A Fundação Holcim para Construção Sustentável revelou os projetos vencedores da competição Holcim Awards 2023, assim como os prêmios de prata, bronze e menção honrosa, em uma cerimônia realizada em 18 de novembro em Veneza, Itália. Avaliados por um júri composto por cinco painéis de especialistas independentes de todo o mundo, esses projetos foram escolhidos por destacar abordagens contextuais e práticas para a construção sustentável, mostrando diversidade em termos de escalas, orçamentos, geografias e formas. Houve também a participação de Francis Kéré, vencedor do Holcim Gold Global em 2012 e laureado com o Prêmio Pritzker de Arquitetura em 2022, que subiu ao palco para falar sobre a influência do Holcim Award em sua carreira.
O estúdio de Design e Arquitetura DnA recebeu o prêmio de ouro na região da Ásia-Pacífico por um projeto de reuso adaptativo de um edifício histórico, enquanto Husos, Elii, e Ultrazul venceram na Europa com um processo de co-design para a reabilitação de um edifício industrial. Na América Latina, Cano Vera Arquitectura foi eleito pelo projeto de um bosque urbano e um complexo de infraestrutura social, e na região do Oriente Médio e África, Juergen Strohmayer e Glenn DeRoché foram selecionados por uma cooperativa de empoderamento juvenil e turismo responsável. Na América do Norte, a Partisans Architects e a Well-Grounded Real Estate conquistaram o primeiro prêmio com uma solução de habitação modular de alta tecnologia e baixo custo.
O Museu FENIX, projetado por MAD Architects, está previsto para inaugurar em 2025 no porto da cidade de Roterdã. O espaço pretende contar as histórias das migrações globais através do encontro entre arte, arquitetura, fotografia e história. O museu começou a ser construído em 2020, quando as primeiras imagens do projeto foram divulgadas. A MAD Architects está também colaborando com o Bureau Polderman para restaurar um armazém histórico de 1932, que será a base e o ponto inicial da experiência museológica.
A décima edição do MPavilion foi inagurada no Queen Victoria Gardens, em Melbourne, Austrália. Concebido por Tadao Ando, este é o primeiro projeto do arquiteto na Austrália. O pavilhão reflete seu característico uso de formas geométricas em sintonia com a paisagem natural e o preciso emprego de concreto aparente. A inauguração oficial apresentou o espaço com uma celebração pública, incluindo uma ampla variedade de comissões artísticas selecionadas pela Fundação Naomi Milgrom. O MPavilion permanecerá aberto ao público gratuitamente até 28 de março de 2024, convidando visitantes a se envolverem com seu diversificado programa cultural.
O CRAB Studio, liderado por Sir Peter Cook e Gavin Robotham, divulgou o projeto de um novo centro cultural em Nova Deli, Índia. Localizado em um antigo local de extração de quartzito, o BRIJ oferece espaços para artes visuais, cênicas, literárias e culinária, além de uma nova academia de artes. O projeto, que visa promover interações entre artistas e o público por meio de um ambiente imersivo, é uma colaboração entre o CRAB Studio e o CP Kukreja Architects (CPKA).
A ONU-Habitat, Programa da Organização das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, é encarregada de questões relativas à habitação e ao desenvolvimento urbano de maneira mais adequada em todo o mundo. Desempenha um papel fundamental ao abordar questões urbanas globais, trabalhando para melhorar a qualidade de vida, enfrentar desafios como a rápida urbanização e a falta de moradia, e promover práticas de planejamento urbano que sejam socialmente mais inclusivas e ecologicamente responsáveis. Em 2022, lançou o projeto "Conexões Urbanas - Planejamento de Espaços Públicos para Comunidades Inclusivas", iniciativa importante da organização, que pretende promover o fortalecimento dos governos locais através do planejamento e desenho urbano participativo de espaços públicos.
Há indícios de que palha e junco foram utilizados na construção há mais de 10 mil anos. Desde então, a revolução industrial mudou completamente as práticas de construção, introduzindo a produção em massa de aço, vidro e, não menos importante, de concreto.
A casa é constantemente associada a um espaço sagrado, um lugar que acolhe e respeita diferentes sentimentos e sensações. Assim como Bachelard afirma, ela é o nosso refúgio no mundo, nosso primeiro universo, um cosmos real em cada acepção da palavra. Uma simbologia complexa a qual faz dela um espaço que não pode ser definido apenas pelos aspectos funcionais, como número de quartos ou tamanho dos banheiros. Nas entrelinhas das suas paredes, universos inteiros são acomodados.
As interseções entre arte e arquitetura são muitas: a fruição estética, a composição de elementos formais, a relação com o lugar, a abstração, entre outras inúmeras. As combinações possíveis entre aspectos desses dois campos do conhecimento faz com que cada escritório de arquitetura (ou artista) destaque-se em sua prática e linguagem. O Diogo Aguiar Studio é um dos escritórios de arquitetura que explora esses cruzamentos entre arte e arquitetura, e distende os contornos que separam um campo do outro.
Essa atuação entre arquitetura e arte informa e move cada projeto, resultando em um trabalho que não apenas busca atender as necessidades funcionais, mas também explora novas fronteiras no que diz respeito à pesquisa espacial. Destacam-se especialmente a pesquisa material e sensorial de espaços arquitetônicos e artísticos imersivos.
Com grandes populações vêm desafios formidáveis, especialmente no campo da saúde e saneamento. No último século, manter condições sanitárias em áreas urbanas tem sido um desafio persistente, especialmente em uma nação que abriga mais de 1,4 bilhão de pessoas. A Índia enfrenta uma infinidade de problemas — infraestrutura inadequada para saneamento, falta de banheiros públicos e práticas deficientes de gestão de resíduos. Nas cidades mais densas, a luta se intensifica à medida que o gerenciamento do saneamento e limpeza urbana se mostra deficiente. A rápida urbanização da Índia superou o desenvolvimento da infraestrutura de saneamento, e problemas sanitários se enraizaram profundamente no ambiente construído do país.
A terra compactada é um dos métodos mais antigos de construção de paredes e ainda possui um grande potencial na construção moderna com terra. Um aspecto desse potencial são suas cores e camadas, que se tornam visíveis à medida que as fôrmas são removidas. Como um processo que envolve a compressão camada por camada de cascalho, areia, silte e argila, sua aparência resultante é uma estratificação horizontal de tons de terra, conteúdo material e procedimentos de cura. Essa aparência colorida das paredes de terra compactada pode ser controlada e explorada por meio de padrões, textura, pigmentação e cores naturais da argila, oferecendo uma oportunidade para ampliar seus limites na arquitetura.
Como criar edifícios que usem a energia de forma eficiente? Tradicionalmente, os esforços para tornar o ambiente construído mais sustentável têm se concentrado na infraestrutura física, muitas vezes negligenciando as relações entre as pessoas e o espaço. O surgimento da era tecnológica trouxe os "Smart Buildings", que utilizam aprendizado automatizado. Essas estruturas são projetadas para operar com uma eficiência energética impressionante, no entanto, estão amplamente desconectadas de seus ocupantes. E se os prédios pudessem ser mais inteligentes e sustentáveis ao interagir com seus usuários?
Em todo o mundo, vemos que a sustentabilidade e a inovação na construção estão em constante evolução, e as estruturas de madeira são apresentadas como uma opção promissora. O ArchDaily apresentou o tema O Futuro da Madeira e não quis perder a oportunidade de abrir a discussão com um convite para explorar junto com vocês, nossos queridos leitores, e ouvir suas previsões e pensamentos relacionados ao futuro desse material na arquitetura e no urbanismo. A madeira é a chave para um futuro urbano mais sustentável e habitável? Ou há desafios que precisamos enfrentar antes de adotar essa tendência? Quais são as implicações para a arquitetura, as cidades, a economia e o meio ambiente?
No dia 1 deste mês, São Caetano do Sul (SP) implementou a gratuidade nos ônibus municipais por meio do "Programa Tarifa Zero". Mais do que uma ação isolada, a iniciativa visa incentivar o uso do transporte público, proporcionando economia direta aos moradores e contribuindo para a qualidade do ar.
O escritório norueguês Powerhouse, em colaboração com KIMA arkitektur, venceu um concurso para a transformação e expansão de um dos edifícios históricos mais emblemáticos no coração do Landbrukskvartalet. Conhecida como o distrito agrícola, a antiga área de cultivo e indústria no centro de Oslo está prestes a passar por um processo de requalificação urbana para se tornar um bairro dinâmico e vibrante.
Foram anunciadas as dez cidades selecionadas para concorrer a US$ 9 milhões no Sustainable Cities Challenge, desafio global de mobilidade da Toyota Mobility Foundation, em parceria com a Challenge Works e o World Resources Institute. A lista de selecionadas inclui Fortaleza, no Brasil, além de cidades da Colômbia, Índia, Itália, Malásia, México, Reino Unido e Estados Unidos.
https://www.archdaily.com.br/br/1009632/fortaleza-entre-as-dez-cidades-selecionadas-pelo-sustainable-cities-challengeWRI Brasil
O prefeito de Nova York, Eric Adams, juntamente com o Departamento de Design e Construção da cidade, anunciou o início da construção do Centro de Recreação Shirley Chisholm, projetado pelo Studio Gang. Localizado no Parque Nostrand, em East Flatbush, Brooklyn, o centro tem como objetivo trazer novas comodidades para os moradores de East Flatbush, ao mesmo tempo em que honra a história e o patrimônio da comunidade. O novo centro recebe o nome de Shirley Chisholm, a primeira mulher afro-americana a servir no Congresso e a primeira a buscar a candidatura para a presidência dos Estados Unidos.
Sameer Makarius nasceu no Cairo em 1924. Em 1933, emigrou com sua família para Berlim. Aos dez anos, seu pai lhe deu uma câmera com a qual ele iniciou sua história na fotografia. Após o início da Segunda Guerra Mundial, em 1940, eles se mudaram para Budapeste, onde ele completou seus estudos secundários, começou sua formação artística e estabeleceu uma relação com os protagonistas da vanguarda local. Em 1946, ele retornou ao Egito, passando por Zurique. Lá, ele organizou uma exposição de arte moderna húngara com o apoio de Max Bill. De volta ao Cairo, trabalhou com arte para publicidade e também para um escritório de arquitetura e construção.
Sua obra plástica chegou ao Rio da Prata alguns anos antes dele, por meio de sua companheira Eva Reiner, que já vivia na Argentina com sua família. Em 1948, ela emprestou uma de suas obras para a exposição de arte MADI, organizada no estúdio do escultor alemão Martin Blaszko. Depois de se casar com Eva no Egito, em 1952, eles viajaram juntos para Paris, onde trabalharam como designers de estampas. Finalmente chegaram a Buenos Aires em abril de 1953, a cidade que se tornaria seu local de residência permanente. Sua jornada migratória foi marcada pelo drama da guerra e, ao mesmo tempo, durante esses deslocamentos, Makarius construiu uma rede de relacionamentos em torno da fotografia, das artes visuais e da arquitetura, o que lhe permitiu projetar seu trabalho em diferentes territórios e formatos.
Como um dos quatro elementos essenciais que sustentam a vida neste planeta, a água é crucial para a sobrevivência de todas as espécies. Assim como os animais selvagens têm uma afinidade pelos corpos d'água, nós, humanos, também nos atraímos por eles.
Embora nossos portos, lagos e vias navegáveis não desempenhem mais o papel de centros internacionais de transporte e áreas de alimentação como no passado, a melhoria na qualidade do ar, o clima mais ameno e o aumento no relaxamento e na atenção plena proporcionados pela presença de água fresca ou corrente significam que espaços como bares na orla de um rio, hotéis à beira-mar e casas diante de lagos estão entre os mais populares de suas categorias.
As residências a seguir demonstram como corpos d'água próximos podem ser mais bem aproveitados com uma arquitetura e design excepcionais.
Desde o surgimento do modernismo, os arquitetos têm enfrentado um dilema ao lidar com a realidade do tempo. Isso se torna um problema, pois o tempo e a gravidade são duas forças universais. Os arquitetos são extremamente bons em lidar com a gravidade — ela está presente em tudo o que projetamos e realiza uma dança simbiótica com a estrutura. Não importa o quanto um projeto simule a ausência de peso, sua massa não pode ser negada. Os arquitetos devem enfrentar a gravidade, seja nas varandas da Casa da Cascata de Frank Lloyd Wright, ou nos edifícios paramétricos potencializados pelos softwares da atualidade.
Os escritórios MVRDV e Diamond Schmitt divulgaram o projeto de um novo prédio para a Academia de Medicina e Saúde Integrada de Scarborough (SAMIH) no Campus da Universidade de Toronto. A nova estrutura, com espaços de laboratório, salas de aula e escritórios, funcionará como um local de encontro para a comunidade. As funções estão distribuídas ao redor de um átrio de cinco andares que se abre para o exterior em ambos os lados do edifício e estabelece um ponto de destino dentro dos fluxos de pedestres do campus. Painéis solares integrados na fachada ajudam a abastecer o edifício, enquanto os revestimentos internos contribuem para criar uma atmosfera acolhedora.
Após ao menos cinco anos de muitos croquis, desenhos, maquetes, leituras e cálculos, chega o momento dos alunos de Arquitetura e Urbanismo apresentarem seus trabalhos finais de graduação - chamados frequentemente de TCC, TFG ou Projeto de Final de Curso. Ao escolher o tema, os estudantes evidenciam projetos civis, urbanos ou teóricos que além de demonstrar que o estudante está apto para sua formação, também possuem uma grande importância por levantarem debates sobre o futuro de nossas cidades, do ambiente construído, da infraestrutura urbana, da mobilidade e tantos outros tópicos fundamentais para discutir e desenvolver o modo como habitamos o espaço.
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