De 20 de maio a 26 de novembro de 2023, a 18ª Exposição Internacional de Arquitetura ocupará os espaços do Giardini, Arsenale e outros locais de Veneza. Intitulada O Laboratório do Futuro, a mostra foi anunciada hoje pelo presidente da Biennale di Venezia, Roberto Cicutto, e pela curadora da exposição, Lesley Lokko.
O tema e título desta edição considerará o continente africano como protagonista do futuro. “Há um lugar neste planeta onde todas essas questões de equidade, raça, esperança e medo convergem e se unem. África. A nível antropológico, somos todos africanos. E o que acontece na África acontece com todos nós”, explica Lokko.
Nos últimos anos, a indústria da construção tem enfrentado desafios sem precedentes. A falta de trabalhadores qualificados está aumentando os custos da mão-de-obra, há uma escassez global de moradias e os efeitos das mudanças climáticas em todo o mundo estão mais claras do que nunca. Portanto, questionar os métodos tradicionais de construção e empurrar os limites da inovação tornou-se uma prioridade, forçando o setor a implementar novas tecnologias à medida que eles embarcam na era da transformação digital. Há uma inovação, no entanto, que parece particularmente promissora: impressão em construção em 3D. Embora relativamente recente, a tecnologia já foi testada com sucesso em inúmeras estruturas, casas e prédios de apartamentos, reformulando a construção residencial como a conhecemos. Portanto, a impressão 3D poderia muito bem ser uma alternativa viável para soluções de moradias em massa mais eficientes, sustentáveis e econômicas em um futuro próximo, impactando positivamente a vida das pessoas e contribuindo para cidades mais verdes e saudáveis.
O processo de expansão das cidades, com o surgimento de novas frentes de povoamento, ocasiona uma consequente migração de partes da população residente e dos setores produtivo e comercial para novas áreas. Esse fenômeno tem, como um de seus resultados, o esvaziamento funcional e demográfico de regiões consolidadas das cidades brasileiras, levando a uma concentração de terrenos e edificações ociosos, subutilizados e degradados.
https://www.archdaily.com.br/br/983566/a-gestao-ineficiente-dos-imoveis-publicos-nas-cidades-brasileirasPedro Duarte e Naiara Amorim
Pelos mais variados motivos, arquitetos são conduzidos para longe da prática profissional. Às vezes, no entanto, seguem projetando edifícios em outros meios e suportes. Vinicius Libardoni é um arquiteto e artista ítalo-brasileiro que migrou do Autocad para a gravura em metal, com passagem pela xilogravura, e vem construindo arquiteturas imaginárias desde então.
O tema maconha é um tabu. Baseados em suas crenças culturais e religiosas, os países têm opiniões diferentes sobre a legalização de produtos oriundos da cannabis. Nos Estados Unidos especificamente, cada Estado decide como lidar com a questão e a cada ano, mais e mais deles (agora 18 e o Distrito de Columbia, num total de 50) têm legalizado a venda e o uso recreativo de uma quantidade limitada de cannabis — embora ela continue ilegal em nível federal.
A densa paisagem de Manhattan acaba de receber mais um arranha-céu, desta vez projetado por um Pritzker português. Com 137 metros de altura e 35 pavimentos, o 611 West 56th Street, primeiro edifício de Álvaro Siza em Nova Iorque, foi externamente concluído. O condomínio de luxo, que é também a primeira obra de Siza nos Estados Unidos, conta, ainda, com diversos equipamentos para seus residentes, como uma piscina, um spa, uma academia, um playground para crianças e espaços para eventos.
O Prêmio Aga Khan de Arquitetura (AKAA) anunciou 20 projetos finalistas para a edição de 2022. Concorrendo ao prêmio de US$ 1 milhão, um dos maiores da arquitetura, os 20 projetos localizados em 16 países diferentes foram selecionados pelo júri dentre 463 obras indicadas ao 15º Ciclo de Prêmios (2020-2022). O júri, do qual fazem parte Anne Lacaton, Francis Kéré, Nader Tehrani e Amale Andraos, se reunirá novamente este ano para visitar os projetos e escolher os vencedores.
Espaços públicos desempenham um papel significativo na organização de cada comunidade, mas definir o que os diferencia de outros espaços da cidade não é uma tarefa fácil. Uma vez que esses espaços começam a se instalar na memória coletiva das comunidades locais, tornam-se elementos-chave que concentram a imagem mental de uma cidade. Enquanto esse processo geralmente acontece com espaços urbanos, monumentos e elementos arquitetônicos isolados também podem se tornar marcos para a vida urbana de uma determinada região. Então, o que acontece quando eventos catastróficos como incêndios, guerras ou mesmo a pandemia alteram essa imagem?
O século XX é o período mais importante quando se trata de ícones de design de interiores. A lista de protagonistas que contribuíram para fazer essa era de design tão grandiosa é certamente muito grande para realmente fazer justiça a todos eles e seus designs clássicos de móveis. Por esse motivo, aqui apresentamos apenas uma pequena seleção de arquitetos e designers como Eileen Gray, Le Corbusier e Verner Panton, que escreveram a história do design ao longo do século passado, e que ainda continuam impressionando até hoje - todos os quais podem ser encontrados no Architonic. Nossa jornada inclui talentos extraordinários de todos os cantos do mundo: um olhar para o mundo dos móveis do passado, futuro e que no presente continua de destaque com a atemporalidade de sempre.
Formado pelos arquitetos João Gabriel Rosa, Martin Kaufer Goic, Eron Costin, Emerson Vidigal e Fabio Henrique Faria, o Estúdio 41 possui um trabalho bastante diversificado, tanto em escala quanto em programas. Essa característica foi conquistada ao longo de mais de 10 anos investidos na participação de concursos nacionais e internacionais de arquitetura, com presença marcante entre os finalistas e as menções honrosas, além das vitórias expressivas, como no edital para a reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz em 2013.
Poucos espaços são tão íntimos e contemplativos quanto as salas de oração. Projetadas como estruturas autônomas e parte de projetos maiores, as salas de oração são feitas como uma arquitetura de introspecção. Localizados dentro de uma casa de culto ou espaço funerário, ou para fins próprios, estas salas silenciosas oferecem áreas tranquilas para considerar a vida e a passagem do tempo. Refletindo ideias mais amplas sobre fé e espiritualidade específicas, elas são projetadas como espaços de simbolismo e santuário.
"Crescer sendo queer significa experimentar a desestabilizadora ausência de uma história queer ampla e acessível, principalmente em relação ao pensamento espacial". Este relato é o que intrigou o designer Adam Nathaniel Furman e o historiador de arquitetura Joshua Mardell a reunir uma comunidade de colaboradores para apresentar novas perspectivas ao campo da arquitetura. A partir de histórias de espaços que desafiam a moral cis-heteronormativa e abrigam pessoas que buscam viver suas próprias verdades, surgiu o livro intitulado "Queer Spaces: An Atlas of LGBTQIA+ Places and Stories", o qual explora distintos contextos sociais, políticos e geográficos da comunidade LGBTQIA+.
Cerca de cinco hectares tem a Plaza de Cataluña, um dos centros nevrálgicos de Barcelona. Um lugar de convergência para os diversos bairros e turistas de todas as culturas e origens. Aqui, o escritório de arquitetura MAIO projetou e construiu uma cozinha urbana para o Festival Model - um evento que durante dez dias no mês de maio tomou a cidade como um campo de experimentação e debate.
Em projetos residenciais, os elementos de conforto ambiental são centrais para a concepção de propostas que estabeleçam um sentido de aconchego, acolhimento e sensação de pertencimento em um lugar protegido e seguro. A iluminação talvez seja o aspecto mais importante na conformação desse conjunto, já que ela é capaz de apontar usos específicos nos ambientes internos e externos das casas, estabelecer funções de uso prático ou de relaxamento, e destacar elementos arquitetônicos que atribuem grande valor às obras.
Balkrishna Doshi foi formalmente presentado, em 15 de junho, com a 2022 Royal Gold Medal for Architecture pelo presidente do RIBA, Simon Allford. Concedido pelo Royal Institute of British Architects, em nome de Sua Majestade a Rainha, o prêmio anual é “oferecido a uma pessoa ou grupo de pessoas que tiveram uma influência significativa direta ou indiretamente no avanço da arquitetura”.
Figura principal na formação da arquitetura indiana e suas regiões adjacentes, conhecido especialmente por seu planejamento urbano visionário e projetos de habitação social, Balkrishna Doshi “combinou o modernismo pioneiro com o vernáculo”, enquanto seus edifícios carregam “uma profunda apreciação das tradições da arquitetura, clima, cultura e artesanato da Índia”. Com 70 anos de carreira, mais de 100 projetos construídos e sua atuação na educação, tornou-se reconhecido internacionalmente por suas contribuições no cenário arquitetônico. Aos 90 anos e ainda atuando, Balkrishna Doshi “continua tão prolífico quanto inspirador”, afirma o Comitê de Honra do RIBA de 2022.
Ma Yansong, sócio principal da MAD Architects, revelou sua última obra de arte "Flow" na recém-inaugurada 8ª Trienal de Arte Echigo-Tsumari. Inaugurada neste verão no Japão, a instalação reinventa parte da obra de arte “Tunnel of Light” que foi concluída em 2018. Por meio de uma série de plataformas imersivas, os arquitetos abstraíram e capturaram o espírito do rio Kiyotsu, proporcionando aos visitantes uma experiência imersiva e espacial dinâmica. A Trienal espera melhorar a economia local por meio da arte e promover uma relação mais harmoniosa entre o homem e a natureza.
Por mais transitórios que sejam as tendências, elas sempre têm uma maneira de retornar. Vemos isso o tempo todo na moda, com a volta em grande estilo de peças de roupas que pensávamos que nunca mais veríamos. O design de interiores não é exceção. Embora este século tenha estabelecido o ideal sobre sofisticação e simplicidade sutis - com superfícies brancas, linhas limpas e acabamentos lisos -, elementos retrô ousados estão sendo revistos em interiores residenciais e comerciais. Seja na forma de paredes coloridas vibrantes, pisos com padrões geométricos intrincados ou peças de móveis de aparência vintage, parece haver uma apreciação renovada por elementos de design inspirados nas tendências da segunda metade dos anos 1900, principalmente dos anos 50 aos anos 80.
Sexta-feira, 3 de junho, marcou 100 dias de guerra na Ucrânia. Um dos muitos efeitos devastadores tem sido a destruição de ambientes urbanos e rurais. O patrimônio cultural e arquitetônico da Ucrânia está sob ameaça. Em 30 de maio, a UNESCO verificou danos em 139 locais afetados pela guerra em andamento. A lista inclui 62 locais religiosos, 12 museus, 26 edifícios históricos, 17 edifícios dedicados a atividades culturais, 15 museus e sete bibliotecas. Segundo a UNESCO, os edifícios mais afetados incluídos na lista estão em Kiev. Ainda assim, os danos também são encontrados nas regiões de Chernihiv, Kharkiv, Zaporizhzhya, Zhytomyr, Donetsk, Lugansk e Sumy. Isso representa uma avaliação preliminar de danos para bens culturais feita através da verificação cruzada dos incidentes relatados com várias fontes confiáveis. Os dados publicados serão atualizados regularmente.
Assim como muitas decisões projetuais no campo da arquitetura, a escolha de elevar uma casa em relação ao terreno não tem impactos apenas estéticos, mas também - ou sobretudo - funcionais. Elevar um edifício do solo ajuda a afastar a umidade e melhorar a circulação do ar, ao mesmo tempo em que minimiza seu apoio no plano e, consequentemente, a necessidade de movimentação de terra para executar a obra. Assim, lajes suspensas são simultaneamente soluções arquitetônicas e bioclimáticas passivas, adequando-se bem ao clima quente e úmido que caracteriza a maior parte do Brasil.
O Prêmio Mies Crown Hall Americas (MCHAP) anunciou os 48 projetos finalistas selecionados pelo júri do MCHAP 2022. Dos projetos indicados, foram escolhidos 38 para a categoria MCHAP e 10 para a categoria MCHAP.emerge. O quarto ciclo de prêmios considera obras construídas concluídas nas Américas entre janeiro de 2018 e dezembro de 2021, indicadas por uma rede anônima de especialistas e profissionais internacionais.
Marina Otero foi a vencedora do Prêmio Wheelwright de 2022, promovido pela Harvard University Graduate School of Design (Harvard GSD). O prêmio de US$ 100.000 financiará dois anos de pesquisa e viagens para estudos sobre arquitetura contemporânea, com ênfase na pesquisa global. A proposta vencedora, “Future Storage: Architectures to Host the Metaverse”, explora um novo paradigma para arquitetura para armazenamento de dados digitais. O projeto investiga como as infraestruturas digitais pode dar respostas às demandas sem precedentes que o mundo enfrenta hoje. A pesquisa de campo, coleta de dados e desenvolvimento de protótipos resultarão em um manual de código aberto para projeto de arquitetura de data center contendo exemplos de modelos de armazenamento de dados ecológicos, circulares e igualitários.
Na história da arquitetura o conceito de beleza sempre esteve atrelado a diferentes fatores que representam, principalmente, os valores da sociedade em determinado período. O zeitgeist (espírito de época) certamente é crucial para essas definições, por isso, algo que já foi considerado belo no passado é passível de receber outra conotação hoje em dia. Nesse sentido, as preferências estéticas na arquitetura parecem estar atreladas a referências simbólicas implícitas na própria construção e na relação dela com o mundo. São preferências que exprimem convicções, ideologias e posicionamentos, assim como sentimentos morais, religiosos, políticos e, claro, símbolos de status de classe.
A concepção das janelas de um edifício é fator determinante para a salubridade e conforto térmico dos ambientes. No caso das janelas de piso a teto, a dupla vantagem que se tem a partir da boa iluminação dos espaços internos e ampla vista para a paisagem talvez seja o fator mais atrativo para a sua adoção em edifícios residenciais. Normalmente localizadas em pontos estratégicos, como nos espaços de convívio ou em quartos não direcionados à rua, esse tipo de janela promove uma eficiente integração entre os espaços internos e externos.
O SescTV lançou a série Territórios da Resistência sobre os movimentos de permanente violência e exploração dos territórios com objetivo de estabelecer um controle hegemônico que desconsidera os modos de existência, os direitos e saberes de seus habitantes. Dividida em quatro episódios construídos a partir do longa-metragem homônimo, fruto de uma parceria entre o Sesc Ipiranga, o Museu do Ipiranga e a Universidade de São Paulo, a série também discute o papel ativo dos espaços físico e simbólico do museu na construção de narrativas, memórias e processos de resistência.
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