É difícil encontrar alguém que não se encante com a estética da madeira. Com uma enorme diversidade de espécies e variações de cores, pesos e texturas, é um dos materiais mais apreciados desde sempre. Entretanto, a exploração massiva de florestas para a utilização na construção civil traz enormes impactos ambientais, se precauções como o manejo sustentável, certificações sérias ou ações de reflorestamento não forem tomadas. Mas sendo um material orgânico, ao ser utilizada para a construção civil, a madeira sempre se adapta às condições de umidade, calor e às cargas, e suas fibras acabam por se adaptar e deformar com o tempo. Além disso, trata-se de um material que não responde bem a ambientes em que são encharcadas e secas repetidas vezes, o que pode causar o seu apodrecimento após algum tempo, se não estiverem muito bem impermeabilizadas. Portanto, há algumas situações em que utilizar a madeira pode não ser uma boa ideia.
Como forma de manter a circulação de informações confiáveis a respeito da Covid-19, facilitar a higienização dos usuários e prestar homenagem às vítimas da pandemia, a cidade de São Paulo recebeu uma série de equipamentos multiuso chamados “Totens Urbanos – Memorial Pró-Saúde”.
A ideia saiu do papel a partir do encontro do arquiteto Leonardo Fernandes Dias, cuja proposta de design foi vencedora pelo voto popular no prêmio internacional Coronavirus Design Competition, da plataforma GoDesignClass, com organizadores da Rede Nacional de Apoio às Famílias e Vítimas da Covid, iniciativa independente e voluntária da sociedade civil de acolhimento especializado. De caráter emergencial e inicialmente expositivo, a série de totens ocupa 17 pontos de grande circulação na cidade até novembro.
https://www.archdaily.com.br/br/948133/sao-paulo-recebe-totens-urbanos-de-conscientizacao-higienizacao-e-memorial-as-vitimas-da-covid-19Equipe ArchDaily Brasil
Com museus em Estocolmo, Nova Iorque e Tallinn, o Fotografiska acaba de anunciar planos para sua futura nova sede: a cidade de Berlim. Previsto para ser inaugurado já em 2022, onde antes funcionava o antigo Centro de Arte Kunsthaus Tacheles, o museu de fotografia será projetado por Herzog & de Meuron e contará com mais de cinco mil metros quadrados de área dedicada.
O escritório holandês de arquitetura, KAAN Architecten, tem se firmado ao longo dos últimos anos como um estúdio comprometido em investigar e desenvolver projetos capazes de proporcionar um melhor futuro para as nossas cidades. Trabalhando em estreita colaboração com as autoridades locais de Amsterdã, a maioria dos projetos desenvolvidos pelo escritório na capital holandesa têm abordado questões relacionados à sustentabilidade urbana e ambiental em busca de novas soluções para a arquitetura de alta densidade.
Remonte, projeto premiado com menção honrosa. Image Cortesia de Instituto Tomie Ohtake
Foram divulgados os vencedores do 2º Prêmio de Design do Instituto Tomie Ohtake Leroy Merlin. A premiação, que deveria acontecer presencialmente no espaço físico do Instituto Tomie Ohtake junto à exposição dos projetos, foi anunciada em vídeo em virtude da pandemia do novo coronavírus.
Cerrado é o nome dado ao bioma caracterizado por árvores baixas, arbustos espaçados e gramíneas, que ocupa uma área de mais de 2 milhões de km² – cerca de 23% do território nacional – e se estende pelo estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Piauí, o Distrito Federal, Tocantins e parte dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, São Paulo, Paraná e Rondônia.
Convidamos você a conhecer as paisagens do Cerrado por meio da arquitetura. Veja, a seguir, 10 projetos inseridos em regiões diversas do segundo maior bioma da América do Sul.
The Louvre Pyramid. Photo by Daniele D'Andreti on Unsplash
Não são poucos os edifícios históricos ao redor do mundo que necessitam, não sem certa urgência, de um projeto de reforma, restauro ou reaproveitamento. Ao longo das últimas décadas, centenas de estruturas obsoletas foram reinventadas, expandidas ou re-significadas para acolher novos usos e programas, permitindo-as a seguir existindo em um mundo onde tudo aquilo que não é mais útil, desaparece. Museus são as principais entidades que "adotam" este tipo de edifícios, trazendo-os de volta à vida. Alguns edifícios históricos insistem em não se render às agruras do tempo, muitos deles passam a ser re-significados para abrigar novos usos. Eles se transformam, evoluem para assumir novas formas que dão voz a resiliência do legado histórico da humanidade. Projetos de intervenção e adaptação tem demonstrado que até mesmo diferentes estilos de arquitetura, ou diferentes camadas temporais sobrepostas, são muito bem vindas quando se trata de proteger o nosso patrimônio arquitetônico.
A seguir, listamos dez projetos que ilustram este tipo de intervenção arquitetônica, onde passado, presente e futuro se sobrepõe para recriar e dar novo significado a estruturas históricas que um dia, estiveram ameaçadas de desaparecimento.
Na semana passada, Paulo Mendes da Rocha anunciou a doação de todo o seu acervo de projetos à Casa da Arquitectura, instituição portuguesa com sede em Matosinhos que se dedica a manter a exibir coleções de arquitetura. A notícia foi divulgada na data pelo ArchDaily e causou comoção entre arquitetos, docentes, pesquisadores e instituições brasileiras – em especial a FAUUSP, que lamentou a decisão de Rocha.
https://www.archdaily.com.br/br/947787/um-abraco-no-paulo-arquitetos-e-artistas-assinam-carta-em-apoio-a-paulo-mendes-da-rochaEquipe ArchDaily Brasil
Trang Keo Park - Vietnam. Image Cortesia de UN-Habitat
A Un-Habitat ou agência das Nações Unidas para assentamentos humanos e desenvolvimento urbano sustentável, cujo foco principal é lidar com os desafios da rápida urbanização, vem desenvolvendo abordagens inovadoras no campo do desenho urbano, centradas na participação ativa da comunidade. O ArchDaily se associou a UN-Habitat para trazer notícias semanais, artigos e entrevistas que destacam este trabalho, com conteúdo direto da fonte, desenvolvido por nossos editores.
Nesta segunda colaboração com UN-Habitat, descubra diferentes exemplos de como projetar com e para crianças em áreas marginalizadas. Na verdade, o planejamento responsivo à criança leva a uma cidade inclusiva vibrante e animada. Com foco em espaços para crianças, destacam-se casos em Bangladesh, Níger e Vietnã. Esses projetos de implantação de espaços públicos buscam promover cidades habitáveis, ecologicamente corretas, assumindo abordagens participativas e envolvendo os jovens desde o início do processo.
A Escola da Cidade, por meio da disciplina Seminário de Cultura e Realidade Contemporânea, então coordenada pelo professor José Guilherme Pereira, em conjunto o Baque Cidade e com o Coletivo Feminista Carmen Portinho, recebeu a Mestra Joana Cavalcante, da Nação do Maracatu Encanto do Pina, para uma conversa a respeito do que é o Maracatu e do quanto ele, em suas localidades de atuação e usando a cidade de Recife (PE) como um exemplo emblemático, resiste enquanto organização social ao mesmo tempo que evidencia problemáticas como o racismo, o machismo, a especulação imobiliária e a segregação sócio espacial.
https://www.archdaily.com.br/br/947832/maracatu-cultura-e-espaco-mestra-joana-fala-sobre-a-cultura-negra-nas-dinamicas-urbanas-de-recifeEscola da Cidade
Na capital libanesa, Beirute, um incêndio irrompeu na manhã de terça-feira no edifício projetado por Zaha Hadid. As paredes externas da loja de departamentos em construção caíram quando as chamas consumiam o edifício. Os primeiros relatórios não esclareceram as causas do incêndio.
Um dos aspectos mais essenciais do design de interiores é a iluminação - um elemento que pode melhorar ou piorar um espaço interno de quaisquer dimensões ou materiais. Ainda assim, uma boa iluminação pode ser especialmente importante para espaços menores ou abarrotados, fazendo-os parecer maiores e mais abertos, mesmo quando suas dimensões literais não se alteram. Por sua vez, espaços maiores com pouca iluminação podem parecer menores e menos acolhedores do que poderiam ser. Para fazer com que os interiores pareçam grandes e bem iluminados, designers contam com vários métodos testados e comprovados que aproveitam ao máximo o espaço, desde usar as sombras e tipos de luzes certos até colocá-los nos melhores locais e integrar outros elementos que melhor complementam iluminação existente. Essas estratégias, bem como vários exemplos de sua aplicação, estão listados abaixo.
https://www.archdaily.com.br/br/947691/como-ampliar-os-espacos-atraves-de-uma-boa-iluminacaoLilly Cao
A acessibilidade é frequentemente abordada como um campo relacionado à deficiência, física ou mental. Quando se trata de projetos arquitetônicos, ela sempre surge como uma consideração periférica e não como algo fundamental. No entanto, existem outras barreiras.
Nesta edição do Editor's Talk, os editores do ArchDaily Brasil compartilham seus pensamentos sobre o que entendem como acessibilidade e se é possível criar uma arquitetura neutra.
Em praticamente todas as cidades do mundo, sempre encontraremos algum tipo de espaço residual: terrenos vazios, áreas abandonadas, lacunas deixadas entre uma obra e outra, espaços em branco, sem uso. Nestas circunstancias, uma série de lotes urbanos acabam se tornando inadequados ou inaptos à construção de tipologias convencionais. Entretanto, estas mesmas limitações podem se tornar um terreno fértil para a nossa imaginação. Ressignificar um espaço esquecido, uma esquina desocupada, becos sem saída ou terrenos de formatos estranhos pode nos abrir uma nova frente de trabalho, criando novas oportunidades para o desenvolvimento urbano como um todo. Seja ampliando os espaços existentes de moradia ou acrescentando novas atividades e programas em áreas densamente povoadas, ocupar terrenos residuais pode ser uma valiosa contribuição para a ativação do espaço urbano.
Em homenagem ao 80º aniversário do arquiteto Ricardo Bofill em dezembro passado, o fotógrafo Sebastian Weiss registrou a icônica Muralla Roja em Calp, Espanha. O projeto habitacional faz referência à arquitetura popular do Mediterrâneo e foi inspirado nos tradicionais casbás. As cores vibrantes das fachadas externas e internas contrastam com o entorno natural.
Cortesia de Valentino Gareri Architectural Atelier
Valentino Gareri propôs um modelo sustentável e modular para edifícios educacionais para a era pós-pandêmica. Com o nome de Tree-House School [Escola Casa na Árvore], o projeto reforça a relação com a natureza e a conexão entre espaço interior e exterior.
O espaço público deve ser uma prioridade na agenda de planejamento urbano de todas as cidades e, dado o contexto mundial atual, representam elementos fundamentais de cidades e bairros. Praças e parques, necessidades inegáveis do tecido urbano, tornaram-se, hoje, mais vitais do que nunca.
O Chicago Athenaeum: Museu de Arquitetura e Design e o Centro Europeu de Arquitetura, Arte, Design e Estudos Urbanos anunciaram o 2020 International Architecture Awards. O prêmio, que reconhece os melhores projetos arquitetônicos e urbanos do mundo, destacou mais de 120 projetos de 38 países na edição de 2020.
De acordo com a publicação das Nações Unidas, "As Cidades do Mundo em 2018", estima-se que, "em 2030, as áreas urbanas deverão abrigar 60% das pessoas em todo o mundo, e uma em cada três pessoas viverá em cidades com pelo menos meio milhão de habitantes. " Além disso, entre 2018 e 2030, estima-se que o número de cidades com 500.000 habitantes ou mais deverá crescer 23% na Ásia. A China, maior economia da Ásia, tem um PIB (PPC) de US $ 25,27 trilhões, e está se expandindo rapidamente, tanto econômica quanto demograficamente.
Lançado no mês passado, o programa Fortaleza Mais Verde pretende criar uma rede de microparques na capital cearense e implementar corredores cicloviários arborizados. O plano começou a ser executado ainda em agosto.
"O intuito da proposta é preservar, garantir e ampliar progressivamente a cobertura verde da Cidade de Fortaleza, tornando essas áreas utilizáveis para serem usufruídas pela população", afirmou o prefeito da cidade, Roberto Cláudio. "Temos várias ações de paisagismo e urbanização em andamento. Deveremos receber sugestões a respeito deste novo projeto-piloto. Queremos deixá-lo implantado e irreversível”, complementou.
https://www.archdaily.com.br/br/947892/fortaleza-lanca-programa-para-implementar-microparques-e-ciclovias-arborizadasEquipe ArchDaily Brasil
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Terceiro Lugar - Maura Pinto, Piervito Pirulli. Imagem Cortesia de Re-Use Italy
Piscina Mirabilis é um reservatório subterrâneo construído pelo imperador Augusto no século I d.C. com o principal objetivo de armazenar água potável para abastecer o quartel-general do exército romano. Conformado por uma série de galerias, pilares e arcos, a estrutura regular da Piscina Mirabilis foi escavada em uma montanha de rocha calcária localizada próxima ao porto de Nápoles. Assemelhando-se à um labirinto, mas composta por uma estrutura ortogonal de forma retangular, o reservatório abobadado possui 15 metros de altura total, 72 metros de comprimento, 25 metros de largura e 48 pilares.
Uma Pequena Cabana Australiana / CABN. Cortesia de CABN
Não se sabe ao certo onde e quando a roda foi inventada, mas, segundo o antropólogo americano David Anthony para a BBC, existe uma série de evidências arqueológicas de veículos com rodas a partir de 3,4 mil a.C. na Eurásia e no Oriente Médio. Desde sua criação, a roda revolucionou a forma como os seres humanos lidam com uma série de atividades e, sobretudo, com os deslocamentos.
Na arquitetura, campo diretamente associado à permanência no espaço, com construções sólidas de caráter predominantemente permanente, as rodas podem parecer, à primeira vista, objetos alheios às edificações. No entanto, com a recente profusão de casas de pequena escala, que concentram em espaços mínimos as diversas funções de uma residência, tem surgido uma nova possibilidade para a arquitetura: a locomoção.
No México, a prática da autoconstrução ainda é um assunto que divide opiniões entre a comunidade de arquitetos, com adeptos tanto à favor quanto em contra a esta prática extremamente convencional e difusa por todo território. Entretanto, ainda que longe de ser um consenso entre os profissionais da construção civil, os processos autônomos de construção são uma realidade inegável e que se impõe sobre condições econômicas, culturais e sociais — não apenas no México, mas como um fenômeno que desconhece quaisquer tipo de fronteiras. Pensando nisso, ao longo dos últimos anos, arquitetos e arquitetas deram início à uma série de iniciativas com o principal objetivo de desenvolver e disponibilizar materiais informativos, guias de apoio e manuais de acompanhamento aos processos de autoconstrução, abordando temas de segurança, bem estar e em última instância, colocando em evidência uma prática que a cada dia se torna mais difícil de omitir.
Juscelino Kubitschek, embora lembrado por ter executado o projeto de Brasília, não foi seu idealizador. A vontade política para a construção de uma nova capital no interior do país vem desde 1808, com a ideia de elevação do status do Brasil como país e a simbolização do desenvolvimento pós-independência. O caráter desenvolvimentista, ou então da busca pelo novo, foi base da argumentação da maioria dos defensores da mudança, cada um com uma vertente diferente.