Nesta semana o Arquivo do ArchDaily Brasil homenageia a arquitetura latino-americana. Ao selecionar um projeto de cada país, mostramos um breve panorama que está sendo produzido no nosso continente. Os projetos, de distintos programas e funções, possuem diversas estéticas e soluções inusitadas, que comprovam a existência de uma arquitetura de altíssima qualidade e preocupada com sua função social.
A fim de descobrir e explorar a beleza em cidades do Brasil e do mundo através de divertidos e simples vídeos, o projeto Num Pulo, criado pelo casal Daniel Negreiros e Paula Albino, pretende instigar uma vontade incrível no espectador de fazer o mesmo e sair pelo mundo descobrindo lugares fantásticos, por mais simples que sejam.
Desta vez reviramos nosso Arquivo em busca de projetos inspiradores de Portugal. Buscamos por obras com diferentes programas e partidos para reverenciar a qualidade da arquitetura portuguesa dentro de sua diversidade. Com obras nem tão conhecidas de grandes ícones da arquitetura mundial, como os vencedores do Prêmio Pritzker: Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura, esta seleção também apresenta outros edifícios premiados e que brindam a excelente arquitetura contemporânea feita pelos portugueses.
Ao observarmos o Coliseu de Roma, vemos que, na realidade, a obra não é estruturada por blocos de pedra; estas atuam como forma para o concreto.
Um novo estudo da Universidade da Califórnia Berkeley mostra que esse "concreto romano" é muito mai s sustentável que a mistura que fazemos hoje em dia. Os pesquisadores resumiram suas descobertas na revista da American Ceramic Societye garantem que a antiga combinação de pedra calcária, cinza vulcânica e água do mar requer muito menos calor (e combustível) que o processo atual de fabricação do concreto. Isto sugere que a aplicação contemporânea do método romano antigo poderia produzir um concreto mais resistente e duradouro com um impacto ambiental muito menor.
Mais detalhes e um vídeo sobre o estudo, a seguir.
VJ Suave está por trás do projeto Suaveciclos - triciclos adaptados com computador, projetor e bateria - que levam projeções pra rua e transmitem às pessoas mensagens através de desenhos, animações e poesias.
Rodrigo Dávila é um fotógrafo de arquitetura com sede em Bogotá, Colômbia, formado em arquitetura pela Universidad de Los Andes. Após concluir sua graduação, trabalhou dois anos como arquiteto no escritório de Daniel Bermúdez e então se mudou para Melbourne para estudar fotografia comercial na RMIT University, onde se especializou também em fotografia de produtos. Através da fotografia, Dávila expressa sua paixão pelo design, arquitetura e edifícios contemporâneos.
Saiba mais sobre o trabalho de Rodrigo Dávila na entrevista publicada a seguir.
O Arquivo desta semana apresenta a seleção de dez cabanas. Estes refúgios oferecem a possibilidade de escapar do cotidiano urbano, de desconectar de um dia a dia intenso. Por estar num lugar remoto, a cabana é um edifício solitário, envolto pela paisagem que o rodeia de maneira absoluta e plena. É a natureza que dá personalidade a cada um destes projetos.
Muito acima da superfície da terra e com uma serena vista distante do planeta que habitamos, ULTRADISTANCIA é o mais recente projeto fotográfico do artista argentino Federico Winer. A série experimental utiliza registros do Google Earth para apresentar impressionantes imagens de ambientes naturais e construídos.
Saiba mais sobre o projeto e veja algumas imagens selecionadas, a seguir.
Arquiteto Juan Luis Lopez, diplomado em 1980 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Nacional de Córdoba, apresenta Aldeas, uma série de ilustrações onde a "lógica e o irracional, a realidade e a fantasia dão lugar a um universo imaginário povoado por ilusões".
O artista latino americano se permite olhar para a Idade Média com certa distância inserindo"perspectivas irreais, multifocais, multidirecionais, multidimensionais e técnicas de anamorfismos, deliberadamente utilizadas em procura de uma distorção lúdica das imagens."
Veja a seguir a coleção de Aldeas por Juan Luis López.
Eugène Green, diretor nova-iorquino naturalizado francês, é conhecido por sempre abordar a transmissão de conhecimento entre suas personagens e a paixão por diferentes formas de arte. Em seu quinto filme, não é diferente.
"La Sapienza" retrata o encontro de quatro pessoas que se reapaixonam pela vida. A marca do diretor está presente nos diálogos que possuem os prismas da arte e arquitetura como principais temas e ocorrem entre Alexandre - um arquiteto experiente - e Goffredo - um jovem que pretende estudar arquitetura.
Janelas são consideradas um elemento vital para qualquer edifício, não apenas para trazer vida a estes, mas também para adicionar vitalidade e personalidade. André Vicente Gonçalves é um fotógrafo apaixonado por este componente fundamental da arquitetura e dedica parte de seu trabalho fotografando estes portais para o mundo privado e os transformando em belas montagens que capturam o caráter de cada cidade ou região fotografada.
Veja outras imagens e saiba mais sobre o artista, a seguir.
O cinema de ficção científica contemporâneo está cheio de realidades distópicas, de diferentes visões onde a humanidade mostra seu lado mais escuro, sempre através de consequências nefastas. Esta exploração por gênero deixou de lado outros tipos de propostas mais novas e diferentes, em troca de um cinema de fórmula e repetição onde rara vez um produto se destaca por sua qualidade argumentativa e gráfica.
“O Jogo do Exterminador” é um filme que não precisa de um futuro envolto dentro de uma crise para possibilitar uma reflexão e crítica dos nossos instintos mais básicos como espécie; totalmente o contrário, nos mostra que o verdadeiro inimigo da paz é a nossa obsessão visceral por ser a espécie dominante, obsessão que pode nos levar a solucionar nossos problemas de sustentabilidade, mas também a uma guerra interplanetária.
O teto evoluiu de um ponto focal de um ambiente para um espaço destinado a equipamentos mecânicos. Em todas as grandes construções da humanidade, sempre olhamos para cima em reverência. Onde nosso olhar outrora encontrava fantásticos tetos abobadados, impressionantes estruturas treliçadas ou tratamentos decorativos distintos, hoje frequentemente encontramos painéis acústicos, tubulações e faixas fluorescentes de iluminação. Abandonando o teto como uma tela para criatividade no alvorecer da era tecnológica, tivemos dificuldade em tomá-lo de volta. Hoje, é difícil competir com os equipamentos mecânicos quando tudo o que defendemos é uma superfície branca. Mas uma proposta convincente de um espaço projetado para fazer do teto seu principal atributo pode encantar mesmo as mentes mais pragmáticas. Há uma boa razão para ser teimoso: já que raramente reorganizamos ou redecoramos o teto como fazemos com o resto do espaço, o que criamos acima de nossas cabeças tende a durar muito tempo.
https://www.archdaily.com.br/br/775049/qual-a-pior-coisa-na-arquitetura-de-hojeRasmus Wærn & Gert Wingårdh
Nesta semana, buscamos dez projetos no nosso Arquivo que se integram completamente com seus entornos, de modo que a paisagem deixa de ser apenas um plano de fundo para se fundir ao objeto construído e formar uma composição única.
Não. Não confunda a responsabilidade de propor soluções com o poder de executá-las.
Poucas coisa mudaram o papel do arquiteto tão radicalmente como quando as pessoas perderam a fé na ideia de autoridade nos anos 1970. Nada mais era o mesmo depois daquilo. Muitos arquitetos renomados nascidos por volta da virada do século passado, como Alvar Aalto, se tornaram ícones do firmamento arquitetônico, mas sofreram uma queda brusca quando a sociedade que lhes havia garantido um lugar no topo de repente voltou suas costas para todas as figuras estabelecidas. A revolta contra o status quo mudou as regras do jogo para os arquitetos e políticos em particular. E a perda de autoridade levou rapidamente à perda de autoconfiança, mas não há nada de que reclamar agora. Os dias em que os arquitetos podiam liderar o caminho com um simples gesto se foram; agora é essencial ser entusiasta e encorajar todos a se unirem. Isso funciona melhor se os arquitetos acreditarem em si mesmos.
https://www.archdaily.com.br/br/774784/seria-o-arquiteto-autoritarioRasmus Wærn & Gert Wingårdh
Quando levantamos os pés do chão começam acontecer coisas extraordinárias. Quando nos elevamos desse solo onde estamos acostumados ficar, também saímos de nosso espaço de conforto e olhamos pra coisas que normalmente não percebemos, abrindo as portas e as janelas da aprendizagem.
Nesta semana, ao buscar por temas no Arquivo do ArchDaily Brasil, optamos pela seleção de dez obras de infraestrutura pública que priorizam o uso pedonal. Equipamentos da cidade que servem de apoio ao trânsito de pedestres, como pontes e passarelas, e que possuem diferentes configurações, formas e materiais.
Claro que podemos. Mas qualquer coisa sempre trará as marcas de seu próprio tempo.
Continuar com algo que sabemos que funciona é uma boa estratégia. Muitos edifícios e cidades antigas funcionam extraordinariamente bem. Como regra geral, é tolo substituí-los por qualquer outra coisa. E tempos modernos não necessariamente demandam edifícios modernos. Em muitos casos, é fácil ter um estilo de vida moderno em um edifício remodelado. O problema em criar novos edifícios e cidades que pareçam antigos não é a imitação propriamente dita - aprendemos a lidar com mentiras muito piores que esta -, mas o charme das antigas cidades tem raízes muito mais profundas. Assim que aprendermos a compreender realmente os antigos edifícios e cidades, poderemos recriar suas qualidades através de outras formas. Edifícios são recursos; projetos, oportunidades.
https://www.archdaily.com.br/br/774251/nao-podemos-projetar-edificios-como-os-de-antigamenteRasmus Wærn & Gert Wingårdh
O cobogó é a inspiração para a fonte digital Dingbat Cobogó desenvolvida por Guilherme Luigi. Os símbolos foram criados a partir da pesquisa realizada por Josivan Rodrigues para o seu livro Cobogó de Pernambuco.
Na corrida por cidades mais inteligentes, a Casa Branca anunciou um investimento de US$ 160 milhões para a integração de sensores em cidades de todas as partes dos EUA. A iniciativa visa gerar dados em tempo real para organizações locais, companhias e governos, que os utilizarão para responder de forma mais rápida e efetiva aos problemas e questões urbanas. Uma abordagem complicada a problemas complicados, a iniciativa envolve diversas organizações e fundos federais para lidar com questões como criminalidade, trânsito e mudança climática. Saiba mais a seguir.
Após a estreia de "2001: Uma Odisseia no Espaço" em 1968, o cinema de ficção científica mudou de fantasias clássicas a representações mais maduras, palpáveis e cuja temática se centraria em futuros distópicos e pessimistas, nas quais o rumo da humanidade se tornaria duvidoso. A década de 70 se caracterizou pela consolidação desta tendência, encontrando nela um meio atrativo para denunciar os males da própria sociedade moderna. Através do exagero, o cinema tornaria-se uma advertência, um chamado de atenção diante de uma sociedade apática em busca de uma alternativa no modo de vida.
Ao mesmo tempo, dentro do campo da arquitetura e do urbanismo, vivia-se um momento decisivo a respeito do movimento moderno. Atormentada por dogmas, uma nova geração de arquitetos procurava opor-se a suas regras que impunham uma retangularidade agoniante e uma limitante nos métodos de desenho que a tornavam repetitivo, chato e carente de personalidade. Esta busca formal desembocava na arquitetura pós-moderna, cujo caráter vanguardista seria representado dentro do cinema para retratar mundos futuros.
Os comics e o mundo do cinema, como meios gráficos, têm alimentado um ao outro ao longo do tempo, até mesmo antes da obsessão contemporânea pelo cinema de super-heróis. Um dos mais antigos é Flash Gordon, desenho animado entregue todo o domingo criado por Alex Raymond na década de 30. Influência direta dos relatos de Julio Verne e o personagem John Cartes do escritor Edgar Rice Burroughs, desenvolve dentro das suas vinhetas mundos fantásticos infestados por arquiteturas impossíveis, que nas décadas futuras se tornariam referencias claras na idade de ouro da ficção científica dentro do cinema.
As ambientações dentro do desenho animado seguiam duas claras vertentes: por um lado transportar o leitor até uma aventura claramente espacial, com tecnologias e invenções impossíveis, e por outro, evocar estruturas e paisagens terrestres históricas familiares. Com o objetivo de criar cenários exóticos e misteriosos, Alex Raymond combinou as culturas asiáticas (até então pouco conhecidas pelo mundo ocidental) com a arquitetura de vanguarda, tendo como resultado um estilo barroco porém eclético.