O futuro da arquitetura é urbano, já não há o que questionar a respeito disso. Projeções apontam que em 2050, isto é, em pouco mais de 30 anos, 75% da população mundial viverá em cidades, ao passo que no Brasil a cifra ultrapassará os 90%. No entanto, nossa disciplina deve se preocupar com a qualidade e vida de todos, assim, projetos em contextos rurais continuarão a fazer parte da agenda de arquitetas e arquitetos do mundo todo.
Apresentamos, a seguir, uma seleção de projetos residenciais construídos no campo. Casas brasileiras inseridas na paisagem rural ou campestre, projetadas para o cotidiano de seus moradores ou como refúgio temporário de descompressão da vida urbana. De uma forma ou de outra, todas compartilham de um objetivo: abrir-se para o entorno bucólico.
O escritório dinamarquês Henning Larsen venceu um concurso para desenvolver um masterplan de 15,5 hectares ao sul de Gotemburgo, na Suécia. Projetado para três mil moradores, o projeto representa um modelo comunitário embasado no contato com a natureza. Chamado Humlestaden, o masterplan engloba o distrito Västra Frö-lunda de Gotemburgo, antiga casa da cervejaria Pripps. O projeto reimagina o modelo histórico de Cidade Jardim, desenvolvido no final do século XIX por Ebenezer Howard, e reestrutura a vida da cidade através de uma perspectiva verde.
Moradores do Jardim Lapenna, em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, criaram um plano de bairro participativo na capital paulista. Com 32 ações urbanísticas previstas em áreas como iluminação, segurança e pavimentação, sete delas foram eleitas como emergenciais e estão em processo de inclusão no projeto de lei orçamentária anual (PLOA) para 2019.
A renomada casa de leilões Sotheby's divulgou o projeto de expansão de sua sede em Nova Iorque, concebido pelo OMA e Shohei Shigematsu. A proposta inclui novas e amplas galerias de exposições para belas artes, objetos preciosos e artigos de luxo. Com 40 galerias de variadas dimensões, divididas em quatro pavimentos, o novo projeto aumenta em quase 50% a área total da sede, que passará a ter 8.300 metros quadrados.
Nove galerias são destinadas a vendas privadas para pequenos objetos dedicados, como relógios e jóias. Três espaços de pé-direito duplo serão reservados a exibições, juntamente com um espaço de 50 metros de comprimento para coleções completas, segundo o The New York Times.
O aquecimento global está causando uma série de mudanças em nosso clima e, portanto, em nossa paisagem. Bons projetos de paisagismo podem oferecer respostas para mitigar essas mudanças - e essas estratégias se refletem no desenho e na representação da arquitetura.
A noite deste último domingo, 24 de Fevereiro, foi marcada pela 91ª edição da mais importante premiação do Cinema Internacional, o Oscar. Paralelamente aos vencedores das diversas categorias anunciadas, o que chamou a atenção de expectadores de todo o mundo foi a cenografia do palco do Teatro Dolby, em Los Angeles. Precedido pelo cenógrafo inglês Derek McLane, que desenvolveu o projeto do palco nas edições de 2013 a 2018, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas nomeou como responsável pelo projeto cenográfico deste ano o designer e diretor criativo baseado em Nova Iorque, David Korins.
Reconhecida internacionalmente pela busca de propostas para o habitar moderno, Zaha Hadid realizava múltiplos estudos topográficos abstratos para propor suas obras fluidas flexíveis e expressivas evocando o dinamismo da vida urbana contemporânea.
Com o objetivo de conhecer com maior profundidade o processo criativo e o desenvolvimento de projetos profissionais de Zaha Hadid, realizamos uma seleção histórica de pinturas da arquiteta que expandem o campo de exploração arquitetônica com exercícios abstratos tridimensionais que propõem uma nova e distinta visão do mundo, questionando as bases físicas do projeto, produzindo a base contínua e criativa ao longo de sua carreira.
Recebemos da arquiteta Marta Vilarinho de Freitas uma série de desenhos sobre a cidades e arquiteturas portuguesas. Criadora do projeto "As Cidades e a Memória - a Arquitetura e a Cidade", Marta mostra um conjunto de ilustrações sobre situações urbanas que evocam o o universo da arquitetura e o seu mundo criativo e fascinante.
https://www.archdaily.com.br/br/912061/arte-e-arquitetura-as-cidades-e-a-memoria-nil-a-arquitetura-e-a-cidade-por-marta-vilarinho-de-freitas-parte-iiiPedro Vada
O escritório SOM divulgou sua proposta para o primeiro eco-parque flutuante do mundo, que será construído ao longo do Rio Chicago. Intitulado Wild Mile Chicago, o projeto tem uma milha de extensão (cerca de 1,6 quilômetro) e está sendo desenvolvido em conjunto com órgãos do governo e incorporadoras privadas. O parque contará com a inclusão de animais silvestres e terá programas recreativas e educacionais.
Maior projeto público de Ruanda, o Aeroporto Internacional de Bugesera está prestes a se tornar o primeiro edifício verde certificado na região. Altamente eficiência em termos energéticos, a ponto de ser independente da rede pública de fornecimento, o projeto contará com um terminal de passageiros de 30 mil metros quadrados, 22 balcões de check-in, dez portões e seis pontes de embarque. Financiado por uma parceria público-privada, o projeto tem custo estimado em US$ 414 milhões.
Em 1948 o arquiteto Charles-Édouard Jeanneret-Gris - mais conhecido como Le Corbusier -, lançou uma de suas publicações mais famosas, intitulada O modulor, seguida por O modulor 2 em 1953. Nesses textos, Le Corbusier fez conhecer sua abordagem às investigações que tanto Vitruvio quanto Da Vinci e Leon Battista Alberti haviam começado, em um esforço por encontrar a relação matemática entre as medidas do homem com a natureza.
As pesquisas dos autores previamente mencionados representam também uma busca por explicar os Partenons, templos indígenas e as catedrais construídas a partir de medidas precisas que faziam referência a um código do que se entendia como essencial. Saber de quais instrumentos se dispunha para encontrar a essência dessas construções era o ponto de partida, e parecia se tratar de instrumentos que transcendiam o tempo. Não parece tão estranho dizer que as medidas que se empregaram foram, em essência, partes do corpo, como cotovelo, dedo, polegada, pé, braço, palma, etc. Inclusive, existem instrumentos e medidas que levam nomes que aludem ao corpo humano, o que indica que a arquitetura não está longe de ser reflexo do mesmo.
O mais recente Relatório de Status Global sobre Segurança no Trânsitoda Organização Mundial da Saúde (OMS), mostrou que nos últimos 15 anos a taxa de mortalidade no trânsito se manteve estável em relação ao tamanho da população mundial. O fato dos números não terem aumentado pode até soar positivo, mas é preciso lembrar que estamos falando da morte de 1,35 milhão de pessoas ao ano, além de 50 milhões de feridos.
https://www.archdaily.com.br/br/912041/as-mortes-no-transito-nao-estao-diminuindo-ruas-completas-podem-ajudarWRI Brasil
A 3XN apresentou o projeto para uma nova arena multiuso que deverá ser construída no local do antigo velódromo do Parque Olímpico de Munique. O escritório com sede em Copenhague firmou um contrato com a empresa de urbanismo e paisagismo alemã LATZ+PARTNER para desenvolver o projeto de uma arena multiuso com capacidade para 11.500 expectadores. Esta será a nova casa dos atuais campeões alemães de hóquei no gelo, o Munich Red Bulls, e a equipe de basquete campeã nacional, o FC Bayern Munich.
Caracterizada por uma estrutura de forma oval, a nova arena esportiva se funde “naturalmente e de forma respeitosa ao famoso e tão conhecido Parque Olímpico de Munique.” A cobertura verde se encaixa perfeitamente na paisagem do parque enquanto que a fachada, composta por uma infinidade de elementos verticais, marca a sua própria identidade frente à seu contexto urbano.
https://www.archdaily.com.br/br/911806/3xn-projeta-estadio-para-o-parque-olimpico-de-muniqueNiall Patrick Walsh
O Studio NAB divulgou detalhes de seu projeto intitulado Superfarm, uma estrutura vertical de seis pavimentos dedicada à agricultura urbana que “concentra sua produção na cultura de alimentos com alto valor nutricional”. O projeto é voltado a culturas de alta produtividade, como modo de revigorar economias locais.
O projeto é uma resposta às projeções de que até 2050, 80% da população mundial viverá em centros urbanos, exigindo uma área de terra agrícola 20% maior do o tamanho do território brasileiro. Ao deslocar os sistemas agrícolas para dentro de casa, a Superfarm representa uma “transição ecológica” resiliente, sensível ao ser humano e tecnologicamente avançada.
O escritório australiano Koichi Takada Architects, com sede em Sydney, propôs uma torre de uso misto para o centro de Los Angeles. Com 70 pavimentos, o projeto foi inspirado nas sequoias gigantes da Califórnia e na icônica saia esvoaçante de Marilyn Monroe. Apelidado de Sky Trees, o projeto conta com torres revestidas em ripas verticais de madeira que se deformam criando uma cobertura de geometria orgânica no térreo.
Em 2020, Marselha será a sede do Manifesta 13, a Bienal Européia de Arte Contemporânea. Como parte do planejamento para este importante evento artístico e cultural, o MVRDV foi contratado para desenvolver um trabalho de pesquisa interdisciplinar sobre os potenciais urbanos da cidade de Marselha, o qual foi desenvolvido em parceria com a The Why Factory - um ThinkTank coordenado pelo cofundador do MVRDV, Winy Maas.
O MVRDV desenvolveu uma profunda análise da cidade para compor um relatório em forma de um volume de 1200 páginas. Contando com entrevistas e uma série de levantamentos técnicos, o relatório aponta possíveis soluções e sugestões para futuras intervenções urbanas. Como parte dessa jornada de trabalho, o MVRDV esteve trabalhando full time em conjunto com a The Why Factory, o “think tank da cidade do futuro”. A estação de trabalho foi montada junto a Universidade de Delft, parceira no desenvolvimento das análises e relatórios para o Manifesta 13. Até agora, o feedback tem sido extremamente positivo. O relatório será agora posto em prática, “contextualizado, analisado e aperfeiçoado, uma ferramenta para os arquitetos repensarem os possíveis futuros para a cidade de Marselha”. O escopo do trabalho desenvolvido pelos holandeses servirá como um ponto de partida para o desenvolvimento de atividades artísticas e culturais, intervenções e instalações concebidas para o Manifesta 13.
https://www.archdaily.com.br/br/911547/mvrdv-e-the-why-factory-desenvolvem-estrategias-urbanas-para-o-manifesta-13-de-marselhaNiall Patrick Walsh
Um panorama da obra de Ruy Ohtake, desde recém-formado até projetos atuais, poderá ser conferido em duas exposições em São Paulo. Enquanto o Museu da Casa Brasileira exibe cerca de 40 projetos construídos ou em construção, com curadoria de Agnaldo Farias, o Instituto Tomie Ohtake traz a sua produção como designer, por meio de aproximadamente 25 peças selecionadas pelos curadores Fábio Magalhães, Marili Brandão e Priscyla Gomes.
A Fundação Naomi Milgrom anunciou que a sexta edição do MPavilion será projetada pelo arquiteto australiano e vencedor do prêmio Pritzker, Glenn Murcutt. O anúncio acontece juntamente com o encerramento da edição de 2018 do MPavilion, projetado pela arquiteta espanhola Carme Pinos, após uma temporada recorde que contou com mais de 133.000 visitantes. Murcutt será o segundo australiano a projetar um pavilhão para o programa de Melbourne; Sean Godsell projetou o pavilhão inaugural em 2014.
Começou a construção do The Spiral, um edifício de mais de 300 metros de altura em Hudson Yards, Nova Iorque. Projetada pelo Bjarke Ingels Group, a torre foi encomendada pela incorporadora Tishman Speyer como parte da requalificação da região de Midtown West, em Manhattan.
A torre recebe seu nome devido a um aspecto formal - uma "fita ascendente de espaços verdes" que prolongam o High Line "para o céu", diz Bjarke Ingels. O edifício contará com mais de 200 mil metros quadrados de área corporativa, e terá com âncora a companhia Pfizer, que ocupará 18 pavimentos, segundo o jornal New York YIMBY.
Em todo projeto arquitetônico de sucesso, é essencial fornecer aos usuários um espaço confortável ao ar livre. Em qualquer época do ano, estruturas modulares de sombra podem criar espaços que protegem do vento, poeira, sol, chuva, neve e ruídos de uma forma leve, flexível e esteticamente agradável.
Com isso em mente, o que devemos procurar ao escolher estruturas de sombra para espaços ao ar livre? Abaixo, fornecemos as principais recomendações da Superior Recreational Products.
O longo debate sobre o destino do Elevado João Goulart, famoso Minhocão, que corta o centro de São Paulo em direção à Zona Oeste da cidade, finalmente chegou a um fim. O atual prefeito Bruno Covas decidiu transformar a enorme estrutura em um parque elevado, à imagem e semelhança de vários outros no mundo que seguiram o exemplo do High Line em Nova Iorque.
A arquitetura pode ser compreendida a partir de vários prismas e muitas vezes é vista como a solução ou resposta para demandas materiais - habitação, lazer, comércio etc. No entanto, talvez uma das funções mais carregadas de simbolismos que pode ter a arquitetura é a concretização de demandas espirituais. Projetar espaços sagrados, espaços de culto (religioso ou não), pode ser uma das tarefas mais criativas e libertadoras dessa profissão, mas também deve responder a aspectos que fogem ao plano terrestre e puramente material, mas que fazem parte de um universo de subjetividade e fé.
A mais icônica obra de Jørn Utzon e um das obras de arquitetura mais facilmente reconhecidas do mundo todo, a Opera House de Sidney foi construída depois que o arquiteto dinamarquês venceu o concurso realizado em 1956, o qual atraiu mais de 200 participantes. Desde a sua inauguração em 1973, o edifício fez com que todo o mundo voltasse seus olhos para a emergente potência chamada Austrália. Mais recentemente, no ano passado, a Ópera de Sidney passou a ser completamente neutra em emissões de carbono.
A história por trás da Ópera House de Sidney é tão interessante quanto a própria obra de arquitetura. Em 1956, o governo de Nova Gales do Sul convocou um concurso internacional aberto para o projeto da Ópera House, um espaço capaz de receber óperas e orquestras sinfônicas, tudo na esperança de transformar a cidade de Sidney em uma importante capital cultural do mundo moderno. Como todos sabem, arquiteto dinamarquês Jørn Utzon foi o grande vencedor da competição, ainda que seu projeto fosse feito de apenas alguns esboços até certo ponto, intrigantes.
https://www.archdaily.com.br/br/911774/7-propostas-rejeitadas-para-a-pera-de-sydneyNiall Patrick Walsh
MVRDV venceu um concurso para renovar e ampliar o Palais du Commerce em Rennes, França. Desenvolvido em colaboração com os co-arquitetos Bernard Desmoulin e os investidores Frey e Engie Avenue, a transformação do marco histórico "significará um renascimento para o edifício e seus arredores".
O projeto do MVRDV reativará a Place de la Republique e o Palais, transformando um antigo prédio público em uma peça central da principal rua comercial da cidade, como foi originalmente planejado. Apesar de ser respeitosa com o edifício existente, a proposta do MVRDV adota uma abordagem crítica com transparência e acessibilidade.