A estética visual das últimas décadas pode ser definida como projetar com os princípios do “nada”. Seja por meio de arte, estilo de vida, moda, design industrial ou de interiores, há uma suposta necessidade de manter as coisas no mínimo, promovendo a tendência globalmente amada e altamente criticada do minimalismo. Minimalismo é essa noção de reduzir algo a seus elementos necessários, mas quem está decidindo o que é necessário e quem está decidindo o que é demais? Com essas questões em mente, combinadas com mudanças radicais no consumismo e na maneira como as pessoas vivem nos últimos anos, as tendências atuais mostraram que o minimalismo veio para ficar, mas não sem uma reviravolta.
Denilson Machado – MCA Estúdio
Tendências sempre voltam: estética retrô com materiais modernos
Por mais transitórios que sejam as tendências, elas sempre têm uma maneira de retornar. Vemos isso o tempo todo na moda, com a volta em grande estilo de peças de roupas que pensávamos que nunca mais veríamos. O design de interiores não é exceção. Embora este século tenha estabelecido o ideal sobre sofisticação e simplicidade sutis - com superfícies brancas, linhas limpas e acabamentos lisos -, elementos retrô ousados estão sendo revistos em interiores residenciais e comerciais. Seja na forma de paredes coloridas vibrantes, pisos com padrões geométricos intrincados ou peças de móveis de aparência vintage, parece haver uma apreciação renovada por elementos de design inspirados nas tendências da segunda metade dos anos 1900, principalmente dos anos 50 aos anos 80.
Casa da Árvore / Studio Guilherme Torres
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Arquitetos: Studio Guilherme Torres
- Área: 1165 m²
- Ano: 2018
Escritório Casa MR / Melina Romano
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Arquitetos: Melina Romano
- Área: 150 m²
- Ano: 2021
Casa Olaria / NJ+ Arquitetos Associados
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Arquitetos: NJ+ Arquitetos Associados
- Área: 215 m²
- Ano: 2021
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Fabricantes: +55 Design, Atelier Balaio, Beatriz Dutra Cerâmica, Bontempo, Construflama, +27
Salas de estar ainda são relevantes? 16 Projetos que adaptam estes espaços de encontro à arquitetura contemporânea
Hoje, a arquitetura se tornou — ou está se tornando — mais flexível e individualista, para acomodar os diversos estilos de vida, e necessidades espaciais das pessoas. Com esta adaptação, a tipologia residencial mudou, e as salas de estar correm perigo. Muitos insistem na necessidade de ter um espaço dedicado ao relaxamento e ao lazer, enquanto outros afirmam ser simplesmente um desperdício de espaço e dinheiro. Este debate levantou uma questão importante: ainda precisamos de salas de estar? Neste enfoque, veremos como as salas de estar evoluíram ao longo dos anos, e como os arquitetos readaptaram e integraram o conceito de "espaço de encontro" na arquitetura residencial contemporânea.
Casa Light / Studio Guilherme Torres
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Arquitetos: Studio Guilherme Torres
- Área: 1226 m²
- Ano: 2020
Casa Asa / Studio Guilherme Torres
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Arquitetos: Studio Guilherme Torres
- Área: 600 m²
- Ano: 2018
Casas brasileiras: 13 residências com pilares escultóricos
A relação entre arquitetura e estrutura já foi amplamente discutida e é repetidamente revisitada por arquitetos a cada novo projeto iniciado. Assim como os sistemas hidráulico e elétrico, o sistema estrutural é uma das disciplinas que compõem uma construção. É ele, porém, um dos mais impactantes no resultado arquitetônico, pois tem relação direta com os espaços criados e a materialidade escolhida. Ter o domínio do projeto de estruturas e entender como melhor incorporá-lo ao projeto de arquitetura traz mais autonomia ao arquiteto e maiores possibilidades de soluções de projeto.
A escolha do sistema estrutural, e de que forma ele irá ser incorporado ao projeto de arquitetura é um dos fatores mais impactantes nos projetos. Por um lado, pode-se optar por absorver os elementos estruturais, deixando-os camuflados na arquitetura e tornando-os imperceptíveis no projeto. Por outro, é possível que o sistema estrutural seja posto em evidência, tornando-se um elemento de destaque no projeto, seja por sua lógica estrutural, seja por sua materialidade, ou ainda sendo elevado a um elemento quase que escultórico.
Casa LG / Sabugosa Arquitetura
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Arquitetos: Sabugosa Arquitetura
- Área: 235 m²
- Ano: 2017
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Fabricantes: AutoDesk, Deca, Trimble Navigation
Estúdio Elã / Natália Lemos + Paula Pupo
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Arquitetos: Natália Lemos, Paula Pupo
- Área: 67 m²
- Ano: 2019
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Fabricantes: AutoDesk, Casa Julio, Castelatto, DIMLUX (BOMMA), Deca, +9
Apartamento Chez Vous / Talita Nogueria Arquitetura
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Arquitetos: Talita Nogueria Arquitetura
- Área: 235 m²
- Ano: 2020
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Fabricantes: Deca
Apartamento JM / Nildo José
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Arquitetos: Nildo José
- Área: 130 m²
- Ano: 2018
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Fabricantes: Bia Abreu, Carbono, Casulo, Cremme, Deca, +8
Casa PA / Studio Guilherme Torres
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Arquitetos: Studio Guilherme Torres
- Área: 1200 m²
- Ano: 2016
Casa Laranja / Studio Guilherme Torres
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Arquitetos: Studio Guilherme Torres
- Área: 808 m²
- Ano: 2020
Mobiliário integrado à arquitetura: 10 projetos com tijolo
Algumas arquitetas e arquitetos conseguem propor interações entre as diferentes escalas dos projetos, atuando em uma multiplicidade de campos que vão da cidade ao detalhe dos acabamentos, passando pela escala do edifício. Embora, em muitos casos, a seleção do mobiliário que vai complementar um projeto – isto é, os elementos que acabarão por interagir com a escala humana – costuma ser relegada a uma etapa pós-construção, seu desenho nem sempre é considerado um problema secundário.
Escritório Winnin Desenvolvimento de Software / Nop Arquitetura
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Arquitetos: Nop Arquitetura
- Área: 570 m²
- Ano: 2020
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Fabricantes: Consult Ar Condicionado
Casa DF / Studio Guilherme Torres
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Arquitetos: Studio Guilherme Torres
- Área: 1290 m²
- Ano: 2018