A entrada de luz natural, a melhoria das condições de ventilação e a possibilidade de potenciar a ligação com a natureza, sem que isso implique uma perda de privacidade, têm levado os pátios a se tornarem elementos frequentemente adotados e incorporados em muitos projetos arquitetônicos.
Os pátios caracterizam-se por serem áreas abertas ou semicobertas, localizadas no interior de edifícios e têm seus perímetros delimitados por paredes, galerias ou outros elementos. Estes espaços, externos mas contidos, em muitos casos desempenham um papel crucial na configuração e organização do projeto e, em alguns casos, representam a conexão entre os moradores e o exterior.
Os pequenos veículos aéreos não tripulados (UAVs), comumente conhecidos como drones, abriram novas possibilidades para o registro de canteiros de obras. A possibilidade de tirar fotografias aéreas torna possível revelar problemas que muitas vezes são difíceis de capturar através de imagens tirada a altura dos pedestres. Semelhante ao que acontece com os desenhos conhecidos como "planta de cobertura", as fotos aéreas mostram mais claramente as decisões do projeto em relação à implantação, orientação, tipologia, relação com o entorno imediato e construções preexistentes, entre outras questões.
A diferença de nível é uma ferramenta muito utilizada por arquitetos e arquitetas para lidar com a topografia de um determinado terreno. Neste caso, os espaços interiores—em seus múltiplos níveis—refletem algumas das principais estratégias utilizadas pelos projetistas para adaptar ou encaixar um edifício na paisagem topográfica. Desta forma, é muito comum encontrarmos edifícios escalonados e volumes suspensos em terrenos de inclinação acentuada. Além desta condicionante física, por assim dizer, defasagens e desníveis também podem adquirir um caráter funcional, permitindo separar espaços sem a necessidade de construir paredes ou barreiras verticais, segmentando o plano horizontal em diversos níveis—elevados ou rebaixados.
Ao criar espaços arquitetônicos, muitos arquitetos concordam que não só é importante, mas também necessário incorporar a luz natural aos interiores, utilizando diferentes estratégias para regular sua quantidade e definir qualidades como sua tonalidade e direcionamento. Apesar disso, em projetos residenciais, onde as exigências de privacidade são geralmente mais altas do que em, por exemplo, edifícios para usos comuns - escritórios, restaurantes, lojas -, ao definir as características dos ambientes, muitos optam por trabalhar com materiais que garantem maiores graus de proteção visual e que diluem o contato com o exterior público - seja através da incorporação de elementos opacos, seja por meio de envoltórios de revestimento e telas. Entretanto, há alguns materiais que garantem a entrada de uma grande quantidade de luz natural controlada durante o dia, mas sem implicar em perda de privacidade.
Presente na narrativa do Dilúvio no livro do Gênesis, Noé teria construído uma arca após um chamado de Deus, que decidiu inundar e destruir toda a vida na Terra por conta do mau comportamento da Humanidade. Apenas a família de Noé e um casal de cada espécie de animais poderia entrar na enorme embarcação e se salvar. Na bíblia, a arca é descrita com as medidas exatas de 300 côvados de comprimento por 50 de largura e 30 de altura. Esta era uma unidade utilizada na época, baseada no comprimento do antebraço, desde a ponta do dedo médio até o cotovelo. Um holandês que tem se dedicado a construir uma réplica da Arca de Noé, sem sucesso em encontrar um valor correspondente preciso no sistema métrico, utilizou as medidas do seu próprio corpo como o módulo. Modulação na arquitetura quer dizer adaptar o projeto a um módulo definido, geralmente uma medida base ou um material. Seja um metro, um tijolo, um azulejo ou um container, ela serve para facilitar o processo de projeto e torná-lo mais eficiente e sustentável.
Embora o tecido da cidade de Buenos Aires seja caracterizado por uma condição morfológica heterogênea e em constante transformação, dentro da gama de habitações de baixa densidade, é possível detectar certas tipologias constantes que emergiram da interação de sucessivas variáveis históricas - tais como as estratégias de loteamento das quadras, as regulamentações urbanas e suas correspondentes atualizações, ou as tradições construtivas daqueles que ergueram a cidade. Uma dessas tipologias identificáveis é o PH, cujo nome deriva da noção de Propriedade Horizontal, uma regulamentação que permitiu o desenvolvimento de residências particulares dentro de um mesmo lote.
Na Bienal de Veneza de 2014, o célebre curador Rem Koolhaas escolheu um caminho pouco usual. No lugar de explorar as grandes questões que assolam a profissão e a sociedade, o tema do evento, "Fundamentals" e sua exposição principal, "Elements of Architecture", examinou em detalhes todos os fundamentos dos edifícios, usados por qualquer arquiteto, em qualquer lugar, a qualquer hora. Segundo Koolhaas, “Arquitetura é uma profissão treinada para juntar as coisas, não para desmontá-las. Somente olhando os elementos da arquitetura sob um microscópio podemos reconhecer as preferências culturais, avanços tecnológicos, mudanças desencadeadas pela intensificação do intercâmbio global, adaptações climáticas, normas locais e, em algum lugar na mistura, as ideias do arquiteto que constituem a prática da arquitetura hoje.”
Pátios internos se caracterizam por serem áreas descobertas, localizadas no interior dos edifícios e com seus perímetros delimitados por paredes ou galerias. Esses espaços exteriores, mas contidos, em muitos casos cumprem um papel crucial na configuração e organização da planta. Em certos casos, podem funcionar como um pulmão central, organizando os espaços ao longo de seu perímetro. Também podem ser concebidos como elementos organizadores de fluxos ou como espaços articulados, conectando e, ao mesmo tempo, dividindo diferentes setores do projeto.
Os países que fazem parte do chamado Sul Global sofreram muitas transformações em suas cidades nos últimos anos devido, sobretudo, ao rápido crescimento dos centros urbanos e aos já conhecidos desafios econômicos e sociais característicos dos países "em desenvolvimento". O crescimento urbano, o desenvolvimento sustentável, a qualidade de vida, a saúde nas cidades e o desenvolvimento de sua própria identidade cultural são algumas das questões com as quais as arquiteturas locais tiveram - e ainda terão - que lidar.
Alguns jovens profissionais da arquitetura entenderam a importância de projetar tendo em vista seu próprio território, conferindo a essa arquitetura uma identidade claramente local. Ao desenvolverem novas tipologias e usarem seus próprios recursos materiais, apresentam soluções inovadoras, específicas para o local e, acima de tudo, essencialmente contemporâneas no sentido de se pensar o futuro da arquitetura e do planeta como um todo.
As características da madeira e sua manufatura - segundo a espécie de árvore e seu local de crescimento - permitiu o desenvolvimento da humanidade em qualquer região da Terra. Os detalhes nas obras com madeira, presentes na diversidade de tipos de junções e uniões, não apenas evidenciam um fator construtivo e estrutural, mas também concedem um valor e complexidade arquitetônica.
Veja uma seleção de 50 detalhes construtivos de projetos que se destacam pelo uso da madeira.