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Victor Delaqua
Mestrando pela FAUUSP, é arquiteto e urbanista pela UFSC e estudou na Universidade Politécnica de Valência durante a graduação. Colaborador do ArchDaily desde 2012, é editor de conteúdo, comunidade e redes sociais. Profissionalmente, também atua na área de expografia e cenografia.
Com respeito às tradições construtivas japonesas, mas sempre preocupada com o diálogo que terá com seu contexto, pode ser uma das definições da arquitetura de Kengo Kuma. Reconhecido internacionalmente, o arquiteto é lembrado principalmente por suas estruturas de madeira (ou mistas), as quais surgem de um padrão simples de montagem e, que através de diferentes intersecções e ângulos, geram um todo complexo. Não à toa, suas representações trazem detalhes muito específicos que vão desde didáticas isométricas até desenhos paramétricos complexos para conseguir traduzir no papel o modo de construir seus projetos. Aqui, juntamos detalhes de cinco projetos inspiradores que utilizam a madeira de alguma forma.
A história da arquitetura demonstra que o uso do material aparente sempre foi algo corrente, seja em antigas técnicas vernaculares ou dentro do movimento brutalista, para citar alguns exemplos. É evidente que a linguagem de um projeto muitas vezes está estritamente ligada ao seu material, pois diversas sensações, assim como a percepção do espaço, são dirigidas pela qualidade estética e física do elemento escolhido. Por este motivo, aqui reunimos dez edifícios que ressaltam a qualidade de seus materiais, seja para fazer um discurso, reinterpretar alguma técnica do passado ou até mesmo para ressignificar a potência de alguns desses elementos.
As escadas muitas vezes se tornam um elemento fundamental do projeto. Ao resolver a circulação vertical, elas também podem assumir um papel escultural no ambiente e atender outras funções como gerar espaços de estar, trazer iluminação necessária a outros níveis, servir como depósito e trazer novas vistas da própria arquitetura a partir do movimento do corpo por ela. Como nem sempre a resposta a este componente é uma tarefa fácil por, muitas vezes, exigir soluções criativas aliadas à segurança do usuário, selecionamos 15 escadas realizadas por arquitetos brasileiros para que sirvam de inspiração para o seu próximo projeto.
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Rio de Janeiro - Escolas de samba do Grupo Especial se apresentam no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no segundo dia de desfiles (Fernando Frazão/Agência Brasil) - [CC BY 3.0 br (https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/deed.en)]
No ano passado, a agremiação Unidos da Tijuca divulgou a temática do enredo que a escola irá apresentar na Marquês de Sapucaí em 2020: "Arquitetura e Urbanismo". A escolha foi influenciada pelo título inédito que o Rio de Janeiro recebeu da UNESCO como Capital Mundial da Arquitetura, além da cidade também ser selecionada como a sede do Congresso Mundial de Arquitetos, evento da União Internacional de Arquitetos - UIA - que deve atrair cerca de 15 mil profissionais e ocorrerá em julho deste ano. Além de homenagear os arquitetos e urbanistas, a escola discutirá na passarela questões importantes que permeiam o campo de atuação destes como o direito à cidade, o papel da construção civil perante a crise climática, preservação de patrimônios e até mesmo os conhecimentos ancestrais da profissão.
Através de seus croquis, Renzo Piano apresenta a verdadeira intenção de seus projetos, evidenciando em muito deles a preocupação com a escala humana, estudos de insolação, conforto, diálogo com o entorno imediato e outros elementos que serão protagonistas de suas obras. Compilamos aqui dez projetos do arquiteto acompanhados de seus croquis, através dos quais é possível traçar um paralelo entre a criação e execução das obras do vencedor do Prêmio Pritzker de 1998.
Conceber a espacialidade do espaço público e distribuir o seu programa para a população é um dos maiores desafios de arquitetos e urbanistas. Urbanizações, parques e praças são alguns dos tipos de intervenção que estes profissionais se deparam para conceber lugares de uso democrático e que, muitas vezes, podem se tornar símbolos da cidade. Para ilustrar estes projetos, reunimos dez exemplos brasileiros que exploram diferentes contextos e escalas.
Ao contrário de quando era visto apenas como um espaço para dormir e tomar banho, hoje um Hotel necessita aprimorar a experiência da viagem para atrair hóspedes e apresentar um diferencial frente à concorrência direta ou até mesmo com novas modalidades de hospedagem como o AirBnb. Assim, além da qualidade dos quartos, as áreas de lazer, restaurantes, paisagem e arquitetura são elementos que determinam o sucesso de um empreendimento.
Em países como o Brasil que possuem paisagens distintas e uma população diversa, é possível se deparar com diferentes soluções na hora de pensar o projeto de hotéis. Por isso, reunimos dez exemplos nacionais nos quais a arquitetura se destaca e traz uma identidade única para cada um desses edifícios.
Owen Jones - Padrão Persa. Imagem Cortesia de Priya Khanchandani e Sam Jacob
Em 1856, Owen Jones lançava o livro The Grammar of Ornament [A gramática do ornamento] no qual apresentava uma compilação de linguagens visuais adotadas pelas mais distintas culturas - realizada a partir das explorações do autor em lugares como Grécia, Egito, Constantinopla e Índia. A obra reflete como os vitorianos examinaram a arte e o design internacionais colocando a Grã-Bretanha no centro do debate, a fim de estabelecer "princípios gerais" que promovessem um certo sistema de diferentes estilos através de suas próprias perspectivas. Na época, a publicação foi um grande sucesso editorial e influenciou desde William Morris (do movimento Arts and Crafts) até os arquitetos modernistas Louis Sullivan e Frank Lloyd Wright. No entanto, em 2019, Priya Khanchandani e Sam Jacob fazem uma releitura do trabalho de Jones e demonstram não apenas os aspectos colonizadores presentes em seu ponto de vista, assim como propõem uma reinvenção destes sistemas e padrões visuais de acordo com a contemporaneidade.
Boxing Boxes [Caixas de Boxe, em português] é um projeto realizado após dois anos de pesquisa arquitetônica feita por Carlos Ortega Arámburo e Daniel de León Languré que agrega o boxe, como uma ferramenta de autodisciplina e controle de violência, a uma estrutura que ativa o espaço cívico em áreas marginalizadas. Na edição deste ano da Trienal de Arquitectura de Lisboa, o arquiteto mexicano junto de uma equipe interdisciplinar local instalou o equipamento no bairro Portugal Novo, em Olaias, Lisboa.
A Bienal de Veneza de Artes é uma ótima oportunidade para pensar "fora da caixa". Desde os eventos colaterais que trazem novos usos para edifícios centenários até os pavilhões dos países em Giardini ou Arsenale, um arquiteto pode aprender muito visitando a bienal mais antiga do mundo. Aqui estão 7 pavilhões imperdíveis se você visitar Veneza antes do término da Bienal, no dia 24 de novembro.
O debate sobre a matéria e a forma como ela concebe os espaços que abrigam toda a dimensão social é o cerne do discurso arquitetônico. Apesar do arquiteto definir um conceito, partido e obedecer a um programa que pode influenciar até mesmo a vivência urbana, no fundo são o cotidiano e o próprio repertório cultural individual que ditará como se vivencia cada lugar. A compreensão de que existem diversas camadas na sociedade capazes de construir muros invisíveis que dissolvem a poética arquitetônica e desabrocham em outros assuntos inevitáveis para compreender a cadeia na qual estamos inseridos é uma das reflexões propostas pela Nova República, projeto realizado pelo antropólogo Hélio Menezes e os arquitetos do Wolff Architects, baseados na Cidade do Cabo, África do Sul, para a Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo.
Marcada pelo encontro e potencialização mútua entre projeto curatorial e atuação institucional, a 34a Bienal de São Paulo enfatiza poéticas da “relação” e adota uma estrutura de funcionamento inovadora, que envolve a realização de mostras e ações apresentadas no Pavilhão da Bienal a partir de fevereiro de 2020 e a articulação com uma rede de mais de 20 instituições paulistas. Quando o Pavilhão for inteiramente tomado pela mostra, a partir de setembro de 2020, essas instituições promoverão, em seus próprios espaços, exposições integrantes da 34a Bienal.
Grandes joias da arquitetura moderna paulista estão construídas no bairro Higienópolis em São Paulo. Majoritariamente ocupado por edifícios residenciais, a curiosidade de imaginar como são seus apartamentos e plantas surge na mente daqueles que possuem um mínimo interesse por esses projetos. Por isso, reunimos dez obras que são frutos de reformas em famosos edifícios - como o Lausanne e o Louveira, por exemplo -, e outras que estão presentes no mesmo entorno.
Um dos museus mais queridos pela população lusófona e de sucesso incontestável, o Museu da Língua Portuguesa se prepara para reabrir as portas após o incêndio que sofreu em 2015. A oportunidade de repensar a instituição e compreender sua própria relação com o público foram as principais premissas que foram de encontro com as novas necessidades de uso e desejos de melhoria que permearam todo o pensamento por trás da reabilitação do edifício.
Para se aprofundar na forma como pensamos o futuro das cidades, o ArchDaily se propôs a falar sobre resiliência no mês de julho. Como estamos nos preparando para desastres ou disrupções do sistema, este foi o tema principal de uma conversa com a bióloga Alessandra Araujo, fundadora da bio-inspirations e professora de Biomimética da Architectural Association Amazon Visiting School e do Master Ecological Design Thinking da Schumacher College, que trouxe sua visão para ampliar o debate da resiliência no campo da Arquitetura e Urbanismo através de um outro ponto de vista: a natureza.
Rio de Janeiro - Escolas de samba do Grupo Especial se apresentam no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no segundo dia de desfiles (Fernando Frazão/Agência Brasil) - [CC BY 3.0 br (https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/deed.en)]
Muitos edifícios aguçam a curiosidade do transeunte sobre o que existe por trás de suas portas. Ao invés de apenas imaginar os usos e a intimidade desses espaços, normalmente inacessíveis, no próximo fim de semana - dias 29 e 30 de junho - será possível conhecer os interiores de diversas arquiteturas nas cidades de Porto, Matosinhos e Gaia durante o festival Open House Porto.
Idealizado por Tatiane Gonzalez do Ateliê Digital Analógico, "Incerteza Invisível" é uma intervenção urbana tecnológica em grande escala em formato de videomapping realizado por um grupo de mulheres.