O Prêmio Mies Crown Hall Americas (MCHAP) anunciou os 48 projetos finalistas selecionados pelo júri do MCHAP 2022. Dos projetos indicados, foram escolhidos 38 para a categoria MCHAP e 10 para a categoria MCHAP.emerge. O quarto ciclo de prêmios considera obras construídas concluídas nas Américas entre janeiro de 2018 e dezembro de 2021, indicadas por uma rede anônima de especialistas e profissionais internacionais.
Marina Otero foi a vencedora do Prêmio Wheelwright de 2022, promovido pela Harvard University Graduate School of Design (Harvard GSD). O prêmio de US$ 100.000 financiará dois anos de pesquisa e viagens para estudos sobre arquitetura contemporânea, com ênfase na pesquisa global. A proposta vencedora, “Future Storage: Architectures to Host the Metaverse”, explora um novo paradigma para arquitetura para armazenamento de dados digitais. O projeto investiga como as infraestruturas digitais pode dar respostas às demandas sem precedentes que o mundo enfrenta hoje. A pesquisa de campo, coleta de dados e desenvolvimento de protótipos resultarão em um manual de código aberto para projeto de arquitetura de data center contendo exemplos de modelos de armazenamento de dados ecológicos, circulares e igualitários.
Na história da arquitetura o conceito de beleza sempre esteve atrelado a diferentes fatores que representam, principalmente, os valores da sociedade em determinado período. O zeitgeist (espírito de época) certamente é crucial para essas definições, por isso, algo que já foi considerado belo no passado é passível de receber outra conotação hoje em dia. Nesse sentido, as preferências estéticas na arquitetura parecem estar atreladas a referências simbólicas implícitas na própria construção e na relação dela com o mundo. São preferências que exprimem convicções, ideologias e posicionamentos, assim como sentimentos morais, religiosos, políticos e, claro, símbolos de status de classe.
A concepção das janelas de um edifício é fator determinante para a salubridade e conforto térmico dos ambientes. No caso das janelas de piso a teto, a dupla vantagem que se tem a partir da boa iluminação dos espaços internos e ampla vista para a paisagem talvez seja o fator mais atrativo para a sua adoção em edifícios residenciais. Normalmente localizadas em pontos estratégicos, como nos espaços de convívio ou em quartos não direcionados à rua, esse tipo de janela promove uma eficiente integração entre os espaços internos e externos.
O SescTV lançou a série Territórios da Resistência sobre os movimentos de permanente violência e exploração dos territórios com objetivo de estabelecer um controle hegemônico que desconsidera os modos de existência, os direitos e saberes de seus habitantes. Dividida em quatro episódios construídos a partir do longa-metragem homônimo, fruto de uma parceria entre o Sesc Ipiranga, o Museu do Ipiranga e a Universidade de São Paulo, a série também discute o papel ativo dos espaços físico e simbólico do museu na construção de narrativas, memórias e processos de resistência.
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Black Chapel, o Serpentine Pavilion de 2022 projetado pelo artista de Chicago Theaster Gates, foi aberto ao público no dia 10 de junho. Em exibição até 16 de outubro, o projeto é realizado com o apoio do escritório Adjaye Associates e patrocinado pela Goldman Sachs. Em 2021, o programa do pavilhão foi elaborado para refletir o trabalho de Gates e relacionar arquitetura com música, enfatizando particularmente as explorações artísticas de sons e hinos monásticos. O pavilhão funcionará como plataforma para a programação do Serpentine durante todo o verão, oferecendo um espaço público de reflexão, conexão e alegria.
A atual produção arquitetônica enfrenta diversos paradigmas e um deles é o estético. Num cenário de constantes incertezas, edifícios com projeções, hologramas ou completamente automativos que a ficção científica tanto deslumbrou, assim como a própria tecnologia aponta como uma possibilidade porvir, parecem cada vez mais distantes da realidade. Hoje, a busca por uma maior identificação com o espaço construído tem sido ampliada ao invés de idealizar o novo pelo novo. Por isso, olhar para o passado tem apresentado diferentes perspectivas e é nessa mirada que talvez possamos imaginar uma nova estética futurística.
No Dia Mundial da Bicicleta, celebrado no dia 3 de junho, a Prefeitura de São Paulo, em parceria com as empresas Tembici, Itaú Unibanco e iFood, lançou o primeiro projeto de bicicletas elétricas compartilhadas com sistema de estações fixas na capital paulista.
As 500 bikes elétricas começam a chegar ao sistema de forma gradual na semana passada, em modelo similar ao já em operação no Rio de Janeiro. Até o final do ano, o número deve subir para 1000 unidades. São Paulo possui 700 quilômetros de ciclovia e, conforme o Plano e Metas da Prefeitura, terá em dezembro de 2024 mil quilômetros.
A Foster + Partners revelou seu mais recente projeto comercial na mundialmente famosa Shibuya Crossing, em Tóquio, no Japão. Apelidado de Loja de Departamentos Shibuya Marui, o empreendimento de varejo de nove andares deve se tornar um novo espaço para marcas que vendem um estilo de vida sustentável, adotando os mais altos padrões de sustentabilidade e princípios fundamentais de responsabilidade ambiental e bem-estar. O design da estrutura de madeira e a seleção de materiais reduzirão significativamente o carbono incorporado do edifício, ao mesmo tempo em que criarão uma experiência acolhedora e aberta para os visitantes.
"Os detalhes não são os detalhes. Eles fazem o design." -Charles Eames. A criação de espaços atraentes que antecipem as necessidades dos usuários depende de vários fatores: escala, circulação, funcionalidade e conforto. No entanto, as últimas décadas provaram que o apelo visual de um projeto também é muito importante para o espaço interno. Neste artigo, exploraremos o lado estético do design de interiores, analisando estilos populares em todo o mundo e como arquitetos e designers usam elementos como cores, móveis, acessórios e acabamentos para definir sua identidade espacial.
Todos os movimentos de arquitetura ao longo da história surgiram de mudanças na sociedade que exigiram um novo estilo que refletisse melhor a maneira como a tecnologia avançou e como as pessoas expressam suas crenças e valores políticos, religiosos e morais. Enquanto algumas mudanças ocorrem ao longo de um período de vários anos, outras são vivenciadas de maneira repentina. A Secessão de Viena foi, sem dúvida, o último caso. No final do século XIX, um grupo de artistas e arquitetos pretendia explorar o que a arte deveria ser no que se refere à restrições de influências globais que poderiam introduzir um novo modernismo.
Soluções para apartamentos de pequena escala estão se tornando cada vez mais necessárias, haja vista a redução da área dos apartamentos que vêm sendo construídos nos centros das maiores cidades do país. O alto preço do solo, associado às legislações em vigor, tem estimulado a construção de unidades cada vez mais diminutas – o que pode, por vezes, ser associado a uma redução na qualidade de vida dos residentes.
Mas isso nem sempre é o caso, e o projeto arquitetônico pode desempenhar um papel fundamental em tornar uma pequena caixa de concreto e alvenaria em um lar agradável e que atenda às necessidades de quem lá habitará. A seguir, reunimos 10 exemplos de apartamentos entre 24m2 e 48m2 construídos no Brasil que convertem as limitações físicas em qualidades espaciais.
No início da era do automóvel, suponha que Henry Ford e John D. Rockefeller tivessem perguntado como os planejadores urbanos poderiam aumentar a demanda por carros e gasolina. Considere três opções. Primeiro, divida a cidade em zonas separadas (moradia aqui, empregos ali, compras acolá) para criar viagens entre as zonas. Depois, limite a densidade para espalhar tudo e aumentar ainda mais as viagens. Terceiro, exija amplo estacionamento fora das vias em todos os lugares, para que os carros sejam a maneira mais fácil e barata de viajar.
A Global Designing Cities Initiative (GDCI) lançou um Guia Global de Desenhos de Ruas para ajudar urbanistas na difícil tarefa de incluir em seus projetos todos os atores dos cenários urbanos. A publicação se tornou uma referência e ganhou agora um guia especial, destinado às crianças. O guia Desenhando Ruas para Crianças, tradução para o português do original em inglês Designing Streets for Kids, já está disponível em diferentes idiomas, inclusive o português.
Vitrines de lojas são o meio de comunicação com a clientela, a camada de transição entre a rua e o estabelecimento comercial. De seu surgimento no século II, no Império Romano, até hoje, muitas mudanças ocorreram até chegarmos nas vitrines atuais, que não exibem apenas produtos, mas também a identidade das marcas. Veja aqui o que considerar ao projetar uma vitrine.
O fenômeno da criação de novas cidades ao redor do mundo parece ganhar cada vez mais destaque na busca por amenizar os efeitos das mudanças climáticas, conter migrações massivas de população e fuga de intelectuais, ou melhorar a qualidade de vida oferecida por algumas cidades e que tem se tornando mais evidente após os períodos de confinamento produzidos pela pandemia, entre muitos outros motivos. Os urbanistas e profissionais da arquitetura, engenharia e outras disciplinas enfrentam, sem dúvida, grandes desafios onde vale a pena perguntar se devemos concentrar todos os nossos esforços na criação de novos centros urbanos ou antes focar a nossa atenção na melhoria das condições e na resolução dos problemas que já existem?
A cidade espanhola de Valência está usando pictogramas para ajudar seus moradores autistas a atravessarem a rua com segurança. A medida teve início no bairro La Torre, onde estão sendo pintadas 44 faixas de pedestres.
Culinária e arquitetura são paralelas uma à outra. Combinando ingredientes para formar um todo, ambos os processos estão vinculados ao contexto cultural, à criatividade e ao significado. Podemos entender como as culturas mudaram através dos tempos observando as mudanças na culinária, e o mesmo pode ser dito da arquitetura. Em ambos os casos, os produtos finais são baseados na interação humana e ganham vida através da experiência.
Localizada em meio à vegetação, quase invisível para quem vê da rua, uma joia da arquitetura moderna brasileira se esconde no bairro paulistano do Jardim América. A Casa Zalszupin, projetada em 1960 pelo arquiteto polonês radicado no Brasil, Jorge Zalszupin, combina traços do modernismo local com influências que o arquiteto trouxe consigo da Europa, notadamente a arquitetura escandinava.
Na cordilheira dos Andes peruanos, a mais de 3.700 metros de altitude, está localizada a ponte suspensa de corda Q'eswachaka, declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. A ponte tecida à mão, que une as duas encostas sobre o rio Apurimac, tornou-se a última ponte inca em uso que sobreviveu à modernidade. Isso foi possível graças à transmissão da cultura e engenharia inca ao longo de suas gerações, que renovam a ponte todos os anos para sua conservação.
O premiado escritório londrino Jan Kattein Architects usa seus projetos arquitetônicos para concretizar oportunidades cívicas e espaciais. Desta forma, busca estabelecer um legado social e físico, alcançado ao adotar um processo de design aberto e interativo que responde positivamente às necessidades e aspirações dos clientes.
Ao permitir que o processo conduza cada projeto individualmente, seu método estimula uma arquitetura inovadora, buscando agregar benefícios através da educação, do crescimento econômico, das atividades culturais e uma maior coerência comunitária.
Pense em explicar a alguém 25 anos atrás o que a profissão de um gerente de mídia social, motorista de uber ou operador de drone faz em 2020. A tecnologia combinada com as demandas da população, escassez de recursos, urbanização e outros fatores criaram uma série de novos empregos e mudaram radicalmente outros. Pesquisas alegam que 65% das crianças que entram na escola primária hoje acabarão trabalhando em empregos que ainda não existem.
A contribuição de Jane Jacobs ao modo de se olhar e pensar as cidades foi das mais importantes do urbanismo contemporâneo, fato visível na recorrência de suas ideias em debates cujo tema é a cidade, nos quais “Morte e Vida de Grandes Cidades” (The Death and Life of Great American Cities, 1961) é com frequência destacado. A obra só foi traduzida para o português e publicada no Brasil em 2000, pela Editora Martins Fontes.
https://www.archdaily.com.br/br/983112/a-recepcao-de-jane-jacobs-no-brasilAllan Pedro dos Santos Silva
A imensa fama, especialmente quando deixada para trás por um artista falecido, pode levar a uma compreensão hierárquica de seu legado – fazendo com que um aspecto ofusque outras dimensões cruciais de sua vida e obra. O reconhecimento meteórico de Jean-Michel Basquiat, nascido no Brooklyn, como artista e influência cultural ao longo da década de 1980, fez com que suas pinturas enérgicas semelhantes a mapas mentais fossem adquiridas amplamente por museus e coleções particulares, além de serem comercializadas em massa em uma variedade de produtos, como roupas de moda rápida e itens de souvenir relacionados a Nova York. Basquiat: King Pleasure, uma nova exposição organizada pelas irmãs de Jean-Michel, Lisane Basquiat e Jeanine Heriveaux, rompe o mito em torno da ascensão lendária do falecido artista das ruas sombrias de Nova York dos anos 1980 para um sucesso artístico raramente alcançado.