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Arquitetos: MAD Architects
- Área: 305 m²
- Ano: 2019
Fangfang Tian
Renovação Urbana Hutong Bubble 218 / MAD Architects
Diluindo os limites entre arquitetura e desenho de mobiliário
Uma nova tendência de design, inserida entre os domínios da arquitetura e do design de interiores, está transformando a relação entre estas duas disciplinas ao estabelecer objetos capazes de definir e moldar nossos espaços interiores, criando ambientes dinâmicos e altamente flexíveis. Fugindo à qualquer tipo de categorização, tal prática está aproximando duas disciplinas historicamente não muito distantes: a arquitetura e o design. Com cada vez mais frequência nos deparamos com projetos que transitam entre a arquitetura em pequena escala e o design em grande escala, ou melhor, com objetos que não são nenhuma coisa nem outra, ou talvez, que sejam as duas coisas ao mesmo tempo. Quer seja uma consequência da crescente necessidade por espaços cada vez mais flexíveis e compactos ou de uma resposta arquitetônica aos novos desafios de uma sociedade cada dia mais digitalizada, estes projetos estão abrindo caminho para uma extrema versatilidade do espaço habitado.
Os melhores projetos de arquitetura de 2020
Em nome de toda a equipe do ArchDaily, gostaríamos de agradecer seu apoio – a participação de vocês, leitoras e leitores, ajudou a tornar 2020 um ano melhor. Podemos dizer com satisfação que este ano, mais que em qualquer outro, alcançamos profissionais da arquitetura de todas as partes do mundo, contribuindo com ferramentas e inspiração para a criação de espaços melhores.
Com mais de 5.500 obras diferentes publicadas ao longo do ano, nossa equipe de curadores tem o prazer de compartilhar esta seleção dos 100 projetos mais acessados de 2020. Esta lista representa o que há de melhor no conteúdo criado e compartilhado pela comunidade do ArchDaily nos últimos 11 meses.
Quais são as megatendências que estão remodelando o campo da arquitetura e a indústria da construção?
Antes da pandemia, o mundo já enfrentava uma série de transformações globais no campo da construção, e os países emergentes estavam na vanguarda de uma poderosa mudança econômica. Como a população mundial deve atingir a marca de 10 bilhões de pessoas antes de 2100, o setor de construção deve ser capaz de entender e se adaptar às tendências que estão remodelando o globo.
Reforma de Unidade Habitacional: Quarto em forma de U / Atelier tao+c
Jardim Urbano Changli / TM Studio
Museu do Forno Imperial de Jingdezhen / Studio Zhu-Pei
Architects
Localização
East gate of Royal Kiln Factory, Junction of Shengli Road and Zhonghua North Road, Zhushan District, Jingdezhen, Jiangxi, ChinaAno do Projeto
2020Fotografias
Studio Zhu-Pei, Schran Image, Fangfang TianÁrea
10370.0 m2
Casa de Chá em Li Garden / Atelier Deshaus
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Arquitetos: Atelier Deshaus
- Área: 12 m²
As virtudes e limites da fotografia na representação da arquitetura - cinco fotógrafos discutem
Enquanto meio de representação da arquitetura, a fotografia apresenta qualidades indiscutíveis. Com ela, é possível apresentar a um público distante obras erguidas em qualquer lugar do mundo, de vistas gerais a espaços internos e pormenores construtivos - ampliando o alcance e, de certo modo, o acesso à arquitetura.
Entretanto, como qualquer outra forma de representação, não é infalível. Na medida que avanços tecnológicos permitem fazer imagens cada vez mais bem definidas e softwares de edição oferecem ferramentas para retocar e, por vezes, alterar aspectos substanciais do espaço construído, a fotografia, por sua própria natureza, carece de meios para transmitir aspectos sensoriais e táteis da arquitetura. Não é possível - ao menos não satisfatoriamente - experienciar as texturas, sons, temperatura e cheiros dos espaços através de imagens estáticas.
Museu de arte contemporânea de Taizhou / Atelier Deshaus
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Arquitetos: Atelier Deshaus
- Área: 2454 m²
- Ano: 2019
Como os arquitetos de hoje interpretam o design de interiores na China?
Como reflexo do comportamento humano, o espaço domiciliar não é apenas a personificação das convenções sociais e hábitos culturais de uma sociedade, mas fundamentalmente um espaço que transparece todas as nossas idiossincrasias. Desde o advento do modernismo, inúmeros arquitetos utilizaram o design de interiores como uma ferramenta para expressar suas principais teorias e conceitos em relação a arquitetura e o espaço. No projeto da Casa Vanna Venturi, Robert Venturi optou por inserir componentes super-dimensionados em uma casa relativamente pequena, criando uma relação complexa e contraditória entre os seus elementos e o espaço. Na Villa Mairea, Alvar Aalto construiu uma casa “imperfeita”, como uma maneira de subverter os rígidos padrões estéticos impostos pelo funcionalismo. A Casa 2 LDK, projetada pelo vencedor do Prêmio Pritzker de 2012, o arquiteto chinês Wang Shu conseguiu inserir um pátio dentro de uma projeção de apenas cinquenta metros quadrados.
Na China, como resultado do recente e voraz processo de urbanização que transformou o país ao longo das últimas décadas, a maioria dos cidadãos foram forçados à viverem empilhados em apartamentos modulares e estandardizados, estruturas repetitivas construídas às pressas para atender uma demanda cada dia maior. Edifícios assépticos, desprovidos de escala, estilo e completamente desconectados de seus contextos específicos. Felizmente, até mesmo em um mar de estruturas estéreis, arquitetos se mantiveram fiéis aos seus conceitos e teorias, combatendo a padronização com criatividade e sagacidade. A equipe do ArchDaily China entrevistou quatro arquitetos de alguns dos mais importantes escritórios de arquitetura do país, incluindo o Atelier FCJZ, o Qiuye Jin Studio, o Atelier tao + c e o maison h, na esperança de revelar uma sutil diferença entre o significado de “habitação” e “casa”, e como eles têm lidado com estas estruturas altamente padronizadas ao desenvolver projetos específicos de interiores para seus clientes ao redor do país.
Residência Conceito de Sustentabilidade / YANG DESIGN
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Arquitetos: YANG DESIGN
- Área: 150 m²
- Ano: 2018
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Fabricantes: Envision
Centro Cultural Linpan / Archi-Union
Museu de Arte de Jishou / Atelier FCJZ
O que vem causando a onda de remodelações na China?
A China parece estar no auge de uma febre de reformas e remodelações. Não apenas as ruelas (hutongs) nos centros históricos, mas também as fábricas abandonadas estão se tornando novos pólos tecnológicos ou culturais, e mesmo os edifícios com risco de colapso estão sendo reformados para prolongar sua vida útil. Por que isso está acontecendo? Quem está investindo? Como isso pode acontecer em um país onde você não pode comprar propriedades?
Nesta edição do Editor's Talk, nossas editoras do ArchDaily China compartilham o que pensam sobre essa febre de remodelações nas grandes cidades daquele país, que há anos passa por um acelerado processo de desenvolvimento.