O design participativo é um processo democrático que visa oferecer contribuições iguais para todas as partes interessadas, com foco particular nos usuários, geralmente não envolvidos diretamente no método tradicional de criação espacial. A ideia baseia-se no argumento de que envolver o usuário no processo de concepção pode ter um impacto positivo na recepção desses espaços. Facilita o processo de apropriação, ajuda a criar locais representativos e valiosos e, assim, cria resiliência dentro do ambiente urbano e rural.
Noticias de Arquitetura
O cidadão especialista: uma mudança de perspectiva no design participativo
Qual o papel dos materiais e sistemas construtivos para democratizar a arquitetura?
"A Arquitetura não muda nada. Está sempre do lado dos mais ricos." Com essas palavras, Oscar Niemeyer se referiu à arquitetura como um privilégio destinado principalmente à classe alta - uma declaração que historicamente provou ser verdadeira, mesmo como alguns gostariam de negar. Hoje, apenas 2% de todas as casas ao redor do mundo foram projetadas por arquitetos. Isso se deve em grande parte ao fato de que, aos consumidores médios, as casas projetadas por arquitetos continuam sendo percebidas como produtos caros e inatingíveis disponíveis apenas para este poucos selecionados; Um luxo que muitos não podem entender, especialmente à medida que os preços da habitação aumentam. Por fim, isso torna o bom projeto inacessível para certos segmentos, forçando -os a se contentar com condições de vida precárias em espaços padronizados que não levam em consideração suas necessidades (ou seja, se eles têm acesso à moradia).
Acessibilidade e igualdade de oportunidades em 7 espaços educativos
Enquanto catalisadores democráticos, os espaços educacionais desempenham um papel fundamental na formação de indivíduos e comunidades como um todo. Estes lugares, onde os estudantes passam uma parte significativa do tempo desenvolvendo suas capacidades, habilidades e competências, são mais do que um pano de fundo para a promoção de um direito fundamental, eles são elementos-chave para proporcionar igualdade de oportunidades para todos.
Instalações de livre acesso e de uso comum, tais como pátios escolares, quadras e auditórios são grandes exemplos de como os espaços podem encorajar estudantes, professores, pais e membros da comunidade a aprenderem uns com os outros em um diálogo ativo. Flexibilidade e acessibilidade são dois outros pontos-chave para promover a democratização tanto da arquitetura quanto da educação, como visto em programas que vão além do horário escolar pré-estabelecido e incentivam as comunidades a se envolverem, por exemplo.
Banco do Brasil libera 100 milhões de euros para financiar projetos de energia renovável
Os desenvolvedores de energia renovável ganharão um incentivo para terem acesso a recursos. O Banco do Brasil e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) assinaram nesta semana um contrato para viabilizar a liberação de 100 milhões de euros em financiamentos para projetos no setor.
Segundo o Banco do Brasil, a parceria ajuda no cumprimento de metas da Agenda 2030, plano de ação global com 17 objetivos de desenvolvimento sustentável e 169 metas de erradicação da pobreza.
Como viveremos em nossas cidades?
Há futuro para nossas cidades se não mudarmos para um modo de vida sustentável? Há algum tempo, a sustentabilidade urbana adotou um ponto de vista mais a partir das mudanças climáticas do que de uma visão holística que incorpora a sociedade e a forma como vivemos em comunidade.
Que novas formas de habitar estamos vivenciando com as mudanças sociais, econômicas e ecológicas? Definitivamente, precisamos trazer à mesa exemplos que ocorreram em diferentes partes do mundo e entender as últimas tendências na maneira como vivemos em nossas cidades.
Queremos ouvir de você não apenas exemplos de co-living, cooperativas e qualquer novo tipo de habitação social que você considere referência, mas também sua opinião sobre o assunto. Os comentários deixados no formulário a seguir serão selecionados e publicados em um próximo artigo.
Materiais para construir a identidade da Índia
Ao se tornar um país soberano, livre do domínio britânico, o povo da Índia se viu diante de perguntas que nunca haviam respondido. Vindo de diferentes culturas e origens, os cidadãos começaram a se perguntar o que significaria a Índia pós-independência. Os habitantes agora tinham a opção de construir seu próprio futuro, com a responsabilidade de recuperar sua identidade — mas qual era a identidade da Índia? Eram os templos e as cabanas do povo indígena, os altos palácios da era Mughal ou os escombros do domínio britânico? Iniciou-se a busca por uma sensibilidade indiana contemporânea que levasse as histórias coletivas dos cidadãos em direção a um futuro de esperança.
Ágora: uma reflexão sobre as arquiteturas democráticas da Colômbia
Onde nos formamos como sujeitos da democracia? Onde tomamos consciência do indivíduo e do coletivo? Onde forjamos o caráter para viver juntos? Estas são apenas algumas das questões que a cooperativa de arquitetura Coonvite procura abordar a partir do desenvolvimento desta instalação artística chamada Ágora. Reunindo expressões e opiniões em torno da democracia, Víctor Muñoz foi o responsável pela curadoria do projeto, que está em exposição até 31 de julho no Centro de Artes da Biblioteca EAFIT em Medellín, Colômbia.
Xeque-mate: a vez do xadrez nos interiores em 15 projetos
O quadriculado do xadrez é um clássico que vai muito além de estampas da moda. Presente na arquitetura há séculos, arquitetos e designers optam pelo seu ritmo como uma alternativa para enaltecer a composição dos espaços através de sua marcação em piso ou paredes, mas também em elementos de decoração como tapetes e almofadas.
Toronto planeja suspender a construção de cidades inteligentes por questões de privacidade
À medida que mais cidades inteligentes se espalham pelo mundo, seja em países do Extremo Oriente, América Latina ou Oriente Médio, Toronto está se afastando do movimento das cidades inteligentes e reavaliando sua grande contribuição para a comunidade. A cidade canadense, que ficou em 15º lugar no ranking da Global Finance das melhores cidades do mundo para se viver no ano de 2022, planeja "matar a cidade inteligente para sempre", especialmente após os polêmicos motivos do cancelamento de Quayside, questionando sua falta de privacidade, necessidade em um escala urbana e se, de fato, as pessoas querem viver em um ambiente orientado pela tecnologia.
Desenhando cidades melhores: como escolher o piso das calçadas?
De maneira geral, para garantir a circulação universal das pessoas, as calçadas devem apresentar superfície regular, contínua, firme, antiderrapante e sem mudanças de níveis ou inclinações. Na prática, sabemos que é raro encontrar calçadas que atendam a esses parâmetros de qualidade. De todos os elementos que compõem uma calçada, a exploração dos recursos de pisos e o enfrentamento da topografia são fundamentais para garantir qualidade no desenho urbano.
Luz e cor: enriquecendo a arquitetura com vitrais
Predominantemente associado a locais de culto, o vitral tem sido usado por artesãos em todo o mundo há milhares de anos em uma série de empreendimentos e instalações artísticas. Intensificando a arquitetura com cores vivas, o processo do vitral remete a uma ação particular em que o vidro é colorido através de óxidos metálicos durante sua fabricação, usando diferentes aditivos para criar uma gama de matizes e tons.
No quesito de aprimoramento arquitetônico, os vitrais são frequentemente reunidos para produzir representações de arte decorativa, permitindo que a luz filtre e penetre em uma estrutura ou edifício específico. Como componente, é ao mesmo tempo, decorativo e funcional, uma vez que permite a entrada de uma quantidade substancial de luz em um espaço, para efeito atmosférico e benéfico.
Os custos do transporte público gratuito
De tempos em tempos, há pessoas que propõem transporte público gratuito. Os apoiadores têm uma variedade de motivos, incluindo uma tentativa de comparar com carros, socialismo ideológico, externalidades positivas e a eficiência de se livrar da cobrança de tarifas.
Ilhas Maldivas combatem o aumento do nível do mar com cidade flutuante
A firma de arquitetura, planejamento urbano e pesquisa Waterstudio.NL, dos Países Baixos, em colaboração com a Dutch Docklands e o governo das Maldivas, divulgou o projeto Maldives Floating City (MFC), uma “cidade-ilha” que oferece uma nova abordagem de vida sustentável no Oceano Índico. O projeto está em desenvolvimento há mais de uma década e contará com milhares de residências flutuando ao longo de uma malha flexível e funcional em uma lagoa de 200 hectares.
Inteligência artificial na arquitetura: o que a tecnologia já nos permite automatizar em casa?
Não são poucas as histórias de ficção que nos fazem sonhar com a automatização em nossas vidas. Robôs e geringonças cheias de luzes e botões prometem facilitar e transformar nossas rotinas, além de influenciarem a estética com uma linguagem futurista. Na realidade, além de replicar essa estética na arquitetura, hoje em dia nos deparamos com tecnologias de inteligência artificial que avançaram o suficiente para serem incorporadas aos projetos de arquitetura mais simples, como as residências unifamiliares.
BIG homenageia o legado e a liberdade dos afro-americanos com Museu Nacional Juneteenth no Texas
O BIG, Bjarke Ingels Group, juntamente com o escritório de design de propriedade afro-americana, KAI Enterprises, apresentou o projeto de um novo museu localizado no Texas dedicado a preservar a história de Juneteenth e o legado da liberdade. Localizado no sul histórico de Fort Worth, Texas, uma das comunidades mais carentes da região, o National Juneteenth Museum servirá como um meio para educação, preservação e celebração de Juneteenth nacional e mundialmente, sediando exposições e eventos sobre a importância de liberdade afro-americana. O novo edifício incluirá galerias imersivas, uma incubadora de empresas, refeitório para fornecedores locais, espaço Black Box e um teatro. O museu deve ser inaugurado em 2023.
Escritórios biofílicos: paisagismo no ambiente de trabalho
O design biofílico é capaz de melhorar o bem-estar dos usuários de um espaço a partir da reconexão com a natureza. Quando essa prática é colocada em escritórios e ateliês, essa propriedade se traduz em muitos benefícios. Afinal, além das qualidades emocionais que a vegetação pode trazer, ela tem a capacidade de filtrar ruídos, iluminação e permitir um clima mais ameno, resultando na produtividade da equipe e em serviços mais otimizados.
A estetização da desigualdade: paisagens contrastantes na periferia da Cidade do México
A região que conhecemos hoje como a Zona Metropolitana do Vale do México (ZMVM) tem tido uma ocupação contínua e dinâmica há mais de 4.000 anos. Evidências arqueológicas e antropológicas revelam a presença de sociedades humanas complexas nas margens da bacia, começando com Tlatilco e Cuicuilco no período pré-clássico mesoamericano, passando por Teotihuacan no período clássico, e culminando com os diferentes centros urbanos da afiliação Nahua no período pós-clássico, com destaque as cidades do México de Tenochtitlan-Tlatelolco, assim como Texcoco, Azacapotzalco, Iztapalapa e Chalco, entre muitas outras.
Caminhabilidade, o que é?
Desde o higienismo no início do século 20 ao macroplanejamento da urbanização nos anos 1970, o modelo de urbe visava à abertura de largas avenidas, que faziam a articulação entre bairros (centro e extensão) através dos transportes motorizados: a cidade sobre pneus. Este modelo de urbanização norte-americano, seguido pelas cidades brasileiras, privilegia a verticalização das edificações e os transportes individuais em detrimento dos transportes coletivos.
Arquitetura como identidade: conhecendo a obra de Gustavo Penna Arquiteto e Associados
“No local escolhido para a construção estava plantada uma das casas antigas de BH, que seria grato preservar do esquecimento. Engenhosos, Penna e sua equipe inseriram no conjunto o arco de entrada da velha construção. Criaram assim um elo visível entre o passado e o tempo presente. [...] O excelente trabalho dá à gente a alegria de sentir que nem tudo está perdido em Belo Horizonte. Os moços apontam o caminho”. Em 1982, quase no fim da sua vida, Carlos Drummond de Andrade escreve essa crônica para o Jornal do Brasil, o projeto em questão diz respeito à Sede da Casa do Jornalista de Belo Horizonte, escolhido por meio de concurso que teve como Gustavo Penna o grande vencedor.
O futuro das cidades é a micromobilidade?
Durante a pandemia, em um momento em que muitos dos padrões aceitos de vida na cidade foram alterados, bairros e comunidades ao redor do mundo estão começando a considerar a possibilidade de não voltar a ser como eram.
Várias pessoas precisaram vender seus carros por ficarem mais tempo em casa e isso teve uma consequência nas ocupação das vagas de estacionamento. Ao mesmo tempo, atividades ao ar livre foram estimuladas e até comer e fazer compras no meio da rua com ventilação natural se tornou mais saudável para diminuir os índices de contaminação.
1 Hora no trânsito: uma constante imutável?
Em 1870, o tempo médio de trabalho semanal nos EUA era de 57 horas, em 2000, já tinha caído para 39 horas, redução de 32%. A França passou de 66 para 34 horas, redução de quase 50%. No mundo, a redução da jornada de trabalho foi em média de 64 para 36 horas, mostrando que a evolução tecnológica pode ter contribuído para a redução do tempo dedicado às atividades laborais.
Como o capital privado torna a crise imobiliária ainda pior
Este artigo foi publicado originalmente no Common Edge.
A crise habitacional dos Estados Unidos não é um problema recente. Mas relatos recentes de hedge funds privados comprando casas isoladas e geminadas, podem deixar uma situação difícil ainda pior. Quando os hedge funds compram essas propriedades, essas casas provavelmente não voltarão ao mercado imobiliário. Elas desaparecem por agora e, provavelmente, para sempre.
5 Lições latino-americanas para a implementação de infraestruturas para a bicicleta
A pandemia da Covid-19 levou muitas cidades a acelerar a implementação de ciclovias pop-up ou temporárias para facilitar viagens seguras durante os períodos mais críticos da crise sanitária. Muitas dessas ciclovias foram inovadoras em seus contextos – vide o caso de Buenos Aires, que implementou, pela primeira vez, ciclovias em grandes avenidas, oferecendo conexões mais diretas para quem pedala.