Ao mesmo tempo em que a tecnologia 5G está prestes a ser inaugurada nas grandes cidades, inserindo o Brasil em um seleto grupo de países com tecnologia avançada instalada, 35 milhões de pessoas ainda não têm acesso a água potável de qualidade e cem milhões sequer possuem o esgoto coletado em suas residências. Além disso, diariamente, um volume de esgoto equivalente a 5,3 mil piscinas olímpicas é despejado na natureza sem qualquer tratamento no país.
Noticias de Arquitetura
Brasil está longe de cumprir metas de saneamento
Baupal: um aplicativo de construção para uma arquitetura mais acessível
A empresa alemã baupal busca democratizar a arquitetura sustentável e personalizada através de uma ferramenta online. A empresa quer tornar o projeto de arquitetura, seus trâmites legais, as avaliações de custos e análises energéticas mais acessíveis e fáceis para construtores privados e projetos de pequeno porte. Baupal é um serviço online de construção que visa aproveitar processos digitais e estruturas de equipe eficientes para otimizar processos de projeto, planejamento e licenciamento para uma variedade de projetos de pequena escala.
Selecionado como um dos Melhores Novos Escritórios de 2021, Baupal é uma start-up sediada em Berlim fundada em 2020 por Constantin Schmidt-Thomé, Justus Menten e Max Schroeren com o objetivo de "simplificar o design e aplicativos de construção para os proprietários de residências e seus construtores". Com formação em finanças, empreendedorismo e arquitetura, a equipe quer transformar o processo de aprovação de projetos em uma experiência do cliente por meio de fluxos de trabalho digitais e transparentes. A empresa é especializada em reformas, ampliações e novas casas unifamiliares, além de fornecer serviços de construção para empresas do setor.
Crise de refugiados se agrava e profissão se mobiliza em apoio a designers e arquitetos ucranianos
No dia 24 de fevereiro de 2022 a Rússia iniciou uma invasão à Ucrânia, provocando a maior e mais rápida crise de refugiados da Europa moderna. De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UNOCHA), quase 6,5 milhões de pessoas foram deslocadas na Ucrânia, e 3,4 milhões delas saíram para países vizinhos desde o início da guerra. A crise humanitária uniu o mundo em protesto contra a violência militar direcionada a civis e provocou uma resposta global sem precedentes em apoio às iniciativas de ajuda. A comunidade da arquitetura também se uniu em apoio à Ucrânia, condenando a guerra, suspendendo trabalhos na Rússia e apoiando profissionais criativos ucranianos contratando seus serviços.
Heinz Emigholz: irreverência e desmistificação na fotografia arquitetônica
A fotografia é historicamente utilizada para documentar a arquitetura. Já no primeiro registro fotográfico, o objeto capturado foi a propriedade do seu inventor, Joseph Nicéphore Niépce. Apesar de comumente vista sob a ótica de registro da verdadeira obra de arte (o edifício capturado), a fotografia arquitetônica, mais do que um instrumento a serviço dessas estruturas, é uma arte por si só e, dessa forma, possui linguagem e questões estéticas próprias.
OMA e Squint/Opera lançam vídeo sobre "hospital do futuro" autônomo no Catar
O OMA e a Squint/Opera lançaram um novo vídeo do "Al Daayan Health District", um protótipo de hospital que responde à rápida mudança do campo médico por meio do potencial de modularidade, pré-fabricação e automação. O projeto apresenta unidades modulares pré-fabricadas, fazendas locais para alimentos e remédios e instalações de alta tecnologia.
Saúde e nutrição: 9 formas da arquitetura e do urbanismo atuarem para realidades mais saudáveis
No dia 31 de março, comemora-se no Brasil o Dia da Saúde e da Nutrição, fatores que ganham cada vez mais notoriedade na sociedade em que vivemos. Após mais de dois anos vivendo os altos e baixos da pandemia de Covid-19 e nos deparando com a necessidade evidente de uma realidade mais saudável, ativa e comunitária, é importante refletirmos como a arquitetura e o urbanismo podem se tornar ferramentas de acesso a cotidianos mais saudáveis.
O que faz de uma casa um lar – e o que isso significa?
Uma casa, ou lar, é talvez a tipologia arquitetônica mais importante de nossas vidas. Como um lugar de intimidade e segurança, nossa casa é um mundo à parte e um espaço de pausa, descanso e relaxamento. Historicamente, nossos lares também são geridos por uma rotina, seja pela horários que desempenhamos nossas tarefas corriqueiras ou ainda na maneira como utilizamos os cômodos da casa para realizar estas atividades. É um hábito dormir sempre no mesmo quarto e passar a maior parte do tempo na sala de estar assim como o lugar de preparar a comida é a cozinha e de comer a sala de jantar.
Sou Fujimoto Architects projeta centro comunitário Hida Furukawa no Japão
Sou Fujimoto Architects revelou seu projeto para o Hida Furukawa Station Eastern Development, um centro comunitário regional que visa enriquecer a vida, o lazer e a cultura dos moradores da cidade de Hida, na província de Gifu, japão. O centro incluirá uma base de pesquisa universitária, acomodação estudantil, um campo de jogos para todas as estações e instalações comerciais, todos interconectados para formar uma comunidade harmoniosa.
O legado das mulheres no design
Por muito tempo mulheres tiveram suas produções excluídas e apagadas em áreas com como engenharia, arquitetura e design. Há e sempre existiram mulheres arquitetas, planejadoras e políticas urbanas inspiradoras, mas em todo o mundo, as profissões de ambiente construído – e em particular seus escalões superiores – permanecem fortemente dominadas por homens, mais do que outras esferas, como educação ou saúde.
O poder dos dados: explorando a linguagem arquitetônica através da inteligência artificial
O Poder dos Dados (originalmente "El poder de la Data") é uma exposição criada em um edifício virtual, concebido por geometrias tridimensionais baseadas em vários algoritmos de inteligência artificial. O projeto foi criado pela equipe de arquitetos pesquisadores da OLA (Online Lab of Architecture) formada por Jennifer Durand (Peru), Daniel Escobar (Colômbia), Claudia Garcia (Espanha), Giovanna Pillaca (Peru) e Jose Luis Vintimilla (Equador).
Arquitetura: "Por que estamos tão insatisfeitos com a profissão?"
A arquitetura traz em si um forte arquétipo, no qual o propósito parece ser maior do que ela mesma. Floreada por uma imagem poética, seus profissionais refletem o símbolo de grandes inventores, que concebem o espaço e fundam novas formas de viver na sociedade. Sem dúvidas um ofício sedutor e que, certamente, influencia o cotidiano de qualquer cultura. No entanto, é cada vez mais marcada por ilusões e desapontamentos, num mercado que parece paulatinamente se distanciar da teoria e se fechar nos nichos que ele mesmo cria. Sob uma competição cada vez maior, sem resultar numa qualidade significativa do que é produzido, trabalhar com arquitetura se reflete gradualmente em frustrações e insegurança.
Barcos autônomos transportarão passageiros no Rio de Janeiro
Uma embarcação autônoma ecológica vai começar a fazer o transporte de passageiros pelos canais de água do Rio de Janeiro em dezembro de 2022. O novo projeto de mobilidade urbana é fruto de uma parceria entre o Hotel Urbano – Hurb, plataforma de viagens, e a TideWise, empresa latinoamericana do segmento de barcos autônomos.
A nova parceria vai explorar algumas rotas hidroviárias da cidade para conectar atrações turísticas e polos importantes, como o Pão de Açúcar e o centro do Rio e a Península na Barra da Tijuca e a estação de metrô Jardim Oceânico.
Mecanoo projeta Museu de História Natural em Abu Dhabi
O governo de Abu Dhabi divulgou o projeto para um Museu de História Natural desenhado pelo escritório holandês Mecanoo. O projeto se assemelha a formações rochosas naturais por meio de formas geométricas que estão presentes em todos os elementos do projeto, acompanhadas pela presença de água e vegetação. O terreno de 35 mil metros quadrados contará com galerias de arte, espaços para exposições temporárias e teatros, bem como uma instalação de pesquisa inovadora para o estudo de zoologia, paleontologia, biologia marinha, pesquisa molecular e ciências da terra. A nova instituição pretende ser um espaço de educação e, ao mesmo tempo, um think-tank para a inovação nesses respectivos campos.
Taxa de permeabilidade: respeitando a legislação e protegendo o meio ambiente
Como uma das primeiras etapas na elaboração de um projeto arquitetônico, o estudo da legislação vigente no terreno é de suma importância para o êxito da proposta. Por meio de cálculos e restrições, as leis de zoneamento apresentam limites a serem considerados no projeto que, consequentemente, instigam os arquitetos a pensarem em soluções inteligentes, lidando de maneira prática e criativa com tais limitações.
Esses parâmetros são ditados pelo poder público e têm como objetivo frear, manter ou acelerar o crescimento urbano de determinada porção da cidade. São normas que estabelecem diretrizes para a ocupação do solo delimitando a porcentagem de área construída, recuos, afastamentos, permeabilidade do terreno, entre outros.
Remoção das vias expressas: restaurando o tecido urbano e abrindo novas oportunidades de desenvolvimento
Nas últimas duas décadas, as ramificações sociais e econômicas das vias urbanas foram destacadas à medida que uma grande parte dessa infraestrutura de meados do século chega ao fim de sua vida útil, suscitando conversas sobre seu papel no planejamento urbano contemporâneo. A remoção das vias expressas implica na substituição da infra-estrutura de transporte por novos desenvolvimentos urbanos, amenidades verdes e redes viárias alternativas para promover um ambiente urbano mais saudável e um crescimento inteligente. Em alguns casos, a ideia de remoção é recebida com preocupação sobre o potencial aumento do tráfego e a gentrificação das áreas adjacentes à via, mas a pandemia exacerbou ainda mais a necessidade de espaços públicos de qualidade e colocou em questão, mais uma vez, a hegemonia do carro. A seguir, destacam-se vários projetos de remoção de vias expressas, discutindo como essas intervenções restauram o tecido urbano, reordenam comunidades e recuperam espaços urbanos para os habitantes da cidade.
Decoração emotiva: a tendência dos espaços voltados para a emoção
Como seria um projeto se as emoções do usuário fossem parte do programa? Planejar ambientes que possam acolher diferentes sensações é, segundo o Pinterest Predicts 2022, uma das tendências de decoração para os próximos anos. Cada vez mais pessoas tem procurado como montar quartos que proporcionam uma exaltação de seus sentimentos, não importa se o objetivo é ficar mais tranquilo, externar sua raiva, ouvir música ou fazer uma atividade de lazer, o foco da dita "decoração emotiva" está em fazer com que as emoções fluam livremente e de forma segura.
A história dos edifícios tortos de Santos
Na década de 1970 edifícios da Orla de Santos, em São Paulo, começaram a entortar, causando curiosidade nos moradores e visitantes da cidade. Esse fenômeno pode ser visto como resultado de um processo de urbanização rápida e desregulada, que se manifesta em uma questão técnica da construção dos edifícios.
Santos, uma das maiores cidades do litoral paulista, com uma população estimada de mais de 430 mil habitantes (IBGE 2020), localizada na região metropolitana da Baixada Santista e próxima à cidade de São Paulo, foi uma das primeiras vilas a serem desenvolvidas após a colonização portuguesa do século XVI. Antes disso, porém, seu território era intensamente tomado pelo bioma da Mata Atlântica e ocupado por povos indígenas, como os Guarani Mbya e Tupi-Guarani.
Movimentos de moradia e pandemia: redes de solidariedade, território e Estado
Com a pandemia do coronavírus, a questão da moradia ganhou ainda mais importância. O que já era um tópico de grande relevância nos territórios populares – através da aquisição da casa própria o trabalhador passa a ser reconhecido efetivamente como parte integrante da cidade – ganha magnitude, uma vez que a não obtenção de condições mínimas podem ser fatores de mortalidade; se tornando essencial a necessidade de ter acesso à habitação adequada, com direito a infraestrutura e bem localizada.
As melhores cidades do mundo para viver em 2022: conheça o top 20
O ranking das melhores cidades do mundo para se viver em 2022 produzido pela Global Finance acaba de ser divulgado. Realizado a partir de oito parâmetros diferentes que calculam e comparam a qualidade de vida das pessoas que vivem em áreas urbanas, como economia, cultura, população, meio ambiente etc., a edição deste ano também levou em consideração o número de mortes por Covid-19 para cada mil habitantes nos diferentes países. Com dados do Global City Power index, Johns Hopkins University, Statista e Macrotrends, a lista busca oferecer uma visão completa, unindo métricas tradicionais a novos fatores.
O primeiro lugar ficou com Londres, no Reino Unido, uma cidade que, embora não tenha obtido classificações altas em suas métricas de Covid-19, ainda lidera a lista devido às pontuações em cultura, acessibilidade e crescimento populacional. Tóquio ficou com a segunda posição, mostrando pontuação baixa no parâmetro população, decaindo em número de habitantes na última década. Xangai vem em seguida, na terceira posição, devido aos números relativamente baixos de mortes por Covid-19 e ao forte crescimento populacional. Singapura e Melbourne ficaram em 4º e 5º lugares.
O que é uma cidade-esponja e como ela funciona?
A crise climática tem acentuado as mudanças de quantidade de chuvas, provocando secas ou tempestades com grande volume de água, que resultam em enxurradas que podem causar um grande dano à infraestrutura urbana. Para combater isso, a cidade-esponja é uma solução que conta com uma infraestrutura verde para operar a infiltração, absorção, armazenamento e, até mesmo, purificação dessas águas superficiais.
Saneamento em casas modernas: 12 projetos que exploram diferentes layouts e tipologias de banheiros
Apesar de serem os menores cômodos nas casas, os banheiros sempre foram os mais desafiadores e cruciais na etapa do projeto. Os últimos anos, no entanto, viram esses espaços passarem por mudanças significativas; o que uma vez foi apenas limitado à funcionalidade, facilidade de manutenção e privacidade, hoje recebe uma atenção especial com destaques de cores, instalações clássicas, e superfícies com padrões. Algo semelhante ocorre com os banheiros públicos, onde a "funcionalidade" e a "facilidade de manutenção" são hoje complementadas com estética, tecnologia e acabamentos de alta qualidade. A seguir, exploramos as principais tipologias de banheiros utilizadas em projetos residenciais e examinamos como os arquitetos as usam em 12 exemplos diferentes.
Como usar policarbonato translúcido em fachadas de edifícios?
Seja se mesclando ou se destacando, incorporando transparência ou solidez, expressando aspereza ou suavidade, uma fachada é o meio pelo qual nos relacionamos com a arquitetura. Ela conta uma história e muitas vezes pode definir o tom para o restante do interior. Mas, além de definir uma experiência puramente visual, a envoltória de um edifício também deve ser prática, durável e ter a capacidade de gerenciar adequadamente as necessidades de iluminação e ventilação natural. Afinal, por ser o ponto de contato com o exterior, é responsável por mitigar os sons e fornecer proteção contra as condições climáticas, como vento, chuva, calor e umidade. Ao projetar uma fachada, é importante considerar um equilíbrio entre desempenho e uma bela estética. É claro que muitos materiais atendem com sucesso a esses critérios. Mas quando se trata de criar um ambiente confortável e cheio de luz, garantindo resistência, facilidade de instalação e versatilidade, as propriedades dos painéis de policarbonato translúcido parecem incomparáveis.
6 Conclusões do relatório do IPCC de 2022 sobre mitigação das mudanças climáticas
A cada fração de grau no aquecimento global, os impactos das mudanças climáticas se tornam mais intensos. No Sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), 278 cientistas de 65 países mostram que, para que tenhamos a chance de manter ao alcance o limite de 1,5°C estabelecido pelo Acordo de Paris, o mundo deve atingir o pico de emissões de gases do efeito estufa (GEE) dentro dos próximos três anos.