais da metade do planeta é composta por corpos hídricos e maior parte da população vive em suas proximidades. Estes locais são cada vez mais afetados por catástrofes ambientais ou pelo aumento de níveis de água, causados pelo aquecimento global, conformando um cenário que traz novos desafios para o modo que habitamos e pensamos os edifícios no litoral ou em áreas ribeirinhas.
A arquitetura flutuante pode se adaptar às variações de níveis de água e diferentes condições climáticas, sinalizando um possível caminho para solucionar os problemas apontados. Para aumentar seu repertório de referências flutuantes, reunimos aqui 15 projetos que foram implantados diretamente nas águas e possuem os mais diferentes usos: habitacional, cultural, educacional, recreativo e de infraestrutura.
Projeto pretende criar centro de aprendizagem flutuante na Amazônia
No final de agosto deste ano ocorreu a terceira edição da AA Visiting School Amazon. Após oito dias de imersão na floresta amazônica, estudando sua natureza e compreendendo conceitos de biomimética, os professores Marko Brajovic, Nacho Martí e Alessandra Araujo, juntos de um grupo internacional de arquitetos e estudantes, projetaram um centro para educar as pessoas do Lago Mamori e ajudá-los a imaginar as mudanças que precisam fazer em suas vidas para se adaptarem às mudanças climáticas e possíveis desastres ambientais decorrentes delas.
Conheça a arquitetura contemporânea africana além dos estereótipos
A África é um continente diverso e com diferentes contextos que vão além dos estereótipos imaginados e propagados por aqueles que não a conhecem. Estes estereótipos também abrangem o campo arquitetônico. A arquitetura africana sempre é lembrada por seus belíssimos projetos vernaculares ou pelas obras realizadas por Keré, mas outras linguagens desenvolvidas por arquitetos no continente são praticamente esquecidas.
Por este motivo, a fim de aumentar o panorama da arquitetura contemporânea construída no continente africano, reunimos aqui uma seleção de edifícios que foram realizados em catorze países diferentes. Se inspire com os dezoito projetos selecionados, a seguir.
Trienal de Artes do Sesc levanta discussões sobre a cidade
Com a intenção de sair do eixo cultural estabelecido entre as principais capitais do país, o Sesc realiza a sua segunda edição da Frestas, Trienal de Artes - com o título de "Entre pós-verdades e acontecimentos" e curadoria de Daniela Labra - em Sorocaba, a fim de difundir ações culturais às pessoas que normalmente não possuem acesso ao campo artístico. Através de temas atuais que discutem cidade e sociedade, a exposição provoca "novas verdades" e trás novos pensamentos para quem a visita.
5 vídeos imperdíveis segundo a vapor324
A vapor324 atua na construção do espaço através de meios gráficos, audiovisuais e arquitetônicos. O escritório vai além do projeto arquitetônico e já fez diversas instalações artísticas como "Secções" e outros trabalhos gráficos audiovisuais. Cada projeto criado é a tentativa de uma atuação propositiva plural, onde essas diferentes alternativas de ocupar - e criar - o espaço cumprem funções complementares. Pedimos para eles nos apresentarem cinco vídeos que estão entre os favoritos deles para que também possam trazer diferentes inspirações para você.
Veja a seleção, a seguir.
Conheça a PISEAGRAMA, uma revista brasileira sobre espaços públicos
PISEAGRAMA é a única revista sobre espaços públicos do Brasil. Desde a sua fundação em 2010, foram publicadas dez edições da revista, dedicadas aos temas Acesso, Progresso, Recreio, Vizinhança, Descarte, Cultivo, Passeio, Extinção, Autogestão e Recursos. A revista PISEAGRAMA é uma publicação independente e sem fins lucrativos. Por isso, precisa da sua assinatura para continuar existindo. Saiba mais, a seguir.
Aprenda a construir o Bason, um sanitário seco higiênico
Sanitário seco é um sistema que cumpre todas as funções de um banheiro comum e não utiliza água para seu funcionamento - além de gerar um rico composto para enriquecimento do solo. Bason é o modelo de sanitário seco desenvolvido por Johan Van Lengen e agora aperfeiçoado pelo seu filho, Peter Van Lengen, diretor do escritório TIBÁrquitetos. O novo modelo tem um design mais apropriado para o clima do Brasil melhorando seu desempenho e uso, inclui um separador de urina (opcional), maior ventilação e outros recursos para ajudar a evitar cheiros e facilitar o manejo do composto.
O Bason é um sanitário seco desenhado para ser agradável, higiênico, sem odores desagradáveis ou moscas, além de fácil uso e manutenção. O Bason é dimensionado para o uso familiar de 4 a 5 usuários com manejos entre 6 e 12 meses até atingir sua capacidade. Saiba como construí-lo, a seguir.
O que o arquiteto pode aprender com a natureza para enfrentar os desafios do futuro?
A partir de 25 de agosto, a floresta amazônica mais uma vez será anfitriã de um workshop de Arquitetura Flutuante liderado por especialistas em biomimética e ex-alunos do WDCD, Marko Brajovic e Nacho Marti, professor da AA. Desta vez, o curso também estabeleceu um objetivo novo e emocionante: gerar ideias para o WDCD Climate Action Challenge.
Cidades mais ativas e segurança viária
A segurança viária e redução das mortes e lesões no trânsito têm sido encaradas como prioridade em diversos lugares do mundo. A OMS (Organização Mundial da Saúde), inclusive, definiu esta como a Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020, na qual governos de todo o mundo se comprometeram a tomar novas medidas para reduzir em 50% os níveis de mortalidade e lesões de trânsito nesses 10 anos.
A redução da velocidade nas vias é utilizada como ferramenta essencial para diminuir mortes e lesões. No Brasil, cidades como São Paulo e Curitiba implementaram, nos últimos anos, perímetros onde é regulamentada uma velocidade máxima baixa, como as Áreas 40 e Áreas Calmas, respectivamente. Essas medidas têm como objetivo melhorar a segurança dos usuários mais vulneráveis do sistema viário, pedestres e ciclistas, buscando a convivência pacífica e a mitigação de atropelamentos na área. Em São Paulo, essas mudanças se mostraram efetivas: 2015 foi o ano com menor número de mortes desde 1998, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Infelizmente, com o abandono de parte dessas medidas pela nova gestão, assiste-se agora a um novo aumento: no primeiro semestre de 2017 houve 23% mais óbitos de pessoas a pé e 75% de pessoas pedalando, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Como construir um edifício de 1000 m² em poucos meses
Depois do protótipo Gomos#1 e da exposição na Bienal de Veneza, o estúdio SUMMARY revela um novo projeto usando o seu sistema construtivo modular.