Em um terreno que também abriga o Centro Olímpico Esportivo, o complexo dos Jogos Asiáticos de 2023, a UNStudio divulgou o projeto do novo Hiwell Amber Centre, um complexo de quatro torres planejadas para oferecer uma mistura de escritórios, apartamentos, hotéis, espaços de arte e comércio ao centro da cidade de Hangzhou, China. Respondendo ao rápido crescimento econômico e cultural da região, o novo empreendimento tem como objetivo oferecer uma ampla gama de serviços para residentes e visitantes. Para se abrir à cidade, a fachada de vidro lisa das torres revela uma estrutura semelhante a uma tapeçaria que envolve as praças e os espaços cívicos, criando uma "sala de estar urbana".
Na busca pelo desenvolvimento de produtos circulares, a empresa chinesa Yi Design vem criando diferentes tijolos a partir de materiais reciclados. Os produtos são alternativas construtivas para um grande problema do setor: a geração de resíduos cerâmicos.
Cerca de 18 milhões de toneladas de resíduos cerâmicos são produzidos todos os anos na China, segundo a Yi Design. Com sede em Jingdezhen, a capital da cerâmica do país, o grupo desenvolveu o YiBrick, um tijolo permeável composto por mais de 90% de cerâmica reciclada. A produção do material ainda inclui águas residuais e o pó fino da trituração dos resíduos brutos.
O escritório Henning Larsen divulgou o projeto do maior centro de logística de madeira da Europa, situado em Lelystad, na ilha holandesa de Flevopolder. O novo Centro de Logística da Bestseller, com 155.000 m², destaca-se pelo seu compromisso com a sustentabilidade ambiental, reduzindo emissões e aplicando princípios de design circular, explicam os arquitetos.
Sete escritórios de arquitetura, incluindo o MVRDV, projetaram edifícios independentes no aguardado masterplan para o empreendimento Lake Side em Bruxelas. Para garantir a diversidade, o masterplan busca promover uma vida mais densa e vibrante no distrito de Tour & Taxis, oferecendo diferentes serviços aos moradores, além de espaços de trabalho e um parque de nove hectares. O masterplan foi coordenado pelo MVRDV, que também projetou um dos 17 edifícios que fazem parte do empreendimento.
Após vencer uma competição internacional, a AMDL CIRCLE foi escolhida para criar o pavilhão que representará a visão e o espírito dos países nórdicos na Expo Osaka 2025. A proposta adota uma abordagem sustentável e circular, projetando a estrutura de forma que possa ser desmontada e reutilizada. Desenvolvido tecnicamente pela Rimond e concebido pela AMDL CIRCLE, o pavilhão visa demonstrar o respeito e a conexão dos nórdicos com o meio ambiente, oferecendo espaço para inovações tecnológicas.
Sede da ONU em Nova York. Foto de the blowup, via Unsplash
Era um momento de grande euforia. Com a declaração do final da Segunda Guerra Mundial, um otimismo invadia as ruas e oferecia a certeza de dias melhores. Neste mesmo ano, 1945, embalada pelo contexto, foi fundada a Organização das Nações Unidas (ONU). O lugar escolhido para a sede foi a vibrante cidade de Nova York e o projeto seria concebido por um grupo internacional composto por arquitetos especialmente selecionados e convidados.
Para essa empreitada multicultural e multiarquitetônica, onze gigantes da arquitetura foram chamados de todos os cantos do mundo. Com seus egos inflados, característica da profissão ainda mais ressaltada naquela geração, os arquitetos que, até então eram acostumados a reinar soberanos sobre sua arquitetura e países, se viram compartilhando não apenas uma sala, mas também um projeto. O evento por si só, se executado com sucesso, já seria um tremendo exemplo de que a paz mundial era possível.
Minghu Park / Turenscape. Foto cortesia de Turenscape
Uma área alagada que oferece uma capacidade incrível de armazenar carbono. Essa poderia ser uma excelente síntese para descrever os peatlands (as turfeiras, em português). Esse ecossistema pode ser encontrado praticamente em todas as zonas climáticas do mundo e é muito mais do que essa breve descrição, desempenhando um papel importante na mitigação da crise climática. Mas o que é e como podemos usá-lo de forma responsável?
O movimento de arquitetura "sustentável", como o entendemos hoje, começou a ganhar forma no final do século XX em resposta às crescentes preocupações com a degradação ambiental, o consumo de energia e a escassez de recursos. Dentro desse diálogo global sobre sustentabilidade, a madeira tem sido exaltada como um símbolo de consciência ambiental e descarbonização. Sendo um dos materiais de construção mais versáteis, se tornou ainda mais procurada com a ascensão desse movimento. As árvores absorvem dióxido de carbono durante seu crescimento, que permanece na madeira quando esta é usada na construção — ou seja, menos CO2 na atmosfera.
Cortesia de Jen Lewin, Foto de Brendan Burkett / The Pool
A luz desempenha um papel essencial no mundo do design de interiores, mas também pode criar espaços públicos imersivos. Enquanto James Turrell, Olafur Eliasson e Dan Flavin são celebrados por sua maestria na transformação de cores, reflexos e contrastes luminosos, é importante notar que o campo da iluminação artística não é exclusivamente dominado por homens. Em resposta à falta de representação de artistas femininas na área da luz, uma perspectiva inovadora e esclarecedora surge dos designers de iluminação britânicos Sharon Stammers e Martin Lupton, do Light Collective.
Após a criação da plataforma "Women in Lighting", o livro delas intitulado Women Light Artists dá um passo audacioso ao nos apresentar 40 mulheres criativas cujo trabalho irradia engenhosidade e brilho. O livro oferece uma variedade de projetos fascinantes, que vão desde piscinas interativas até a dança das sombras coloridas da luz do dia sobre uma ponte em Londres, da projeção tranquila em um marco icônico de Berlim até o arco-íris vibrante que se curva sobre o horizonte de Manhattan. Cada obra incorpora um diálogo único entre luz e espaço. Essa jornada luminosa presta uma valiosa homenagem ao poder das mulheres artistas que, por muito tempo, ficaram nas sombras.
Corredores silenciosos e intermináveis, salas brancas e frias, uma atmosfera impessoal e distante: essa é uma imagem fortemente enraizada na nossa concepção cultural de ambientes hospitalares. A alvura desses espaços, que tenta reforçar uma ideia de esterilidade e limpeza tão necessárias, também pode ser capaz de criar uma sensação de desconforto e ansiedade para os pacientes e suas famílias.
A importância da humanização dos projetos de hospitais, clínicas e consultórios é um tema cada vez mais discutido e relevante na área da saúde, e que vai muito além da estética desses edifícios. Ela considera a necessidade de criar ambientes acolhedores que promovam o bem-estar dos pacientes, familiares e profissionais, reconhecendo que a arquitetura pode desempenhar um papel fundamental na recuperação e no conforto dessas pessoas em momentos de vulnerabilidade.
A inovação prospera quando pausamos para observar, questionar e reimaginar o mundo ao nosso redor, transformando desafios em oportunidades de progresso. A natureza, em particular, serve como uma rica fonte de inspiração. Ao observá-la, estudar seus desafios cotidianos e contemplar os processos existentes, podemos descobrir insights valiosos que inspiram soluções inovadoras.
Um destes desafios atuais no mundo é a produção de concreto, um material antigo e extremamente popular. Ele também é responsável por uma parcela significativa das emissões globais de CO2 devido ao processo intensivo em energia da produção de cimento e as reações químicas envolvidas. Estima-se que a produção de concreto seja responsável por aproximadamente 8% das emissões anuais de CO2 do mundo, bombeando 11 milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera todos os dias - causando 8% das emissões anuais de CO2 e consumindo 9% da água industrial anual do mundo. Aliado a isso, temos a projeção de que o estoque de construção do mundo deve dobrar até 2060 - o equivalente a construir uma cidade inteira de Nova York todos os meses pelos próximos 36 anos, o que significa uma demanda incrivelmente crescente por cimento e concreto. Com esse cenário desalentador, temos algo a fazer? Neste artigo, conversamos com Loren Burnett, CEO da Prometheus Materials, que tem desenvolvido um material que imita processos da natureza para recriar o concreto como conhecemos.
O Gympass anunciou uma parceria com a Tembici para promover a bicicleta como meio de transporte saudável. Os usuários do Gympass no Brasil agora podem fazer até oito viagens por mês com as bicicletas compartilhadas da Tembici em várias cidades brasileiras, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, entre outras.
https://www.archdaily.com.br/br/1008713/gympass-se-une-a-tembici-e-inclui-acesso-a-bicicletas-para-promover-mobilidade-ativaArchDaily Team
A Inteligência Artificial assumirá o trabalho dos arquitetos? Segundo Thomas Lane, na edição de maio de 2023 da revista Building, a IA pode automatizar 37% do trabalho de arquitetos e engenheiros. Isto, no entanto, provavelmente significará que poderemos automatizar tarefas mais mundanas e concentrar-nos mais em tarefas estratégicas e criativas.
Tal como o Revit e os softwares 3Ds não ultrapassaram o trabalho dos arquitetos, mas apenas mudaram a forma como se trabalha, o mesmo provavelmente se aplica às ferramentas de IA. Novas tarefas – relacionadas com a gestão da IA, por exemplo – também surgirão.
Uma das primeiras impressões em relação à história da arquitetura é a aparente alternância entre estilos e linguagens. Sempre que prevalece uma vertente mais sóbria, a que se segue costuma retomar motivos mais ornamentais, e assim por diante. É preciso atentar-se que esse “fluxo” é uma mera impressão: a história é sempre mais complexa que os registros indicam, e a prevalência deste ou daquele estilo são interpretações dos historiadores, situados no futuro do período sobre o qual se debruçam. O Barroco é um desses estilos.
1º Lugar - Estúdio 41 Arquitetura. Image Cortesia de CAU/SC
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina (CAU/SC) divulgou os resultados do concurso de projeto para a reforma parcial de seu edifício sede. Adquirido no ano passado, o prédio de seis andares está localizado na Avenida Rio Branco, em Florianópolis, e suas áreas nobres – como o átrio, a recepção e também a fachada – serão reformadas conforme o projeto vencedor.
A tecnologia da Seratech, desenvolvida por Sam Draper e Barney Shanks, tem como objetivo reduzir a quantidade de dióxido de carbono liberada na construção civil. Este processo inovador utiliza sílica, um subproduto da queima de combustíveis, como um substituto do cimento convencional no concreto, contribuindo para a redução das emissões de carbono. Ao incorporar sílica, é possível diminuir em 40% a quantidade de cimento Portland necessária, o que resulta na produção de concreto com impacto de carbono negativo. Por esse avanço pioneiro, a tecnologia recebeu o Prêmio Obel 2022, em reconhecimento ao seu foco na redução das emissões associadas à construção civil.
O Prêmio Obel é tem alcance internacional e valoriza a arquitetura que contribui para o bem-estar das pessoas e do meio ambiente. A Seratech conquistou a quarta edição deste novo prêmio internacional de excelência arquitetônica, sendo precedida pelo projeto 'Living Breakwaters' da SCAPE Landscape Architecture no ano anterior. A equipe da ArchDaily teve a oportunidade de entrevistar Sam Draper, CEO da Seratech, para discutir o papel da empresa na promoção de uma indústria de construção sustentável e conhecer seus planos para expandir ainda mais seu processo inovador.
De 12 a 18 de outubro, NYCxDESIGN apresentou o Design Pavilion, uma importante exposição pública de arquitetura em Nova York. Ocorrendo durante o Archtober, uma celebração da arquitetura no mês de outubro, o Design Pavilion deste ano destacou três instalações imaginativas que abrangem materialidade, sustentabilidade e igualdade social.
Duas instalações foram projetadas para transformar a Gansevoort Plaza, no Meatpacking District, em retiros urbanos, enquanto a terceira exposição oferece uma projeção de arte digital no World Trade Center Podium, abordando a história da escravidão do país. Além dos pavilhões, o programa Design Talks promoveu discussões sobre questões relevantes da profissão, centradas em temas de sustentabilidade, reaproveitamento e redução de resíduos.
A iniciativa Viva o Verde SP, parceria entre o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) e a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), da Prefeitura de São Paulo, iniciou oficialmente as atividades de avaliação dos mais de cem parques da capital paulista.
https://www.archdaily.com.br/br/1008958/viva-o-verde-sp-onu-habitat-e-svma-iniciam-avaliacao-dos-parques-de-sao-pauloArchDaily Team
O Bjarke Ingels Group anunciou o projeto Park Rise Residences, um novo empreendimento no bairro de Little Athens, em Ellinikon, com casas modernas, espaços verdes, lojas, escritórios e hotéis. Ellinikon é um ambicioso projeto de regeneração urbana que reimagina os terrenos do antigo Aeroporto Internacional de Atenas e os transforma em uma "smart city" de 6,2 milhões de metros quadrados. Dentro deste empreendimento, o bairro Little Athens pretende se tornar uma parte integrada do ecossistema urbano inteligente Ellinikon, levando 1.100 novas residências para a costa noroeste do projeto.
Trazer o verde e, muitas vezes, a produção de hortaliças, para as áreas urbanas gera inúmeros benefícios para quem vive nas cidades. Os tetos verdes são uma solução para transformar áreas pouco aproveitadas em verdadeiros oásis naturais, ajudando a diminuir ilhas de calor, absorver água da chuva, melhorando a qualidade do ar, controlando níveis de ruídos e atraindo biodiversidade.
O arquiteto paisagista de Pequim, Kongjian Yu, foi anunciado pela Cultural Landscape Foundation como o vencedor do Prêmio Internacional de Arquitetura Paisagística Cornelia Hahn Oberlander 2023 (Prêmio Oberlander). Kongjian Yu ganhou reconhecimento internacional por seu conceito de "cidades esponja", uma medida para lidar e prevenir inundações urbanas no contexto das mudanças climáticas aceleradas. O conceito foi adotado como política nacional na China em 2013, priorizando infraestruturas de grande escala baseadas na natureza, como zonas úmidas, corredores verdes, parques, proteção de árvores e bosques, jardins de chuva, telhados verdes, pavimentos permeáveis e biovaletas.
Yu foi selecionado pelo júri internacional do Prêmio Oberlander, que o reconheceu como "uma força para mudanças progressivas na arquitetura paisagística ao redor do mundo". Organizado bienalmente, o prêmio tem como objetivo reconhecer e dar visibilidade à arquitetura paisagística e às formas como ela pode abordar questões relacionadas às mudanças climáticas e à sustentabilidade.