Centro Comunitário Waihinga Martinborough / Warren and Mahoney
Pavilhão Riddiford / Herriot Melhuish O'Neill Architects
Não podemos projetar edifícios como os de antigamente?
Claro que podemos. Mas qualquer coisa sempre trará as marcas de seu próprio tempo.
Continuar com algo que sabemos que funciona é uma boa estratégia. Muitos edifícios e cidades antigas funcionam extraordinariamente bem. Como regra geral, é tolo substituí-los por qualquer outra coisa. E tempos modernos não necessariamente demandam edifícios modernos. Em muitos casos, é fácil ter um estilo de vida moderno em um edifício remodelado. O problema em criar novos edifícios e cidades que pareçam antigos não é a imitação propriamente dita - aprendemos a lidar com mentiras muito piores que esta -, mas o charme das antigas cidades tem raízes muito mais profundas. Assim que aprendermos a compreender realmente os antigos edifícios e cidades, poderemos recriar suas qualidades através de outras formas. Edifícios são recursos; projetos, oportunidades.
A arquitetura não precisa de reconstrução, precisa de críticos mais conscientes
Nas últimas semanas, uma série de comentaristas de arquitetura reacionários saíram da toca para denunciar o que vêem como o rumo atualmente negativo da arquitetura contemporânea. Eles afirmam que a arquitetura deve ser "reconstruída" ou que ela está “implodindo.” A partir de suas indicações, a arquitetura está no limite de sua vida, dando o seu último suspiro. A crítica que eles oferecem é de que a arquitetura contemporânea tornou-se (ou sempre foi?) insensível aos usuários, às condições do local, à história - dificilmente um romance. Todos os anos, este tipo de ataque frontal contra o valor da arquitetura contemporânea é lançado, mas as críticas desta vez parecem especialmente superficiais e equivocadas. Analisando a cena contemporânea da arquitetura global, eu realmente sinto que estamos em um lugar surpreendentemente saudável, se você olhar para além das vitrines óbvias. Temos escapado dos dogmas evidentes do passado e renovamos nosso foco nas questões de meio ambiente e ação social, estamos mais preocupados do que nunca com a tectônica e em como construir com qualidade. Mas os críticos perenes da arquitetura contemporânea parecem não ter analisado profundamente, ou mesmo cuidadosamente. E, infelizmente, as várias contestações às suas críticas, em apoio à arquitetura moderna e experimental, têm sido mal argumentadas.
Brutalismo de A a Z
Jonathan Meades, do jornal The Guardian, elegeu os ícones do Brutalismo em uma provocante lista de A a Z que vai de Hans Asplund, que cunhou o termo "nybrutalism", à fascinação californiana nos anos 1960 com ornamentos em estilo Zapoteco. Veja a lista completa e descubra por que a cidade de Quebec, o arquiteto iugoslavo Janko Konstantinov e o dinamarquês Jørn Utzon estão na lista.
Centro Hackney Marshes / Stanton Williams
-
Arquitetos: Stanton Williams
- Área: 3060 m²
- Ano: 2011
Teoria Unificada da Arquitetura: Uma introdução
Nos próximos meses estaremos publicando o livro de Nikos Salingaros, Unified Architectural Theory, em uma série de capítulos, tornando-o livre a estudantes e arquitetos. Nos parágrafos seguintes, Salingaros explica porque optamos por esta iniciativa, e também introduz o tema de seu livro: respondendo "a antiga e perturbadora questão de por que arquitetos e pessoas comuns têm preferências de edifícios diametralmente opostas."
ArchDaily e eu estamos iniciando uma nova ideia de publicação, uma ideia que reflete as tendências revolucionárias que estarão em meu livro, que será futuramente publicado. No momento, meu livro, Unified Architectural Theory, 2013, está disponível apenas nos EUA. Com a cooperação do ArchDaily, ArchDaily Brasil e Plataforma Arquitectura, ele logo estará disponível em outras línguas, para todos que tenham acesso à internet. Sendo publicado um capítulo por vez, estudantes e profissionais poderão digerir o material à vontade, imprimir as páginas e encaderná-las como um livro de referências "faça você mesmo". Pela primeira vez estudantes terão acesso a este material em seu idioma e gratuitamente!
O livro surgiu de um curso sobre teoria da arquitetura que eu lecionei ano passado. Foram apresentados aos estudantes os mais recentes resultados científicos que mostram como seres humanos respondem a diferentes formas e espaços arquitetônicos. No final do curso, todos tinham conhecimento suficiente para avaliarem, eles mesmos, quais edifícios, espaços urbanos e configurações internas eram mais adequadas para os seres humanos.
Esta abordagem é, claro, totalmente diferente daquilo que se conhece hoje como "Teoria Arquitetônica".