Quatro anos mais tarde, o Ministério do Desenvolvimento Social aprovou a rentabilidade social do projeto de 33.000 metros quadrados após uma verificação de antecedentes técnicos, segundo noticiou a mídia local em 3 de agosto.
A fotografia de arquitetura se desenvolveu em sua própria expressão artística e pode, às vezes, ser tão importante quanto a própria obra construída. Experienciamos a arquitetura não apenas física e espacialmente, mas também por meio das fotografias. Uma boa reportagem ou série de fotos pode trazer ao espectador a atmosfera do lugar, ainda que esteja distante da obra. A fotografia também é uma forma de documentar o processo do projeto, o uso de materiais, iluminação e elementos arquitetônicos e, como resultado, narrar a história por trás de uma obra.
Para comemorar o Dia Mundial da Fotografia, reunimos uma lista de 25 fotógrafos de arquitetura de todo o mundo que merecem ser conhecidos – e seguidos no Instagram. Esses fotógrafos emergentes foram selecionados por sua capacidade de registrar a arquitetura por meio de um olhar sensível e singular.
A expansão do campus de Manhattanville da Columbia University deu início a um distrito cristalino de edifícios revestidos de vidro, em meio à arquitetura vernacular de alvenaria do Harlem. As últimas adições ao campus de 6,87 hectares (17 acres) e $ 6,3 bilhões, planejado pela SOM, são dois edifícios projetados por Diller Scofidio + Renfro (DS + R) em colaboração com a FXCollaborative, que configurou um novo lar para a Columbia Business School. Com inauguração prevista para o início de 2022, Henry R. Kravis Hall e o Edifício Leste possuem onze e oito pavimentos, respectivamente, e oferecem 45.708,00 m² (492.000 ft²) de salas de aula, espaços públicos e escritórios para o corpo docente.
Antes mesmo que o estilo colonial se estabelecesse nos Estados Unidos—como em muitas outras colônias do novo mundo—já haviam edifícios sendo construídos. Digamos que antes do “colonial” havia a arquitetura do imigrante. Como um exercício de sobrevivência, a arquitetura do imigrante é aquela feita com aquilo que se tem à mão, com o que se pode encontrar e com o principal objetivo de ter um teto sobre o qual protege-se dos perigos do desconhecido. Depois de um certo tempo e distanciamento, é comum romantizarmos sobre o estilo de arquitetura colonial do país em que crescemos, afinal, somos todos imigrantes não é mesmo? Edifícios simples e honestos, representativos de quem somos e de onde viemos. Estruturas simétricas e de uma sobriedade avassaladora, de pequenos acréscimos e infinitos desdobramentos. Mas acontece que a arquitetura “colonial” não necessariamente é aquela construída com ânsia pelas mãos do imigrante em busca de um teto para morar.
O Hilda L. Solis Care First Village (HSCFV) acaba de ser inaugurado no centro da cidade de Los Angeles. Batizado em homenagem a supervisora do condado que idealizou o projeto, o Hilda L. Solis Village é uma infraestrutura pública concebida para proporcionar moradia e cuidados com a saúde física e mental de pessoas em situação de rua que vivem no condado de Los Angeles.
O Haiti sofre hoje as consequências de um terremoto de 7,2 graus que aconteceu no último dia 14 de agosto e que mergulhou o país em uma crise total. Reportagens internacionais espalharam imagens de edifícios completamente desmoronados em Porto Príncipe que se misturam com as imagens da destruição do terremoto anterior em 2010 (barracas de abrigo improvisadas estavam aparecendo lentamente em meio a um mar de escombros na capital). O número de mortos nesse momento está na ordem dos milhares.
Como a ajuda humanitária se espalha ao redor do mundo para ajudar no resgate, abrigo, saúde e alimentação, surgem questões: como a arquitetura pode ajudar?
O Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) anunciou os vencedores do 14º Concurso CBCA para Estudantes de Arquitetura. Com abrangência nacional, a competição foi direcionada aos estudantes de escolas ou faculdades de arquitetura do país, e abordou o tema “Saúde e Bem-Estar”.
Projetado pelo arquiteto Renée Gailhoustet em 1972, o complexo residencial Cité Spinoza faz parte do plano diretor criado para o centro de Ivry-sur-Seine, na França. O projeto é uma versão da Unité d'Habitation de Marseille de Le Corbusier, uma das principais referências arquitetônicas para os arquitetos da época. O fotógrafo de arquitetura Anthony Saroufim percorreu as ruas do subúrbio parisiense e registrou as distintas formas de concreto deste exemplar de arquitetura modernista.
A madeira é um dos materiais mais versáteis que temos hoje em dia na construção civil e sua aplicação é muito variada, aparecendo em diferentes etapas construtivas, desde o início das obras até sua conclusão. Tratar com a madeira, e suas diferentes naturezas, exige um ofício específico dentro da construção que vai além do conhecimento e da prática do pedreiro. As duas especialidades da construção civil que lidam com a madeira são a carpintaria e a marcenaria.
Transitando em uma linha tênue entre suas especificações, essas duas práticas são facilmente confundidas e muitas vezes ficamos na dúvida sobre qual profissional é o mais indicado para um determinado serviço. Neste texto abordaremos a diferença entre as duas práticas, buscando auxiliar na escolha de qual serviço procurar.
O Royal Institute of British Architects (RIBA) e a Jencks Foundation anunciaram a arquiteta Anupama Kundoo como o vencedora do RIBA Charles Jencks Award deste ano. O prêmio foi oferecido em reconhecimento às contribuições significativas para a teoria e prática da arquitetura realizadas por Kundoo, cujo trabalho combina investigações teóricas, pesquisa de materiais e métodos de construção sustentáveis.
Encontradas pelos quatro cantos do mundo e construídas pelos mais diferentes motivos, da extração de recursos naturais à fabricação de um determinado produto, as monotowns são cidades criadas ao redor de uma única indústria a qual é responsável por empregar a maioria de seus habitantes. No antigo Bloco de Leste, onde uma série de cidades mono-industriais foram construídas durante o domínio soviético, a súbita transição para um novo sistema econômico centrado no capitalismo abalou profundamente a estrutura destas cidades, dando início a um rápido processos de despovoamento e migração para outras regiões do país e do mundo. A seguir descubra mais sobre a arquitetura das monotowns da era soviética, seus exemplos mais famosos, as histórias de fracassos e o atual estado destes ambientes urbanos extremamente peculiares.
No Uruguai, a extensa obra de Eladio Dieste, criador do sistema de “alvenaria armada” e das abóbadas de dupla curvatura em alvenaria, mostra uma variedade singular, motivo que o consolidaria como uma das figuras mais importantes da arquitetura latino-americana. A seguir, recordamos alguns dos principais projetos do engenheiro uruguaio, que vão desde igrejas até fábricas, silos e ginásios.
Para manter viva a memória do engenheiro, o Serviço de Meios Audiovisuais da Faculdade de Arquitetura, Design e Urbanismo da Universidade da República compartilha as seguintes imagens e apresenta a plataforma web Eladio Dieste, desenvolvida como um espaço de divulgação e intercâmbio do acervo fotográfico sobre suas obras e escritos.
A pandemia tornou evidente a importância de espaços abertos e com uma boa ventilação natural. Apesar do nome controverso, as praças elevadas e jardins suspensos apresentam soluções espaciais que favorecem um melhor conforto térmico e brindam lugares de convivência para os moradores e, dependendo dos casos, para todos os cidadãos, junto de uma vista espetacular.
https://www.archdaily.com.br/br/966024/jardins-suspensos-e-pracas-elevadas-10-edificios-que-se-abrem-ao-entorno-nas-alturasEquipe ArchDaily Brasil
Os painéis SIP, assim chamados por seu nome em inglês - Structural Insulated Panels - são painéis autoportantes compostos por um núcleo de espuma rígida localizado entre dois revestimentos estruturais, geralmente placas OSB. Resistentes e leves, os painéis são fabricados de forma controlada na fábrica e posteriormente transferidos para o canteiro de obras, permitindo a montagem rápida de pisos, paredes e tetos, e gerando um envelope térmico e acústico hermético. A espessura do painel corresponderá à soma das espessuras de cada um de seus componentes, e seu peso não deve ultrapassar 20 kg por metro quadrado.
Poucas pessoas têm a oportunidade de projetar uma cidade. Ainda menos o fazem por acaso. Essa é a história do ilustrador e quadrinista Eloar Guazzelli, que desde 1990 vem desenvolvendo um projeto artístico intitulado Cidade Nanquim. A partir de folhas de papel de tamanho A4, o artista compõe uma espécie de mosaico urbano em preto sobre branco que retrata fragmentos de uma cidade imaginária.
A Cidade não-visual: um audioguia pelo centro de São Paulo é um ensaio de projeto auditivo e sonoro sobre as relações urbanas e seus eventos. Uma proposta que possui como centralidade as formas de percepção da cidade por pessoas portadoras de deficiências visuais onde se procura tensionar e dialogar com suas vivências no meio urbano a fim de potencializar seus respectivos direitos à cidade, sua autonomia e o seu exercício enquanto cidadãos. Parte-se como espacialidade nesta análise de caso a região onde foi implementado o projeto das ruas abertas para pedestre no centro novo de São Paulo (República).
https://www.archdaily.com.br/br/966557/cidade-nao-visual-um-audioguia-pelo-centro-de-sao-pauloAnita Solitrenick, Luisa Moreno, Maria de Andrade, Maristella Pinheiro e Tamara Crespin
O governo italiano anunciou a proibição permanente de grandes navios de cruzeiro na lagoa veneziana, após vários anos de protestos, petições e ameaças de serem colocados na lista sítios ameaçados da UNESCO. A lei entrará em vigor a partir de 1º de agosto de 2021 e proibirá navios com mais de 180 metros de comprimento ou com mais de 25.000 toneladas de entrar na lagoa, na esperança de sustentar os canais históricos, hidrovias e praças públicas de Veneza.
O continente africano desempenhou ao longo da história da humanidade um papel fundamental na evolução dos processos migratórios. Neste vastíssimo e exuberante território, diferentes povos e culturas conviveram e se miscigenaram por séculos e séculos, resultando em um dos continentes mais humanamente diversos do nosso planeta—e o mesmo pode ser dito de sua arquitetura. Neste sentido, a heterogeineidade característica da arquitetura africana é resultado direto de um longo e intenso processo de apropriação e trocas entre distintos povos, culturas e modos de fazer. Em meio a essa fecunda paisagem construída, podemos encontrar desde tipologias ancestrais construídas pelos povos nativos até estruturas híbridas, nascidas do convívio—ora orgânico ora imposto—entre diferentes culturas e formas de ver o mundo.
Nos últimos anos, as telhas metálicas têm ganhado cada vez mais espaço em projetos arquitetônicos, da escala industrial à residencial, sobretudo quando existe a necessidade de aliviar as cargas sobre a estrutura ou a presença de grandes vãos. Na arquitetura residencial, a solução pode ser uma alternativa às tradicionais telhas cerâmicas por apresentar baixo custo, rápida instalação e uma considerável variedade de tipos e modelos disponíveis no mercado.
O primeiro Shikinen Sengu foi realizado no ano de 690, na cidade de Ise, província de Mie, no Japão. Trata-se de um conjunto de cerimônias, que duram até 8 anos, que se inicia com o ritual do corte das árvores para a construção da nova edificação e conclui com a mudança do espelho sagrado (um símbolo de Amaterasu-Omikami) para o novo santuário pelos sacerdotes Jingu. A cada vinte anos, um novo palácio divino com exatamente as mesmas dimensões do atual é construído em um lote vizinho ao santuário principal. O Shikinen Sengu está ligado à crença xinto na morte e renovação periódicas do universo, ao mesmo tempo que é uma forma de passar de geração em geração as antigas técnicas construtivas em madeira.
A ideia de criar um edifício que terá um prazo de validade não é algo tão comum. Inclusive, muito pouco se aborda sobre a questão da vida útil das construções. Quando demolida, para onde irão os materiais que a compõem? Serão descartados em aterros sanitários ou poderão ser reutilizados em novas empreitadas? Há construções, métodos construtivos e materiais que tornam este processo mais fácil. Outros, inviabilizam uma reutilização, por conta de diversos fatores.
A Carta do Rio de Janeiro, que apresenta proposições para o desenvolvimento urbano de cidades ao redor do mundo nos próximos anos, foi apresentada durante o encerramento do 27º Congresso Mundial de Arquitetos, no dia 22 de julho. O documento defende um novo modelo de cidade no mundo pós-pandêmico, mais atento às mudanças climáticas, aos bons espaços, à saúde pública, à dignidade da moradia e à redução das desigualdades. O Comitê Executivo do UIA2021RIO anunciou que a Carta do Rio será entregue aos prefeitos de todas as capitais do Brasil, marcando a consolidação das propostas debatidas ao longo do evento, que foi sediado pela primeira vez no país.
Existe, ao estudar arquiteturas indeterminadas, um instinto, quase que natural, de tentar encontrar um rótulo para ela. E, se não um rótulo, uma forma de tentar solucioná-la para que ela possa, mesmo que momentaneamente, ser algo mais concreto. O que acontece se não tentarmos defini-la?
Em 2019, visitei, com alguns colegas, o Edifício Bonpland do escritório argentino Adamo Faiden. Antes de visitarmos, em conversa com amigos, tentei explicar o conceito por trás de muitos edifícios porteños do século XXI. A lógica de ocupação do terreno, que se articula como dois blocos, um frontal e outro traseiro ligados por uma circulação centralizada, os gabaritos e, no caso do edifício Bonpland, uma planta que tinha como elementos estruturais a circulação vertical e os núcleos hidráulicos. Comentei sobre o exercício de indeterminação que existia no prédio e recebi uma resposta muito interessante: fui dito que essa falta de resolução dos layouts dos espaços internos era preguiça dos arquitetos.
https://www.archdaily.com.br/br/966553/achando-potencial-no-nao-fazer-encarando-as-possibilidades-no-edificio-bonpland-de-adamo-faidenLeonardo Dias
CRA-Carlo Ratti Associati e Italo Rota projetaram o novo Museu MAE dedicado à fibra de carbono. Utilizando o mesmo material como elemento construtivo, o museu foi projetado para mostrar seu potencial ecológico. Sendo um material central para o futuro da manufatura, o projeto será construído em grande parte com fibra de carbono, nova e reciclada, seguindo uma abordagem de projeto circular.
O renomado arquiteto mexicano Miguel Ángel Aragonés apresenta dez anos de pesquisa materializada em seu mais recente projeto intitulado "Casa PI", cuja sigla se traduz em um novo método de construção de "pré-fabricados inteligentes". Patenteado na Suíça, este sistema busca quebrar o paradigma habitacional a partir de um projeto integral que combina a estrutura da casa com o mobiliário e as novas tecnologias de automação na arquitetura.
https://www.archdaily.com.br/br/965364/arquiteto-mexicano-cria-sistema-construtivo-com-tecnologia-de-pre-fabricacao-inteligenteArchDaily Team